Os dias na ilha das Flores são de surpresa constante. Começa no momento em que se entra no carro e se sente o desejo de querer parar a cada minuto, para desfrutar das estradas verdes e floridas (sim, Flores faz justiça ao seu nome), até ao momento em que se entra numa parte desse verde e se espera que um tiranossauro rex apareça, do nada, em qualquer lugar. Se lhe dissermos que Flores é o Parque Jurássico Português, não estaremos a ser completamente honestos porque é tudo isso juntamente com piscinas naturais de águas turquesas, cenários de imponentes cascatas, lagoas coloridas rodeadas por mil tons de verde e laranja, e um gin açoriano na Fajã Grande, a despedir o sol no mar.

Poço da Ribeira do Ferreiro, uma das mais belas paisagens que vimos em todas as nossas viagens.

A ilha das Flores ganhou o posto a ilha favorita dos Açores depois dos dois meses que passámos nas nove ilhas do arquipélago. A natureza na sua forma mais pura, um mar cristalino, excelente gastronomia e pessoas simpatiquísimas. Com que ingredientes mais agradáveis deseja gozar as suas merecidas férias?

Neste guia tentamos refletir tudo o que Flores tem para oferecer com dicas práticas, roteiros de 2 a 7 dias, onde ficar e até a que restaurantes ir para que a sua viagem através deste “Parque Jurássico Português” seja tão incrível como foi a nossa.

Poça das Salemas, paraíso florentino nº 867

Conteúdos

Informação prática para visitar a ilha das Flores

A ilha das Flores é uma das nove ilhas do arquipélago dos Açores que fazem parte da Macaronésia (como Madeira, Canárias e Cabo Verde) e, juntamente com o Corvo e a Graciosa, está incluída na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO desde 2009. Esconde a maior e a mais bem preservada “turfeira” do Atlântico, um ecossistema único que é uma autêntica reserva de água, capaz de reter até 20 vezes o seu peso em água, essencial para o equilíbrio hídrico da ilha e para a sua incrível paisagem de ribeiras e cascatas. Quando foi batizada, no século XV, estava coberta de cubres , umas flores amarelas que lhe deram o nome, ainda que actualmente tenham perdido a sua proeminência em comparação com outras flores. Além de bonito, é o território mais ocidental da Europa (mais especificamente o seu ilhéu, o ilhéu de Monchique) por isso, quando estiver a apreciar o pôr-do-sol nas Flores, saberá que é a última pessoa na Europa a fazê-lo (juntamente com todas aquelas que a acompanham na ilha). Embora geograficamente esteja na Europa, geologicamente está na América, dado que tanto as Flores como a vizinha ilha do Corvo assentam na placa tectónica americana.

Moeda: Euro

Idioma oficial: Português

População: 3,429 (em 2021)

Orçamento diário: A partir de 65 euros/dia por pessoa (aprox.) para uma viagem de uma semana com carro alugado, e as opções mais baratas de alojamento privado para 2 pessoas. Mais informações sobre o orçamento aqui

Clima: Sem dúvida que a melhor altura para visitar as Flores é na Primavera e Verão devido às melhores temperaturas e à menor probabilidade de chuva, embora o Inverno não seja muito frio (mas tende a chover mais). Se puder, evite Julho e Agosto porque a procura é superior à oferta em alojamientos e carros de aluguer. Saiba mais sobre quando visitar as Flores.

Alojamento: O ideal seria ficar na Fajã Grande ou nas proximidades para estar perto de algumas das mais belas atrações da ilha, dos melhores restaurantes, dos melhores alojamentos e do pôr-do-sol: Aldeia da Cuada ou Sítio da Assomada são boas opções (damos-lhe mais opções aqui). Outros lugares para ficar na ilha são a vila mais importante, Santa Cruz, ou as Lajes das Flores. Mais informações sobre os melhores locais para ficar aqui.

Duração da viagem: Mínimo 3 dias, recomendado 5 dias e, idealmente, uma semana. Mais informações aqui.

Voos: Não há voos diretos para a ilha das Flores, pelo que para lá chegar, terá de voar primeiro para uma das principais ilhas do arquipélago açoriano de Lisboa (para São Miguel, Terceira, Pico ou Faial) ou do Porto (para São Miguel ou Terceira). Uma vez no arquipélago, voará com a SATA (a companhia aérea açoriana) para Santa Cruz das Flores. Recomendamos que utilize comparadores de voo como o Skyscanner e o Kiwi e que seja flexível com datas. Mais informações sobre como chegar às Flores aqui

Transporte pela ilha: A melhor opção é alugar um carro. Fizemo-lo com a Autatlantis e adorámos: carros novos e a melhor política de franquia. Encontre o melhor preço para o seu carro de aluger nas Flores na DiscoverCars. Mais informações aqui

Fuso horário: UTC +0. A hora no arquipélago dos Açores é uma hora antes do continente.

Lagoa Funda: a nossa favorita das sete lagoas situadas nas caldeiras vulcânicas das Flores.

Quando visitar a ilha das Flores

Os melhores meses para visitar as Flores são de Maio a Outubro, tentando evitar Julho e Agosto, que são os meses com mais turismo. Junho e Setembro tendem a ser os melhores meses, com bom tempo, águas ainda convidativas e menos pessoas. O turismo na ilha tem crescido muito nos últimos anos, portanto, se ainda estiver a viajar em Julho/Agosto, reserve alojamento e aluguer de automóvel com bastante antecedência, pois são limitados e esgotam muito rapidamente (ou sobem a preços proibitivos).

Em termos de clima, o Verão é sem dúvida a melhor época, com temperaturas mais elevadas, menos hipóteses de chuva e a possibilidade de desfrutar mais das suas praias e piscinas naturais. Em qualquer caso, o tempo nas Flores (e nos Açores em geral) é muito variável, pelo que não há garantias em qualquer altura do ano (diz-se frequentemente que se pode ter as 4 estações do ano num só dia). Diz-se também que Junho é um mês de nuvens, embora a verdade seja que depende de cada ano.

Se, para além disso, quiser coincidir com as festividades da ilha, estas são algumas das datas-chave:

  • Maio/Junho: Festas do Espírito Santo
  • 3.º fim-de-semana de Julho: Festa do Emigrante
Nadar na Fajã Grande com a cascata do Poço do Bacalhau ao fundo foi um dos nosso planos preferidos

Como chegar à ilha das Flores

Não há voos diretos para as Flores a partir do exterior do arquipélago, pelo que só se pode lá chegar, voando a partir de outras ilhas. Do continente, tens voos de:

  • Lisboa a Ponta Delgada (São Miguel), às Lajes (Terceira), ao Pico ou à Horta (Faial)
  • Porto a Ponta Delgada (São Miguel) e Lajes (Terceira).

Os voos mais baratos são geralmente os voos da Ryanair de Lisboa/Porto para Ponta Delgada (São Miguel) ou Lajes (Terceira) mas para obter o melhor preço deve ser flexível com datas e utilizar comparadores de preços como o Skyscanner e o Kiwi.com.

Uma vez no arquipélago, terá de voar para Flores a partir de um destes aeroportos com a SATA, a companhia aérea açoriana. No entanto, avisamos que os lugares são limitados e, por isso, reserve o mais rapidamente possível.

Quantos dias dedicar à ilha das Flores

Recomendamos um mínimo de 3 dias, embora o ideal para as Flores seja entre 5 dias e uma semana: desta forma pode incluir uma visita de 1 ou 2 noites à ilha vizinha do Corvo e/ou deixar alguns dias de margem no caso de o tempo não estar bom (algo altamente recomendado, uma vez que as Flores são uma ilha para desfrutar com bom tempo). Por esta razão, propomos diferentes tipos de roteiros, de mais ou menos dias, que pode ver aqui.

Miradouro do Portal, o nosso miradouro favorito na ilha

O que visitar e fazer na ilha das Flores

Aqui deixamos um resumo dos locais de interesse a visitar nas Flores, e abaixo tem o mapa e informações específicas de cada local.

O que visitar e fazer nas Flores

  • Contemplar algumas das mais belas cascatas e lagoas de Portugal
  • Nadar em piscinas naturais de água azul turquesa na ponta mais ocidental da Europa
  • Desfrutar de vistas imponentes em miradouros com penhascos vestidos de verde
  • Conduzir em estradas que parecem saídas do autêntico Parque Jurássico
  • Observar o pôr-do-sol no ponto mais ocidental da Europa

Mapa das Flores

Aqui deixamos-lhe todos os locais de interesse na ilha das Flores de que falamos neste guia no mapa da Google Maps que pode levar no seu smartphone para consultar em qualquer altura. Estão divididos em Sul+Oeste (Verde) e Norte+Este (Azul).

E aqui também lhe deixamos o mapa do turismo com as estradas das Flores (clique na imagem para descarregar em tamanho e resolução maiores).

Mapa turístico da ilha das Flores (Açores)

Sul e Oeste da ilha: Cascatas, lagoas e o melhor pôr-do-sol

Poço Ribeira do Ferreiro (Poço da Alagoinha): um espetáculo da natureza

Bem-vindo ao Jurassic Park, desculpe, à ilha das Flores. O Poço da Ribeira do Ferreiro (também conhecido como Poço da Alagoinha ou Lagoa das Patas) é uma das paisagens mais deslumbrantes que temos visto nas nossas viagens pelo mundo, por isso arriscamo-nos a dizer, sem medo de represálias, que ao visitar este lugar estará a visitar um dos lugares mais bonitos de Portugal. A imponente lagoa rodeada pela falésia verde de cerca de 200 metros de altura pontilhada por dez ou vinte quedas de água não deixa ninguém indiferente e, de facto, quando puder fechar a boca estará à espera que um rex tiranossauro esteja à espreita. O espelho de água reflete e duplica a beleza destas cascatas.

