A Graciosa, nos Açores, pequena mas valiosa, concentra um património natural tal que em 2007 ganhou a classificação de Reserva da Biosfera pela Unesco. Uma das jóias que contribuiu para isso foi aquela que é, nem mais nem menos, a maior cúpula vulcânica da Europa, a Furna do Enxofre.

Entre mergulhos nas incríveis piscinas naturais de que dispõe, degustar as suas típicas queijadas (um doce que, embora o nome o indique, não leva queijo nenhum), visitar os característicos moinhos (e até, quem sabe, dormir num) ou conhecer os seus burros anões, uma raça autóctone, fará com que sinta que um fim de semana não é suficiente se quiser explorá-la à vontade.

Neste guia tentamos refletir tudo o que a Graciosa tem para oferecer com sugestões práticas de roteiros de 1, 2 ou 3 dias, onde ficar e até a que restaurantes ir para que a sua viagem pela ilha seja tão incrível como foi a nossa.

Poceirões, uma das piscinas naturais que mais gostámos no arquipélago. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Informação prática (e curiosa) para visitar a Graciosa

A Graciosa é, com 12,5 km por 7,5 km, a segunda mais pequena das nove ilhas dos Açores (a mais pequena é a ilha do Corvo). Situada a norte, no grupo central, a Graciosa é a ilha mais plana (menos montanhosa, com uma altitude máxima de 405 metros) do arquipélago (neste aspeto, assemelha-se a Santa Maria). Apesar de estar classificada como Reserva Mundial da Biosfera desde 2007, continua a ser uma das ilhas menos visitadas dos Açores, em parte por ser uma das de mais difícil acesso, mas quem lá chega não se arrepende. Já foi 100% alimentada por energias renováveis, com energia eólica e alguma energia solar. É também conhecida como a ilha literária, embora só exista uma livraria em toda a ilha. Por outro lado, tem 5 campos de futebol. Sim, a Graciosa é a ilha açoriana com mais campos de futebol em proporção ao seu território.

A Graciosa vista do barco. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Raul Brandão chamou-lhe “Ilha Branca” na sua obra ” As Ilhas Desconhecidas“, de 1926, e a alcunha parece vir, não tanto das casinhas brancas que contrastam com o mar, mas da abundância de traquito, uma rocha vulcânica esbranquiçada que é responsável pela alcunha “Branca” se ter insinuado em vários locais da ilha, como a vila de Pedras Brancas, que também dá nome ao primeiro vinho branco do arquipélago certificado pela Comissão Vitivinícola Regional dos Açores. É também conhecida como a “ilha dos burros“, o que nada tem a ver com o intelecto dos seus habitantes humanos, mas sim com a espécie autóctone de burros anões da ilha.

Moeda: Euro

Língua: Português

População: 4090 (em 2021)

Orçamento diário: A partir de 80 euros/dia por pessoa (aprox.) para uma viagem de 3 dias. Mais informações sobre o orçamento aqui

Clima: primaveril durante todo o ano, com temperaturas entre os 15º e os 25º (variando um pouco, mas não muito, nos meses de verão e inverno), sendo o verão a altura ideal para desfrutar das suas incríveis piscinas naturais. Além disso, como não é uma ilha muito visitada, não terá de se preocupar muito em fugir às épocas altas de julho e agosto. Saiba mais sobre quando ir aqui.

Alojamento: No Randomtrip ficámos no Boa Nova Hostel, um conceito de hostel moderno que não se surpreenderia de encontrar numa cidade cosmopolita mas que foi uma agradável surpresa na branca ilha açoriana, e existem várias outras opções em Santa Cruz da Graciosa. Se quiser ter uma experiência diferente, pode dormir num dos incríveis moinhos de vento da ilha, como o Moinho da Boina do Vento, com vista para o mar. Mais informações sobre onde dormir na Graciosa nesta secção do guia.

Duração: Mínimo 1 dia, idealmente 3 dias.

Voos: Não existem voos diretos para a Graciosa a partir do exterior do arquipélago, mas assim que chegar ao arquipélago pode voar para a Graciosa com a Sata, a companhia aérea açoriana. Pode encontrar voos para Ponta Delgada (São Miguel) ou Lajes (Terceira) a partir de Lisboa por 50 euros ida e volta por pessoa e depois terá de acrescentar o voo para a Graciosa, que custa cerca de 90 euros ida e volta, mas depende da antecedência com que fizer a reserva. Recomendamos que utilize sites de comparação de voos como o Skyscanner e o Kiwi e que seja flexível com as suas datas. Em alternativa, pode chegar à ilha de barco a partir da Terceira, São Jorge, Faial ou Pico, mas apenas no verão e apenas 2 dias por semana. Para mais informações sobre este assunto, consulte a secção Como chegar à Graciosa.

Transporte: A melhor opção é alugar um carro numa das três empresas de aluguer de automóveis da ilha. Encontre o melhor preço para o seu carro de aluguer em DiscoverCars. Mais informações sobre como se deslocar na Graciosa aqui

Fuso horário: UTC +0. O horário no arquipélago dos Açores (Portugal) é de menos uma hora em relação a Portugal Continental.

Chegada ao Centro de Visitantes da Furna do Enxofre. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Quando ir à Graciosa

Os melhores meses para ir à Graciosa são de maio a outubro, e geralmente diríamos que deve tentar evitar julho e agosto, que são os meses com mais turismo, embora esta pequena ilha não seja uma das mais visitadas, pelo que pode até arriscar (embora deva reservar tudo com antecedência, pois a oferta de alojamento não é muito grande). junho e setembro tendem a ser os melhores meses, com bom tempo, águas ainda convidativas e menos turismo em todos os Açores.

Em termos de clima, o verão, é sem dúvida, a melhor altura, com temperaturas mais elevadas, menor probabilidade de chuva e a possibilidade de desfrutar mais das suas praias e piscinas naturais.

Tabela do tempo na Graciosa, com temperaturas e dias de chuva por mês:

MêsTemperatura mínimaTemperatura máximaTemperatura da água (média)Dias de chuva
janeiro13º16º16º10
fevereiro12º16º16º9
março13º17º16º8
abril13º17º16º7
maio15º19º17º6
junho17º21º19º4
julho19º24º21º3
agosto20º25º23º4
setembro19º24º22º7
outubro17º21º20º9
novembro15º19º18º9
dezembro13º17º17º11
MêsTemperatura mínimaTemperatura máximaTemperatura da água (média)Dias de chuva
Tabela resumo do tempo na Graciosa (Açores) por mês

O carnaval na Graciosa não dura 3 dias mas sim 3 meses.

Miradouro da Praia. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Como chegar à Graciosa

Não existem voos diretos para a Graciosa a partir do exterior do arquipélago, pelo que, uma vez chegado ao arquipélago, terá de voar para a Graciosa com a SATA, a companhia aérea açoriana. Existem voos para os Açores a partir de:

  • De Lisboa para Ponta Delgada (São Miguel), para as Lajes (Terceira), para o Pico ou para a Horta (Faial)
  • Do Porto para Ponta Delgada (São Miguel) e Lajes (Terceira)

Os voos mais baratos são normalmente os voos da Ryanair de Lisboa/Porto para Ponta Delgada (São Miguel) ou Lajes (Terceira), embora por vezes também se possa encontrar bons preços com a Tap (a companhia aérea portuguesa) ou com a Sata (a companhia aérea açoriana responsável por todos os voos inter-ilhas), mas para obter o melhor preço o ideal é ser flexível com as datas e utilizar sites de comparação de preços como o Skyscanner e o Kiwi.com.

