Santa Maria sabe a Verão, a férias e a mar. Mergulhámos em praias lindas, caminhámos por um deserto vermelho que parecia Marte, ouvimos jazz num festival ao ar livre, brindámos ao pôr-do-sol e até tivemos uma das experiências de mergulho mais incríveis de sempre. Esta ilha foi sem dúvida uma das maiores surpresas da viagem de dois meses pelas nove ilhas açorianas.
Neste guia tentamos refletir tudo o que Santa Maria tem para oferecer, com sugestões práticas, roteiros de 2 a 5 dias, onde ficar e até a que restaurantes ir para que a sua viagem pela ilha açoriana das melhores praias seja tão incrível como foi a nossa.
Conteúdos
- Informação prática para visitar a ilha de Santa Maria
- Quando visitar a ilha de Santa Maria
- Como chegar à ilha de Santa Maria
- Quantos dias dedicar à ilha de Santa Maria
- O que visitar e fazer na ilha de Santa Maria
- Mapa de Santa Maria
- Praia Formosa
- Ribeira de Maloás
- Miradouro da Pedreira da Tia Raulinha
- Ponta do Castelo e Farol de Gonçalo Velho
- Cascata do Aveiro
- Maia
- Santo Espírito, a Cooperativa e o Museu de Santa Maria
- Baía de São Lourenço, a sua praia e miradouros
- Poço da Pedreira
- Miradouro da Pedra Rija
- Pico Alto
- Miradouro das Lagoinhas
- Ermida de Nossa Senhora de Fátima
- Barreiro da Faneca (Deserto Vermelho)
- Anjos
- Vila do Porto
- Prainha, Pedreira do Campo e Gruta do Figueiral
- Curiosidades de Santa Maria
- Os melhores trilhos para caminhadas na ilha de Santa Maria
- Onde mergulhar em Santa Maria
- Onde ficar na ilha de Santa Maria: melhores zonas
- Restaurantes que recomendamos na ilha de Santa Maria
- Roteiros de viagem na ilha de Santa Maria
- Transporte: alugar um carro na ilha de Santa Maria
- Quanto custa uma viagem à ilha de Santa Maria?
- Apps úteis para viajar pela ilha de Santa Maria
- Dicas para desfrutar da ilha de Santa Maria
- Checklist: o que levar na sua mochila/mala para a ilha de Santa Maria
Informação prática para visitar a ilha de Santa Maria
Santa Maria é, com os seus 6 milhões de anos, a ilha geologicamente mais antiga de todos os Açores (a ilha do Pico é a mais nova com 250.000 anos). A avó açoriana nasceu duas vezes (a primeira ilha afundou-se no Oceano Atlântico anos após o seu aparecimento) e esconde fósseis que nos contam histórias de há milhões de anos. Foi também, oficialmente, a primeira a ser descoberta, em 1427. Juntamente com São Miguel, forma o grupo oriental do arquipélago açoriano e é, das nove ilhas, a que tem o maior número de ribeiros e a maior queda de água do país. É conhecida como a ilha amarela, a ilha do sol ou como “o Algarve dos Açores”: se esteve na costa sul do continente português compreenderá que a alcunha de Santa Maria vem das suas extensas praias arenosas e do seu clima agradável e estável durante todo o ano, ao contrário das suas vizinhas, onde predominam piscinas vulcânicas naturais e as quatro estações do ano num só dia. Não pode despedir Santa Maria sem provar a sua meloa mariense, o símbolo da ilha, e se gostar de mergulhar, vai querer fazer pelo menos um mergulho nas suas águas transparentes cheias de vida.
Moeda: Euro
Idioma: Português
População: 5400 (em 2021)
Orçamento diário: A partir de 80 euros/dia por pessoa (aprox.) para uma viagem de 5 dias. Mais informações sobre o orçamento aqui
Clima: Primavera durante todo o ano com temperaturas entre 15º e 25º (varia um pouco, mas não muito, nos meses de Verão e Inverno), sendo o Verão a altura ideal para desfrutar das praias. Saiba mais sobre quando ir aqui.
Alojamento: Santa Maria não é muito grande mas, na nossa opinião, o local ideal para ficar é na Vila do Porto: a Azorean Stones House (a partir de 50 euros/noite) onde ficámos hospedados ou o Hotel Charming Blue (a partir de 79 euros/noite) para algo mais sofisticado. Se quiser ficar em frente ao mar, o ideal é a Casa da Fajãzinha (a partir de 83 euros/noite) ou Vigia da Areia (a partir de 180 euros/noite, com jacuzzi na esplanada) já que ambas ficam em frente à nossa praia favorita da ilha, São Lourenço. A Casa dos Tomarinhos (a partir de 80 euros/noite) é ideal se estiver à procura de turismo rural. Mais opções de onde ficar aqui
Duração: Mínimo 2 dias. Ideal 5 dias.
Voos: Há voos diretos de Lisboa pela Sata, caso contrário terá de voar para o arquipélago, para São Miguel, e de lá para Santa Maria. Recomendamos que utilize comparadores de voo como o Skyscanner e o Kiwi e que seja flexível com as suas datas. Mais informações sobre como chegar aqui.
Transporte: A melhor opção é alugar um carro. Fizemo-lo com a Autatlantis e adorámos: carros novos e a melhor política de franchising. Encontre o melhor preço para o seu carro de aluguer em Santa Maria na DiscoverCars. Mais informações aqui
Fuso horário: UTC +0. A hora no arquipélago dos Açores é uma hora menos que no Continente
Quando visitar a ilha de Santa Maria
Os melhores meses para ir a Santa Maria são de maio a outubro, tentando evitar julho e agosto, que são os meses com mais turismo, embora esta pequena ilha não seja uma das mais visitadas, pelo que poderia até correr o risco de a visitar nessa altura (mas deve reservar tudo com antecedência, uma vez que a oferta de alojamento não é muito grande). Junho e setembro tendem a ser os melhores meses, com bom tempo, águas ainda apetitosas e turismo menos sobrelotado.
Em termos de clima, o Verão é sem dúvida a melhor época, com temperaturas mais elevadas, menor probabilidade de chuva e a possibilidade de desfrutar mais das praias.
Tabela do clima de Santa Maria com temperaturas e dias chuvosos por mês:
Mês | Temperatura média | Temperatura média (água) | Dias de chuva |
---|---|---|---|
Janeiro | 16º | 17º | 7 |
Fevereiro | 15º | 16º | 5 |
Março | 15º | 16º | 5 |
Abril | 16º | 17º | 4 |
Maio | 18º | 18º | 4 |
Junho | 20º | 20º | 2 |
Julho | 22º | 22º | 1 |
Agosto | 23º | 23º | 1 |
Setembro | 22º | 23º | 4 |
Outubro | 20º | 21º | 7 |
Novembro | 18º | 20º | 7 |
Dezembro | 16º | 18º | 9 |
Mês | Temperatura média | Temperatura média (água) | Dias de chuva |
Se quiser coincidir a sua visita com um evento, em julho há o festival Santa Maria Blues que, quando lá estivemos em julho de 2021, já estava na sua 17ª edição, por isso se gosta de Jazz e Blues, não hesite. A Praia Formosa acolhe todos os meses de agosto um festival internacional de artes e música, o festival Maré de Agosto, cujo palco fica a apenas 20 metros do mar e onde se podem ver alguns dos maiores nomes mundiais da cena artística.