O trilho de 800 metros através da floresta para lá chegar (pode estacionar aqui, e o trilho começa aqui) não é muito difícil, basta ir com calma e prestar atenção ao terreno escorregadio e às pedras soltas ocasionalmente (troque os chinelos de dedo por ténis se acabou de dar um mergulho na Fajã Grande ou na cascata do Poço do Bacalhau). Aqui está a rota no Wikiloc.

Cascata do Poço do Bacalhau

A água desce 95 metros até atingir uma piscina natural, ideal para remover o sal do corpo após os mergulhos que fez na vizinha Fajã Grande. De facto, a cascata do Poço do Bacalhau tem muita influência pela beleza da Fajã Grande, uma vez que é a protagonista do pano de fundo que vemos quando entramos no mar.

Gostámos tanto desta cascata que fomos três vezes. Um dia, desfrutámo-la sozinhos, de manhã. Outro dia, um mergulho à tarde para remover o sal do nosso corpo e receber uma hidromassagem natural da água que cai com a força daqueles mais de 90 metros. E finalmente noutro dia, antes do jantar, para ver se podíamos ver o arco-íris que, como nos foi dito, normalmente aparece aqui ao fim da tarde. O arco-íris não apareceu e temos a certeza de que é um truque da cascata para nos fazer voltar de novo, numa próxima viagem.

Para lá chegar, pode estacionar ao lado desta estrada e caminhar alguns minutos até este belo canto florentino.

A propósito, pode acordar junto a esta mesma cascata no alojamento Moinho da Cascata (de 70 euros/noite, até 6 pessoas). Note que não conhecemos o interior da casa e não sabemos como é, apenas lhe deixamos a informação porque pensamos que é um lugar idílico se vier em grupo.

Fajã Grande e as suas piscinas naturais: the place to be

As piscinas naturais de Fajã Grande são sem dúvida uma das paisagens mais deslumbrantes da ilha onde, mais uma vez, as protagonistas são elas, as cascatas, ou não estaríamos na ilha esponja por excelência. Aqui contemplamos as finas linhas brancas de água que escorrem pelas falésias verdes para o mar e que são um convite a banhar-se no mar, no caso de se visitar a ilha durante o Verão. A propósito, dizem que na Fajã Grande a temperatura é sempre alguns graus mais quente e o mar é um pouco mais calmo.

Fajã Grande e a cascata do Poço do Bacalhau como pano de fundo

Fajã Grande é um espetáculo da natureza, composto, por um lado, por uma sucessão de quedas de água descendo de um imponente penhasco para desfrutar com um mergulho ou com uma cerveja na mão (o mais deslumbrante do espetáculo, como vos dissemos antes, o Poço do Bacalhau) e, por outro lado, um Atlântico a perder de vista, ou não seria esta, a ilha mais ocidental do continente europeu. Bem, desculpem, na verdade o território mais ocidental é a sua ilhota, ilhéu de Monchique que podemos ver a partir daqui.

Se se aproximar da Ponta da Fajã , seguindo a estrada que passa mesmo em frente à queda de água do Poço do Bacalhau (Estrada da Ponta), encontrará uma pequena e bela igreja, a Igreja da Nossa Senhora do Carmo. Aparentemente apenas seis famílias muito corajosas vivem aqui, dada a proximidade da falésia onde houve deslizamentos de terras em 1987 e 2009.

É precisamente aqui, na Ponta da Fajã, que começa um dos mais belos – e mais difíceis – trilhos da ilha: mais de 13 km de trilho desde Fajã Grande até Ponta Delgada na ponta norte da ilha. Leia mais sobre o assunto na secção dos melhores trilhos para caminhadas nas Flores. Algo muito mais curto que pode fazer para apreciar as vistas deste lado da Fajã Grande é subir os 100 metros até ao Miradouro da Cruz:

Vista de Miradouro da Cruz, Fajã Grande

Não há paraísos perfeitos e, neste caso, não ia ser diferente. Fique de olho antes de entrar no mar de Fajã Grande, porque, especialmente no Verão, não há só os peixes pequenos e as pessoas a nadar aqui, mas também algumas medusas (aguasvivas) ou, pior, algumas medusas (cuja picada é dolorosa e perigosa), a caravela portuguesa. Não é que isso aconteça todos os dias, mas o aviso é feito, tal como eles fizeram connosco. Dizemos-lhe mais sobre o que fazer no caso de ser picado em Recomendações para desfrutar das Flores.

É também na Fajã Grande onde encontrará os melhores alojamentos, os melhores restaurantes e onde é ideal ficar para apreciar o pôr-do-sol no final de um dia cheio de beleza natural. Estamos a contar-lhe tudo, não é verdade? Se puder, não hesite em ficar nesta zona.

O alojamento mais conhecido para ficar aqui é o Aldeia da Cuada (a partir de 70 euros/noite) mas tem outras opções como o Sítio da Assomada ( 75 euros/noite). Encontre mais alojamentos na Fajã Grande aqui e mais opções na nossa secção Onde ficar na ilha das Flores.

O jardim com vista para o mar de uma das 17 casas de pedra da Aldeia da Cuada

Quando tiver fome, a melhor coisa a fazer é ir cedo para encontrar uma mesa na esplanada do Papadiamandis ou, se estiver frio, escolha uma mesa no interior (não se preocupe, não perderá a vista do mar e das cascatas, mas claro, não é a mesma coisa). Se coincidir com o pôr-do-sol, melhor ainda, mas atenção, a excelente relação qualidade/preço do restaurante é conhecida e pode lotar rapidamente. A propósito, o nome de um dos restaurantes mais ocidentais da Europa deve-se ao naufrágio do navio liberiano Papadiamandis aqui, na Fajã Grande, quando viajava de Nova Orleães para Hamburgo, em 1965.

A esplanada do Papadiamandis

Se é uma ocasião especial (não são todos os dias nas Flores ocasiões especiais?), vá até ao Maresia. Mais do que um restaurante, o Maresia é uma experiência: não há ementa e não há muitas mesas. O anfitrião Jorge Brilhante dá-lhe as boas-vindas como se estivesse na sala de estar da sua casa (bem, realmente está), diz-lhe o que está ao lume e quanto tempo leva. Se estiver de acordo, sente-se e desfrute a espera na companhia do Atlântico (ou de dois dedos de conversa com o Jorge). Pode também ir um dia para apreciar o pôr-do-sol com um gin tonic ou um copo de vinho. Viemos quase todos os dias, para desfrutar da companhia do Jorge (por curiosidade, foi o fotógrafo oficial da Presidência da República Portuguesa entre 1993 e 2006), da banda sonora da sua coleção de mais de 800 vinis, da vista para o mar e de um bom gin açoriano Rocha Negra. Jantámos aqui na nossa primeira e na nossa última noite na ilha e temos muita vontade de voltar.

A melhor banda sonora da ilha vem daqueles dois altifalantes ali, juntamente com as ondas do mar e o refrão das “cagarras”.

Como sempre, em todos os restaurantes das Flores, convém reservar com bastante antecedência para evitar decepções.

Aldeia da Cuada: turismo rural especial

Provavelmente o alojamento mais famoso de toda a ilha das Flores, a Aldeia da Cuada é um incrível complexo rural. Uma antiga aldeia abandonada nos anos 60 (quando a maioria dos seus habitantes emigrou para os EUA), e recuperada por um casal florentino, os pais de Carlota, atual gestora do projeto juntamente com o seu marido Silvio.

Aldeia da Cuada (a partir de 70 euros/noite) consiste em 17 casas de pedra (algumas maiores que outras, dependendo do número de hóspedes, há casas com 1, 2, 4 ou 6 quartos) com jardim com vista para o mar, cada uma com o nome da última pessoa que viveu na casa. Tem também um restaurante (delicioso) e até uma capela colorida para os viajantes crentes. Tudo isto num ambiente de labirinto verde-esponja, ao qual Flores já nos habituou. Aqui tentam preservar o espírito de outrora e isto é visível tanto na decoração das casas como na falta de televisão ou wi-fi. Se quiser uma destas “modernidades” e ligar-se a algo mais do que a natureza, terá de ir à recepção ou ao restaurante.

Para ficar aqui deverá reservar o mais cedo possível porque as belas casas de pedra voam (figurativamente falando, é claro, embora esperemos tudo das Flores). Se não chegar a tempo de obter uma ou o seu orçamento estiver à procura de algo mais barato, não perca pelo menos o seu restaurante e experimente-o num dos dias em que estiver por cá.

Reserve aqui a sua casa de campo na Aldeia da Cuada.

Fajãzinha: os queijos, a cascata e o melhor pôr-do-sol

O diminutivo de Fajãzinha, aninhado entre falésias e quedas de água, é bastante explicativo: se por um lado está a “Fajã Grande”, por otro está a “Fajãzinha”, a pequena Fajã. E para ver o pôr-do-sol, nada melhor do que no Pôr de Sol. Não, não me enganei,“Pôr-do-Sol” é o nome do restaurante que tem uma das melhores vistas (para algumas pessoas, a melhor) da ilha para dizer adeus ao sol no mar, na sua esplanada.

A esplanada e a típica gastronomia florentina deste restaurante familiar (mas acima de tudo, a esplanada) são a razão pela qual a maioria dos viajantes vem a Fajãzinha. Os pratos mais típicos para provar no Pôr-do-Sol são os enchidos, especialmente a morcela e a linguiça, mas se for adepto do vegetarianismo, não deixe de provar os bolos de erva-patinha (ou nori do Atlântico), uma alga marinha local com sabor fumado. Não há qualquer hipótese de errar o seu pedido: quando chega ao restaurante, receberá um teste de escolha múltipla. Calma, não regressou à sua secretária escolar nem ao trabalho, é simplesmente a ementa onde deverá assinalar o que quer comer e beber.