Uma vez no arquipélago, terá de voar para a Graciosa a partir de um destes aeroportos com a SATA, a companhia aérea açoriana.

A Graciosa e os seus moinhos de vento com cúpulas vermelhas a partir do barco. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Outra opção para chegar à Graciosa é ir de barco, mas avisamos que não é fácil devido à falta de frequência e serviço. Existe uma linha que passa pela Graciosa:

  • Existe uma ligação limitada a partir da Terceira, mas apenas no verão, dois dias por semana. A viagem da Graciosa para a Terceira demora 3:40h.
  • A partir de São Jorge, Pico ou Faial, faça o mesmo percurso que o anterior mas em sentido inverso, também só no verão, dois dias por semana. Demora cerca de 3:20 a partir de São Jorge, 4:30 a partir do Pico e 5:30 a partir do Faial.

É claro que pode ter a sorte, como aconteceu com a Randomtrip, de desfrutar da observação de baleias incluída no bilhete, pois tivemos um espetáculo de golfinhos a acompanhar-nos à saída da ilha, um verdadeiro luxo.

Golfinhos a despedirem-se na Graciosa. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Pode consultar os horários dos barcos e comprar bilhetes em https://www.atlanticoline.pt/ (embora os horários e as rotas estejam normalmente muito mais bem explicados aqui).

Aqui tem um mapa com as 4 linhas (azul, verde, roxo e branco) que ligam as 5 ilhas do grupo central dos Açores:)

Quantos dias dedicar à Graciosa

Recomendamos um mínimo de um dia, embora o ideal para a Graciosa sejam 3 dias completos e se quiser dedicar mais tempo a relaxar e a desfrutar das piscinas naturais, não se arrependerá. Por isso, propomos-lhe aqui diferentes tipos de roteiros, de 1, 2 ou 3 dias.

Miradouro do Carapacho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Seguro de viagem para os Açores

Sabe o que nunca pode faltar na sua mochila? Um bom seguro de viagem! E na sua viagem aos Açores recomendamos o seguro Iati Escapadinhas, ideal para aventuras em Portugal e em toda a Europa.

Além da assistência médica por lá, o seguro também cobre imprevistos que possam acontecer na viagem aos Açores quando fizer desportos de aventura como trekking, caiaque, rafting, snorkeling, surf ou windsurf e até num passeio de bicicleta e/ou roubo da mesma. Além disso, se acontecer algo com a sua bagagem (danos, roubo, atraso na entrega ou extravio), a Iati também ajuda.

Leia atentamente as condições de cada apólice e contrate o seguro que melhor se adapta às suas necessidades. No Randomtrip oferecemos-lhe um desconto de 5% só por ser Randomtripper, basta fazê-lo através deste link e o desconto será aplicado!

O que visitar na Graciosa

Aqui deixamos-lhe um resumo dos locais de interesse a visitar na Graciosa, e em baixo tem o mapa e informação específica de cada local.

O que ver e fazer na Graciosa

  • Incríveis piscinas naturais como Poceirões e Carapacho
  • Furna do Enxofre
  • Miradouros com vistas panorâmicas de cortar a respiração, como a Ponte da Barca

Mapa da Graciosa

Aqui estão todos os locais de interesse na Graciosa de que falamos neste guia num mapa do Google Maps que pode levar consigo no seu smartphone para consultar a qualquer momento.

Aqui encontra também um mapa turístico com as estradas da Graciosa (clique na imagem para a descarregar em tamanho e resolução maiores).

Praia do Barro Vermelho e a sua piscina natural

A Zona Balnear do Barro Vermelho é uma área que faz parte do Parque Natural da Graciosa, com uma praia de seixos vulcânicos, águas cristalinas e plataformas de madeira onde pode estender a sua toalha com guarda-sóis gratuitos. Tem também um parque de merendas, duches, casas de banho e um quiosque com cerveja e café a 1€ (de uma máquina de cápsulas, pouco sustentável).

Tem a particularidade de a praia junto a ela ser de areia vermelha, tão curiosa quanto fotogénica e, de além disso, se terem formado na rocha vulcânica piscinas naturais de águas cristalinas e excelentes condições para o mergulho.

Zona Balnear do Barro Vermelho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Ponta da Barca e Ihéu da Baleia

Um dos mais belos miradouros da ilha é o Miradouro Ponta da Barca, situado no topo das rochas vulcânicas com uma vista privilegiada para o Ilhéu da Baleia.

Vê a forma de uma baleia no ilhéu? Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Mais à frente, chegamos ao farol da Ponta da Barca, ativo desde 1930 e que detém o título de torre mais alta do arquipélago (23 metros). No entanto, visitá-lo não é fácil: só está aberto às quartas-feiras, das 14:00h às 17:00h, por isso, se não conseguir encaixar a sua visita ao farol nessas três horas por semana, não poderá desfrutar das vistas do topo, como no Randomtrip. Mas não faz mal, as vistas do fundo do farol para o Ilhéu da Baleia são lindas e a viagem até ao farol, através de prados verdes, também.

Lanterna de Ponte da Barca. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Poceirões: as nossas piscinas naturais preferidas

As piscinas naturais dos Poceirões foram as nossas preferidas da ilha e um dos melhores locais para nadar na nossa viagem de dois meses aos Açores, como pode ver nos nossos Óscares RandomAzores.

Poceirões. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Estão situadas na costa oeste da ilha, no silêncio da natureza, e o seu acesso faz-se através de uma escada de madeira embutida na falésia. Depois, surgem as piscinas de águas calmas e transparentes, que pedem para ser atravessadas com um golpe de braço, ou simplesmente para serem utilizadas em modo jacuzzi. Nos dias de verão, a sua baixa temperatura é uma vantagem, pois o calor aumenta quando o sol parece ser absorvido pela pedra vulcânica escura.

Descendo para Poceirões. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

O único senão (se já nos segue há algum tempo, já sabe que os nossos ” mas” nos verdadeiros paraísos, não são propriamente desvantagens, mas sim pequenos inconvenientes) é que as Piscinas Naturais dos Poceirões não têm muito espaço para estender a sua toalha.

Poceirões ao pôr do sol. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

O parque de estacionamento está disponível no local, existe um parque de merendas e até chuveiros, embora não haja posto de nadador-salvador. Nas proximidades, existe também um parque de campismo e dois dos moinhos de vento inspirados na região da Flandres, tão característicos da ilha, como o Moinho de Vento do Manuel da Rita.

Os belos moinhos de vento que pontilham a Graciosa. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

A Graciosa mantém 28 moinhos de cúpula vermelha, inspirados na região da Flandres, que em tempos foram considerados o “Celeiro dos Açores” e se tornaram símbolos da ilha. A maioria dos moinhos já não está em funcionamento (com exceção, por exemplo, do Moinho das Fontes, que foi recuperado para poder visita-lo em funcionamento), mas alguns estão abertos como alojamento turístico, como a Boina do Vento (a partir de 85€/noite). Falamos-lhe mais sobre estes moinhos no guia da zona da Praia.