Como chegar à ilha de Santa Maria
Os únicos voos diretos para Santa Maria, provenientes do exterior do arquipélago são com a SATA, a companhia aérea açoriana, a partir de Lisboa, embora sejam limitados (poucos lugares e poucos dias por semana). Em alternativa, o mais comum é voar para o arquipélago e depois fazer outro voo de ligação para Santa Maria. Há voos de Espanha e Portugal:
- De Lisboa a Ponta Delgada (São Miguel), às Lajes (Terceira), ao Pico ou à Horta (Faial)
- Do Porto a Ponta Delgada (São Miguel) e Lajes (Terceira)
- De Madrid a Ponta Delgada (São Miguel) mas, de momento, apenas no Verão.
- De Barcelona a Ponta Delgada (São Miguel) mas, de momento, apenas no Verão.
Os voos mais baratos são geralmente os voos da Ryanair de Lisboa/Porto para Ponta Delgada (São Miguel) ou Lajes (Terceira), embora por vezes também se possa encontrar bons preços com a Tap (a companhia aérea portuguesa) ou com a Sata (a companhia aérea açoriana responsável por todos os voos inter-ilhas), mas para obter o melhor preço, o ideal é ser flexível com datas e utilizar sites de comparação de preços como o Skyscanner e o Kiwi.com.
Uma vez no arquipélago, terá de voar para Santa Maria a partir de São Miguel com a SATA, a companhia aérea açoriana (atualmente, não existe qualquer ligação de barco a Santa Maria).
Os voos para Santa Maria provenientes de São Miguel custam geralmente cerca de 100 euros/pessoa, ida e volta, por isso é melhor reservar o mais cedo possível.
Quantos dias dedicar à ilha de Santa Maria
Recomendamos um mínimo de 2 dias, embora o ideal para Santa Maria sejam 4 ou 5 dias se quiser dedicar mais tempo para relaxar e desfrutar das praias,verá que não se vai arrepender. Por esta razão propomos diferentes tipos de roteiros, de mais ou menos dias.
Seguro de viagem para os Açores
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O que visitar e fazer na ilha de Santa Maria
Aqui está um resumo dos locais de interesse a visitar em Santa Maria, e abaixo está um mapa e informações específicas sobre cada local.
O que ver e fazer em Santa Maria
- Desfrutar de praias incríveis de areia fina
- Passear por um deserto vermelho como se estivesse em Marte
- Contemplar a maior queda de água de Portugal
- Aprender sobre a origem dos Açores na ilha mais antiga com mais fósseis
- Ter uma das experiências de mergulho mais espantosas de sempre
Mapa de Santa Maria
Aqui estão todos os locais de interesse em Santa Maria de que falamos neste guia num mapa Google Maps que pode levar consigo no seu smartphone para consultar em qualquer altura.
Aqui está também um mapa turístico com as estradas de Santa Maria (clique na imagem para o descarregar em tamanho e resolução maiores).
Praia Formosa
Praia Formosa, a impressionante praia arenosa, transporta-nos para o sul do continente português, para uma longa praia no Algarve, e por alguns momentos faz-nos duvidar se estamos realmente nas ilhas vulcânicas açorianas no meio do Atlântico. É também por isso (bem como pelo clima da ilha) que a ilha mais antiga dos Açores é conhecida como “o Algarve dos Açores”.
Além de ser uma praia grande com muito espaço para a toalha, a Praia Formosa tem outra característica especial: a temperatura da água. Graças às partículas calcárias, a água é mantida a uma temperatura de aproximadamente 25º, uma delícia.
Em 2013, o prestigioso jornal The Guardian escolheu-a como uma das 20 melhores praias do mundo para férias.
Se ficar com fome, há alguns restaurantes por perto. Mesmo na praia, O Paquete, onde fomos comer qualquer coisa, mas é melhor aguardar até mais tarde e ir ao O Grota, no lugar da Maia, para uma deliciosa comida caseira.
Não se esqueça de parar a caminho (ou no regresso) da praia, no Miradouro da Macela para contemplar a paisagem.
A Praia Formosa também pode ser alcançada a pé, a partir da Vila do Porto numa bela rota para caminhadas. Mais informações aqui
Ribeira de Maloás
Um dos monumentos naturais mais impressionantes da ilha, a Ribeira de Maloás é um conjunto de colunas de basalto, semelhantes às da famosa “Calçada dos Gigantes” irlandesa.
De facto, não é só este monumento natural que é belo, mas também o caminho para chegar até aqui. Pode estacionar o seu carro aqui e depois caminhar alguns metros com vistas deslumbrantes sobre o mar até este ponto.
Como lemos no sinal explicativo no início do caminho que conduz à Ribeira de Maloás, esta estrutura vulcânica foi produzida num “escoamento de lava basáltica” que foi emitido pelo Complexo Vulcânico do Pico Alto.
As disjunções prismáticas ou colunares são estruturas que se formam durante o processo de arrefecimento de drenagens de lava basáltica espessa. Como? A contração do material rochoso durante o arrefecimento e solidificação da lava gera fraturas perpendiculares à superfície de arrefecimento. Estas fraturas, propagam-se através do interior da rocha, e geram colunas paralelas umas às outras. Como este “escoamento de lava” teve lugar em terreno plano e horizontal, os prismas observados são prismas verticais, cujo desmantelamento formou esta imponente “parede prismática” da Ribeira do Maloás. É parte integrante da Área Protegida para a Gestão do Habitat ou Espécies da Ponta do Castelo e está classificado como geossítio do Geoparque dos Açores – Geoparque Mundial da UNESCO.
Na estação chuvosa tem uma queda de água de 20 metros que a torna ainda mais bonita.
Miradouro da Pedreira da Tia Raulinha
A caminho da Ponta do Castelo e da Maia, pode fazer uma pequena paragem no Miradouro da Pedreira da Tia Raulinha, de onde se tem uma vista para o Farol de Gonçalo Velho e para a baía da Maia.
Ponta do Castelo e Farol de Gonçalo Velho
Um farol com nome e apelido, o Farol Gonçalo Velho tem o nome do navegador que se diz ter descoberto a ilha de Santa Maria. É considerado um dos mais belos faróis dos Açores, como mostra a fotografia:
Há também um ponto de vigia que era um antigo posto de vigia, onde as baleias eram avistadas, e as ruínas de uma antiga fábrica baleeira que nos lembra o triste e duro passado da caça à baleia nos Açores. Esta prática teve mais expressão na ilha do Pico, embora fosse transversal às 9 ilhas.
A caça à baleia na ilha de Santa Maria teve dois períodos. O primeiro, entre 1896 e 1904, durou 9 anos e foram capturados 26 cachalotes. Foi no segundo período de “baleação”, entre 1937 e 1966, que esta prática ganhou mais importância na ilha como atividade principal na economia local, gerando emprego e riqueza. Após mais de 30 anos de atividade em que foram capturados mais de 850 cachalotes e cerca de 2.000.000 kg de óleo produzido, a “Companhia Baleeira Mariense” encerrou. A atividade foi finalmente e felizmente banida quando Portugal aderiu à então Comunidade Económica Europeia (CEE) em 1986. No nosso guia para a ilha do Pico contamos-lhe mais sobre esta prática que persistiu e se tornou uma importante atividade económica nas ilhas durante cerca de 50 anos.
Se tiver tempo, caminhe pelo acesso junto ao farol em direção ao mar para encontrar as ruínas de um antigo porto de pesca da baleia e ser surpreendido por algumas piscinas naturais onde quase de certeza se pode divertir em solidão.
Cascata do Aveiro
A Cascata do Aveiro é a cascata mais alta de Portugal. Uma queda de água de 110 metros que forma um cenário espetacular que corre para o mar alguns metros mais à frente.
Na foz do ribeiro, numa das margens, encontra-se ainda o “Lagar do Aveiro”, um pequeno tanque escavado na rocha no século XVI, onde o seu proprietário produzia até 20 barris de vinho por ano.