Para além do restaurante e das vistas da Fajãzinha, os amantes de queijos estejam atentos, pois por aqui também se podem provar e comprar queijos insulares, na Queijaria Pico Redondo. Naturalmente, os queijos de Ilda Henriques não são curados durante muito tempo, um mínimo de 15 dias e um máximo de três meses, pelo que são mais macios e menos intensos do que aquilo a que provavelmente está habituado nos Açores. A propósito, Ilda tinha uma pastelaria e começou a fazer os queijos, simplesmente para aproveitar o leite das suas vacas, até que a fama destes começou a passar de boca em boca, de tal forma, que ela agora dedica-se exclusivamente a esta produção, não só, para toda a ilha, mas também para as outras ilhas açorianas, para o continente e até mesmo para os Estados Unidos!

Mas não é só para comer e beber que a Fajãzinha merece uma visita. Se quiser visitar um moinho de água antigo em pleno funcionamento, pode fazê-lo gratuitamente no Moinho da Fajãzinha ou Moinho da Alagoa (porque é movido pelas forças das águas do rio Alagoa). A moleira Fátima Serpa já está habituada às pessoas que querem saber sobre o seu trabalho e explica como funciona a moagem do milho, neste moinho de 1862, até à distribuição da farinha em vários pontos da ilha. Basta aparecer entre as 13h e as 17h nos dias de semana.

Para além da explicação de Fátima, como bónus, obtém-se a bela vista do moinho para a impressionante cascata de 110 metros da Ribeira Grande.

Se quiser passar a noite na Fajãzinha e apreciar o seu belo pôr-do-sol a partir de casa, consulte a Casa de Campo de Fajãzinha. Mais opções em Onde ficar na ilha das Flores.

Miradouro do Portal

O nosso miradouro favorito na ilha. Fomos duas vezes, pois da primeira vez o nevoeiro roubou-nos a visibilidade, decidimos repetir a visita num dia de sol para contemplar a vista sem qualquer obstáculo. Nota: a fotografia não lhe faz justiça:

Do Miradouro do Portal podemos ver a Fajãzinha e a deslumbrante cascata da Ribeira Grande, a Fajã Grande e a sua sucessão de quedas de água, a esponja verde florentina que envolve tudo e o Atlântico azul a perder de vista, ou não estaríamos na ponta mais ocidental da Europa. Sem dúvida, o cenário ideal para uma das melhores fotografias da viagem.

Mosteiro

Fomos motivados por duas razões para chegar ao Mosteiro: um cemitério onde um pirata está enterrado e uma aldeia abandonada na caldeira de um vulcão.

Sobre a primeira motivação que nos atraiu ao Mosteiro, relacionada com a sua igreja e cemitério, há uma história sombria que atravessa mares do Oriente até Flores e navios com a bandeira da caveira bem hasteada. Aparentemente, um florentino chamado António Freitas nascido na Fajãzinha em 1792, era um pirata! Isto é algo que, de acordo com o que lemos no Museu das Flores, não foi provado documentalmente mas é altamente suspeito e compreenderá quando vir a sua sepultura misteriosa. Diz-se que quando se estabeleceu em Macau, dedicou-se ao tráfico de ópio (e prosperou) e finalmente acabou na prisão. Quando conseguiu fugir da prisão, cumpriu a sua promessa: regressar à sua ilha natal, Flores, e mandar construir a Igreja do Mosteiro, cuja padroeira é Santa Filomena. Nas traseiras da igreja, no cemitério, há um mausoléu que se destaca do resto… Se gosta de histórias de piratas, aqui está uma história real e visitável na ilha das Flores.

Sobre a aldeia abandonada na caldeira do Mosteiro, a nossa motivação era conhecer e caminhar por uma autêntica aldeia florentina e abordar a vida quotidiana de outrora. Embora atualmente se vejam as ruínas do que eram as casas da aldeia, está em curso um projeto de turismo rural para a reabilitar e dar-lhe vida de novo. Além disso, só pelas vistas deste lugar do Mosteiro, vale a pena a visita.

Miradouro Craveiro Lopes

Considerado um dos mais belos miradouros da ilha, vale a pena aproximar-se do miradouro Craveiro Lopes para obter uma vista panorâmica das falésias verdes da costa ocidental, uma vista diferente (e distante) das impressionantes cascatas do Poço da Ribeira do Ferreiro, sobre a Fajã Grande e até da Aldeia da Cuada.

Fomos de manhã e o nevoeiro roubou-nos algum do esplendor, mas foi-nos dito que o pôr-do-sol aqui é espectacular.

Rocha dos Bordões

Verá esta imponente rocha que faz lembrar um órgão de tubos, desde a estrada, até decidir ir vê-la mais de perto, de propósito. Para contemplar o órgão, desculpe, a rocha, é melhor estacionar neste miradouro. É uma formação geológica com 570 mil anos, resultante do rápido arrefecimento da rocha basáltica em colunas verticais de cerca de 20 metros de altura, coloquialmente chamadas livrarias.

Para além de contemplar o fenómeno geológico mais curioso da ilha, olhe atentamente ao longo da estrada porque também passará pela Cascata da Ribeira do Fundão, junto à estrada, a cerca de 500 metros de distância.

Lajedo: miradouros e caldeiras

Depois de contemplarmos a Rocha dos Bordões, continuamos para sul ao longo da costa para apreciarmos as paisagens. A estas alturas do guia, já se apercebeu que uma das melhores coisas a fazer nas Flores é simplesmente apreciar as paisagens. Naturalmente, é essencial parar de vez em quando para absorver as panorâmicas paisagens florentinas.

Nesta estrada, recomendamos a paragem em Miradouro do Cartário e Miradouro da Baía do Mosteiro.

Se lhe apetecer caminhar com um mergulho no final, em Lajedo há um trilho que vai até à Fajã Grande (13,5 km). Mais informações mais abaixo, nos melhores trilhos das Flores .

Mais a sul, na costa, está a única nascente de água quente da ilha. Não chegámos a ir, mas as pequenas caldeiras, conhecidas como Águas Quentes, estão aqui, se quiser dar um mergulho na água quente natural. Neste link está a rota no Wikiloc.

Uma seguidora que fez o percurso para Águas Quentes (2023) comenta-nos o seguinte: «A única sugestão é que atualizem a parte referente à área de água quente na zona do Lajedo, Águas Quentes. Hoje tentámos fazê-lo e é muito arriscado, é bastante escorregadio e há um troço no final da subida que é bastante difícil onde é preciso passar entre pedras pontiagudas. No final das contas, é uma piscina minúscula com muitas ondas, onde nem conseguimos nadar. Definitivamente não vale a pena o esforço e o risco que representa, e nem mesmo na própria placa o aviso é suficientemente claro.”

As 7 Lagoas das Flores

Uma das atrações da ilha das Flores são as suas 7 lagoas instaladas nas caldeiras dos vulcões inativos. O que chamou a nossa atenção, para além da sua beleza, é o quão descritivos são os seus nomes.

Lagoa Funda e Lagoa Rasa

Em direção ao sul da ilha, mais perto das Lajes das Flores, as lagoas Funda e Rasa têm uma particularidade: embora estejam próximas uma da outra, estão a altitudes diferentes: a Funda está a 360 metros e a Rasa a 530 metros. É possível vê-las em simultâneo, estacionando neste miradouro.

A Lagoa Funda é a nossa preferida. Delimitada por um verde exuberante que se reflete na própria lagoa, ver as nuvens dançar do seu miradouro foi um verdadeiro espetáculo. Esta lagoa tem uma profundidade máxima de 35 metros na sua caldeira.

A Lagoa Rasa mesmo à frente, é também muito bonita, mas, na nossa opinião, é um pouco ofuscada pela sua vizinha. Embora se encontre a uma altitude superior, tem, como o seu nome indica, menos profundidade: cerca de 16 metros de profundidade máxima.

Lagoa Negra e Lagoa Comprida

No Planalto Central da ilha, as lagoas Negra e Comprida estão localizadas uma ao lado da outra e têm a melhor vista panorâmica das lagoas das Flores. Deste miradouro, é possível ver ambas as lagoas.

Lagoa Comprida: porque é de facto mais comprida, embora na realidade seja mais escura do que a Lagoa Negra. Está rodeada de flora endémica, mais especificamente cedro-do-mato, que se assemelha a algo assim como uns bonsais gigantes.

Lagoa Negra : ao lado da Lagoa Comprida, embora seja atualmente mais esverdeada na cor. É a lagoa mais profunda de todas as lagoas do arquipélago açoriano (sim, mais profunda que a Lagoa Funda) com 113 metros de profundidade. Estima-se que o seu volume de água exceda os sete milhões de metros cúbicos.

Há um trilho que liga estas duas lagoas – Lagoa Negra e Lagoa Comprida – com a impressionante cascata do Poço do Bacalhau. Não o fizemos, mas aparentemente são 7 km, um pouco exigentes, mas que valem a pena pelo deslumbrante cenário do Planalto Florentino Central. Mais informações em Os melhores trilhos na Ilha das Flores .

Lagoa Seca

Também localizada no Planalto Central, o seu nome (Lagoa Seca) é tão ilustrativo que não precisa de explicação, certo? Bem, é a única das sete que não tem água permanente: apenas a água da chuva se acumula no seu perímetro. Deste miradouro, é possível ver a Lagoa Seca.

Lagoa Branca

Lemos duas teorias sobre o porquê de ser chamada a “mais branca” das lagoas: uma teoria diz que o seu nome vem do facto de esta lagoa reflectir especialmente o céu e quando isto acontece, ganha uma cor mais clara. A outra teoria, e a que pensamos fazer mais sentido, diz que o seu nome vem dos “tufos calcários” (uma rocha vulcânica de cor clara) que a rodeiam, embora não tenhamos conseguido apreciar estes “tufos”…

Lagoa da Lomba

No sudeste da ilha, a Lagoa da Lomba é aparentemente assim chamada porque está localizada na colina de uma montanha. Ou também pode ser simplesmente por estar perto de uma aldeia chamada Lomba. Ou talvez a aldeia também seja assim chamada por causa da sua localização…. Seja como for, é a única das sete lagoas que não pertence à lista de geossítios de interesse nacional. Além disso, no dia em que lá fomos, o nevoeiro roubou-nos a possibilidade de a contemplarmos em todo o seu esplendor e, pelos visto, é bastante frequente que isto aconteça… Esta lagoa é a que podemos chegar mais facilmente a pé até à sua água, mas cuidado, os mergulhos estão proibidos!