Porto Afonso

Na costa noroeste da ilha branca, a 38 quilómetros da vizinha ilha de São Jorge, o branco não é a cor predominante. As sucessivas camadas de erupções conferem às encostas de 20-30 metros de Porto Afonso (antigo Afonso do Porto) cores avermelhadas, alaranjadas e castanhas que ilustram a história geológica deste porto de pesca. É também muito interessante observar as grutas criadas naturalmente pela erosão e que foram alargadas pelos pescadores para abrigar as suas pequenas embarcações.

Associação de Criadores do Burro Anão da Ilha da Graciosa

Franco Ceraolo, um italiano que passou grande parte da sua vida no teatro e no cinema, trabalhando com nomes como Scorcese, Fellini e Bertolucci, veio à Graciosa pela primeira vez em 2006 e no ano seguinte já estava a mudar-se para a ilha. Pesquisou sobre os burros da Graciosa e apercebeu-se que esta raça autóctone, apesar de muito importante na história da ilha (antigamente era utilizada para o transporte e para o trabalho da terra), não era reconhecida e em breve iria desaparecer. Assim, criou em 2013 a Associação de Amigos e Criadores do Burro Anão da Graciosa. Começou por fazer um inventário dos burros existentes na ilha (na altura eram cerca de 60) e alguns testes laboratoriais e, em 2015, o burro da Graciosa foi finalmente reconhecido como raça autóctone. Foi uma vitória porque não se trata apenas de uma questão genética, mas também histórica: em 1930 o burro da Graciosa era um verdadeiro motor da economia: havia um burro para cada três habitantes da ilha, um rácio que não ultrapassa o das vacas por habitante em São Jorge, mas anda lá perto. Se quiser conhecer estes simpáticos habitantes, conhecidos por terem pouco mais de um metro de altura, serem curiosos, simpáticos e meigos, pode ir visitá-los. O Franco deixa-o entrar com um sorriso.

Burro da espécie autóctone da Graciosa. Fonte: dgav.pt

Caldeirinha

Aproximamo-nos desta mini caldeira vulcânica chamada Caldeirinha de Pero Botelho, também conhecida por Algar dos Diabretes ou simplesmente Caldeirinha. Trata-se de uma caverna vulcânica com 37 metros de profundidade, explorada pela primeira vez em 1964 pela sociedade espeleológica “Os Montanheiros”, a mesma associação que gere, abriu o túnel e construiu as escadas de acesso ao impressionante Algar do Carvão, na ilha Terceira.

Caldeirinha. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Os “Algares” são buracos verticais profundos de origem vulcânica, muito comuns nos Açores. Podem ser formados pela saída ou retirada de magma do interior da terra; pela contração da lava quando esta arrefece; pela saída de gases; ou pelo colapso de tubos de lava sobrepostos.

Caldeirinha. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Do seu miradouro, situado no topo da única gruta vulcânica da ilha Graciosa, avista-se, a noroeste, a freguesia de Guadalupe e, ao longe, a freguesia de Santa Cruz da Graciosa com o seu aglomerado de casas brancas. A sudeste, pode distinguir os três maciços vulcânicos que constituem a zona mais montanhosa da ilha: a Serra das Fontes, a Serra Dormida e a Caldeira da Graciosa.

Vista da Calderinha. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Situa-se junto ao Parque Eólico da Serra Branca (mais uma vez, a alcunha “Branca” advém da abundância de traquito na ilha, uma rocha vulcânica esbranquiçada que também se encontra noutros topónimos da ilha), de onde é possível avistar as outras ilhas vizinhas do grupo central dos Açores: Pico, Faial, São Jorge e Terceira.

Parque eólico de Sera Branca. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Miradouros entre a Ribeirinha e o Carapacho

Entre as aldeias da Ribeirinha e do Carapacho existem três miradouros onde vale a pena parar para admirar a vista.

O primeiro é o Miradouro da Ribeirinha, que oferece uma bela vista panorâmica da paisagem costeira da ilha com o Oceano Atlântico como pano de fundo.

Miradouro da Ribeirinha. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Na mesma estrada existem ainda dois outros miradouros recentemente inaugurados: Miradouro das Urzeiras ( as Urzeiras, que dão nome ao miradouro, são arbustos floridos que embelezam ainda mais a paisagem) e Miradouro da Eira. Os três miradouros podem ser acedidos de carro com estacionamento mesmo junto a eles.

Miradouro das Urzeiras. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.
Miradouro da Eira. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Baía da Folga e Estrelas do Mar

O responsável por nos trazer a esta baía foi o restaurante Estrelas do Mar e a sua esplanada virada para o Atlântico. O antigo porto de pesca continua a funcionar e é precisamente o que Fernando pesca e a experiência de Adelaide, a sua mulher, que vai encontrar no menu do dia. Fomos desfrutar do jantar e do bónus de um pôr do sol nesta bela baía que faz as delícias dos amantes do peixe fresco. Se quiser, venha antes e traga o seu fato de banho para um mergulho na zona balnear.

Folga ao pôr do sol, antes do jantar no Estrelas do Mar. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Carapacho: fontes termais e piscinas naturais

As piscinas naturais do Carapacho serão provavelmente as preferidas dos habitantes locais, pelo que é provável que encontre aqui cada vez mais pessoas. Quando lá chegar, vai perceber porquê: as rochas basálticas nascidas da solidificação da lava em contacto com o mar, contrastam com as estruturas de pedra pintadas de branco construídas mais tarde, entre águas calmas e límpidas onde se pode refrescar. Junto a ela, há muitas espreguiçadeiras e guarda-sóis gratuitos, chuveiros, casas de banho e até um bar aberto de 1 de maio a 30 de setembro.

Piscinas Naturais do Carapacho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Para quem prefere banhos mais quentes, no mesmo local existe um balneário termal (Termas do Carapacho) em funcionamento desde 1750, onde a água é altamente mineralizada e atinge cerca de 40ºC. São muito procuradas pelas suas propriedades terapêuticas no tratamento de doenças reumáticas e da pele. O balneário foi totalmente remodelado e dispõe, para além da piscina termal, de dois jacuzzis, duche Vichy, banho turco e massagens, entre outros tratamentos.

Carapacho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Ao lado, na Ponta do Carapacho, antigo posto de vigia dos baleeiros, encontrámos um farol ao qual não subimos, mas de onde tivemos uma vista privilegiada sobre os Ilhéus de Baixo. Para uma vista panorâmica impressionante e observação de aves, recomendamos-lhe uma visita à Ponta da Restinga.

Ponta da Restinga e Ilhéu de Baixo. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Furna do Enxofre

No interior da Caldeira da Graciosa, situada no topo do vulcão que deu origem à ilha, encontra-se a maior cúpula vulcânica da Europa e um dos locais mais surpreendentes do arquipélago: a Furna do Enxofre.

Furna do Enxofre. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Depois de comprar o bilhete de entrada no moderno edifício envidraçado do Centro de Visitantes do Monumento Natural da Caldeira da Graciosa, suspenso entre a vegetação luxuriante, e de verificar no medidor de dióxido de carbono que podemos descer (se passar de um determinado nível, não é seguro descer à gruta), continuamos pelo caminho que nos leva à torre de pedra.