Caminhando em direção ao mar, deparamo-nos com a paisagem da costa sul Mariense. Uma área que se estende da Ponta de Castelete (norte da Maia) até Figueiral (oeste da Praia Formosa) e está classificada como Área Protegida de Gestão de Recursos pela sua importância biológica e pela sua riqueza de habitats e espécies marinhas de fauna e flora. É uma zona de passagem para espécies marinhas migratórias, tais como tubarões-baleia e tartarugas-marinhas.
Maia
Na Maia, conhecerá um dos lugares míticos da ilha para comer, O Grota. Mas a Maia vai para além da canja de peixe da Aida ( sopa de peixe ). Também se pode dar um mergulho nas piscinas de água do mar que contrastam com os “socalcos” da vinha.
A área protegida de 55 hectares da Baía da Maia é delimitada pela costa e pelas encostas da Ponta do Castelete, Baixa da Maia e Ponta do Castelo. É uma estância de verão popular para o povo Mariense, com uma rica história cultural e económica que é evidente na paisagem com numerosos vinhedos dispostos em “socalcos” e protegidos por “quartéis” de rocha basáltica. O cultivo da vinha era tradicionalmente realizado por famílias para a sua subsistência e envolvia um esforço humano considerável, uma vez que as uvas eram transportadas em cestos de vime sobre os seus ombros até à baía.
Santo Espírito, a Cooperativa e o Museu de Santa Maria
Para comprar uma lembrança têxtil, apoiar um projeto fantástico e provar os seus deliciosos biscoitos feitos à mão, recomendamos-lhe que venha a Santo Espírito e visite a Cooperativa de Artesanato de Santa Maria . A cooperativa foi fundada em 1989, por nove mulheres que, numa altura e numa ilha onde eram vistas com desconfiança por trabalharem (também) fora de casa, aprenderam todo o processo têxtil (inicialmente sem lucro, apenas a pensar no futuro): desde a tosquia das ovelhas, à confeção do fio e à sua coloração. Depois vieram os teares e, com eles, cobertores, tapetes, chapéus, toalhas de mesa, saias e saltadores. Finalmente, a fim de diversificar a oferta, criaram o pão (cozido em forno a lenha) e depois os doces tradicionais Marienses, famosos e deliciosos biscoitos que já são exportados, chamados “biscoitos de orelha“.
Também em Santo Espírito está o Museu de Santa Maria. Inaugurado em 1972, o museu está instalado numa casa tradicional do início do século XX e alberga uma coleção sobre a vida quotidiana de Santa Maria nos séculos XIX e XX com objetos de cerâmica produzidos pelas muitas fábricas de faiança que existiam na ilha. Entrada: 1 euro, de terça a sexta-feira das 9:30h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h. Encerra às segundas-feiras, sábados, domingos e feriados públicos.
Santo Espírito é o lar de um dos alojamentos mais especiais da ilha. A Casa dos Tomarinhos (a partir de 80 euros/noite) são cabanas de pedra com um ou dois quartos, num cenário bucólico, com vista para o mar. Ideal para quem procura paz e sossego.
Baía de São Lourenço, a sua praia e miradouros
Esta é a nossa praia favorita, São Lourenço, e também o nosso Miradouro preferido (com o mesmo nome) em toda a ilha. Quando aqui vier, dir-nos-á se não é um dos lugares mais bonitos de Santa Maria. Classificado como reserva natural desde 1987, o seu azul intenso em contraste com o verde das vinhas prende qualquer pessoa que passe por ali. Esta área era a antiga cratera de um vulcão, que desabou dando origem e forma à baía que aqui vemos.
Do miradouro, vemos a baía “vestida” de socalcos verdes de vinhedos bordejados por rocha vulcânica e delineados por um mar azul turquesa, e apesar da sua beleza, não conseguimos ficar aqui muito tempo a contemplar as vistas, sem descer para dar um mergulho.
Chegados lá abaixo, espera-nos uma enorme praia de areia fina e águas muito limpas onde se pode refrescar.
Se se atrever a caminhar um pouco, do outro lado do penhasco há um miradouro incrível que só se pode aceder a pé conhecido como “Miradouro dos Alagares”. O miradouro é este, e tem de deixar o seu carro aqui, onde o caminho começa. Se tiver interesse em ir até lá, consiga mais informação no trilho oficial PRC03SMA, que passa por ali (folheto oficial em PDF). No caminho para o próximo ponto (Poço da Pedreira), deparar-se-á com mais três miradouros (um, dois e três) a partir dos quais poderá ver a espetacular baía:
Pode ficar naquela que é, na nossa opinião, a melhor praia da ilha, na Casa da Fajãzinha (a partir de 63 euros/noite, na época alta vai até 90 euros/noite) ou na Vigia da Areia (a partir de 180 euros/noite, com jacuzzi no terraço) ideal para se mimar e acordar (e tomar o pequeno-almoço e o almoço e o jantar) com uma banda sonora e com a vista do Oceano Atlântico.
Poço da Pedreira
O Poço da Pedreira é uma antiga zona de extração de pedra utilizada para a construção, e é agora uma paisagem extraterrestre, um oásis de silêncio e… sapos.
É constituída por uma grande rocha avermelhada, escavada no cone vulcânico, o Pico Vermelho, formado há cerca de 3 ou 4 milhões de anos. É formado por piroclastos basálticos avermelhados, altamente alterados e consolidados.
A falta de rigidez dos materiais tornou possível cortar geometricamente grandes blocos de pedra, utilizando técnicas rudimentares e uma grande força humana, dando a este lugar o aspeto espetacular que tem hoje. A sua extração parou na primeira metade do século XX, com a chegada do cimento e do ferro à construção civil da ilha. Até então, o material extraído era de grande importância na construção de casas, moinhos e igrejas na ilha, especificamente nas fachadas, fornos e chaminés.
Hoje tem paredes verticais e geométricas e na sua base formou-se um belo espelho de água que explica a banda sonora, o coaxar dos sapos. Esta antiga pedreira também criou as condições para uma fauna composta por sapos e alguns peixes, que também atrai algumas aves endémicas e não endémicas. Quanto à flora, a cobertura vegetal do cone vulcânico contém algumas espécies de vegetação endémica dos Açores e da Macaronésia.
Pode ser visto de cima, subindo a rocha de lado através de uma floresta para apreciar a vista panorâmica , ou de baixo, sobre a relva, com os sapos e a sua banda sonora. Se quiser voltar alguns anos atrás ou se estiver a viajar com crianças, há um baloiço.
A sul pode admirar o belo vale verde de Salto, no qual corre a ribeira do mesmo nome, a Ribeira de Salto, junto ao ilhéu do Romeiro, em São Lourenço. A Ribeira de Salto delimita e separa as freguesias de Santa Bárbara e Santo Espírito.
Perto do Poço da Pedreira, também em Santa Bárbara, encontrará um projeto de uma mulher artista e empresária, a loja de cerâmica Marina Mendonça, um atelier e loja que vende as criações em cerâmica desta açoriana de São Miguel, que viveu muitos anos em Lisboa e quando regressou ao seu arquipélago escolheu Santa Maria para viver. Venha descobrir os seus “monstrinhos”, peças de cerâmica tão curiosas que vai querer levar algumas para casa consigo.
Um pouco mais a norte, a Casa do Norte (a partir de 65 euros/noite) é uma ótima opção para quem procura um lugar tranquilo para ficar. Esta antiga casa de férias familiar, agora convertida em turismo rural, tem vista para o mar e muito mimo por dentro e por fora.