De bonus track na sua visita às lagoas, apreciará as incríveis estradas e paisagens que as rodeiam…

Fajã de Lopo Vaz e o seu trilho

Com este trilho descubrirá uma “fajã” com um microclima tropical, pelo que é possível que, ao chegar, encontre um clima diferente daquele em que acabou de estar noutro lugar da ilha. Além disso, a Fajã de Lopo Vaz foi muito provavelmente o primeiro lugar da ilha a ser habitado. O seu nome “Lopo Vaz” é, de facto, o nome de um dos primeiros colonos das Flores.

O trilho tem 3,4 km e, embora seja curto, é muito íngreme. O caminho é o mesmo para ida e volta, por isso tudo o que descer… terá de subir. Mas claro, este caminho dar-lhe-á umas vistas panorâmicas de cortar a respiração e um mergulho quando chegar (tenha cuidado com as correntes) mas dizem que a água é mais quente do que no resto da ilha e a verdade é que a temperatura estava esplêndida.

Nível de Dificuldade Randomtripper: Médio. É um trilho curto mas íngreme, escorregadio (por vezes há quedas de rocha) e em dias de chuva imaginamos que será complicado. Botas/sapatilhas essenciais para fazer o trilho.

É imprescindível trazer, para além de muita água, botas/tenis com boa aderência e sandálias de água para a praia (como estas Cressi, por exemplo) dado que, como a maioria das praias dos Açores, a praia não é arenosa, é de calhau. Lemos (sem poder verificar a veracidade) que foram avistados tubarões-martelo nesta praia!

Ficámos espantados porque num ambiente tão selvagem, onde menos se espera… há três duches de água doce, no meio da natureza. Foi um prazer lavar o sal do nosso corpo e encher de novo as nossas garrafas de água num sítio tão remoto…. Na verdade, soubemos mais tarde que aqui havia sempre uma fonte de água potável que era utilizada desde os primeiros dias da população da ilha.

Atenção! Não há cobertura nem rede neste trilho, por isso é ideal para se desligar, mas tenha em atenção, descarregue a rota em maps.me antes de a iniciar.

Lajes das Flores

Sendo a ilha das Flores, a ilha mais ocidental da Europa e as Lajes o município mais ocidental das Flores, as Lajes das Flores são, portanto, o município mais ocidental da Europa:

Fomos às Lajes para um merecido café e para esticar as pernas após a subida do trilho da Fajã Lopo Vaz e tivemos o prazer de encontrar a bela esplanada do Bar O Trancador com vista para a praia do porto. Se se sente com vontade de um mergulho, este é o momento.

A propósito, o porto das Lajes foi destruído em 2019, devido ao Furacão Lorenzo, deixando a ilha temporariamente com problemas de abastecimento. Está atualmente a ser reconstruído e espera-se que esteja pronto em 2025.

Também nos aproximámos do farol, o Farol das Lajes (um farol de 1910 reabilitado em 2008) porque gostamos sempre de olhar para as paisagens, nos miradouros oferecidos pelos faróis.

Embora não seja a primeira opção que recomendamos para ficar nas Flores (a Fajã Grande parece-nos a melhor opção), tudo na ilha está realmente perto (excepto a ponta norte de Ponta Delgada), pelo que a partir das Lajes das Flores pode deslocar-se num curto espaço de tempo para os principais pontos da ilha, oferecendo boas opções de alojamento. Ficar aqui tem uma grande vantagem: a sua oferta gastronómica.

Nesta área, destacamos a Casa das Pedras Brancas ( a partir de 62 euros/noite); a Casa dos Morros ( a partir de 65 euros/noite); a Vivenda Joaquim (a partir de 70 euros/noite); ou a Casa das Flores (a partir de 110 euros/noite). Encontre mais opções em Lajes, clicando aqui. Mais opções em Onde ficar nas Flores.

Perto das Lajes encontrará o famoso O Forno Transmontano (pratos típicos da região de Trás-os-Montes nas Flores); o Casa do Rei (pratos feitos com produtos orgânicos); os Cana Roca (para provar as melhores pizzas da ilha) e o Pastelaria Rosa (para saborear o doce típico da ilha, as queijadas florentinas, criadas por uma mulher florentina e empreendedora). Mais sobre restaurantes nas Lajes ou nas proximidades em Onde Comer nas Flores.

"El fin de un viaje es simplemente el comienzo de otro. Lo importante es volver a empezar el viaje siempre." Lajes das Flores
“O fim de uma viagem é simplesmente o começo de outra. É preciso recomeçar a viagem sempre”. Visto nas Lajes das Flores

Norte e Este da ilha: piscinas naturais com águas turquesas, miradouros e faróis.

Santa Cruz das Flores

Piscinas naturais e Poça das Salemas

Se chegou até aqui, já percebeu que não é só com o seu verde e com lagoas de água doce que Flores encanta quem a visita, mas também pelas suas piscinas naturais! E estas são especiais. As piscinas naturais de Santa Cruz das Flores foram as primeiras a que fomos na ilha, e foram o melhor aperitivo para os mergulhos nas Flores. Para além das águas cristalinas e nada frias (é difícil encontrar um lado negativo nesta ilha, mas até a água não é muito fria, pelo menos quando fomos em Julho), estas piscinas naturais têm vistas para a vizinha ilha do Corvo, que visitámos uns dias mais tarde.

As piscinas naturais de Santa Cruz têm uma vista privilegiada do Corvo (no fundo à esquerda).

Estas belas piscinas naturais de origem vulcânica estão localizadas junto ao passeio da vila mais importante da ilha, têm fácil acesso com escadas e até um bar com esplanada onde se pode tomar uma bebida após o banho. Na nossa opinião, é essencial trazer óculos e tubo de snorkel para cumprimentar os muitos peixes coloridos que ali se encontram.

No mar não vivem apenas peixes e, especialmente no Verão, é preciso estar atento às alforrecas e caravelas portuguesas, cuja picadura pode ser muito dolorosa e perigosa. Dir-lhe-emos mais sobre isso e o que fazer se for picado por uma caravela portuguesa em Recomendações para desfrutar das Flores .

Perto destas piscinas naturais encontra-se a Poça das Salemas. Para desfrutar deste paraíso florentino basta descer primeiro as escadas de madeira, depois as de metal e nadar, flutuar, observar a vida marinha. Desfrute!

Não só por estar perto destas incríveis piscinas naturais, mas também pela boa oferta gastronómica, Santa Cruz das Flores, é outra boa opção para ficar na ilha. Veja a Casa da Cruz (de 62 euros/noite); Casas da Quinta (de 75 euros/noite) ou Casa Vicente (de 120 euros/noite até 5 pessoas). Mais opções em Santa Cruz das Flores aqui e mais informações em Onde ficar nas Flores: melhores áreas.

Museus

Museu das Flores: O museu está localizado no belo Convento de São Boaventura (também conhecido como Igreja de São Francisco) e oferece um passeio pelos momentos mais significativos da história da ilha das Flores. Foi aqui que aprendemos mais sobre a presença francesa na ilha das Flores (a Base Militar Francesa, ou melhor, a Estação de Telemetria operada entre 1964 e 1993 na ilha) através de um documentário que retrata como esta presença influenciou o modo de vida do povo florentino (em termos de moda, comportamentos, etc). Foi também neste museu que aprendemos mais sobre a história de António Freitas, o pirata enterrado no Mosteiro, e compreendemos como as pessoas viviam e se sustentavam nas Flores através de um conjunto de artefactos.

Fábrica da Baleia do Boqueirão: Não chegámos a ir a este museu mas aqui pode encontrar vários conteúdos multimédia e uma exposição de barcos e utensílios utilizados durante a caça à baleia na ilha das Flores. A“baleação” foi uma atividade económica muito importante nos Açores -especialmente na ilha de Pico- durante cerca de 50 anos e os números são chocantes: entre 1896 e 1949 foram caçadas cerca de 12 mil baleias. A atividade foi felizmente proibida, quando Portugal aderiu à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986. Sobre o mesmo tema, na ilha das Flores, existe também o Museu do Baleeiro nas Lajes das Flores, mas foi-nos dito que é mais pequeno e mais humilde.

Auditório/Museu Municipal: A sua arquitetura vanguardista chamará a sua atenção porque se destaca do resto, afinal, encontra-se numa ilha remota no meio do Oceano Atlântico. Este auditório é algo como o epicentro cultural da ilha; aqui são realizadas exposições, concertos e conferências.

Barco para o Corvo

Foi no Cais das Poças, em Santa Cruz das Flores, que vivemos o momento de maior suspense de toda a viagem. Após alguns grandes dias na ilha, na manhã em que tínhamos a nossa viagem de barco para ir até à ilha do Corvo, começou a chover muito e aqui, neste Cais, foi-nos dito que o barco provavelmente não partiria, nem nesse dia nem nos dias seguintes… Algo muito comum nos Açores e aquilo a que temos de nos habituar é que o tempo é muito mutável e imprevisível e pode perturbar os nossos planos. Finalmente surgiu uma “janela de oportunidade” (algo que ouvirá muito por aqui) e fomos, numa viagem algo conturbada de 40 minutos, até à ilha vizinha do Corvo. Pode viver esta aventura connosco nas histórias em Destaque no nosso Instagram: Corvo.

A silhueta do Corvo desde Flores
Miradouros

Perto de Santa Cruz das Flores, há alguns miradouros que merecem uma paragem:

Miradouro da Costa Nordeste: perto de Fábrica da Baleia, deste miradouro é possível ver as falésias da costa nordeste das Flores.