Centro de Visitantes da Furna do Enxofre. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Tem de descer uma escadaria de 183 degraus, em espiral, para chegar a uma abóbada perfeita que até o faz duvidar se foi construída por lava, mas sim, esta caverna de lava, resultado de uma erupção há 12.000 anos, tem 194 metros de comprimento e 40 metros de altura. No interior, sente-se o cheiro a enxofre, a humidade do ar aumenta e ouve-se o som borbulhante do dióxido de carbono libertado pelas fumarolas espalhadas pelo chão da gruta.

Descida à Furna do Enxofre. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Com um enorme lago de água fria como pano de fundo e a cúpula a fazer lembrar corais rochosos, o espaço oferece uma experiência imersiva, especialmente se puder desfrutar dele sozinho, como nós fizemos.

A título de curiosidade, o Príncipe Alberto do Mónaco é um dos investigadores que se dedicam à exploração desta caverna lávica, uma gruta única na Vulcanoespeleologia.

Horário de funcionamento do Centro de Visitantes da Furna do Enxofre, com a última entrada 30 minutos antes da hora de fecho:

  • De 01/04 a 31/10 de segunda a domingo (todos os dias): 09:00h – 17:00h
  • De 01/11 a 31/03 de terça a sábado e feriados: 09:00h – 17:00h. Encerrado às segundas e domingos, 1 de janeiro e 25 de dezembro.

Preço: 5€/adultos; 2€ para crianças dos 5 aos 14 anos e maiores de 65 anos; entrada gratuita para menores de 6 anos e residentes nos Açores.

Chegada ao Centro de Visitantes da Furna do Enxofre. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Furna do Abel e Furna da Maria Encantada

Na Furna do Abel, um dos maiores tubos de lava da ilha, com mais de 90 metros, conserva-se um antigo altar onde se realizaram cerimónias religiosas no século passado.

A Furna da Maria Encantada, um tubo lávico com 60 metros de comprimento, criado quando a lava transbordou do bordo da cratera da Caldeira, é um dos melhores miradouros com vista panorâmica para a Caldeira, pois tem aberturas laterais.

Visita à caldeira e aos miradouros

Junto à Caldeira da Graciosa (com cerca de 270 metros de profundidade) é o percurso pedestre que recomendamos se só tiver tempo para fazer um trilho na ilha (Volta à Caldeira PRC02GRA). É um percurso circular de 10,8 km, que demora cerca de 3 horas e é fácil, sem subidas. Acabámos por não o fazer porque o tempo estava muito bom quando fomos e andámos de piscina natural em piscina natural, confessamos. Além disso, o trilho passa maioritariamente por estrada e tínhamos acabado de fazer alguns impressionantes nas ilhas do triângulo dos Açores, Pico, Faial e São Jorge e estávamos prestes a visitar a Terceira onde faríamos mais alguns mas neste link pode encontrar toda a informação para o fazer.

O percurso inicia-se na Furna do Enxofre e termina no Miradouro da Caldeira, passando pelas 3 furnas (Enxofre, Abel e Maria Encantada).

Miradouro do Carapacho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

No topo da Caldeira, a 405 metros de altitude, terá uma vista de 360º da ilha, mas o acesso implica uma caminhada algo “difícil” de 9,7 km (mais informações sobre caminhadas na Graciosa na secção de caminhadas do guia). Para desfrutar das vistas com menos esforço, recomendamos que vá a esta torre onde pode ver a Caldeira e o Miradouro da Luz ao lado.

A não perder são as vistas do Miradouro do Carapacho e do Miradouro da Praia (este último até tem um baloiço que faz as delícias dos fãs do instagram).

Miradouro da Praia. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Praia: Ilhéu, Moinhos e Queijadas

Quer tenha vindo à Graciosa por via aérea ou por via marítima até à Vila da Praia, como no Randomtrip, certamente já reparou no ilhéu que fica em frente a esta vila e que lhe deu o nome: Ilhéu da Praia.

Acontece que este ilhéu é um paraíso ornitológico, ou seja, um paraíso para os observadores de aves, uma vez que alberga aves marinhas nidificantes que só vão a terra para nidificar. De facto, diz-se que se tentar aproximar-se do ilhéu, elas arrancam-lhe a cabeça à dentada para proteger o seu território. O ilhéu está protegido e não é permitido visitá-lo.

Ilhéu da Praia. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Para além do ilhéu, terá certamente reparado num moinho de vento de cúpula vermelha assim que chegou. A ilha tem 28 moinhos de vento inspirados na região da Flandres, com cúpulas vermelhas, que se tornaram símbolos da ilha. É por causa deles que a Graciosa era conhecida como o “Celeiro dos Açores”. A maioria dos moinhos já não se encontra em funcionamento, com exceção, por exemplo, do Moinho das Fontes, que foi restaurado e pode ser visitado em funcionamento mediante marcação prévia (mais pormenores na secção Museus do guia).

Moinho da Pedra. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Os moinhos de vento são tão característicos que até é possível dormir num deles. Se quiser viver esta experiência, recomendamos a Boina do Vento (a partir de 85 euros/noite) ou, a 200 metros da Praia de São Mateus (um belo areal com vigilância e espreguiçadeiras gratuitas), o Moinho de Pedra com vista para o ilhéu.

Praia de São Mateus. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

É também aqui, na Praia, que pode (e deve) satisfazer a sua vontade de comer doces e provar as Queijadas da Praia da Graciosa. São típicas da ilha, famosas em todo o país, e embora as possa encontrar em vários locais, se as quiser frescas, o melhor é ir ao local onde são feitas. São inspiradas no tradicional covilhete de leite, uma especialidade da Vila da Praia e um dos cartões-de-visita da ilha. Apesar de se chamarem“queijadas“, não são feitas com queijo, mas sim com ovos, leite, farinha, açúcar, manteiga, sal e canela.

Queijadas da Praia da Graciosa que provámos no Boa Nova Hostel

No verão, são produzidas 2.000 queijadas por dia e até exportadas para os Estados Unidos! Lembre-se que a emigração nos Açores sempre foi muito significativa e a ligação cultural com os EUA e Canadá é muito antiga. Já no século XVIII, a população açoriana partiu para a América do Norte a bordo dos navios baleeiros americanos que começaram a aparecer nas ilhas e estima-se que existam atualmente 1,5 milhões de emigrantes portugueses de origem açoriana nos EUA, concentrados predominantemente em estados como Massachusetts e Rhode Island, na costa leste, e Califórnia, na costa do Pacífico.

As bandeiras portuguesa e americana convivem na mesma casa em Santa Cruz da Graciosa. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Santa Cruz da Graciosa

Santa Cruz da Graciosa é onde vai encontrar o maior número de alojamentos e restaurantes da ilha, sendo a base ideal para explorar. Foi aqui que ficámos no Randomtrip, no Boa Nova Hostel (55€/quarto duplo), mas há mais opções em Santa Cruz, veja este link.

O nosso alojamento, Boa Nova Hostel

Assim que chegar à aldeia vai perceber porque é que lhe chamam a ilha branca, ou melhor, porque foi assim que Raúl Brandão lhe chamou na sua obra de 1926, As Ilhas Desconhecidas. Mais do que pelo aglomerado de casas brancas, parece que a alcunha se deve à abundância de traquito na ilha, uma rocha vulcânica esbranquiçada que também chegou a outros pontos da ilha, como Pedras Brancas, Serra Branca ou Barro Branco.