Miradouro da Pedra Rija
Continuando o nosso percurso, pode fazer uma paragem no Miradouro da Pedra Rija, de onde se tem uma vista da zona de Santa Bárbara e do mar, e em dias claros, pode mesmo ver a ilha vizinha de São Miguel. Também está bem cuidada e normalmente cheia de flores (hortênsias se viajar no Verão).
Pico Alto
Do ponto mais alto da ilha, a 587 metros acima do nível do mar, podemos ter a perceção da singular geografia de Santa Maria, a ilha que nasceu duas vezes, e num dia claro, a vista pode mesmo identificar o grupo vizinho oriental de São Miguel (a 20 minutos de voo).
Para além de ser um dos pontos mais biodiversos da flora endémica, há aqui uma bela história de reflorestação. Até meados do século XX, uma grande parte do território de Santa Maria era tão árida como um deserto, e a reflorestação da zona do Pico Alto, onde hoje em dia não há falta de vegetação, só teve lugar a partir dessa época, através de um programa que deu origem a várias reservas florestais.
Uma das reservas deste programa é o Parque Florestal das Fontinhas, atualmente dividido em diferentes áreas: um parque infantil, vários percursos pedestres, um miradouro, uma zona de piquenique (com barbecue, claro, nos Açores é muito comum encontrar um barbecue para uso comunitário nos locais mais incríveis e aqui não é exceção) e viveiros florestais.
Esta área de plantação experimental é delimitada por caminhos pedonais e, embora a maioria das espécies não esteja identificada, a diversidade da flora é impressionante. E embora seja neste pedaço de terra que se enraízam, não é aqui que as mudas vão parar: deste viveiro vão para outras partes da ilha que precisam de ser reflorestadas ou para a terra do próprio povo Mariense local, que só têm de pedir e recolher as árvores que querem adotar. Quando uma muda parte, outra toma o seu lugar, formando um ciclo perfeito de sustentabilidade e reflorestação.
Miradouro das Lagoinhas
Do Miradouro das Lagoinhas temos uma vista do pequeno ilhéu com o mesmo nome, assim como da baía e do mar. O Ilhéu das Lagoinhas fica a cerca de 60 metros da costa e é uma elevação rochosa com declives íngremes, 52 metros de altura.
Tanto a ilhota como as baías ao largo da costa norte de Santa Maria são importantes áreas de nidificação para espécies de aves marinhas protegidas, como a andorinha-do-mar e o cagarro. O ilhéu e a costa adjacente são por isso classificados como Área Importante para as Aves e a Biodiversidade (IBA) pela BirdLife International.
Tanto o Trilho da Costa Norte (PRO1SMA) como o Grande Trilho de Santa Maria (GRO1SMA) permitem-lhe fazer caminhadas para observar esta área protegida. Mais informações sobre as Melhores Rotas de Caminhadas em Santa Maria.
Ermida de Nossa Senhora de Fátima
O eremitério mais antigo do mundo em honra de Fátima, depois da Capelinha das Aparições, na Cova da Iria (onde se diz ter ocorrido o Milagre de Fátima). Crenças à parte, é um edifício de valor histórico, com belas vistas sobre a zona.
Barreiro da Faneca (Deserto Vermelho)
Como se Marte tivesse verde. Conhecido como o “deserto vermelho dos Açores“, o Barreiro da Faneca é um ecossistema invulgar e uma paisagem protegida da ilha.
É uma curiosa mancha de cor avermelhada (devido à argila) numa extensa área de mais de 8 km2, perto do mar, pontilhada de vegetação que inclui a flora endémica e primitiva da ilha.
Os barreiros são as paisagens desérticas de Santa Maria, únicas nos Açores.
Como não poderia ser de outra forma, a sua origem está ligada à vulcanologia. A paisagem avermelhada, árida e argilosa do semi-deserto surgiu com a mais recente atividade vulcânica na ilha. Toda a área é constituída por cinzas vulcânicas de cerca de 4 milhões de anos, ricas em ferro, que oxidaram numa época de clima quente e húmido. Tão interessante quanto bonito.
A Área Protegida do Deserto Vermelho do Barreiro da Faneca inclui também as baías vizinhas de Raposo, Tagarete e Cré.
Para lá chegar, pode deixar o seu carro aqui e caminhar alguns metros até ao ponto marcado no mapa.
Anjos
Se antes falávamos do eremitério mais antigo do mundo em honra de Nossa Senhora de Fátima, no lugar de Anjos encontramos a capela mais antiga do arquipélago açoriano, a Ermida de Nossa Senhora dos Anjos.
Além de ser a mais antiga, esta capela é também de importância histórica porque a “Irmandade dos Escravos da Cadeínha” foi aqui criada. No século XVI era comum que a ilha fosse atacada por piratas que capturavam a população local e os escravizavam até pagarem o seu resgate. De facto, a ermida aparentemente ainda preserva uma “vara” (pau) de 1675 utilizada para chicotear… O povo escravizado que conseguiu regressar, em gratidão, criou a fraternidade encarregada de cuidar do património da igreja e de realizar uma procissão anual. A propósito, a vizinha Furna de Santana é supostamente onde a população se refugiou de um destes ataques de piratas e corsários.
Se reparar, em frente da capela encontra-se uma estátua de Cristóvão Colombo, pois diz-se que foi aqui que ele e a sua tripulação desembarcaram pela primeira vez no regresso da sua viagem para o continente americano em 1493. Diz a lenda que, assim que pôs os pés em terra firme, o navegador ordenou que se dissesse uma missa nesta mesma capela.
Mas do que mais gostamos nos Anjos, foram as suas piscinas naturais e o Bar dos Anjos, o melhor local da ilha para apreciar o pôr-do-sol e uma cerveja. Se ficar com fome, deve saber que este é um dos poucos lugares onde ainda pode provar um dos pratos típicos Marienses, Caldo de Nabos ( tem de o encomendar com antecedência). Se for mais um improvisador como nós, há vários petiscos que pode encomendar, desde amêijoas a pica-pau e salsichas, todos com pão caseiro à parte.
É também aqui, em Anjos, que se realiza o festival Santa Maria Blues e onde fomos em julho de 2021 para a sua XVII edição.
Vila do Porto
Vila do Porto, a pequena vila da ilha de Santa Maria, é a mais antiga dos Açores.
Não só o clima ameno durante todo o ano e as longas praias de areia contribuem para a reputação de Santa Maria como o “Algarve dos Açores”, mas também as pitorescas casas caiadas de branco são uma lembrança do sul do continente português. Um curto passeio pela Vila do Porto é suficiente para o provar.
Pode iniciar o seu passeio no Forte de São Brás, uma fortaleza construída no século XVII para proteger a ilha dos ataques de corsários e daí caminhar até ao centro da Vila do Porto.
Mesmo em frente da Igreja Matriz da Vila do Porto encontramos o museu mais interessante da ilha. O museu Casa dos Fósseis é o melhor local para conhecer as origens da ilha de Santa Maria, a mais antiga de todas as ilhas açorianas, embora este museu seja também conhecido como o Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo.
Dalberto Pombo foi um pioneiro na investigação geológica na ilha mais antiga dos Açores. Autodidata e criador do “Centro de Jovens Naturalistas”, um projeto dedicado à formação e curiosidade dos jovens sobre a flora e geologia endémica da ilha, através do estudo dos seus fósseis. Dalberto Pombo também ajudou a traçar o percurso das tartarugas marinhas, descobrindo que 90% das tartarugas marinhas observadas nos Açores nasceram nas praias a sul da Florida.