Miradouro do Monte das Cruzes: vista do topo de Santa Cruz das Flores e do aeroporto (bom local para ver os aviões a descolar ou a aterrar).

Miradouro Pico da Casinha: fomos no primeiro dia, assim que chegámos. Tem vista para a ilha do Corvo e para algumas das colinas das Flores.

Miradouro Arcos Ribeira da Cruz: um miradouro ideal para compreender porque é que Flores é chamada a ilha-esponja. A vista panorâmica mostra as colinas vestidas de verde lustroso com o oceano como pano de fundo.

Queijaria Val da Fazenda

Perto de Santa Cruz das Flores, na Fazenda de Santa Cruz, encontra-se a Queijaria Val da Fazenda ou, como é conhecida localmente, a “Queijaria das Anas”, uma vez que duas Anas, mãe e filha, gerem este negócio a partir de casa. Vivem ali mesmo, mas infelizmente quando lá fomos, não estavam e ficámos sem provar o famoso queijo. E digo famoso porque – graças a Jorge Brilhante que possibilita que o deguste no restaurante Maresía na Fajã Grande – o seu queijo é mesmo vendido na loja especializada “Queijaria” em Lisboa. Para além dos queijos frescos, existem também queijos curados, com períodos de cura que variam entre dois a quatro meses.

Miradouro da Caveira e Fajã do Conde

A lenda de Miradouro da Caveira conta que um náufrago chamado Demétrio apareceu um dia por ali e viveu na zona durante vários anos. Era querido por toda a aldeia apesar de ter algo que o distanciava dos outros: não era crente e vivia como um herege. Por esta razão, diz a lenda que quando Demétrio morreu, uma caveira iluminada começou a aparecer à noite neste mesmo local onde se encontra o miradouro. A população acreditava que isto se devia ao facto de a alma atormentada de Demétrio, tendo vivido herege durante a sua vida, não ter podido entrar no purgatório. Decidiram, portanto, começar a dizer missas em nome dele até ao desaparecimento de dita caveira. Devido a este mistério do Demétrio, o miradouro ainda hoje se chama miradouro da caveira.

Uma das coisas que estávamos ansiosos por fazer e terá de ficar ara a próxima é um passeio de barco pela costa das Flores e sobre tudo porque nesta costa há algo de interessante: a Gruta dos Enxaréus. É uma cavidade vulcânica de 50 metros de comprimento e 25 metros de largura que pode ser visitada por barco (pequena, claro, não é muito alta). Aparentemente, foi utilizada durante séculos como esconderijo para piratas e corsários e hoje é um dos pontos interessantes da ilha para o mergulho submarino.

Se quiser fazer um passeio de barco pela costa florentina, fale com Carlos Mendes de Extremocidente via e-mail info@hotelocidental.pt. Também foi ele que nos levou até ao Corvo, sãos e salvos.

Muito perto do Miradouro da Caveira está o miradouro da Fajã do Conde, do qual podemos ver de cima, esta fajã e parte da costa leste da ilha das Flores.

Baía de Alagoa

A bela baía de Alagoa pode ser vista de cima e explorada por baixo.

Para contemplar a baía de Alagoa, de cima, há dois miradouros que adorámos: o Miradouro dos Caimbros e o Miradouro dos Cedros.

Destes miradouros pode-se ver como o mar entrelaça as rochas e os vários ilhéus, como o ilhéu de Garajau, o ilhéu de Alagoa ou o ilhéu de Álvaro Rodrigues, que foi cultivado até meados do século XX.

De baixo, o melhor a fazer é desfrutar de Alagoa Beach com um bom mergulho (as botas são uma obrigação, claro) na água que raramente desce abaixo dos 20º devido à Corrente do Golfo. A estrada para descer não é mostrada no Google Maps, mas pode-se chegar lá de carro (o desvio é neste ponto, incluído no nosso mapa), embora com cuidado porque o espaço de estacionamento é limitado (3-4 carros) e o último trecho do caminho é um pouco íngreme. Por aqui fica o Parque Alagoa, um dos locais de excelência para acampar (gratuito) na ilha das Flores ou passar um dia agradável com a família ou amigos: paisagens, praia e um churrasco comunitário ao qual os Açores já nos acostumam com a sua máxima: onde houver uma boa”vista”, haverá um churrasco.

Nas proximidades encontra-se também o Miradouro Fajã dos Cedros, de onde há paisagens cheias de tons de verde da zona dos Cedros.

Museu do Machado e Miradouro do Ilhéu Furado

Um pouco mais a norte fica Ponta Ruiva, um dos lugares mais isolados da ilha que esconde um museu e um miradouro que atrai os viajantes. O Museo do Machado, ou Casa do Machado, é uma espécie de museu não oficial, sobre a vida nas Flores, no passado. Uma casa que o convida a viajar no tempo. José Fortuna decidiu expor algumas peças que recolheu e guardou ao longo do tempo e que ilustram o modus vivendi daqueles tempos em que nascer na ponta mais ocidental da Europa era uma escolha entre emigrar ou sobreviver. Nesta pequena sala escura há toda uma exposição de objetos desde a cadeira do homem que foi durante anos o único barbeiro na ilha até fotografias antigas em cima de um velho colchão de cascas de milho.

O Miradouro do Ilhéu Furado está localizado mesmo em frente à Casa do Machado e oferece paisagens deslumbrantes sobre a costa nordeste da ilha.

A Estrada das Turfeiras entre Cedros e Ponta Delgada

Podemos dizer que nas Flores conhecemos outro “modo esponja“, muito mais verde e mais saudável, e a estrada que liga Cedros a Ponta Delgada (ou vice-versa) é o melhor exemplo disso. Há paredes da ilha florentina, visíveis especialmente nesta parte da ilha, vestidas com um verde tão brilhante e tão húmido que faz jus a ser conhecida como a ilha esponja e que só o fazem querer atirar-se sobre eles e dedicar-se à contemplação. Isto deve-se às“turfeiras” ou “musgão”,é conhecida localmente (Sphagngnum spp, para o pessoal da botânica).

As turfeiras são um ecossistema muito particular uma vez que são autênticos reservatórios de água. Atuam como esponjas de musgos e vegetação que se acumularam ao longo de milhares de anos sem se decomporem completamente, num ambiente saturado com água. A Turfeira da ilha das Flores, situada nestas zonas altas e húmidas do Planalto Central, é nada mais, do que a maior e melhor preservada da Europa. É essencial para o equilíbrio hídrico da ilha e para a sua paisagem única de quedas de água e margens de rios, com uma capacidade de retenção de água até 20 vezes superior ao seu peso.

Não ficará surpreendida/o se lhe dissermos que passámos quatro vezes nesta estrada e, em todas elas, parámos no Miradouro da Pedrinha, neste outro miradouro e no Miradouro de Ponta Delgada, não só para apreciar as paisagens mas sobretudo para apreciar essas turfeiras.

Ponta Delgada

A ilha das Flores também ostenta uma Ponta Delgada, homónima da capital da ilha de São Miguel, que faz justiça ao seu nome. A florentina Ponta Delgada é uma língua de planície que entra do mar para o interior, no extremo norte da ilha.

Recomendamos-lhe que vá a este miradouro para obter as melhores vistas não só da baía de Ponta Delgada e do seu porto, mas também da ilha vizinha do Corvo. O miradouro chama-se Miradouro sobre o Porto e Baía de Ponta Delgada e se entrar no link, deixamos-lhe a localização específica no Google Maps.

Por curiosidade, foi aqui em Ponta Delgada que a Base Militar Francesa, ou melhor, a Estação de Telemetria da ilha das Flores, operou entre 1964 e 1993. A função desta estação era detetar e estudar as trajetórias dos mísseis balísticos de médio alcance (cerca de 3.000 quilómetros) disparados do Centre d’Essais des Landes, em Biscarosse (França), ou de submarinos ou navios que navegavam nas águas da Bretanha, com trajetórias sobre o Oceano Atlântico.

Também aqui começa um dos mais belos trilhos da ilha das Flores, aquele que liga Ponta Delgada à Fajã Grande ao longo de 13 km. Não fizemos este trilho, que pode ser feito nos dois sentidos, mas foi-nos dito que na verdade é melhor fazê-lo de norte a sul, ou seja, começar aqui e descer até à Fajã Grande para evitar uma das subidas mais difíceis. Leia mais sobre isto na secção dos melhores trilhos na ilha das Flores.

Em Ponta Delgada há também um parque de campismo gratuito com todas as comodidades (casa de banho, água, duche, zona de barbecue…) e vistas para a ilha vizinha do Corvo.

Albarnaz e Farol da Baía de Além

No outro extremo da ponta norte da ilha encontra-se o imponente Farol de Albarnaz, um farol fotogénico rodeado de pastagens verdes e de pequenas vacas que se alimentam, relaxando. Quando lá fomos havia muito nevoeiro e vento, mas em dias claros diz-se que é uma das melhores vistas da Ilha do Corvo.

Um pouco mais abaixo fica o Miradouro da Baía de Além e a sua vista da ilhota Maria Vaz (para chegar lá, estacionar aqui). Venha aqui para absorver a imensidão do Atlântico e pense que, em frente, a cerca de 2000 milhas, estão os Estados Unidos da América.

Se quiser fazer o percurso de que falámos no ponto anterior até Fajã Grande (cerca de 13 km), deve saber que é precisamente aqui, perto da Baía do Além, que se recomenda começar, para evitar parte da estrada, especificamente neste ponto do mapa.

Morro Alto

O Morro Alto é o ponto mais alto da ilha das Flores, com 914 metros acima do nível do mar. Pode-se chegar lá por uma estrada de terra (pode-se ir de carro, lenta e calmamente, apreciando a paisagem) e, se o dia estiver claro, ter uma bela vista panorâmica de toda a ilha e mesmo da ilha vizinha, o Corvo.