Para contemplar as vistas da ilha, deve subir ao Pico da Ajuda, onde se encontram três ermidas: a Ermida de Nossa Senhora da Ajuda, a Ermida de São João e a Ermida de São Salvador. A primeira, a Ermida de Nossa Senhora da Ajuda, construída no século XVI, é também conhecida por ser um dos melhores exemplos de arquitetura religiosa fortificada do arquipélago e um local de peregrinação durante a Procissão de Nossa Senhora de Guadalupe, que se realiza todos os dias 24 de maio desde há 300 anos, onde uma multidão de pessoas sobe o monte inclinado de 2 km de comprimento para agradecer à Virgem por ter salvo a ilha de um violento terramoto.

A Graciosa vista do mar. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

É também aqui que vai encontrar aquela que será provavelmente uma das praças de touros mais originais do país, construída no interior de uma cratera vulcânica. Como amantes dos animais e anti-touradas que somos no Randomtrip, mencionamo-la apenas pelo seu curioso elemento arquitetónico e pelo ambiente em que se insere, esperando que as atrocidades que ainda hoje ali se celebram sejam em breve proibidas.

Para explorar o centro histórico de Santa Cruz da Graciosa, dirija-se à Praça Fontes Pereira de Melo onde irá encontrar dois tanques de água construídos no século XX para recolher e armazenar a água da chuva, um para uso da população e outro para o gado. Numa ilha com tanta escassez de água, a população teve de improvisar e conceber estruturas para recolher e reter água nas habitações e também nos campos para a agricultura. Como curiosidade, outra estrutura que também funcionou como reservatório é o Reservatório do Atalho que se situa nos arredores de Santa Cruz. Foi inaugurado em 1844, após uma grave seca na ilha (era necessário ir buscar barris de água à Terceira) e tinha uma capacidade de 1800 metros cúbicos de água proveniente de uma fonte pluvial. Atualmente, está aberto ao público e já foi utilizado como palco para concertos de música clássica.

A falta de água na ilha era tal que um dos provérbios da ilha diz que antigamente era mais fácil comprar um copo de vinho a alguém do que um copo de água. É facto, que em tempos de seca, a ilha exportava pipas de vinho para ilhas vizinhas, como a Terceira, para as trazerem cheias de água.

RandomTIP: Se tem interesse em conhecer toda a arquitetura associada a esta secular rede de abastecimento de água composta por tanques, bebedouros, fontes e reservatórios, a Rota da Água na Graciosa é uma viagem pelo engenho e esforço da comunidade local para ultrapassar a dificuldade da falta de água. Um problema que se coloca na ilha Graciosa desde a sua colonização e que só nas últimas décadas foi ultrapassado com um sistema público de abastecimento de água.

Ainda no centro histórico de Santa Cruz da Graciosa, contemple a fachada da Igreja Matriz, construída no século XVI, cujo branco contrasta com os rodapés de pedra basáltica negra. Se entrar no seu interior, encontrará um retábulo único nos Açores, composto por um raro conjunto de painéis pintados a óleo do século XVI.

Igreja Matriz de Santa Cruza da Graciosa. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Perto da igreja encontra-se o Museu da Graciosa, que traça a história da ilha e sobre o qual pode ler na secção Museus do guia abaixo.

Para um mergulho em Santa Cruz, sugerimos-lhe a piscina natural do Boqueirão, situada no final da vila de Santa Cruz, uma pequena baía artificial concebida para “acalmar” o mar em dias mais agitados e facilitar o banho.

No edifício da Junta de Freguesia da Graciosa encontra a Associação dos Artesãos da ilha Graciosa onde pode aprender e conhecer a técnica do bordado da Graciosa, um bordado maioritariamente branco que se distingue pelo richelieu e pelos pontos cheios e que esteve em risco de se perder mas ultimamente algumas jovens (sim, maioritariamente mulheres) têm mostrado interesse em aprender e continuar a bordar com esta técnica.

Adega e Cooperativa Agrícola da Ilha Graciosa: Embora o edifício hoje visitado seja mais recente, de 2018, o espaço remonta, na verdade, a 1962, altura em que foi fundada a adega. A atividade económica que fez desenvolver a Ilha Graciosa foi a exportação, sobretudo para a vizinha Terceira, de trigo, cevada, aguardente e vinho (muitas vezes em troca de água). Para além da área dedicada aos vinhos (o mais famoso por aqui é o vinho branco, imagem de marca da adega, como o Pedras Brancas, o primeiro vinho branco do arquipélago certificado pela Comissão Vitivinícola Regional dos Açores), existe uma sala exclusiva dedicada ao alho! Sim, acontece que o alho da ilha Graciosa tem um sabor mais intenso do que o habitual. A visita à adega tem um preço simbólico de 1€ e termina com uma prova de vinhos, licores e compotas de melão e uva.

RandomTIP: A ilha Graciosa tem uma Denominação de Origem para vinhos licorosos e espumantes, por isso não deixe de provar não só o Pedras Brancas mas também os vinhos Alma, especialmente se for fã de rosé.

Na foto: Alho da Graciosa, Graciosa meloa e as famosas Pedras Brancas. Fotos de AdegaGraciosa.com

Museus: Museu da Graciosa, Museu da Vida Rural e Casa-Museu João Tomás Bettencourt

  • Museu da Graciosa: Este museu traça a história da ilha, com destaque para as atividades económicas que permitiram o desenvolvimento da Graciosa, como a exportação de trigo, cevada, aguardente, vinho e, como em todos os Açores, a caça à baleia. Embora nesta ilha esta atividade não tenha tido tanta expressão como, por exemplo, na ilha do Pico, atingiu o seu auge na década de 40 até que, felizmente, foi proibida e terminou em 1982. Integrado neste museu está também o Moinho das Fontes, um dos poucos dos 28 moinhos existentes na ilha que foi recuperado para funcionar. Pode visitá-lo mediante marcação prévia, contactando aqui.
  • Museu da Vida Rural da Ilha da Graciosa: neste museu encontrará a recriação de uma casa de um antigo proprietário rural que o ajudará a compreender como se vivia na ilha no século passado.
  • Casa-Museu João Tomás Bettencourt: Considerando que durante várias décadas esta loja centenária foi o espaço comercial mais importante da ilha, desde 2014 abriu as suas portas como Casa-Museu para conhecer, através de centenas de objetos recolhidos há mais de 25 anos, o quotidiano de quem viveu na ilha desde o século XIX até à década de 1980.
  • Centro de Visitantes da Furna do Enxofre: para além de ser a porta de entrada para o impressionante monumento natural da Furna do Enxofre, o Centro de Visitantes, com dois pisos, apresenta no piso inferior uma exposição sobre a Reserva Natural do Ilhéu da Praia.
Museu da Graciosa. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Os melhores trilhos na Graciosa