Para além de aprender sobre as espécies da ilha e conhecer de perto o trabalho de Dalberto, o museu tem um vídeo completo que explica a interessante história geológica da ilha e o facto de Santa Maria ter nascido duas vezes!
A ilha foi formada por diferentes erupções vulcânicas e a “primeira” ilha afundou-se anos após o seu aparecimento. Mais tarde, com outras erupções vulcânicas, ressuscitou. E é por isso que tantos fósseis marinhos bem preservados podem ser encontrados em Santa Maria, a irmã maior dos Açores – até vimos um fóssil de um pedaço da mandíbula de uma baleia!
Se puder, recomendamos que este seja o primeiro lugar que visita na ilha para que possa compreender tudo o que verá mais tarde nos seus dias aventureiros em Santa Maria.
A pequena vila da ilha é também o lugar perfeito se quiser levar consigo uma lembrança de Santa Maria para casa. É na Vila do Porto que encontrará a loja de artesanato de vime de Aida Barros (Artesanato de Vimes de Aida Barros: Rua do Cotovelo, 18. Vila do Porto). Desde artigos mais pequenos como chapéus, cestos, canastras ou andorinhas decorativas, até peças de mobiliário como cadeiras, mesas ou sofás, tudo é feito com fibras vegetais: vime e outras fibras vegetais como caniço e palha. A Aida também adora misturar estas fibras vegetais com outros materiais, como a argila, para criar as suas obras.
Outra opção para comprar uma lembrança é a loja Neon Joyride na mesma rua que o Museu Fóssil. Aqui as propostas são jóias criadas a partir de plásticos encontrados nas praias locais de Santa Maria, às quais se acrescentam ouro e prata reciclados.
A Vila do Porto é um dos melhores locais para ficar. Recomendamos as Azorean Stones House (a partir de 50 euros/noite) onde ficámos (pequenos estúdios funcionais e renovados onde basicamente fomos dormir) ou, se procura algo mais especial, o Charming Blue (a partir de 79 euros/noite), um hotel com piscina e vista para o mar numa velha mansão do século XIX no centro da Vila do Porto.
Prainha, Pedreira do Campo e Gruta do Figueiral
Se se atrever a caminhar e não tiver vertigens, não pode perder a rota das caminhadas (PR05SMA) que liga Vila do Porto à Praia Formosa, onde pode desfrutar de uma praia praticamente em solidão (Prainha), visitar uma gruta artificial da qual foi extraído barro e cal (Gruta do Figueiral) ou aprender sobre geologia e admirar fósseis marinhos na Pedreira do Campo.
Pedreira do Campo é um monumento natural escavado em fluxos de lava basáltica submarina (atualmente 110 metros acima do nível do mar). Era uma antiga frente de exploração da qual se extraíam agregados vulcânicos para a produção de brita (pedra britada para a construção civil). A pedreira apresenta uma sequência vulcânica subaquática com camadas de lava acolchoada ou almofadada que mostram a vida anterior de Santa Maria e como foi submersa há milhões de anos. É possível ver esta área fossilizada após uma curta caminhada ao longo de uma passagem de madeira.
Infelizmente, no nosso caso, não foi possível fazer esta rota de caminhadas porque estava fechada devido a deslizamentos de terras. Há alguns troços da rota que podem ser perigosos, especialmente em condições de vento forte ou mar agitado (caso em que há um possível desvio que não passa pela Prainha). Deverá informar-se bem, antes de fazer o percurso.
Curiosidades de Santa Maria
- Sabia que os dois primeiros concertos de Frank Sinatra na Europa foram nas ilhas Terceira e Santa Maria dos Açores? Sim, Sinatra atuou em Santa Maria (um dia depois de atuar na Terceira) em Junho de 1945 (o ano em que terminou a Segunda Guerra Mundial) para os soldados americanos na ilha. A atuação foi no Atlantida-Cinema, um cinema no aeroporto construído pelos militares Aliados com uma capacidade de mais de 500 espectadores. Que atuasse na Terceira seria normal, por causa da Base Militar Americana das Lajes, mas porquê Santa Maria? No contexto da Segunda Guerra Mundial e nas negociações entre os EUA e Portugal (que foi “supostamente” neutro na guerra, bem entre aspas no “supostamente”) foi decidido que Santa Maria era o local adequado para a construção de um aeródromo, e assim foi. Uma vez terminada a guerra, tornou-se um aeroporto civil, o primeiro do arquipélago.
- A construção do aeroporto de Santa Maria, em 1944, mudou radicalmente a ilha. Até então, Santa Maria não tinha eletricidade nem água canalizada e a troca continuava a ser praticada. Com o aeroporto, a população multiplicou-se devido à necessidade de pessoal para a sua construção e depois para o operar. O aeroporto significou, portanto, uma incrível modernização da ilha (por exemplo, a população começou a beber “Coca Cola” normalmente, o que foi proibido no resto de Portugal sob a ditadura de Salazar, devido à forte influência cultural dos EUA). Uma grande parte da população começou a deixar de trabalhar nos campos para trabalhar no aeroporto, onde ganhava até três vezes mais, o que tornou necessário que o governo local implementasse medidas para promover a agricultura. Algo semelhante aconteceu com a construção da base militar francesa e o seu impacto na população da ilha das Flores (mais tarde em 1966), mas nesse caso a influência foi francesa e não americana.
- O aeroporto de Santa Maria teve a sua idade de ouro entre os anos 40 e 70, quando era um ponto-chave no Atlântico para a aviação civil, pois era onde os aviões paravam para reabastecer, com cerca de 30 aviões por dia! Como facto curioso, o famoso Concorde parou aqui em voos entre a Europa e a América. A economia da ilha tornou-se eventualmente dependente do aeroporto, que perdeu a sua importância a partir dos anos 70. Em 1970, estimava-se que passavam 300.000 passageiros por cada ano. Atualmente, apenas cerca de 68.000 passageiros por ano (dados de 2008). Pode viajar para aqueles dias dourados do aeroporto de Santa Maria no novo Roteiro do Aeroporto de Santa Maria, uma rota através de 21 pontos de interesse desde o porto de Vila do Porto até ao próprio aeroporto. Mais informações neste link.
- E que melhor para esta secção de curiosidades do que um mapa de Santa Maria para pessoas curiosas, literalmente. O “Santa Maria Para Curiosos” é um mapa feito por habitantes locais para aqueles que, como nós, visitam a ilha em busca de mais do que apenas o “imprescindível”.
Os melhores trilhos para caminhadas na ilha de Santa Maria
- Grande Rota de Santa Maria, GR01SMA: uma rota circular de 78 quilómetros, dividida em quatro etapas de cerca de 20 quilómetros cada. O percurso leva-o através de todos os geossítios, todas as áreas do parque natural, desde os sítios fósseis até aos barreiros (as paisagens desérticas de Santa Maria, únicas nos Açores) e mesmo as zonas mais rurais. Em suma, fazer o grande percurso valida uma pós-graduação Mariense em áreas de interesse histórico, turístico e geomorfológico na ilha mais antiga dos Açores. Bem, talvez não tanto assim, mas irá dar-lhe algumas das melhores paisagens e experiências que qualquer pessoa pode ter na ilha. Esta rota foi inaugurada em 2015 e faz agora parte da rede regional de trilhos oficiais. Mais informações /Brochura oficial
Se fizer a Grande Rota de Santa Maria, vale a pena conhecer o projeto Ilha a Pé: uma coleção de antigos celeiros transformados em refúgios/abrigos para todas as etapas da Grande Rota. Para além de manterem a sua construção original típica, em pedra, os celeiros são tão sustentáveis quanto possível, com os seus interiores de madeira de origem local, feitos à mão, eletricidade de painéis solares, sanitários secos e águas residuais limpas por plantas, com um sistema de phytolagunas. Tudo isto sem perder qualquer conforto.