Visitar a vizinha ilha do Corvo

A ilha mais pequena do arquipélago, o Corvo, foi também uma das mais especiais na nossa viagem de dois meses nos Açores. O Corvo é muito mais do que o seu Caldeirão (a impressionante caldeira do seu vulcão que forma uma das paisagens mais espectaculares de Portugal) e vale a pena passar pelo menos uma ou duas noites por lá. Se não tiver tempo para isso, poderá conhecer a ilha no passeio de um dia a partir das Flores:

Reserve aqui a visita à Ilha do Corvo

O impressionante Caldeirão na ilha vizinha do Corvo

Para ir ao Corvo ou para conhecer Flores de barco, pode contactar Carlos de Extremocidente por e-mail para info@hotelocidental.pt. Carlos Mendes é a simpatia, o profissionalismo e a aventura em pessoa. Além disso, ele faz um importante trabalho de sensibilização ambiental para aqueles que entram no seu barco.

Os melhores trilhos para caminhadas na ilha das Flores

Nesta viagem pelas nove ilhas dos Açores prometemos a nós próprios fazer, pelo menos, um trilho por ilha e as Flores não iriam ser excepção. De facto, tínhamos planeado fazer dois, mas devido às condições meteorológicas, conseguimos fazer apenas um.

Fajã Lopo Vaz: um trilho com a recompensa final de um mergulho no mar
  • Fajã Lopo Vaz (PRC04 FLO): 3,5 km de ida e volta (com uma descida e, posteriormente, subida bastante íngreme), e a recompensa de um mergulho na praia onde dizem que a água é mais quente do que no resto da ilha. Se só tiver tempo para fazer um trilho à volta da ilha, recomendamos este. Não ocupará o dia inteiro, o cenário é incrível e inclui um mergulho. Que mais deseja? Mais informações e brochura oficial
  • De Ponta Delgada à Ponta da Fajã (Fajã Grande) (PR01 FLO): 13km de trilho. Foi-nos dito que é melhor fazer este trilho de Norte a Sul, ou seja, de Ponta Delgada a Fajã Grande e que, de facto, o ideal é iniciar especificamente aqui, perto da baía do Além, para evitar um troço de estrada em Ponta Delgada. Mais informações e brochura oficial

Recentemente comentaram-nos que para fazer o trilho Fajã Grande- Ponta Delgada, pode-se ir de autocarro mas os horários e as ligações são limitados (neste link encontra os horários de autocarro). A outra opção é ir de taxi (aqui está a lista oficial de taxistas da ilha com os números de telefone) e o preço, de acordo com esta rota no Wikiloc, comentam 35€, para o caso da referência lhe ser de utilidade mas o melhor é sempre confirmar com o taxista.

  • Grande Rota das Flores (GR01 FLO): o trilho anterior está incluído neste, o maior da ilha. São 47 quilómetros entre Santa Cruz das Flores e Lajedo, no extremo sul da ilha, cobrindo grande parte da costa a pé. Mais informações e brochura oficial
  • Do miradouro da Lagoa Negra e da Lagoa Comprida até à cascata do Poço do Bacalhau (PR03 FLO): 7,3 km exigentes através de paisagens, de cortar a respiração, do Planalto Florentino Central. Mais informações e brochura oficial

Onde mergulhar nas Flores

Embora não tenhamos feito mergulho nas Flores por falta de tempo, foi-nos recomendado o centro de mergulho Longitude 31 pelo seu profissionalismo, qualidade de equipamento e excelente equipa. Aliás, não organizam apenas saídas para mergulhar mas também excursões de snorkeling, por isso, mesmo que não esteja certificado/a em submarinismo, pode explorar o fundo do mar florentino.

Já se sabe que os ilhéus tendem a rodopiar muita vida à sua volta, por isso não será uma surpresa se lhe dissermos que entre os melhores locais de mergulho da ilha estão :

  • Ilhéu do Garajau, a cerca de 400 metros da linha costeira florentina
  • Ilhéu de Monchique, o território mais ocidental de todo o continente europeu, está situado a cerca de 1.600 metros da costa.
  • Fajã Grande: se é um principiante ou se nunca mergulhou antes, esta é uma das mais belas zonas da ilha, onde os batismos de mergulho são normalmente feitos nas Flores.
  • Gruta do Galo, a cerca de 15 minutos de barco do Porto de Santa Cruz.
  • Parque Arqueológico Subacuático da Slavónia: um transatlântico naufragado em Lajedo (sul da ilha) em 1909.

Onde ficar na ilha das Flores: melhores zonas

O ideal para dormir nas Flores é na Fajã Grande ou nas proximidades, onde existem não só, alguns dos locais mais bonitos da ilha (Poço Ribeira do Ferreiro, Poço do Bacalhau, a própria Fajã Grande) mas também alguns dos melhores restaurantes e alojamentos.

Se, como nós, não conseguir encontrar alojamento na Fajã Grande devido à falta de disponibilidade, lembre-se que tudo nas Flores fica a cerca de meia hora de carro, por isso está tudo bem. Finalmente ficámos em Santa Cruz, muito perto das fantásticas Piscinas Naturais e Poça das Salemas, e adorámos.

As Lajes das Flores são outra opção muito boa para ficar e fazer uma base, com excelentes restaurantes nas proximidades. O ponto que nos parece mais remoto para se procurar alojamento na ilha das Flores é Ponta Delgada.

Jardim de uma das casas de pedra da Aldeia da Cuada na Fajã Grande. Reserve aqui.

Onde ficar na Fajã Grande e arredores

  • Residência Mateus (50 euros/noite): Quartos simples e confortáveis com vista para a impressionante queda de água do Poço do Bacalhau.
  • Palheiro da Assomada (55 euros/noite) : Uma casa muito acolhedora com um quarto e um sofá-cama na sala de estar com um plus: manteiga de flores e compota caseira para o pequeno-almoço.
  • Aldeia da Cuada (a partir de 70 euros/noite): Turismo rural em casas de pedra de diferentes tamanhos (dependendo do número de hóspedes há casas com 1, 2, 4 ou 6 quartos). Cada casa de campo tem a sua própria cozinha e espaço exterior. Naturalmente, o objectivo é ligar-se o máximo possível à natureza e desligar-se de todo o resto. Para aceder à TV ou WiFi, terá de ir à recepção ou ao (muito bom) restaurante do complexo. É sem dúvida o alojamento mais famoso da ilha e terá de reservar com bastante antecedência.
  • Moinho da Cascata(a partir de 70 euros/noite): uma cabana mesmo ao lado da cascata do Poço do Bacalhau, a mais bela da ilha. Pode acomodar até 6 pessoas
Moinho da Cascata. Foto de Booking
  • Sítio da Assomada (75 euros/noite): Uma cabana de madeira para um casal ou família com filhos, idílica, com jardim
Jardim do Sitio da Assomada. Foto de Booking
  • Casa Via d’Água (a partir de 80 euros/noite): Uma casa com 2 quartos que acomoda até 6 pessoas. O jardim com redes é ideal para relaxar durante o dia e observar as estrelas durante a noite.
  • Alojamentos Flores (a partir de 80 euros/noite): Casas de 1 a 3 quartos na aldeia de Fajã Grande. Serviço imbatível
  • Casa Atlantida (de 85 euros/noite): casas de 1 a 4 quartos viradas para o Oceano Atlântico, acesso directo ao mar, barbecue e estacionamento privado.

Mais opções onde ficar na Fajã Grande aqui

Onde Dormir na Fajãzinha

  • Casa da Queijaria (65 euros/noite) : Está familiarizado com Queijaria Pico Redondo? Esta casa de 2 quartos (onde podem ficar até 5 pessoas), cozinha e vista para o mar é gerida pela Sra. Ilda Henriques, a queijeira. Sabe o que isso significa? Queijo fresco delicioso para o pequeno-almoço e, quem sabe, um pequeno presente de despedida?
  • Fajãzinha Cottage (70 euros/noite): Uma casa para 2 pessoas em frente ao mar, ideal para apreciar o pôr-do-sol.

Onde dormir em Santa Cruz das Flores

  • Casa da Cruz (62 euros/noite): Casa com 2 quartos, 2 casas de banho, cozinha e terraço (barbecue) com vista para o mar.
  • Casas da Quinta (a partir de 75 euros/noite): casas de um quarto remodeladas e um apartamento com vista para o mar
  • Inatel (a partir de 100 euros/noite): pequeno hotel com quartos duplos com decoração minimalista com vista para o mar e para a ilha do Corvo.

  • Casa Vicente (a partir de 120 euros/noite): Uma casa espaçosa com vista para o Atlântico. Acomoda até 5 pessoas.

Mais opções em Santa Cruz das Flores aqui.

Onde dormir nas Lajes das Flores

Tudo na ilha das Flores é realmente perto (com excepção da ponta norte de Ponta Delgada, onde não recomendamos a estadia), por isso das Lajes das Flores pode deslocar-se num curto espaço de tempo para os principais pontos da ilha, oferecendo boas opções de alojamento. Ficar aqui tem uma grande vantagem: a sua oferta gastronómica.

  • Casa das Pedras Brancas (a partir de 62 euros/noite): Uma casa de um quarto com terraço e vistas incríveis, a 100 metros da Praia da Calheta.
Casa das Pedras Brancas. Foto de Booking
  • Casa dos Morros (a partir de 65 euros/noite): Uma casa com um quarto (e sofá-cama na sala de estar), terraço e tudo o que precisar, máquina de lavar roupa incluída.
  • Vivenda Joaquim (a partir de 70 euros/noite): Casa de um quarto com um terraço com redes espreguiçadeiras e vista para o mar, e uma horta a partir da qual, com sorte, poderá provar alguns legumes.
Vivenda Joaquim. Foto de Booking
  • Casa das Flores (a partir de 110 euros/noite): Um apartamento de um quarto, cozinha, sala de estar e terraço com vista para o mar.
Casa das Flores. Foto por Booking

Restaurantes que recomendamos na ilha das Flores

Restaurantes na Fajã Grande

  • Papadiamandis A sua localização no coração da Fajã Grande com vistas privilegiadas sobre as cascatas e o imponente Oceano Atlântico e a sua excelente relação qualidade/preço, faz com que se encha rapidamente. É um dos dois restaurantes mais ocidentais da Europa e o seu nome vem do naufrágio do navio liberiano Papadiamandis aqui, quando viajava de Nova Orleães para Hamburgo, em 1965. O que comer? Provámos o peixe, mas temos a sensação de que tudo é saboroso. Os pratos principais são cerca de 15 euros/pessoa, uma imperial 1,20 euros e uma garrafa de vinho açoriano (branco, do Pico) 15 euros.
  • Maresia. O nosso restaurante/bar favorito na ilha. Realmente mais do que um restaurante, o Maresía é uma experiência: não há ementa e não há muitas mesas. O Jorge dá-lhe as boas-vindas como se estivesse na sua sala de estar, realmente está, diz-lhe que prato está a cozinhar hoje e quando estará pronto. Se estiver de acordo, sente-se e desfrute da paisagem. Quando lá fomos, provámos o caril de gambas e numa outra ida, o polvo à lagareiro, ambos espetaculares. Também lá pode ir, só para apreciar o pôr-do-sol, a companhia de Jorge, a sua coleção de mais de 800 vinis, a vista para o mar, ou um bom gin açoriano Rocha Negra. Jantámos aqui na nossa primeira e na nossa última noite na ilha, a fechar um círculo perfeito e estamos a desejar regressar. Os pratos principais rondavam os 15 e 25 euros, os aperitivos cerca de 7 euros, um copo de vinho 4 euros e o gin azoriano 7 euros.
  • Aldeia da Cuada Uma vez que chegámos demasiado tarde para lá ficar alojados (se não reservar com antecedência, saiba que as lindas casinhas de pedra voam), fomos almoçar ao restaurante da aldeia e adorámos. Comida deliciosa. As entradas custam entre 4 e 12 euros, os pratos principais entre 15 e 25 euros e um copo de vinho 3,5 euros.

Restaurantes na Fajãzinha

  • Pôr-do-Sol Ideal para apreciar produtos típicos da gastronomia florentina (como a erva-patinha) numa esplanada com o melhor pôr-do-sol da ilha. Leve uma caneta porque vai precisar dela para o teste de escolha múltipla: não se preocupe, aqui ninguém chumba, tudo o que escolher será delicioso. As entradas custam entre 5 e 15 euros, os pratos principais entre 12 e 25 euros e um copo de vinho 3,5 euros.

Restaurantes nas Lajes das Flores

  • Casa do Rei: o pequeno restaurante na quinta de um casal alemão que se apaixonou pela ilha das Flores e por lá ficou. Utiliza apenas produtos biológicos, na sua maioria provenientes da sua horta, e até os vende se assim quiser (se quiser os ovos caseiros é uma boa opção). Adorámos o peixe com amêndoas, o chutney e o serviço (eles até nos deram alguns deliciosos lulos para o pequeno almoço do dia seguinte!). Mas atenção, não há cá cartões de crédito, pagamento apenas em dinheiro. Pratos principais entre os 10 e os 15 euros.
  • O Forno Transmontano A ementa conta com pratos típicos da região continental de Trás-os-Montes, enchidos da mesma zona mas também um peixe florentino muito fresco. Todos regados com vinhos do Douro, claro… Tenha cuidado, só servem por encomenda, pelo que é essencial fazer uma reserva e decidir antecipadamente o que vai comer.
  • Cana Roca Dizem que são as melhores pizzas da ilha, mas como não conseguimos experimentá-las, não podemos confirmar. Se tiver vontade de pizza e for, informe-nos nos comentários como foi a experiência, temos muita curiosidade.
  • Pastelaria Rosa e as Queijadas Florentinas: as melhores queijadas da ilha. Após um longo período de desemprego, Rosa frequentou dois cursos de empreendedorismo, teve acesso a uma linha de microcrédito e abriu a sua própria padaria de doces e bolachas caseiras. Ali mesmo, criou o doce típico da ilha (as Flores ainda não tinham um doce típico): as queijadas florentinas, feitas com o queijo fresco das Flores. Quando chegámos, as míticas queijadas – as queijadas florentinas – ainda estavam no forno e faltava algum tempo para estarem prontas, mas as outras queijadas que provámos eram deliciosas.

Restaurantes em Santa Cruz das Flores

  • O Moreão foi-nos recomendado como um dos melhores locais para comer peixe fresco em Santa Cruz das Flores. No menu há o que Hélder pescou nesse dia e a famosa “sopa de peixe”. Para a sobremesa, se tiver sorte, ouve-se um fado cantado por Elisabete, se lhe apetecer cantar nesse dia.
  • Sereia a outra opção para comer peixe fresco em Santa Cruz das Flores
  • Fora d’horas Aqui terá sempre um bom prato de comida caseira ou uma boa sande para levar se estiver com pressa. Se o seu alojamento em Santa Cruz não incluir o pequeno-almoço, já sabe onde pode vir.
  • Queijaria Val da Fazenda Queijos frescos e curados
  • Hotel Servi-Flor: um hotel que não foi “tocado” desde os anos 60, segundo Jorge do Maresia, que nos recomendou para irmos almoçar.

Importante: Evite improvisar e reserve com antecedência nos restaurantes da ilha. Parece inacreditável que no Randomtrip, cujo lema é improvisação, estejamos a dizer-lhe isto, mas, na ilha das Flores (e nos Açores no geral) é essencial fazê-lo, especialmente em época alta, devido à pouca oferta e elevada procura.

Roteiros de viagem na ilha das Flores para 3, 5 e 7 dias (uma semana)

Como terá visto se tiver lido todo o nosso guia, Flores tem muitos lugares incríveis para visitar, por isso, para ver tudo o que precisa no mínimo de uma semana.

Como nem sempre temos tanto tempo para desfrutar da ilha, deixamos-lhe várias sugestões de roteiros durante 3, 5 e 7 dias.

O que ver na ilha das Flores em 2-3 dias (um fim-de-semana)

Um fim-de-semana pode ser suficiente para correr e tentar ver o máximo possível da ilha das Flores (se o tempo permitir), mas não lhe deixará tempo para relaxar e apreciar as suas piscinas naturais ou uma bebida com vista.

Roteiro de 3 dias (um fim-de-semana) nas Flores

  • Dia 1: Chegada às Flores pela manhã, visita a Santa Cruz e qualquer que seja a hora entre Santa Cruz e Ponta Delgada à tarde.
  • Dia 2: Visita às 7 lagoas da ilha pela manhã, e visita ao Poço da Ribeira do Ferreiro e Poço do Bacalhau à tarde, antes do pôr-do-sol.
  • Dia 3: Visita aos pontos que dão tempo antes do voo na zona sudoeste (Lajes, Mosteiro, Lajedo…)
O impressionante Poço da Ribeira do Ferreiro

O que ver na ilha das Flores em 4-5 dias

4 ou 5 dias parece-nos a quantidade ideal se o tempo estiver bom (como já viu, a maioria dos planos nas Flores são ao ar livre, portanto se estiver muito nublado e/ou a chover as opções são bastante reduzidas), e aqui deixamos-lhe a nossa proposta de roteiro:

Roteiro de 5 dias na ilha das Flores

  • Dia 1: chegada e relaxamento nas piscinas naturais de Santa Cruz, pôr-do-sol na Fajã Grande
  • Dia 2: Visita às 7 lagoas da ilha pela manhã, e visita ao Poço da Ribeira do Ferreiro e Poço do Bacalhau à tarde, antes do pôr-do-sol.
  • Dia 3: Estrada entre Santa Cruz e Ponta Delgada, paragem em diferentes miradouros pela manhã, trilho para Fajã de Lopo Vaz à tarde.
  • Dia 4: Trilho entre Ponta Delgada e Fajã Grande, relaxar depois na piscina natural da Fajã Grande
  • Dia 5: Visita aos miradouros que dão tempo antes do voo na zona sudoeste (Lajes, Mosteiro, Lajedo…)
A mais bela cascata da ilha: Poço do Bacalhau

O que ver na ilha das Flores numa semana (7 dias)

Se não viajar para as Flores no Verão e/ou quiser acrescentar o Corvo à sua visita (o que recomendamos vivamente), uma semana é a quantidade perfeita de dias.

Roteiro de uma semana nas Flores

  • Dia 1: chegada e relaxamento nas piscinas naturais de Santa Cruz, pôr-do-sol na Fajã Grande
  • Dia 2: Visita às 7 lagoas da ilha pela manhã, e visita ao Poço da Ribeira do Ferreiro e Poço do Bacalhau à tarde, antes do pôr-do-sol.
  • Dia 3: Estrada entre Santa Cruz e Ponta Delgada, paragem em diferentes miradouros de manhã, trilho para Fajã de Lopo Vaz à tarde.
  • Dia 4: Trilho entre Ponta Delgada e Fajã Grande, relaxar depois na piscina natural da Fajã Grande
  • Dia 5: Visita aos miradouros da zona sudoeste (Lajes, Mosteiro, Lajedo…)
  • Dias 6 e 7: Visita à Ilha do Corvo (pernoita)

Transporte: alugar um carro nas Flores

Como em todas as ilhas dos Açores, nas Flores consideramos essencial alugar um carro para aproveitar ao máximo a ilha, aproveitar o tempo, e visitar todos os lugares recomendados neste guia ao seu próprio ritmo. Especialmente nas Flores, conduzir é um prazer, com pouco tráfego, paisagens de cortar a respiração a toda a hora e miradouros a cada momento. Encontre o melhor preço para o seu carro de aluguer nas Flores na DiscoverCars.

Nós alugámos o carro com a Autatlantis e tudo foi perfeito: a atenção à chegada, rápidos e eficazes, o carro (um Opel Corsa) estava como novo e não tivemos qualquer problema. Praticamente todas as empresas incluem uma franquia no seguro, e a Autatlantis é uma das que tem a franquia mais baixa (700 euros, contra 1300-1500 euros de outras empresas).

Os preços dos carros de aluguer na ilha das Flores raramente descem abaixo dos 25 euros por dia e, especialmente no Verão, recomendamos que faça a reserva com bastante antecedência para evitar ficar sem veículos ou que os poucos disponíveis tenham preços proibitivos (no Verão podem chegar aos 100 euros por dia e conhecemos várias pessoas que não conseguiram alugar um carro porque o deixaram para a última hora).

Existe também a opção de circular por transportes públicos: existe apenas uma empresa de autocarros (UTC) que liga alguns dos pontos da ilha, pode ver os horários aqui. As ligações e frequências são bastante limitadas, mas se estiver a viajar com um orçamento baixo pode ser uma opção válida para visitar alguns dos principais pontos da ilha.

Se não conduz, não consegue arranjar um carro ou não tem vontade de conduzir, também tem a opção de contratar uma excursão para conhecer melhor a ilha:

Quanto custa uma viagem às Flores?

Como sempre, dar um orçamento genérico é muito difícil, uma vez que depende muito do seu estilo de viagem. O que podemos fazer é dar-lhe uma orientação de preços e que calcule o seu orçamento com eles:

  • Voos: com companhias aéreas low cost como a Ryanair pode encontrar voos de ida e volta para Ponta Delgada (São Miguel), Lajes (Terceira) ou Horta (Faial), a partir de Lisboa ou Porto, embora dependa da antecedência da reserva. Posteriormente, voar com a SATA (a companhia aérea açoriana) para Santa Cruz das Flores tem um preço de aproximadamente 100€ por pessoa, ida e volta, comprando com antecedência. Os lugares são limitados e em época alta podem esgotar ou os preços subir, por isso é importante comprar com a maior antecedência possível.
  • Aluguer de automóveis: a partir de 25/30 euros por dia o carro mais barato (dependendo da empresa e do número de dias). No Verão, os preços sobem e pode ser muito difícil encontrar um carro a curto prazo.
  • Alojamento: a partir de 50 euros/noite para um quarto com casa de banho privada ou apartamento com cozinha.
  • Refeições em restaurante: entre 15 e 25 euros por pessoa

No total, como orientação, uma viagem de uma semana às Flores com um carro alugado pode custar entre 450 e 750 euros por pessoa (com as opções mais baratas de carro, alojamento e restaurantes), ou seja, a partir de 65 euros/pessoa por dia.

Rocha dos Bordões, o fenómeno geológico mais curioso da ilha

Apps úteis para viajar pela ilha das Flores

Recomendamos algumas aplicações que poderá instalar no seu telemóvel que serão úteis para a sua viagem às Flores:

  • SpotAzores (Android/iOS/Web): aqui pode ver todas as webcams existentes em diferentes pontos das ilhas para ver como está o tempo. Como o tempo é muito variável e pode estar a chover numa zona da ilha e ensolarado noutra, esta aplicação é a forma mais rápida de garantir e evitar viagens desnecessárias.
  • Windy (Android/iOS/Web): aplicação essencial nas nossas viagens, ainda mais nos Açores. Permite-lhe ver previsões de chuva, nuvens, vento, etc. para o ajudar a planear os seus dias com base no tempo (pois há lugares que perdem muito dependendo do clima). Obviamente, as previsões não são 100% fiáveis. Também mostra as webcams disponíveis
  • Google Maps (Android/iOS): é aquele que usamos para salvar / classificar todos os lugares onde queremos ir / já fomos e, como GPS em carros alugados. É possível ver as opiniões de outras pessoas sobre os lugares, fotografias, menus de restaurantes, números de telefone para os contactar, etc.
  • Maps.me (Android/iOS): aplicação semelhante ao Google Maps mas que funciona bem quando está offline (embora o Google Maps também possa funcionar offline) e em muitos casos tem informação que o Google Maps não tem, especialmente trilhos. Útil sempre que vai fazer um trilho, para se orientar, descarregar o percurso a partir do site oficial dos trilhos dos Açores (clique em Downloads->GPS), etc.
Fajã Grande, uma das paisagens mais incríveis da ilha

Dicas e recomendações para desfrutar da ilha das Flores

  • Se visitar a ilha no Verão e apreciar o seu incrível mar cristalino, lembre-se que por vezes pode encontrar uma alforreca (aguaviva) ou, pior ainda, uma caravela portuguesa cuja picada é dolorosa e perigosa. O bom é que estas últimas flutuam e são facilmente detectáveis, mas no caso de verem uma, saiam imediatamente da água e avisem as outras pessoas da sua presença. Caso tenha sido picado por alguma delas, é muito importante que siga estas recomendações oficiais: não coce a área da picada (para evitar que o veneno se propague); não limpe com água doce ou álcool, limpe apenas com água do mar e com muito cuidado; e caso a picada seja de uma caravela portuguesa, procure cuidados médicos o mais depressa possível.
  • Nunca tente tocar ou alimentar um animal –não seja cúmplice de maus tratos a animais!
  • Não permita a perturbação, poluição e destruição dos habitats de nidificação dos cagarros. Os cagarros são uma ave migratória que nidifica nos Açores e que dará alguma banda sonora à sua viagem (mais apreciada por algumas pessoas que por outras, sobretudo a meio da noite) com o seu canto particular de “awa awa” como se entoassem o refrão da música Video Killed the Radio Star. De modo a evitar situações de captura ou atropelamento de cagarros jovens na estrada, o Governo dos Açores promove anualmente a Campanha SOS Cagarro que aconselhamos conhecer quando chegar ao arquipélago.
Campanha SOS Cagarro
  • Não comprar artesanato feito de animais marinhos ou extraído do mar (por exemplo, dentes de golfinhos, conchas de tartarugas, mandíbulas de tubarão, marfim de cachalote, …). O comércio do marfim, atualmente o único produto valioso do cachalote, continua a ser um argumento para os caçadores. Comprar artesanato local feito de materiais alternativos, tais como madeira, pedra ou marfim vegetal.
  • Respeite as outras pessoas e a ilha: não ponha a sua música alto na praia (se quiser ouvir música, use auscultadores), não deixe lixo, não atire pontas de cigarro, etc. Deixe a praia melhor do que a encontrou (se encontrar plástico, apanhe-o).
  • Em algumas zonas os banhos podem ser perigosos devido a correntes fortes. Não se arme em pessoa corajosa…
  • Viaje sempre com seguro de viagem: despesas médicas, roubo ou problemas com o seu avião numa viagem podem significar muito dinheiro, por isso o ideal é fazer um seguro de viagem. Utilizamos sempre a IATI e recomendamo-la. Se adquirir o seu seguro através deste link, tem um desconto de 5%.

Checklist: o que levar na sua mochila/ mala para Flores

Aqui está uma lista de imprescindíveis que não se pode esquecer de levar consigo na sua viagem à ilha:

  • Protetor solar reef friendly, ou seja, livre de químicos nocivos para os corais, livre de oxibenzonas, e não testado em animais, como este ou este.
  • Kit de snorkel (máscara e tubo de mergulho) para desfrutar das piscinas naturais açorianas ao máximo. Aqui tem um kit por menos de 20 euros.
  • Aquashoes/ sapatos de praia para a agua como estes da Cressi (transparentes, confortáveis e que secam rapidamente) ou estes, se preferir outro material que se adapte melhor ao pé. Tenha em conta que nos Açores, no geral, não encontrará tantas praias de areia mas sim várias piscinas naturais de rocha vulcânica ou, na sua maioria, praias de pedras/calhaus e vai adorar ter uns destes para entrar na agua.
  • Boné, o sol é muito forte
  • Óculos de sol
  • Botas de trekking porque a melhor forma de conhecer os Açores é através de trilhos. Nós temos estas da marca Columbia.
  • Uma garrafa de água reutilizável como uma destas para levar sempre água consigo e evitar usar e comprar mais plástico de utilização única.
  • Uma manga para proteger o pescoço como um destes, ideal para andar sempre consigo caso faça vento.
  • T-shirt de licra de manga comprida com proteção UV que usamos para nos proteger da água fria ou do sol quando fazemos snorkeling, como estas.
  • Saco impermeável, para manter os seus dispositivos eletrónicos seguros no barco até ao ilhéu de Vila Franca ou nas praias. Este, por exemplo, custa 12 euros.
  • Toalha de microfibra porque ocupa pouco e pode ser usada tanto na praia/piscina natural como para se secar depois do banho. Se não tiver uma, pode comprar as típicas do Decathlon ou estas na Amazon
  • Máquina Fotográfica para registar e guardar as aventuras açorianas. Levamos connosco uma Sony A5100 e a  GoPro para captar imagens subaquáticas.
  • Power Bank: com tantas fotografias gastará muita bateria, por isso é sempre útil ter uma power bank sempre à mão. Nós viajamos com estes 2 (Xiaomi e Anker), que nos permitem carregar os nossos smartphones, câmara fotográfica e GoPro.
  • Kit de primeiros socorros: o kit de primeiros socorros que levamos na mochila inclui sempre um medicamento contra os enjoos (como a biodramina, para prevenir os enjoos em viagens de barco), antibióticos, antidiarreicos (e um probiótico para recuperar mais rapidamente possível), anti-histamínicos, analgésicos e antipiréticos.

Obrigada Flores. Quando nos despedimos de ti, já estávamos a olhar para o calendário e a pensar em quando voltar… e isto diz tudo! Até já!

Disclaimer: Autatlantis ajudou-nos a explorar Flores com um dos seus veículos, mas todas as opiniões e informações expressas neste post são nossas.

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