  • Volta à Caldeira ( PRC02GRA) contorna a Caldeira da Graciosa e passa pelas 3 furnas (Enxofre, Abel e Maria Encantada). O percurso tem uma extensão de 10,8 km, é circular, com uma duração aproximada de 3 horas, fácil, sem declives ou descidas acentuadas. Acabámos por não o fazer porque o tempo estava muito bom quando fomos e andámos de piscina natural em piscina natural. Além disso, o percurso é maioritariamente em estrada e nós preferimos outro tipo de trilhos. Começa na Furna do Enxofre e termina no Miradouro da Caldeira.
  • Serra Branca-Praia (PR01 GRA): Percurso linear de 8,7km, fácil, que lhe tomará cerca de 2:30h.
  • Baía da Folga (PR03 GRA): pequeno percurso para conhecer a Baía da Folga, um percurso linear de 2 km que demora cerca de 1 hora.
  • Das Vinhas ao Mar ( PR04 GRA): pequeno percurso linear no concelho de Santa Cruz da Graciosa para contemplar a paisagem das vinhas, passando pela zona termal do Barro Vermelho. Tem uma extensão de 6,6km, de dificuldade média e uma duração aproximada de 2:30h.
  • Subida ao Cume (PR05 GRA): é o percurso mais “difícil” da ilha porque vai atingir o ponto mais alto da ilha, no cume da Caldeira da Graciosa a 405 metros. É um percurso circular de 9,7 km e demora cerca de 3:30h.
  • Grande Rota da Graciosa (GR1GRA) : percurso circular de 40 km dividido em duas etapas que lhe levará cerca de 14 horas. Existem zonas de maior dificuldade mas lembre-se que estamos na ilha menos montanhosa dos Açores. Mais informações sobre o percurso aqui
  • Rota da Água: este percurso ainda está em construção, mas tem como objetivo realçar a rede secular de sistemas de abastecimento de água.
Caldeirinha. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Onde ficar na Graciosa

Sendo uma ilha pequena onde tudo está perto (demorará no máximo 30 minutos de carro até ao ponto mais distante), qualquer alojamento que escolha vai estar realmente bem localizado para explorar a ilha. No Randomtrip recomendamos-lhe o sítio onde ficámos porque gostámos muito, em Santa Cruz da Graciosa, o Boa Nova Hostel (55€/quarto duplo), um conceito de hostel moderno que não nos escaparia numa cidade cosmopolita mas que foi uma agradável surpresa na branca ilha açoriana.

O Boa Nova Hostel tem 4 quartos duplos (dois dos quais com vista para o mar) e dormitórios com beliches. Para além de estar num edifício bonito e recentemente remodelado (acabamos praticamente de o estrear) no centro de Santa Cruz da Graciosa, tem um espaço comum ideal para podermos trabalhar remotamente. Para além disso, adoramos o pormenor que tinham na cozinha para os hóspedes com autocolantes diferentes com o número do quarto ou da cama no dormitório com velcros que podíamos colar nos nossos tabuleiros no frigorífico para marcar o que era nosso. De salientar também a amabilidade dos funcionários e o pequeno pormenor de deixarem um doce típico da ilha no quarto à chegada.

Mais opções na Graciosa:

  • Boina do Vento (a partir de 85€/noite): se quiser ter a experiência de dormir num moinho com vista para o mar.
  • Inatel Graciosa (a partir de 85€/noite): se procura um hotel com todas as comodidades, piscina, sauna e quartos confortáveis
  • Portas do Ilhéu (a partir de 100€/noite): duas casas muito bonitas (respeitando a arquitetura tradicional mas remodeladas) viradas para o mar e para o Ilhéu da Praia, um projeto que nasceu da paixão de um arquiteto portuense pela ilha Graciosa. Tanto a Casa de Pedra como a Casa Branca têm um quarto, casa de banho, sala de estar e cozinha equipada.
Portas do Ilhéu. Foto de Booking

Restaurantes que recomendamos na Graciosa

Antes de entrar nas sugestões de restaurantes específicos, uma recomendação e um aviso. A recomendação: se for de doces, não deixe de provar as Queijadas da Praia da Graciosa, típicas da ilha e famosas em todo o país, pode encontrá-las em vários sítios mas tenha em atenção que apesar do nome“queijadas” não levam queijo mas sim ovos, leite, farinha, açúcar e canela (são super doces, sabem a leite condensado). A ressalva tem a ver com horários e expetativas. Por um lado, quando visitámos a ilha, ficámos com a sensação de que se janta por volta das 19:30h e até encontrámos cozinhas de restaurantes que fecham às 21:00h, como tal tenha isso em conta quando organizar o seu dia (por exemplo, se quiser apreciar o pôr do sol no verão, provavelmente terá de comprar algo ou jantar mais cedo, caso contrário arrisca-se a perder o jantar). Outra opção é jantar em casa, mas as pessoas que vêm à Graciosa normalmente só vêm por um par de dias, por isso não há como cozinhar, embora se ficar no Boa Nova Hostel como a Randomtrip, tem uma ótima cozinha onde pode jantar à hora que quiser. Por outro lado, baixe as suas expetativas gastronómicas, especialmente se vier de outra ilha açoriana como a Terceira, o Faial ou o Pico: os restaurantes da Graciosa são inferiores em oferta e variedade em comparação com as ilhas vizinhas do grupo central, mas numa viagem de 3 dias não se aborrecerá.

Do que experimentámos, recomendamos-lhe:

  • Costa do Sol (Santa Cruz da Graciosa): Provavelmente uma das melhores opções disponíveis em Santa Cruz (ou mesmo em toda a ilha), o restaurante Costa do Sol está na ilha há mais de 30 anos, agora renovado com uma decoração moderna respeitando as paredes de pedra e conhecido pelos seus bifes de abrótia (peixe) e pelo seu hambúrguer caseiro (€6) em bôlo lêvedo, com alface, ovo, ananás, rodelas de cebola e molho de alho caseiro, que também acompanha as batatas fritas de batata doce. Tivemos dificuldade em fazer reserva para jantar, mas conseguimos. Jantámos na esplanada, hambúrguer à casa (em bolo lêvedo, com ovo e ananás), dose de atum, mini garrafa de vinho, sobremesa e cafés por 31€).
Hambúrguer com ananás da Costa do Sol
  • Clube Naval (Santa Cruz da Graciosa): o restaurante do clube, que desde 1987 acolhe regatas de botes baleeiros, barcos de pesca e muitos mergulhadores da ilha, tem um espaço simples com uma vista privilegiada onde pode comer desde uma francesinha, um bife de atum ou o famoso cozido à portuguesa e até um generoso bacalhau frito com batatas e pimentos à parte (14€).
  • Dolphin/O Roque (Carapacho): damos-lhe os dois nomes porque, embora o restaurante se chame Dolphin, os locais conhecem-no como O Roque. As especialidades são o polvo grelhado na pedra, as espetadas de polvo ou camarão com chouriço e pimentos, e o tacho de lapas frescas temperadas com limão (15€). Tem uma esplanada virada para o mar com uma das mais belas vistas, as piscinas naturais do Carapacho.
  • Estrelas do Mar (Folga): um dos nossos favoritos onde pode saborear o peixe mais fresco à beira-mar.
Atum das Estrelas do Mar
  • Snack Bar Santa Cruz também conhecido localmente como Bajinha (Santa Cruz da Graciosa): recomendado pela Catarina do Boa Nova Hostel pela com “Linguiça“, servida com batatas fritas (não caseiras, sacrilégio em Portugal), ovo estrelado e salada. Muito local e barato (5 euros por um prato), mas nada de especial.
  • Grafil Coffee Bar (Santa Cruz da Graciosa): experimentámos a Aguardente da Graciosa, que pode beber com ou sem gelo. No Randomtrip provámos com gelo e avisamo-lo, é muito forte e no Grafil vem bem servida, eles não poupam, por apenas 2 euros cada.
  • Padaria Santos (Santa Cruz da Graciosa): se ficar num alojamento autossuficiente, pode comprar pão caseiro e fazer as suas próprias sandes para levar. Situa-se na mesma rua que o Boa Nova Hostel, cerca de 500 metros mais à frente.
Aguardentes da Graciosa no Grafil.