- Rota Costa Sul (PR05SMA) de Vila do Porto através da Prainha até à Praia Formosa, sempre com vistas de cortar a respiração, tem o PR05SMA que o ajudará a aprender mais sobre o passado geológico da ilha. Mais informações /Brochura oficial
- Trilho Santo Espirito – Maia (PRO4SMA): percurso com vistas espetaculares, descendo em direção à costa entre vinhedos (socalcos nas encostas da antiga cratera) passando pela cascata mais alta de Portugal e terminando com um refrescante banho na piscina natural da Maia (não adequado para pessoas com vertigens). Mais informações /Brochura oficial
Mais informações e trilhos no site oficial dos trilhos dos Açores
Onde mergulhar em Santa Maria
Se gosta de mergulhar, traga o seu próprio equipamento, porque alguns dos locais obrigatórios de Santa Maria estão debaixo do mar. Se não o trouxer, como foi o meu caso, não se preocupem porque pode alugá-lo no centro Mantamaria, onde fiz os mergulhos e que recomendo vivamente. Se não mergulhar, a sua viagem a Santa Maria pode ser uma boa oportunidade para aprender a fazê-lo, e pode experimentar primeiro um batismo de mergulho.
A ilha tem 55 pontos onde você pode mergulhar e aqui fiz um dos melhores mergulhos da minha vida, na Baixa do Ambrósio, onde mergulhamos com 23 mantas por 1 hora. Incrível. Para além de mantas, prepara-se para o que lhe vamos contar: em Santa Maria é possível ver o tubarão baleia! A melhor época de avistamentos do tubarão baleia em Santa Maria é durante os meses de Verão, a partir de Julho, e até Novembro, quando as águas estão mais quentes, uma experiência incrível.
A melhor altura para mergulhar em Santa Maria é de Maio a Outubro, embora ao longo do ano a visibilidade esteja entre os 20 e os 40 metros. Fui em Julho e o mar parecia uma piscina, maravilhoso.
De todos os locais de mergulho, há alguns que se destacam:
- Reserva Natural de Ilhéus das Formigas e Banco Dollabarat: considerado por muitos mergulhadores como o melhor local de mergulho da Europa. A cerca de 20 milhas da ponta sudeste de Santa Maria, estes dois locais são conhecidos por oferecerem a melhor visibilidade nos Açores e encontros com grandes cardumes de peixes pelágicos, manta e arraias, tubarões e muitas outras espécies.
- Baixa do Ambrósio: apenas 3 milhas ao largo, há aqui uma abundância de vida, com ênfase em grupos de dezenas de curiosas raias manta presentes ao longo de todo o Verão, bem como “bancos” de grandes pelágicos. Isso aconteceu no nosso mergulho: desfrutámos de 23 raias manta a nadar à nossa volta durante quase 1 hora. Um dos melhores mergulhos da minha vida. Se quiser ver o vídeo da experiência, clique aqui.
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Para os dois mergulhos acima (Formigas e Ambrósio) será necessário ter uma certificação de mergulho avançada e alguma experiência. Se este não for o seu caso e/ou se não mergulhar, pode tentar ver as mantas (bem como outras espécies) através de snorkelling, marque aqui a sua excursão de snorkelling em Santa Maria.
O mergulho duplo com aluguer de equipamento no Mantamaria custou-me cerca de 80 euros. Para conhecer outros locais de mergulho, a disponibilidade das viagens nos dias em que vai estar na ilha e para adaptar o melhor mergulho às suas capacidades, por favor contacte directamente Mantamaria.
Onde ficar na ilha de Santa Maria: melhores zonas
Santa Maria não é muito grande e, onde quer que esteja hospedado, pode facilmente chegar a qualquer ponto da ilha. Em qualquer caso, na nossa opinião, o local ideal para explorar a ilha e ter uma variedade de alojamento e opções gastronómicas é a Vila do Porto.
- Azorean Stones House (a partir de 50 euros/noite): pequenos estúdios (ficámos num deles). Boa localização, cama confortável, casa de banho com boa pressão e água quente. Recentemente renovado com tudo o que precisávamos para tomar o pequeno-almoço em casa e sair para explorar a ilha.
- Charming Blue (a partir de 89 euros/noite): um hotel com 15 confortáveis quartos com vista mar ou piscina, todos com casas de banho privadas, no centro histórico da Vila do Porto. O hotel está alojado numa antiga mansão do século XIX e tem um restaurante – Mesa d’Oito – com comida deliciosa (e pequeno-almoço) e um serviço de aluguer de bicicletas.
Encontrar mais alojamento na Vila do Porto, Santa Maria
Dado que a ilha não é muito grande e poderá chegar a qualquer ponto mais ou menos rapidamente, incluímos outros tipos de alojamento, mais especial ou alojamento de turismo rural que poupámos para o nosso regresso à ilha:
- Casa da Fajãzinha (a partir de 63 euros/noite, na época alta vai até 90 euros/noite), São Lourenço: ideal para se entregar e acordar (e tomar o pequeno-almoço e o almoço e jantar) no Oceano Atlântico, tanto com a vista como com banda sonora.
- Casa do Norte (a partir de 65 euros/noite), Santa Bárbara: uma opção incrível para quem procura tranquilidade é esta antiga casa de férias familiar transformada em turismo rural com vista para o mar e muito mimo por dentro e por fora.
- Casa dos Tomarinhos (a partir de 80 euros/noite), Santo Espírito: casas de pedra com um ou dois quartos num cenário bucólico, com vista para o mar. Ideal para quem procura paz e sossego.
- Vigia da Areia (a partir de 180 euros/noite): provavelmente um dos melhores alojamentos da ilha, aquele terraço com jacuzzi com vistas para a que é, na nossa opinião, a mais bela praia da ilha irá revitalizar qualquer um:
Encontre mais alojamento em Santa Maria aqui.
Restaurantes que recomendamos na ilha de Santa Maria
- Espaço em Cena (Vila do Porto): Na realidade não é apenas um restaurante. Este espaço é também uma escola de dança, uma galeria e uma loja. Mas é a parte do restaurante (e especialmente o polvo frito em tempura de cerveja e paprica fumada, macio por dentro e estaladiço por fora, servido com puré de ervilha e coco, por exemplo) e outras criações originais que o tornam uma paragem obrigatória na rota gastronómica de Santa Maria. Tem várias opções saudáveis e sem glúten. Claro, o melhor é reservar.
- A Travessa (Vila do Porto): ideal para experimentar a cerveja artesanal Mariense “A Nossa” fabricada ali mesmo. Há 6 cervejas diferentes para experimentar e muitos petiscos no menu, desde hambúrgueres, bifes, crepes a salsicha schnitzel, currywurst e chucrute (ou não fosse nascido, o seu proprietário cervejeiro, na Baviera alemã).
- Clube Naval de Santa Maria: comemos aqui uma cataplana de peixe muito boa.
- A Cagarrita (Vila do Porto): doces e sobremesas típicas da ilha, feitos com receitas à moda antiga.
- Ponta Negra (São Lourenço): experimente a “sopa de peixe” ou, realmente, qualquer coisa (como bitoque de atum ou cataplana) desde que se sente e desfrute da vista da baía de São Lourenço, um dos lugares mais bonitos (se não o mais bonito) da ilha com o peixe mais fresco.
- Sol da Manhã (Santo Espírito): o mais típico para provar aqui é o “Caldo de Nabos” (um guisado de carnes salgadas, batata doce, chouriço e, claro, nabos ralados) mas mesmo que não o tenham todos os dias, perguntem pelo que está disponível, é caseiro e saboroso com certeza.