Roteiros de viagem para a Graciosa

Como já deve ter visto se leu o nosso guia, a Graciosa tem sítios incríveis para visitar mas não é uma ilha muito grande, por isso recomendamos uma escapadela de 3 dias. Como nem sempre temos tanto tempo e provavelmente irá conhecê-la juntamente com outra ilha vizinha açoriana, deixamos-lhe sugestões de roteiros para 1, 2 e 3 dias.

O que ver na Graciosa em 1 dia

Um dia não é tempo suficiente para a Graciosa, por isso, se for esse o seu caso, recomendamos que dê prioridade aos locais que lhe chamaram a atenção no guia. Aqui fica uma sugestão de roteiro para um dia na Graciosa, tentando incluir o maior número de locais possível (não é adequado para relaxar):

  • Comece por visitar a Furna do Enxofre e a Caldeira.
  • Continue até ao Carapacho, parando nos miradouros e, se o tempo estiver bom e lhe apetecer, dê um mergulho no Carapacho.
  • De lá, siga em direção a Porto Afonso, parando num dos miradouros.
  • Se o tempo estiver bom, dê um mergulho em Poceirões.
  • A caminho de Santa Cruz da Graciosa, pare na Ponta da Barca e no Barro Vermelho. Veja o que o tempo em Santa Cruz da Graciosa tem para lhe oferecer.
Piscinas Naturais de Carapacho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

O que ver na Graciosa em 2 ou 3 dias

Consideramos que 2 ou 3 dias (um fim de semana) é o tempo ideal para conhecer a Graciosa. Veja aqui uma sugestão de roteiro para 3 dias:

  • Dia 1: Chegada e check-in no alojamento. Dependendo da hora, coma qualquer coisa e visite a Ponta da Barca, Poceirões (com banho e relaxamento incluídos) e, se lhe apetecer, aproveite para ver o pôr do sol.
  • Dia 2: visite com calma a Furna do Enxofre, as furnas e a Caldeira (opção de fazer o percurso à volta). Segue-se um mergulho no Carapacho, parando pelo caminho nos miradouros da zona. De seguida regressa a Santa Cruz da Graciosa, para visitar os pontos de interesse.
  • Dia 3: visite o Barro Vermelho (dê um mergulho), o Porto Afonso, alguns moinhos da zona, a Associação de Criadores do Burro Anão da Ilha da Graciosa e a Caldeirinha. Depois, visite a Praia e prove as suas queijadas.
Um pequeno moinho na Graciosa. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Transporte: alugar um carro na Graciosa

Como em todas as ilhas dos Açores, na Graciosa consideramos essencial o aluguer de um carro para que possa desfrutar ao máximo da ilha, aproveitar ao máximo o clima e poder visitar alguns locais emblemáticos (que não são acessíveis através de transportes públicos). Encontre o melhor preço de aluguer de automóveis na Graciosa em DiscoverCars.

Nós fizemo-lo com a Graciosa Rent-a-car (36€/dia). Quando chega ao porto, tem de subir a colina e lá estará a senhora da Graciosa Rent-a-car à sua espera.

Na Graciosa existem apenas três empresas de aluguer de automóveis e nenhuma das grandes empresas que se encontram nas outras ilhas. As outras opções são a Medina Rent-a-car e a Azores Touch. Não se esqueça de verificar as condições de aluguer de cada empresa (franquia, cobertura de seguro, política de combustível, avaliações…) e não apenas o preço.

Os preços de aluguer de automóveis na Graciosa raramente descem abaixo dos 35 euros por dia e, especialmente no verão, recomendamos que reserve com bastante antecedência para evitar ficar sem viaturas (há poucas disponíveis) ou que as poucas existentes sejam proibitivamente caras.

Existe também a opção de se deslocar na Graciosa através de transportes públicos: existe uma empresa de autocarros (Transportes Coletivos da Ilha Graciosa) que liga alguns dos pontos da ilha, pode consultar os horários aqui. As ligações e frequências são bastante limitadas, mas se estiver a viajar com um orçamento limitado, pode ser uma opção válida para visitar alguns dos pontos principais.

Estrada na Graciosa. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Quanto custa uma viagem à Graciosa?

Como sempre, é muito difícil dar um orçamento genérico, pois depende muito do seu estilo de viagem. O que podemos fazer é dar-lhe um guia de preços e pode usá-lo para calcular o seu orçamento:

  • Voos: Pode encontrar voos para Ponta Delgada (São Miguel) ou Lajes (Terceira) a partir de Lisboa a partir de 50 euros ida e volta por pessoa e depois tem de acrescentar o voo para a Graciosa por cerca de 90 euros ida e volta, mas depende da antecedência com que fizer a reserva. Em alternativa, pode chegar à ilha de barco a partir da Terceira ou das ilhas do triângulo, mas apenas no verão e apenas 2 dias por semana (27,50 euros da Terceira, 32 euros de São Jorge, por pessoa, ida e volta).
  • Aluguer de automóveis: a partir de 35 euros por dia para o automóvel mais barato (consoante a empresa e o número de dias).
  • Alojamento: a partir de 50 euros/noite para um quarto com casa de banho privativa ou um apartamento autossuficiente, com uma localização central.
  • Refeições de restaurante: entre 15 e 25 euros por pessoa

No total, a título indicativo, uma viagem de 3 dias à Graciosa com um carro alugado pode custar entre 80 e 100 euros por pessoa (com as opções mais baratas de carro, alojamento e restaurantes).

Miradouro do Carapacho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Apps úteis para viajar à Graciosa

Recomendamos algumas aplicações para instalar no seu telemóvel que vão ser úteis na sua viagem à Graciosa:

  • SpotAzores (Android/iOS/Web): aqui pode ver todas as webcams em diferentes partes das ilhas dos Açores para ver como está o tempo. Como o tempo é muito variável e pode estar a chover numa parte da ilha e a fazer sol noutra, esta aplicação é a forma mais rápida de se certificar e evitar viagens desnecessárias.
  • Windy (Android/iOS/Web): aplicação essencial para as nossas viagens, ainda mais nos Açores. Permite-lhe ver as previsões de chuva, nuvens, vento, etc. para o ajudar a planear os seus dias com base no tempo (pois há locais que perdem muito em função do tempo). Obviamente, as previsões não são 100% fiáveis. Também lhe mostra as webcams disponíveis
  • Google Maps (Android/iOS): é aquele que utilizamos para guardar/classificar todos os locais onde queremos ir/onde já estivemos e como GPS nos carros de aluguer. Pode ver as opiniões de outras pessoas sobre os locais, fotografias, menus de restaurantes, números de telefone dos locais para os contactar, etc.
  • Maps.me (Android/iOS): aplicação semelhante ao Google Maps mas que funciona melhor offline (embora o Google Maps também possa funcionar offline) e que em muitos casos tem informação que o Google Maps não tem, especialmente para os trilhos. Útil sempre que vai fazer um trilho, para se orientar, descarregar o percurso do site oficial dos trilhos dos Açores (clique em Downloads->GPS), etc.
Pôr do sol em Poceirões com um vinho Pedras Brancas e dois copos emprestados do Boa Nova Hostel. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Dicas para desfrutar da Graciosa