- Cooperativa de Artesanato de Santa Maria (Santo Espírito): para comprar e provar os deliciosos biscoitos artesanais típicos, os famosos Biscoitos de Orelha.
- Bar dos Anjos: o nosso lugar preferido para apreciar o pôr-do-sol sobre o mar com uma cerveja. Se ficar com fome, deve saber que este é um dos poucos lugares onde ainda pode provar um dos pratos típicos Mariense, Caldo de Nabos ( tem de o encomendar com antecedência), o outro é o Sol da Manhã. Se for mais um improvisador como nós, há vários petiscos que pode encomendar, desde amêijoas a pica-pau e salsichas, tudo com pão caseiro à parte.
- O Grota (Rua do Divino Espírito Santo, Maia): encomendar a canja de peixe ( sopa de peixe ) ou o que quer que esteja no menu. Se for feito pela Aida, é bom.
- O Paquete: bar de praia na Praia Formosa, ideal para alguns petiscos de praia ou uma imperial
- Mesa D’Oito, no Hotel Charming Blue (Vila do Porto): pratos criativos e bem preparados
- Lanchonete (Vila do Porto): conhecida pela sua sandes de 1 euro de “Pé de Torresmos”, pão caseiro com uma espécie de paté caseiro feito com carne de porco, sal, alho, pimenta da terra, vinho regional e especiarias.
- Central Pub (Vila do Porto): um ambiente de pub inglês onde os locais e turistas se encontram e onde se vai comer… pizza! Pizza! Sim, é a especialidade do Pub Central, juntamente com o Bacalhau à Brás.
- Pipas Churrasqueira (Vila do Porto): pratos típicos de carne ou peixe.
Não se esqueça de pedir a sobremesa (ou comprar para o seu pequeno-almoço) a famosa meloa de Santa Maria: o melão mais pequeno, doce e suculento que alguma vez provará.
Roteiros de viagem na ilha de Santa Maria
Como terão visto se tiverem lido todo o nosso guia, Santa Maria tem tantos lugares incríveis para visitar que precisarão de pelo menos uma semana para os ver a todos.
Como nem sempre temos tanto tempo para desfrutar da ilha, aqui estão algumas sugestões de roteiros para 2 a 5 dias.
O que visitar e fazer na ilha de Santa Maria em 2-3 dias (um fim-de-semana)
Um fim-de-semana é um tempo curto para visitar Santa Maria, especialmente se vier aqui para mergulhar ou relaxar nas praias, mas dar-lhe-á tempo para ver muitas coisas, se sacrificar horas em que podia estar deitado na areia.
Itinerário de 3 dias em Santa Maria
(pode terminar todos os dias com o pôr-do-sol em Anjos)
- Dia 1: Chegada, check-in no alojamento e percurso pela zona sul (Vila do Porto, Praia Formosa, Ribeira de Maloás, Ponta do Castelo, Maia e Cascata do Aveiro).
- Dia 2: Rota do Nordeste (Santo Espírito, Baia de São Lourenço e miradouros, Poço da Pedreira, Pico Alto, Ermida de Nossa Senhora de Fátima)
- Dia 3: Rota para oeste (Barreiro e Anjos) e voo de regresso
O que visitar e fazer na ilha de Santa Maria em 4-5 dias
Visitar Santa Maria durante 4 ou 5 dias, é o número de dias ideal para conhecer bem a ilha com algum tempo para relaxar nas belas praias.
Itinerário de 5 dias em Santa Maria
(pode terminar todos os dias com o pôr-do-sol em Anjos)
- Dia 1: Chegada, check-in no alojamento e percurso pela zona sul (Vila do Porto, Praia Formosa, Ribeira de Maloás, Ponta do Castelo, Maia e Cascata do Aveiro).
- Dia 2: Rota do Nordeste (Santo Espírito, Baía de São Lourenço e miradouros, Poço da Pedreira, Pico Alto, Ermida de Nossa Senhora de Fátima)
- Dia 3: Mergulho ou snorkelling de manhã, relaxando numa das praias à tarde.
- Dia 4: Percurso pedestre (ex. PR05SMA) e relaxamento na praia
- Dia 5: Rota para oeste (Barreiro e Anjos) e voo de regresso
Transporte: alugar um carro na ilha de Santa Maria
Como em todas as ilhas dos Açores, em Santa Maria consideramos essencial alugar um carro para poder desfrutar ao máximo da ilha, aproveitar ao máximo o tempo e visitar alguns lugares emblemáticos (que não podem ser alcançados por transportes públicos). Encontre o melhor preço para o seu carro de aluguer em Santa Maria na DiscoverCars.
Fizemo-lo com a Autatlantis, tanto em Santa Maria como no resto das ilhas, e tudo foi perfeito: a atenção à chegada foi rápida e eficaz, o carro (um Opel Corsa) estava como novo e não tivemos problemas de todo. Praticamente todas as empresas incluem uma franquia no seguro, e a Autatlantis é uma das que apresenta a franquia mais baixa (700 euros, contra 1300-1500 euros para outras empresas).
Os preços de aluguer de automóveis em Santa Maria raramente vão abaixo dos 25 euros por dia e, especialmente no Verão, recomendamos que faça a reserva com bastante antecedência para evitar que os veículos ou os poucos disponíveis fiquem proibitivamente caros (no Verão podem chegar a atingir os 100 euros por dia e conhecemos várias pessoas que não puderam alugar um carro porque o deixaram até ao último minuto).
Existe também a opção de circular em Santa Maria por transportes públicos: existe uma empresa de autocarros (Transportes de Santa Maria ou TSM) que faz a ligação entre alguns pontos da ilha, pode ver aqui os horários. As ligações e frequências são bastante limitadas, mas se estiver a viajar com um orçamento baixo, pode ser uma opção válida para visitar alguns dos principais pontos da ilha.
Quanto custa uma viagem à ilha de Santa Maria?
Como sempre, dar um orçamento genérico é muito difícil, uma vez que depende muito do seu estilo de viagem. O que podemos fazer é dar-lhe um guia de preços e pode utilizá-lo para elaborar o seu orçamento:
- Voos: Os voos diretos de Lisboa para Santa Maria podem ser encontrados por 120 euros, ida e volta, por pessoa, mas isto depende da antecedência com que se reserve. Em alternativa, terá de comprar dois voos (um para o arquipélago e outro para Santa Maria), o que aumentará o preço para 150 euros, ida e volta por pessoa, ou mais.
- Aluguer de automóveis: a partir de 25/30 euros por dia para o carro mais barato (dependendo da empresa e do número de dias), tudo incluído.
- Alojamento: a partir de 50 euros/noite para um quarto com casa de banho privada ou apartamento com auto-serviço, localizado centralmente.
- Refeições em restaurante: entre 15 e 25 euros por pessoa
No total, como guia aproximado, uma viagem de 5 dias a Santa Maria com um carro alugado pode custar entre 80 e 100 euros por pessoa, por dia (com as opções mais baratas de carro, alojamento e restaurantes).
Apps úteis para viajar pela ilha de Santa Maria
Recomendamos algumas aplicações a instalar no seu telemóvel que serão úteis para a sua viagem a Santa Maria:
- SpotAzores (Android/iOS/Web): aqui pode ver todas as webcams em diferentes partes das ilhas para ver como está o tempo. Como o tempo é muito variável e pode estar a chover numa parte da ilha e ensolarado noutra, esta aplicação é a forma mais rápida de garantir e evitar viagens desnecessárias.
- Windy (Android/iOS/Web): aplicação essencial para as nossas viagens, ainda mais nos Açores. Permite-lhe ver previsões de chuva, nuvens, vento, etc. para o ajudar a planear os seus dias com base no tempo (pois há lugares que perdem muito, dependendo do tempo). Obviamente, as previsões não são 100% fiáveis. Também mostra as webcams disponíveis
- Google Maps (Android/iOS): é aquele que utilizamos para guardar/classificar todos os lugares para onde queremos ir/já fomos e como GPS nos carros alugados. Pode ver as opiniões de outras pessoas sobre os locais, fotografias, menus de restaurantes, números de telefone dos locais para os contactar, etc.
- Maps.me (Android/iOS): aplicação semelhante ao Google Maps mas funciona muito bem offline (embora o Google Maps também possa funcionar offline) e em muitos casos tem informação que o Google Maps não tem, especialmente para trilhos. Útil sempre que vai fazer um percurso, para se orientar, descarregar o percurso a partir do site oficial dos trilhos dos Açores (clique em Downloads->GPS), etc.
Dicas para desfrutar da ilha de Santa Maria
- Algumas das praias de Santa Maria têm chuveiros de água doce (o que é ótimo) mas não use champôs e sabonetes com produtos químicos nesses chuveiros. Um duche rápido para lavar o sal e já está.
- Lembre-se que por vezes pode encontrar uma alforreca (aguaviva) ou uma caravela portuguesa nas águas ao largo da costa, cujo ferrão é doloroso e perigoso. O bom é que estes últimos flutuam e são facilmente detetáveis, mas se vir um, saia imediatamente da água e avise as outras pessoas da sua presença. Caso tenha sido picado por algum deles, é muito importante que siga estas recomendações oficiais: não raspe ou coce a área da picada (para evitar que o veneno se propague); não limpe com água doce ou álcool, limpe apenas com água do mar e com muito cuidado; e caso a picada seja a da Caravela Portuguesa, procure cuidados médicos o mais rapidamente possível.
- Respeite as outras pessoas e a ilha: não toque a sua música alto na praia ou piscina natural (se quiser ouvir música, use auscultadores), não deixe lixo, não atire pontas de cigarro, etc. Deixe a praia melhor do que a encontrou (se encontrar plástico, apanhe-o).
- Em algumas zonas os banhos podem ser perigosos devido a fortes correntes. Não seja corajoso.
- Nunca tente tocar ou alimentar um animal – não seja cúmplice de maus tratos a animais!
- Não permita a perturbação, poluição e destruição dos habitats de nidificação dos cagarros. Os cagarros são uma ave migratória que nidifica nos Açores e que dará alguma banda sonora à sua viagem (mais apreciada por algumas pessoas que por outras, sobretudo a meio da noite) com o seu canto particular de “awa awa” como se entoassem o refrão da música Video Killed the Radio Star. De modo a evitar situações de captura ou atropelamento de cagarros jovens na estrada, o Governo dos Açores promove anualmente a Campanha SOS Cagarro que aconselhamos conhecer quando chegar ao arquipélago.
- Não compre artesanato feito de animais marinhos ou retirado do mar (por exemplo, dentes de golfinhos, conchas de tartaruga, mandíbulas de tubarão, marfim de cachalote, …). O comércio do marfim, atualmente o único produto valioso do cachalote, continua a ser um argumento para os caçadores. Comprar artesanato local feito de materiais alternativos tais como madeira, pedra ou marfim vegetal.
- Viaje sempre com seguro de viagem: despesas médicas, roubo ou problemas com o seu avião numa viagem podem custar-lhe muito dinheiro, por isso o ideal é fazer um seguro de viagem. Utilizamos sempre a IATI e recomendamo-la. Se subscrever o seu seguro através deste link, recebe um desconto de 5%.
Checklist: o que levar na sua mochila/mala para a ilha de Santa Maria
Aqui está uma lista de imprescindíveis que não se pode esquecer de trazer na sua viagem:
- Garrafa reutilizável como uma destas para transportar sempre água consigo. Evitará a utilização de plástico de utilização única.
- Calçado Aquático Aquashoes como estes ideais para levar sempre consigo para usar em superfícies rochosas ou escorregadias
- Sapatos de trekking porque a melhor maneira de conhecer os Açores é através de caminhadas. Na Randomtrip temos estes da Columbia.
- Kit Snorkel (máscara e tubo de snorkel) como estes, imprescindível para levar nesta viagem e contemplar o fundo do mar.
- Mochila à prova de água / Saco impermeável como esta, muito útil para não molhar o seu equipamento fotográfico, telemóvel e carteira em qualquer passeio de barco (ou mesmo se a maré subir na praia)
- T-shirt de lycra de manga comprida com proteção UV que usamos para nos protegermos da água fria ou do sol quando fazemos mergulho, como uma destas.
- Gola para o pescoço como alguna de estas para proteger-se do vento e do frio
- Toalha de secagem rápida como uma destas que, para além disso, não ocupa muito espaço na sua mochila/mala
- Chapéu ou boné e óculos de sol para o proteger quando o sol está forte
- Casaco cortavento impermeável: ideal para ter sempre à mão para as mudanças repentinas de clima nos Açores. No Randomtrip temos este e este
- Consiga os artigos da Decathlon que levamos em todas as nossas viagens ao melhor preço
- Máquina fotográfica para registar as aventuras e mais tarde recordar. No Randomtrip usamos uma Sony ZV-E10 e uma Gopro Hero12 Black (para imagens subaquáticas) nas nossas viagens
- Powerbank: com tantas fotos vai gastar muita bateria, por isso é sempre bom levar uma boa powerbank. No Randomtrip viajámos com estes dois powerbanks (Xiaomi 20000 mAh y Anker 10000 mAh), que nos permitem carregar tanto os nossos smartphones como a máquina fotográfica
- Protetor solar: tente sempre escolher um protetor solar Reef Friendly, ou seja, que proteja a sua pele sem prejudicar os ecossistemas marinhos, evitando ingredientes como a oxibenzona e o octinoxato, que são prejudiciais para os corais. Também um protector que não tenha sido testado em animais
- Repelente de mosquitos, no Randomtrip costumamos levar Relec Extra Forte mas leve o que preferir desde que contenha uma percentagem mínima de 15% de DEET (ingrediente recomendado pela OMS)
- Kit de primeiros socorros: no nosso kit de primeiros socorros há sempre algum medicamento contra o enjoo (como a biodramina para o enjoo nos barcos), antibióticos, anti-diarreicos (e alguns probióticos para recuperar mais rapidamente), anti-histamínicos, analgésicos e antipiréticos
- Seguro de viagem, claro. Se contratar o seu seguro de viagem através deste link terá um desconto de 5%.
Graças a todas estas experiências, a ilha de Santa Maria ganhou um lugar muito especial nos nossos Óscares RandomAzores e já estamos a contar os dias para regressar a esta ilha que sabe a mar, verão, jazz e relax. Até breve!
Aviso:Autatlantis ajudou-nos a explorar Santa Maria com um dos seus veículos, mas todas as opiniões e informações expressas neste post são nossas.
As vossas recomendações irão constituir um óptimo guia!
Muito obrigada pelo seu comentário, Leonor! Ficamos muito contentes por ter gostado do nosso guia e esperamos que desfrute de Santa Maria.
Para que possamos continuar a criar guias gratuitos como este, encorajamo-la a reservar o seu alojamento, aluguer de automóveis, voos, seguro de viagem e excursões através dos links do nosso blogue, para si é igual (e até poderá conseguir descontos em algum dos casos) e nós recebemos uma pequena comissão que nos ajuda e motiva a continuar a criar guias úteis e completos.