  • Respeite as outras pessoas e a ilha: não ponha a sua música a tocar alto nas piscinas naturais (se quiser ouvir música, use auscultadores), não deixe lixo, não deite pontas de cigarro, etc. Deixe o local melhor do que o encontrou (se encontrar plástico, apanhe-o).
  • Nalgumas zonas, os banhos podem ser perigosos devido às fortes correntes. Não seja corajoso.
  • Nunca tente tocar ou alimentar um animal – não seja cúmplice de maus tratos a animais!
  • Não permita a perturbação, poluição e destruição dos habitats de nidificação das aves marinhas. Os cagarros são uma ave migratória que nidifica nos Açores e que na sua viagem aos Açores lhe soará pelo seu particular canto de“awa awa” como se estivessem a cantar o refrão da canção dos The Buggles Video Killed the Radio Star. Para evitar situações de captura ou atropelamento de cagarros jovens na estrada, o Governo dos Açores promove anualmente a Campanha SOS Cagarro, sobre a qual recomendamos que se informe quando chegar ao arquipélago.
  • Lembre-se que por vezes pode encontrar nas águas da Graciosa uma aguaviva ou uma caravela portuguesa , cuja picada é dolorosa e perigosa. O bom é que estas últimas flutuam e são facilmente detetáveis, mas se avistar uma, saia imediatamente da água e avise outras pessoas da sua presença. No caso de ter sido picado por uma das duas, é muito importante que siga estas recomendações oficiais: não coçar a zona da picada (para evitar que o veneno se espalhe); não limpar com água doce ou álcool, limpar apenas com água do mar e com muito cuidado; e no caso de uma picada de Caravela Portuguesa, procurar assistência médica o mais rapidamente possível.
  • Não compre artesanato feito de animais marinhos ou retirado do mar (por exemplo, dentes de golfinho, carapaças de tartaruga, mandíbulas de tubarão, marfim de cachalote, …). O comércio do marfim, atualmente o único produto valioso do cachalote, continua a ser um argumento para os caçadores. Compre artesanato local feito de materiais alternativos, como madeira, pedra ou marfim vegetal.
  • Viaje sempre com um seguro de viagem: despesas médicas, roubo ou problemas com o seu avião durante uma viagem podem custar-lhe muito dinheiro, pelo que o ideal é fazer um seguro de viagem. Utilizamos sempre a IATI e recomendamo-la. Se subscrever o seu seguro através deste link, beneficia de um desconto de 5%.
Carapacho. Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados.

Checklist: O que levar na mochila/mala de viagem para a Graciosa

Eis uma lista de artigos indispensáveis que não pode esquecer de levar na sua viagem:

  • Garrafa reutilizável como uma destas para transportar sempre água consigo. Evitará a utilização de plástico de utilização única.
  • Calçado Aquático Aquashoes como estes ideais para levar sempre consigo para usar em superfícies rochosas ou escorregadias
  • Sapatos de trekking porque a melhor maneira de conhecer os Açores é através de caminhadas. Na Randomtrip temos estes da Columbia.
  • Kit Snorkel (máscara e tubo de snorkel) como estes, imprescindível para levar nesta viagem e contemplar o fundo do mar.
  • Mochila à prova de água / Saco impermeável como esta, muito útil para não molhar o seu equipamento fotográfico, telemóvel e carteira em qualquer passeio de barco (ou mesmo se a maré subir na praia)
  • T-shirt de lycra de manga comprida com proteção UV que usamos para nos protegermos da água fria ou do sol quando fazemos mergulho, como uma destas.
  • Gola para o pescoço como alguna de estas para proteger-se do vento e do frio
  • Toalha de secagem rápida como uma destas que, para além disso, não ocupa muito espaço na sua mochila/mala
  • Chapéu ou boné e óculos de sol para o proteger quando o sol está forte
  • Casaco cortavento impermeável: ideal para ter sempre à mão para as mudanças repentinas de clima nos Açores. No Randomtrip temos este e este
  • Consiga os artigos da Decathlon que levamos em todas as nossas viagens ao melhor preço
  • Máquina fotográfica para registar as aventuras e mais tarde recordar. No Randomtrip usamos uma Sony ZV-E10 e uma Gopro Hero12 Black (para imagens subaquáticas) nas nossas viagens
  • Powerbank: com tantas fotos vai gastar muita bateria, por isso é sempre bom levar uma boa powerbank. No Randomtrip viajámos com estes dois powerbanks (Xiaomi 20000 mAh y  Anker 10000 mAh), que nos permitem carregar tanto os nossos smartphones como a máquina fotográfica
  • Protetor solar: tente sempre escolher um protetor solar Reef Friendly, ou seja, que proteja a sua pele sem prejudicar os ecossistemas marinhos, evitando ingredientes como a oxibenzona e o octinoxato, que são prejudiciais para os corais. Também um protector que não tenha sido testado em animais
  • Repelente de mosquitos, no Randomtrip costumamos levar Relec Extra Forte mas leve o que preferir desde que contenha uma percentagem mínima de 15% de DEET (ingrediente recomendado pela OMS)
  • Kit de primeiros socorros: no nosso kit de primeiros socorros há sempre algum medicamento contra o enjoo (como a biodramina para o enjoo nos barcos), antibióticos, anti-diarreicos (e alguns probióticos para recuperar mais rapidamente), anti-histamínicos, analgésicos e antipiréticos
  • Seguro de viagem, claro. Se contratar o seu seguro de viagem através deste link terá um desconto de 5%.

A ilha Graciosa “é o lugar mais bonito do mundo, um paraíso na terra, onde a natureza se ergueu ao mar”.

Valter Hugo Mãe, escritor português, vencedor do Grande Prémio Portugal Telecom de Literatura (2012) e do Prémio José Saramago (2007), entre outros. Lemos esta frase no Boa Nova Hostel, a nossa “casa” na ilha.
Graciosa, Inês e o Pico ao fundo. Foto de Randomtrip. Todos los derechos reservados.

Todas as fotografias e conteúdos são da autoria do Randomtrip (exceto aqueles que expressam claramente a sua fonte) e têm todos os direitos reservados.

Disclaimer: este guia contém links de afiliados e, ao usá-los, estará a dar uma pequena comissão ao Randomtrip. A si não lhe custa nada, por vezes até ganha um desconto, mas a nós motiva-nos para continuar a criar guias gratuitos tão completos como o que acabou de ler.

Gostou do nosso guia? Poupe nas suas reservas e apoie o nosso trabalho!

Se o nosso guia foi uma boa ajuda para a sua viagem, pode apoiar este projeto e poupar nas suas reservas usando os seguintes links:

Para além disso, se quiser contribuir para a nossa criação de guias de viagem completos e gratuitos como este, existe outra forma de apoiar o nosso projeto: pode fazer um donativo (com Paypal ou cartão) e convidar-nos a um pequeno-almoço (5€), uma refeição de street food (10€) ou um jantar no destino que estamos a explorar (20€) que depois recomendaremos no guia do destino. Ou pode também fazer um donativo pelo valor que desejar. Mais info aqui

Muito obrigada pelo seu apoio, Randomtripper! Vemo-nos pelo Mundo!

5/5 - (16 votes)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *