Sabíamos que íamos gostar da ilha canária do vento e das belas praias, mas não sabíamos o quanto. Fuerteventura surpreendia-nos com os seus cantos e recantos e a cada dia que passava parecia-nos que uma semana era demasiado pouco para lhe dedicarmos.
Se é uma pessoa que gosta de praia e ainda não conhece esta ilha, descobrirá que Fuerteventura esconde, na nossa opinião, as melhores praias das Ilhas Canárias. Para além das praias, encontrará aldeias mergulhadas na história, moinhos de vento entre estradas áridas e sinuosas, dunas com quilómetros de comprimento e uma deliciosa gastronomia. Neste guia encontrará tudo o que precisa para explorar Fuerteventura: o que visitar e fazer na ilha, roteiros de 3, 5 e 7 dias, como chegar, como se deslocar, onde ficar e até onde a que restaurantes ir.
Guia actualizado en Junho de 2023 depois de mais uma viagem de um mês a Fuerteventura
Conteúdos
- Informação prática para visitar Fuerteventura
- Quando visitar Fuerteventura: meses sem vento
- Como chegar a Fuerteventura
- Quantos dias passar em Fuerteventura
- O que visitar e fazer em Fuerteventura
- Mapa de Fuerteventura
- Norte da ilha: Corralejo, El Cotillo, Isla de Lobos, Praias e Moinhos
- Parque Natural de Corralejo: Dunas de Corralejo
- Corralejo e as Grandes Praias de Corralejo
- Isla de Lobos (Ilha dos Lobos)
- El Cotillo e as suas praias
- Lajares
- Farol de Tostón
- Praia das pipocas (Playa de las Palomitas)
- La Oliva e os Moinhos de Villaverde
- Vulcões: Montaña de Tindaya e Calderón Hondo
- Barranco de los Enamorados (ou Barranco de los Encantados)
- Mais praias selvagens do Norte de Fuerteventura: Tebeto, Playa de la Mujer e Jarugo
- Playa de Jablito
- Puerto del Rosario
- MuanaMboka: uma experiência para os cinco sentidos
- Centro da ilha: Ajuy, Betancuria, Puertito de los Molinos, Caleta de Fuste e praias.
- Sul da ilha (Península de Jandía): Cofete, Morro Jable, Gran Tarajal, Costa Calma, Praias de Jandía e Praias Selvajens do Sul.
- Observação de estrelas em Fuerteventura
- Inspire-se com as stories da nossa visita a Fuerteventura
- Marés, ventos e praias em Fuerteventura
- Os melhores trilhos para caminhadas em Fuerteventura
- Onde mergulhar em Fuerteventura: os melhores spots de submarinismo
- Onde ficar em Fuerteventura: as melhores zonas
- Restaurantes que recomendamos em Fuerteventura
- Roteiros de viagem em Fuerteventura para 3, 5 e 7 dias (uma semana)
- Transporte: alugar um carro em Fuerteventura
- Quanto custa uma viagem a Fuerteventura?
- Apps úteis para viajar a Fuerteventura
- Dicas para desfrutar de Fuerteventura
- Checklist: o que levar na sua mochila/mala para Fuerteventura
Informação prática para visitar Fuerteventura
Fuerteventura é a segunda maior ilha do arquipélago das Canárias espanholas (a primeira é Tenerife), mas é a quarta mais povoada, o que significa que é pouco povoada em comparação com a vizinha Gran Canaria e que a probabilidade de desfrutar de uma praia isolada, é elevada, mesmo no pico do Verão. A ilha de Fuerteventura é também a mais antiga geologicamente e a mais erodida.
Moeda: Euro
Idioma: espanhol
População: 122,000 (em 2019)
Orçamento diário: A partir de 65 euros/dia por pessoa (aprox.) para uma viagem de uma semana. Mais informações sobre o orçamento aqui.
Clima: Primavera durante todo o ano com temperaturas entre 15º e 25º (varia um pouco, mas não muito, nos meses de Verão e Inverno, descubra mais sobre quando ir aqui)
Alojamento: Dadas as longas distâncias de carro (quase 2 horas entre o norte e o sul da ilha), para mais de 4 dias é aconselhável dividir a estadia entre o norte e o sul. No Norte, o ideal é ficar em Corralejo (onde há mais vida), em Cotillo (nossa vila preferida junto ao mar) ou em Lajares (a vila hipster da ilha); no sul perto de Gran Tarajal (cidade local), Morro Jable (zona turística com praia) ou um hotel em Playas de Jandía. A outra opção é ficar no centro da ilha, quase equidistante do Norte e do Sul, em Caleta de Fuste, uma localização estratégica para conhecer a ilha. Mais informações sobre onde ficar aqui.
Duração: Mínimo 3 dias. Idealmente 1 semana.
Voos: Há voos diretos para Fuerteventura para Lisboa com a Tap. Recomendamos que utilize comparadores de voo como o Skyscanner e o Kiwi e que seja flexível com as suas datas para conseguir o melhor preço.
Transporte: A melhor opção é alugar um carro. Mais informação aqui. Existem linhas de autocarro que ligam os diferentes pontos da ilha mas os horários são muito limitados e não é uma opção que possamos recomendar se quiser aproveitar ao máximo o seu tempo em Fuerteventura.
Fuso horário: UTC +1. A hora em Fuerteventura e nas Ilhas Canárias é a mesma hora de Portugal Continental.
Quando visitar Fuerteventura: meses sem vento
Fuerteventura é uma ilha com sol e temperaturas estáveis durante todo o ano (entre 15º à noite e 25º durante o dia) e por esta razão é conhecida como a ilha da eterna primavera. No entanto, os melhores meses para visitar a ilha (e as Canárias em geral) são Setembro e Outubro. Porquê?
No Verão, a temperatura mínima é geralmente de 19º à noite, a máxima pode atingir os 29º em algumas partes da ilha durante o dia (os meses mais quentes são Julho e Agosto) e a probabilidade de chuva é zero mas a probabilidade de nevoeiro é elevada. O Inverno divide-se em duas estações: de Novembro a Fevereiro a temperatura ronda os 20º e pode descer aos 12º durante a noite, e chove em média 7 dias por mês. A partir de Março a temperatura melhora e é normalmente de 22ºC (14ºC à noite) e chove ainda menos. Em Abril e Maio durante o dia as temperaturas já rondam os 25º e a água do Oceano Atlântico começa a aquecer (água à volta dos 19º, 20º) o que os torna meses muito agradáveis para umas férias na praia.
Mas se há uma coisa que caracteriza o clima de Fuerteventura, é sem dúvida o vento. A origem do nome da ilha não é conhecida ao certo, embora uma das teorias esteja diretamente relacionada com isto (Fuerteventura = ventos fortes, de facto chamamos à ilha “FuerteVIENTURA” por esta mesma razão), embora existam outras (como Fuerte Ventura = grande sorte, as ilhas da sorte), se quiser saber mais sobre isto, recomendamos-lhe este artigo.
Estes ventos fazem de Fuerteventura um paraíso para desportos como o surf, windsurf e kitesurf, mas para aqueles de nós que visitam as ilhas com o objetivo de desfrutar das suas praias (algumas das melhores das Ilhas Canárias), o vento pode ser um inimigo.
A melhor altura para praticar windsurf e kitesurf é de Junho a Agosto porque estes são os meses com mais vento na ilha. (De facto, pode aprender a praticar windsurf na ilha, na Costa Calma, reserve aqui o seu curso de 1, 2 ou 3 dias. ) Para os surfistas, os principiantes apreciarão as ondas no Verão (água a 24º C e ondas mais suaves) e os profissionais no final do ano (de Outubro a Dezembro) onde a água é cerca de 20º C (bastante boa) mas as ondas são mais fortes.
Aprenda a surfar em Corralejo! Reserve aqui o seu curso de 1, 2, 3, 4 ou 5 dias, à sua escolha.
Os meses com menos vento, menos neblina e melhores temperaturas são geralmente Setembro, Outubro e Novembro, portanto, se o objectivo da sua viagem às ilhas é desfrutar das suas praias, a melhor altura para visitar Fuerteventura é geralmente Setembro e Outubro. Durante a sua visita recomendamos verificar a força e direção dos ventos (por exemplo em Windy), pois ventos fortes podem ser muito irritantes e podem estragar a sua visita a algumas das praias ou miradouros.
Os melhores meses para viajar para Fuerteventura:
Mês | Vento | Temperatura máxima/mínima(°C) aprox |
---|---|---|
Janeiro | Baixo | 18° / 12° |
Fevereiro | Médio | 19° / 12° |
Março | Médio | 20° / 13° |
Abril | Médio-Alto | 21° / 14° |
Maio | Médio-Alto | 22° / 15° |
Junho | Alto | 23° / 17° |
Julho | Alto | 25° / 18° |
Agosto | Alto | 25° / 19° |
Setembro | Baixo | 25° / 19° |
Outubro | Baixo | 24° / 17° |
Novembro | Baixo | 22° / 15° |
Dezembro | Baixo | 19° / 14° |
No Randomtrip já estivemos em Fuerteventura todos os meses do ano (excepto Agosto) e todos os meses entrámos no mar ( é verdade que em Fevereiro, especialmnete, a agua pode estar mais fria, depende do ano, e também temos de ter em conta que uma é do Atlântico português e o outro do Atlântico galego). Nos meses de inverno a temperatura nunca desceu dos 16º (à noite), durante o dia a temperatura rondava os 25º máximo (23º de média) e choveu dois dias à tarde, pelo que podemos afirmar com segurança que é uma ilha que pode ser visitada o ano todo, mesmo em temporada baixa. Será sempre uma questão de sorte. Recomendamos usar roupas de verão durante o dia (t-shirt, calções e chinelos/sandálias), mas quando o sol se põe arrefece, por isso ponha umas calças compridas, uma sweatshirt e sapatos fechados (ténis) para as noites de inverno. No verão, com um corta vento basta.
Como chegar a Fuerteventura
A forma mais rápida de chegar a Fuerteventura é de avião. Há voos diretos de Lisboa para Fuerteventura (assim como de vários países europeus), com preços muito competitivos graças às companhias aéreas de baixo custo, como a Ryanair e a Easyjet. Recomendamos que seja flexível com as suas datas e utilize comparadores de preços tais como Skyscanner e Kiwi.com.
Ao voar damos-lhe uma dica: na viagem de ida é melhor voar do lado direito para as vistas da ilha quando se aproxima de Fuerteventura, embora quando o avião se vira para aterrar também terá uma boa vista do lado esquerdo.
A forma mais sustentável de chegar às Ilhas Canárias é por barco. Fazer a travessia entre o continente (Huelva) e Gran Canaria ou Tenerife é também ideal se viajar com o seu próprio veículo (a sua autocaravana, por exemplo) ou se quiser viajar com o seu animal de estimação e não quiser que ele vá no porão. Demorará mais tempo (aproximadamente 31 horas) mas é uma aventura em si mesma, com decks para relaxar, restaurante self-service e bar. Neste post, contamos-lhe a nossa experiência a bordo da Marie Curie operada por Fred Olsen, Express e Baleária, caso o deseje fazer.
Também se pode ir de Gran Canaria a Fuerteventura de barco. Fizemo-lo com a empresa Fred Olsen, entre Fuerteventura e Gran Canaria e adorámos: uma travessia de pouco mais de 2 horas (entre Fuerteventura e Gran Canaria) num enorme, espaçoso e muito confortável barco onde podíamos transportar toda a nossa bagagem sem limitações e sem fazer check-in de nada. Tenha cuidado com o carro alugado, tem de pedir à empresa para o poder deslocar entre ilhas.
Existem também ligações frequentes e rápidas a Lanzarote no norte, pois é muito próxima, pelo que se pode combinar as duas ilhas numa única viagem. Se este for o seu caso, lembre-se que também publicámos um guia sobre o que ver em Lanzarote. Pode reservar o ferry só ida ou ida e volta desde Fuerteventura a Lanzarote aqui mas lembre-se de confirmar com a empresa do barco que o seu bilhete inclui o carro e com a empresa de rent-a-car que pode levar o carro no ferry para Lanzarote.
Finalmente, também tem a opção de voar entre ilhas, com Binter (mais caro) ou Canaryfly (mais barato).
Quantos dias passar em Fuerteventura
Recomendamos um mínimo de 3 dias, embora o ideal para Fuerteventura seja uma semana e se quiser passar mais tempo a relaxar e a desfrutar das praias, não se vai arrepender. Por este motivo, propomos diferentes tipos de roteiros.
Para descobrir várias das praias de Fuerteventura e para explorar outros recantos interiores da ilha, na nossa opinião, não se aborrecerá, por mais dias que vá. Foi precisamente devido a este constante espanto por tudo o que havia para ver que continuávamos a dizer: “¡Qué Fuerte, Ventura!”
Mais uma vez, depende das suas intenções: se vem para explorar a ilha, para descansar e relaxar, ou para fazer uma mistura de ambos.
Seguro de viagem para as Ilhas Canarias
Sabe o que nunca pode faltar na sua mochila? Um bom seguro de viagem! E na sua viagem às Ilhas Canárias recomendamos o seguro Iati Escapadinhas, ideal para aventuras em Portugal e em toda a Europa.
Além da assistência médica por lá, o seguro também cobre imprevistos que possam acontecer na viagem às Canarias quando fizer desportos de aventura como trekking, caiaque, rafting, snorkeling, surf ou windsurf e até num passeio de bicicleta e/ou roubo da mesma. Além disso, se acontecer algo com a sua bagagem (danos, roubo, atraso na entrega ou extravio), a Iati também ajuda.
Leia atentamente as condições de cada apólice e contrate o seguro que melhor se adapta às suas necessidades. No Randomtrip oferecemos-lhe um desconto de 5% só por ser Randomtripper, basta fazê-lo através deste link e o desconto será aplicado!
O que visitar e fazer em Fuerteventura
Para lhe facilitar a localização e classificação dos locais de interesse em Fuerteventura, classificámo-los em Norte, Centro e Sul, aqui está um resumo e depois toda a informação sobre cada um dos locais.
- Norte de Fuerteventura
- Corralejo, Grandes Praias e Dunas de Corralejo
- El Cotillo e as suas praias
- Ilha dos Lobos
- La Oliva e os Moinhos de Villaverde
- Vulcões: Montaña de Tindaya e Calderón Hondo
- Ravina Los Enamorados
- Praias selvagens (Tebeto, Jarugo, Playa de la Mujer)
- Puerto del Rosario
- Muanamboka: uma experiência para os cinco sentidos
- Centro de Fuerteventura
- Cavernas Ajuy e Ajuy
- Betancuria
- Arco Las Peñitas e Miradouro Las Peñitas
- Puertito de los Molinos
- Praia Playa del Valle e as suas piscinas naturais
- Caleta de Fuste e a sua poça natural
- Praias selvagens (Solapa, Vigocho e Garcey)
- Sul de Fuerteventura
- Praia Cofete
- Praia do Sotavento
- Praia Mal Nombre
- La Pared praia e pôr-do-sol
- Praia da Costa Calma
- Praia Gran Tarajal
- Morro Jable
- Praias no sul da península de Jandía
Mapa de Fuerteventura
Aqui estão todos os locais de interesse em Fuerteventura de que falamos neste guia num mapa Google Maps que pode levar consigo no seu smartphone para consultar em qualquer altura.
Aqui está também um mapa turístico com as estradas de Fuerteventura (clique na imagem para o descarregar em tamanho e resolução maiores).
Norte da ilha: Corralejo, El Cotillo, Isla de Lobos, Praias e Moinhos
Parque Natural de Corralejo: Dunas de Corralejo
As maiores dunas das Ilhas Canárias encontram-se em Fuerteventura. A paisagem dourada percorre a estrada costeira FV-1a durante mais de dez quilómetros e cobre mais de 2.600 hectares. Este campo de areia é de origem marinha, pois provém da desintegração e pulverização de conchas de moluscos (ou outros organismos marinhos com esqueletos externos rígidos) que a corrente depositou na costa norte da ilha e que se encontram sobre fluxos de lava basáltica.
As melhores coisas a fazer aqui são caminhar ao longo das dunas douradas e admirar o contraste com o azul do Oceano Atlântico, desfrutar de um mergulho numa das incríveis praias do parque natural ou subir os 300 metros até ao vulcão Montaña Roja para admirar as ilhas vizinhas de Lanzarote e Graciosa, a partir do topo.
Infelizmente, nem mesmo o Parque Natural Dunas de Corralejo está livre de abusos animais, uma vez que os passeios de camelo são promovidos ali. Por favor, não seja cúmplice deste tipo de atividades. Leia sobre mais dicas e atividades a evitar aqui.
Corralejo e as Grandes Praias de Corralejo
Corralejo é um dos dois lugares que recomendamos para ficar no norte da ilha, e na sua cidade velha há opções para todos os gostos e carteiras. É uma cidade com atmosfera de praia, pois tem uma pequena praia com águas cristalinas no centro, e muitos restaurantes e bares, onde se pode divertir à noite, depois de um dia inteiro pela ilha. Não fique surpreendido se por vezes pensa que está em Itália porque vai ouvir muito italiano nas ruas – há uma grande comunidade italiana a viver aqui.
Tem também uma série de lojas que estão concentradas (na sua maioria) numa longa rua comercial (Avenida Nuestra Señora del Carmen). Esta rua tem todo o tipo de lojas, desde lojas de perfumes duty free, gelatarias a lojas de roupa.
Nesta rua encontrará também a nossa loja favorita na ilha, que não podemos deixar de recomendar: a “Mojo Art Shop” da ilustradora majorera (de Fuerteventura) Erika Castillo. Aqui encontrará T-shirts, fatos de banho, postais e muitos artigos interessantes para crianças com os seus próprios desenhos e produção insular. Portanto, se procura uma lembrança para levar para casa, esta loja local não o decepcionará, é tudo tão giro que é difícil de decidir. Além disso, Erika é encantadora e irá ajudá-lo com tudo o que precisar.
Outras lojas que gostamos muito em Corralejo e recomendamos para comprar uma lembrança da ilha é a loja de roupa e acessórios com ilustrações, Gorro Picón, e a incrível loja Clean Ocean Project (que também encontrará no el Cotillo e em Lajares): este último, mais do que uma loja, é um projecto incrível baseado em Fuerteventura para proteger os oceanos.
Dentro do parque natural encontram-se as Grandes Praias de Corralejo: mais de 9 quilómetros de praias de areia fina e enseadas com vistas privilegiadas sobre o ilhéu de Lobos, pontilhadas com a ocasional casa de guarda colorida.
Na parte norte das dunas, as praias são mais familiares: algumas estão ao lado dos hotéis, têm mais serviços (e salva-vidas,…) para toda a família, como a praia de Bajo Negro ou a praia de El Burro. Dependendo da estação do ano, estas praias podem ser bastante ventosas. Quando lá fomos em Março, havia mais surfistas, windsurfistas e kitesurfistas na água, na praia de Medano, do que banhistas, porque embora estivesse calor, o vento não nos livrou de arrepios quando saímos da água. Outra praia altamente recomendada no final da zona norte é a Playa del Moro.
Quer aprender a surfar?
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A parte sul das dunas é ideal para encontrar pequenas enseadas e desfrutar da tranquilidade do nudismo e da solidão.
Isla de Lobos (Ilha dos Lobos)
A apenas 15 minutos de barco, encontrará este ilhéu de praias turquesa: Isla de Lobos.
Após a sua visita, podemos assegurar-lhe que vale a pena investir meio dia para conhecer a ilha onde os leões marinhos costumavam viver (antes da sua extinção na década de 1920, daí o seu nome) e que é agora o lar de apenas 4 habitantes descendentes de Antoñito, o faroleiro. São 4,5 quilómetros quadrados de paz e puro paraíso.
A praia de La Concha, no ilhéu de Lobos, entrou diretamente nas nossas principais praias de Fuerteventura, pois está totalmente abrigada do vento com um mar calmo e turquesa que o convida a mergulhar.
Continuámos a explorar a ilha e chegámos à praia de Puertito, uma autêntica piscina natural com água quente e azul filipina. Podemos garantir que a cor da água é exactamente como se pode ver nas fotos.
Também se pode caminhar até à Caldeira ( 127 m de altura) e ao Farol de Martiño ( a cerca de 5 km de Puertito, e a cerca de 3 km do cais) e desfrutar da incrível vista de Fuerteventura, Lanzarote e da própria ilha de Lobos a partir do topo deste vulcão. Preferimos desfrutar da praia porque a turquesa foi mais forte do que nós.
Por ser um pequeno ilhéu, há aproximadamente 12 km para percorrer a ilha (trilho circular) e pode ser completado em cerca de 3,5 horas, com paragens. O trilho é simples e marcado sem demasiados declives (exceto se for até à Caldeira) mas tenha cuidado, tem 15 minutos extra para evitar perder o último barco.
Então, como chegar a este paraíso?
Para chegar a este pequeno e idílico pedaço de terra tem de se reservar com antecedência, pois há uma quota máxima diária para ir de manhã ou à tarde (foi-nos dito que é melhor ir à tarde, especialmente na época que visitámos, Março, onde o calor não é tão forte e o tempo é normalmente melhor à tarde, e assim fizemos). Recomendamos, como sempre, que se verifique previamente o tempo e os ventos.
Além disso, se quiser ir sozinho, terá de pedir a autorização obrigatória para visitar a ilha e não poderá pedi-la com mais de 3 dias de antecedência. A maneira mais fácil é reservar online e eles organizarão tudo por si, como nós fizemos. Quer se reserve o passeio diário (que inclui uma paragem para snorkelling – com o equipamento – e uma cerveja) ou apenas o ferry, a autorização está incluída no preço. Também tem a opção de fazer uma excursão de catamarã para explorar os arredores da Ilha de Lobos (com lanches, bar aberto e caiaques incluídos) ou ir de táxi aquático, mas a gestão da licença não está incluída.
Reservamos este tour por 25 euros/pessoa online alguns dias antes, pois queríamos desfrutar de snorkelling em mar aberto (possibilidade de ver raias manta e outros peixes deste ecossistema) e disseram-nos que tínhamos de estar 20 minutos antes no stand da empresa (no porto de Corralejo) para levantar os bilhetes e 5 minutos antes para embarcar no barco. E assim foi. Antes de irmos para o porto de Corralejo, parámos na padaria Los Abuelos, comprámos uma deliciosa sandes vegan milanesa que tínhamos provado uns dias antes, e partimos.
Partimos às 13h e a viagem até à ilha demorou 15 minutos (o mar estava bastante agitado devido ao vento mas foi um esplêndido dia de sol). O barco faz duas paragens: primeiro pára no cais da ilha de Lobos para deixar as pessoas que vão sozinhas e compraram a opção sem snorkel (mais recomendável se quiser dar a volta à ilha, pois terá mais tempo) e depois, para aqueles como nós que têm snorkel incluído, o barco continua ao longo da ilha, onde a tripulação conta informações sobre a sua formação e assim por diante.
E agora vem a pior parte: antes de saltarmos para a água começamos a ver a tripulação a atirar pedaços de pão aos peixes para que nós turistas possamos ver a concentração de peixes tanto da vista subaquática do barco como quando saltamos para a água. Isto parece-nos muito repreensível como defensores de turismo responsável, não devemos interferir nos processos naturais dos animais de modo a evitar modificar o mais possível o seu comportamento. Pedimos-lhes que parassem e eles não o fizeram e pedimos-lhe, sempre que vir alguma destas atividades turísticas, que não seja cúmplice. A propósito, Isla de Lobos tem mais de 20 locais de mergulho para os entusiastas do mergulho. Dizemos-lhe mais na secção “Onde mergulhar em Fuerteventura“.
Após meia hora de snorkelling com grande visibilidade em águas turquesas (a água era fresca, as nossas camisas de lycra ajudaram) foi-nos oferecido um copo a bordo, ao sol, enquanto secávamos (escolhemos cerveja) e por volta das 14h fomos deixados no cais para desfrutar da ilha, dando-nos um bilhete para a viagem de regresso (para estar de volta às 16h ou 17h).
Resumo da excursão da tarde à Ilha de Lobos:
Duração: das 13:00 às 17:15 (às 13:00 deixa o porto de Corralejo, às 13:30 faz snorkel, às 14:00 é deixado em Isla de Lobos e pode regressar no barco das 16:00 ou das 17:00).
Incluído: transporte, equipamento de snorkelling (óculos e snorkel, colete salva-vidas, e um tapete preso à parte de trás do barco para se agarrar se quiser) e beber (por exemplo, uma cerveja).
Preço: 25 euros para o passeio com snorkel incluído (no Civitatis) ou 17,50 euros apenas para o ferry (no Civitatis), ambos com autorização incluída.
El Cotillo e as suas praias
El Cotillo é uma vila de surf com uma atmosfera de verão que convida a abrandar. Embora tenha menos opções de alojamento e menos restaurantes, achamos que é um lugar muito mais interessante para ficar do que Corralejo: mais autêntico e menos turístico. Claro que, como se pode ver no mapa, El Cotillo não é muito próximo de muitas das atrações no norte da ilha, mas leva menos de meia hora de carro para chegar a Corralejo.
O entrançado de pequenas ruas brancas com vista para o mar, a tranquilidade, os poucos, mas muito bons restaurantes e os pores-do-sol, foram algumas das principais razões pelas quais El Cotillo tornou-se a nossa aldeia favorita na ilha de Fuerteventura.
Praias a norte de El Cotillo: La Concha e as praias das poças
Ao norte de Cotillo existem praias com águas calmas e relaxadas, tais como Playa de la Concha, e se continuar, a norte encontrará as praias conhecidas como“Playas de los Charcos“, pequenas praias onde se formam poças ou piscinas naturais, ideais para um banho familiar com as crianças. De facto, aos fins-de-semana estão, normalmente, bastante lotadas (dentro dos limites do que é “lotado” em Fuerteventura) com as famílias locais.
Praias a sul de Cotillo: Castillo, Aljibe, Águila (ou Escalera) e Esquinzo.
Se em vez de nos dirigirmos para norte formos para sul de Cotillo, encontraremos algumas das nossas praias preferidas na ilha: belas, enormes, selvagens, entre penhascos de difícil acesso e com o mar mais forte.
A estrada não é pavimentada quando se sai de El Cotillo, pelo que se tem de ir devagar, mas as praias valem totalmente a pena. Existem várias, embora as nossas favoritas sejam:
- Playa del Águila (ou Playa de la Escalera): não sabemos de onde vem o primeiro nome (talvez porque do cimo do penhasco onde estaciona se pode ver tudo de cima com um olho de águia?), mas o segundo é claro, porque para descer até esta praia há uma escadaria construída em cimento. A verdade é que as escadas estavam bastante deterioradas e em mau estado e existia um certo risco ao utilizá-las mas arranjaram-nas e actualmente são seguras. O mar é bastante agitado, e é aconselhável visita-la na maré baixa (em Fuerteventura tem de se habituar a verificar as marés e o vento, aqui lhe dizemos mais).
- Playa de Esquinzo: esta praia é um pouco mais a sul, e foi-nos recomendada pelos habitantes locais. É o paraíso dos surfistas (de facto, lá verá muitos surfistas), mas do lado esquerdo, na maré alta e devido à inclinação, forma-se uma espécie de piscina natural na areia e entre rochas onde se pode tomar um banho relaxante. O cenário é espetacular, entre penhascos. Para lá chegar, siga os caminhos de terra (pode vê-los no Google Maps) e estacione no local que deixámos no mapa (provavelmente haverá mais carros, por isso não o pode perder). Para descer, recomendamos o uso de calçado adequado (melhor não trazer chinelos de dedo), uma vez que é necessário caminhar um pequeno trecho entre pedras, que não está sinalizado. Parece mais difícil do que é, e vale totalmente a pena.
Perto desta última praia (Esquinzo) é o início do caminho para o Barranco de los Enamorados (ou Barranco de los Encantados), sobre o qual vos falaremos mais abaixo.
O labirinto de Wolf Patton: um lugar místico
Muito perto de El Cotillo há um lugar curioso… um labirinto! É feito de pedras e aparentemente foi criado pelo artista e músico alemão Wolf Patton quando vivia por aqui.
Dizem que é um lugar especial e que ao terminar o labirinto sentir-se-á com mais energia. São cerca de 3 km de labirinto que completamos em cerca de 20 minutos mas pode demorar mais ou menos, dependendo se o fizer com mais ou menos calma. A verdade é que o ambiente nos convida a desacelerar.
Lajares
Devido à sua proximidade com El Cotillo, é uma aldeia com um ambiente jovem e alguns lugares agradáveis para comer ou tomar uma bebida. Segundo os habitantes locais, é a “capital hipster de Fuerteventura“, e a verdade é que fomos lá várias vezes para tomar uma bebida.
No seu caminho para (ou de) Cotillo e as suas praias, pode parar para o melhor café em Fuerteventura no El Arco, bem como conversar com Michelle, a proprietária (recomendada por María, uma amiga que vive na ilha e que conhecemos através do blog). Também pode obter alguns croissants deliciosos para a praia (de manhã cedo porque se esgotam rapidamente) no El Goloso ou uma focaccia e um cruffin (mistura entre croissant y muffin) de pistacho na Panateca (o sitio mais famoso e mais procurado para tomar o pequeno almoço no norte da ilha). Para uma bebida depois da praia, recomendamos o Canela onde, com sorte, para além de burritos e cervejas locais, pode ouvir música ao vivo.
Para almoço ou jantar, também foi-nos altamente recomendado um restaurante local, Los Pinchitos.
Farol de Tostón
Diz-se que é um dos melhores locais da ilha para assistir ao pôr-do-sol mas não podemos confirmar… Para nós, o plano do pôr-do-sol no Farol del Tostón foi frustrante, pois as nuvens foram as protagonistas daquela tarde e foi impossível apreciar o pôr-do-sol sobre o mar.
O farol está situado a 5 km da aldeia de Cotillo, em Punta Ballena e forma, juntamente com os faróis de Martiño no Islote de Lobos e Pechiguera, em Lanzarote, um triângulo para marcar a passagem de navios pelo Estreito de Bocaina, que separa as ilhas de Lanzarote e Fuerteventura.
Se é fã de pores-do-sol como nós, deve saber que há outro belo lugar para os ver no norte da ilha: La Huesilla . Aqui pode desfrutar de um pôr do sol mais selvagem entre penhascos e com o imenso oceano à sua frente.
Praia das pipocas (Playa de las Palomitas)
Entre El Cotillo e Corralejo, na costa, existe uma praia muito peculiar que se tornou viral no Instagram: uma praia de pipocas (o nome original da praia é “Playa del Bajo de la Burra“).
Nem tudo o que parece é, e embora quando se chega a esta praia possa parecer que está a pisar numa pilha de pipocas, na realidade é coral branco! Mais especificamente, algas calcárias que sofreram erosão na costa, misturando-se com a areia e dando o efeito de um mar de pipocas (também conhecidas como “rodolitos”).
Contudo, o facto de a praia se ter tornado “instagramável” nos últimos anos está a ter um efeito nocivo na praia: muitas pessoas querem levar uma “palomita” (pipoca) como lembrança, e a praia está, cada vez com menos coral. Se cada pessoa tirar um pedacinho, no final do ano desaparecem vários kgs de coral. Por isso apelamos a que seja responsável e que não tire nada da praia.
Aproveite ao máximo o facto de estar aqui ao lado, e visite a pacata aldeia piscatória de Majanicho:
La Oliva e os Moinhos de Villaverde
“Num lugar em La Mancha…” Ou de Fuerteventura? Parece que pisamos momentaneamente paisagens castelhanas de Dom Quixote quando chegamos a Villaverde. Não pode sair da ilha de Fuerteventura sem se aproximar de um dos gigantes que vivem do vento e cujas silhuetas o acompanharão nas áridas estradas interiores em que conduzirá.
Passará por muitos deles, mas os de Villaverde, uma aldeia próxima de La Oliva, são alguns dos mais fotogénicos que encontrámos.
Sabia que nas Canárias existe uma diferença entre um moinho e uma moinha? Aprendemo-lo aqui na bela ilha de Fuerteventura. Parece que o moinho é do tipo castelhano e a moinha é uma invenção canária concebida na ilha de La Palma no século XIX que permitiu reduzir os custos na construção.
Há mais de 20 pequenos gigantes de vento espalhados pela ilha que sobreviveram à passagem do tempo e nos levam de volta àquela outra vida quotidiana de outrora, onde as pessoas trabalhavam nos campos, cultivando cereais e o famoso gofio (farinha), perto do mar. Atualmente, estes fotogénicos moinhos do vento, a maioria dos quais datam dos séculos XVIII e XIX, foram declarados Património de Interesse Cultural pelo Governo das Ilhas Canárias. Se quiser aprender sobre moinhos e moinhos de vento, recomendamos-lhe que visite o Centro de Interpretação no centro da ilha, em Tiscamanita.
Para além dos moinhos de vento, pode estacionar o carro e perder-se em La Oliva para desfrutar da calma de uma aldeia interior.
Um plano que não conseguimos fazer porque descobrimos demasiado tarde, é assistir ao pôr-do-sol da montanha Escanfraga. Há uma rota de caminhadas que o leva até um arco de pedra e de onde é muito agradável ver o pôr-do-sol. Não conseguimos encontrar mais informação, mas vamos deixá-la para a próxima visita.
Vulcões: Montaña de Tindaya e Calderón Hondo
Se gosta de caminhadas e vulcões, no norte de Fuerteventura tem dois lugares que merecem ser incluídos na sua lista.
A Montanha Sagrada de Tindaya: localizada perto de La Oliva, diz-se que os antigos aborígenes da ilha a consideravam sagrada e com propriedades mágicas, como o demonstram as gravuras que nela foram encontradas (podomorfos). Existe um caminho pedestre em redor da montanha de Tindaya, embora esteja fechado há vários anos devido a um novo projeto de recondicionamento da área para que as gravuras possam ser visitadas de forma ordeira. Um projeto controverso em si mesmo, que não está a avançar nem a mudar e que agora (em 2020) após uma mudança de governo em 2019 parece ter o objetivo principal de proteger a montanha (esperemos que sim!). Atualizaremos este post no futuro, quando for possível visitar novamente a montanha (na página 2 deste PDF pode ver mais informações). Por agora, pode ir até à aldeia de Tindaya para ver a montanha de lá.
A propósito, se por acaso estiver em Tindaya, há uma loja de queijo local (adoramos queijo Majorero! (de Fuerteventura)) que pode visitar e comprar alguns para levar para casa. Aqui pode ver a localização da loja, que se chama “Quesos Tindaya“.
Calderón Hondo: também no norte de Fuerteventura, podemos encontrar vários vulcões alinhados (de Lajares na direção de Corralejo), que quando apareceram aumentaram a superfície da ilha e também deram origem à Isla de Lobos. Um destes vulcões é o Calderón Hondo, que é um dos mais bem conservados e tem uma cratera que podemos visitar. O acesso é fácil e com vistas incríveis, com percursos sinalizados (pode ir por exemplo de Lajares, estacionando aqui). Mais informações sobre a rota na página 4 deste PDF. Lembre-se de usar calçado adequado.
Uma curiosidade que desconhecíamos e de que a nossa amiga de Fuerteventura, a Farah, nos contou e que adorámos: a luz de Mafasca. Diz-se que há luzes, que aparecem a algumas pessoas em zonas rurais/escuras da ilha, e as acompanham, vagueando à sua volta. Embora pelo que pudemos ler se diga que quando se vê a luz se deve ter medo, ela disse-nos que no caso de muitas pessoas locais a viam ao contrário, como uma luz que as protegia. Em teoria, a lenda teve a sua origem aqui perto, perto de Tindaya. Diz-se que também pode ser visto em outras Ilhas Canárias. Pode ler mais sobre a Luz de Mafasca aqui.
Também em Tindaya se pode visitar a Casa Alta, assim chamada porque foi a primeira casa de dois andares a ser construída na aldeia. A arquitetura da casa é tradicional de Fuerteventura, com influências coloniais. Atualmente é um museu onde são expostas obras relacionadas com a montanha de Tindaya.
Barranco de los Enamorados (ou Barranco de los Encantados)
Esta obra de arte geológica na ilha, é uma ravina de areias fossilizadas que foi esculpida ao longo de milhões de anos pelo vento, pela água e pelo tempo. Embora esteja longe do mar, a ravina está rodeada por grandes muros de areia de origem marinha, alguns dos quais com mais de 20 metros de altura, uma vez que esta parte da ilha foi submersa sob as águas do Atlântico há 135.000 anos atrás. Mas a grande atividade vulcânica no norte provocou a formação deste barranco, o aumento da ilha em 112 km de superfície e a formação da ilha de Lobos e o alinhamento dos vulcões Bayuyo.
Preferimos o nome “Barranco de los Encantados“, pois a sua origem vem do tempo do “Maho ” (antepassados canários de Lanzarote e Fuerteventura) e de um fenómeno atmosférico a que chamavam “Bayuyo“. Aparentemente, nos dias à volta do solstício de Verão, formam-se pequenos bancos de nevoeiro nesta área. Os Maho acreditavam que eram os espíritos dos seus antepassados que chegaram do mar sob a forma de nuvens, e por esta razão, realizaram-se festivais e oferendas por esta altura.
Esta é uma das rotas possíveis que pode ver no Wikiloc, demora cerca de 2h aproximadamente, ida e volta, e não há uma única sombra, por isso se quiser ir e contemplar esta beleza não se esqueça de trazer muita água e protetor solar. Pode ser feito numa rota circular, mas foi-nos dito que apenas um lado é interessante, pelo que se pode ir e voltar da mesma forma. Infelizmente, a área inicial está completamente destruída, porque as pessoas, com o nome “Barranco de los Enamorados”, escrevem o seu nome e o nome do seu parceiro, com corações, nas paredes de areia. Como sempre, promovemos o turismo sustentável e responsável, por isso se visitar este belo local, por favor não o estrague e deixe uma pegada o mais pequena possível.
E, claro, um mergulho numa das praias a sul de El Cotillo para se refrescar depois – depois desta rota sem sombras, merece!
Mais praias selvagens do Norte de Fuerteventura: Tebeto, Playa de la Mujer e Jarugo
Se, como nós, gosta de praias selvagens, com penhascos e mares agitados, o noroeste de Fuerteventura tem vários para o surpreender. Quando chegámos a estas praias (assim como a outras no centro de que vos falaremos mais tarde), sentimo-nos um pouco como se estivéssemos nas nossas queridas praias da costa alentejana e vicentina.
Seguindo a estrada que o leva a Tindaya, pode chegar a praias espetaculares com estas características e onde provavelmente não encontrará muitas pessoas. No entanto, tente escolher um dia com pouco vento, porque quando lá fomos estava a soprar bastante e, embora estivéssemos surpreendidos com as vistas, não era muito confortável estar na praia.
Visitamos 3 praias: Playa de Tebeto, Playa de La Mujer e Playa de Jarugo. A estrada para lá chegar não é asfaltada e é bastante rochosa, por isso é preciso ir muito devagar e com paciência, mas é possível chegar lá sem problemas. Quando alugar um carro, verifique com a empresa de aluguer de automóveis o que está incluído e o que não está, pois podem dar-lhe problemas se algo lhe acontecer quando chegar aqui ou à Cofete. Aqui, falamos-lhe mais sobre isto.
Para além de Tebeto e Jarugo, que são as principais praias (e onde encontrará o maior número de pessoas no Verão, pois muitos habitantes locais visitam estas praias), entre elas verá várias enseadas mais pequenas e até uma piscina natural. O acesso a elas não é fácil, mas graças a isto pode estar sozinho ou quase sozinho. Aqui estão algumas deles marcadas no mapa
Playa de Jablito
Na vila piscatória de Jablito existe uma pequena praia (algo ventosa) frequentada principalmente pela população local e por pessoas que gostam de pesca à linha e mergulho. E a verdade é que El Jablito é um local de mergulho ideal para mergulhadores iniciantes: um mergulho tranquilo entre douradas e viejas, protegido das correntes e a uma profundidade máxima de 15 metros.
Na mesma praia existe um curioso ermitério em honra de Nossa Senhora da Caridade do Cobre (está localizada num barco de pesca artesanal de madeira):
Puerto del Rosario
A atual capital de Fuerteventura, embora na nossa opinião não seja imprescindível visitar (como podem ver, Fuerteventura tem muitos lugares a descobrir) tem alguns lugares interessantes, tais como a Igreja de Nuestra Señora del Rosario e a Casa-Museo de Unamuno (uma típica casa antiga canária que revê a sua carreira literária). Não fomos a nenhuma delas ainda e, fora restaurantes que já conhecemos uns quantos, a verdade é apenas visitámos brevemente a capital.
A praia urbana de Puerto del Rosario (Playa Chica) tem uma bandeira azul e, embora não seja o nosso estilo de praia (preferimos praias selvagens), é uma boa opção se quiser uma praia com muitos serviços nas proximidades e águas calmas.
MuanaMboka: uma experiência para os cinco sentidos
Mais do que um lugar específico que recomendamos visitar, o MuanaMboka é uma experiência para desfrutar. Poderíamos dizer que consiste numa experiência gastronómica mas a verdade é que é muito mais do que isso. O MuanaMboka é uma viagem para os cinco sentidos: o gosto, saboreando propostas criativas que nos transportam a latitudes africanas; a vista, num cenário mágico entre as montanhas e um manto estrelado; o olfato, dos pratos deliciosos e fumegantes que chegam à nossa tenda; o toque, pois somos encorajados a comer alguns pratos com as mãos; e, finalmente, a audição das gargalhadas e das onomatopeias de “nham nham” e o “uaaau” que serão ouvidos durante todo o jantar entre quem partilha a mesa na tenda.
Além disso, toda esta experiência é vivida de forma privada para o número de pessoas que a reservam. Quer seja um grupo de duas ou dez pessoas, o espaço MuanaMboka (e o serviço) é exclusivo e reservado a esse grupo. Ou seja, não partilhará a sua tenda com ninguém além do seu grupo, o que torna este espaço ideal para diversos tipos de eventos.
Este projeto incrível do qual somos fãs foi criado por Roger, o maravilhoso chef de Guiné Equatorial que faz magia na cozinha, e Juan, de Fuerteventura cujo sorriso é o ingrediente que torna cada prato ainda mais especial quando chega à nossa tenda. Todas as propostas gastronómicas que provámos são incríveis e dificultam a escolha mas sonhamos com o ravioli caseiro de swalhili com manga, com a cesta bolondo de gyozas e dumplings, com o parpadelle de papaia verde com pasta de caril e coco e almôndegas de peixe e o hambúrguer de camarão… O ideal é deixar-se surpreender e pedir o menu surpresa! (Se houver algum ingrediente que não quer ou que não pode comer, não há problema, é só avisar-lhes no momento da reserva).
Para desfrutar desta experiência, basta entrar em contato com a simpática Laura pelo instagram do MuanaMboka ou através do whasapp +34690168565, escolher o menu e fazer a reserva! Tenha cuidado, cada vez mais pessoas são fãs de MuanaMboka e é cada vez mais difícil reservar por isso se já tem as datas da sua viagem a Fuerteventura, reserve para não ficar sem lugar. Não vai se arrepender, palavra de Randomtripper. Obrigada mais uma vez aos nossos amigos Farah e Dailos do Holidaysintheclouds que sempre nos descobrem sítios incríveis da ilha.
Centro da ilha: Ajuy, Betancuria, Puertito de los Molinos, Caleta de Fuste e praias.
Ajuy e Cavernas de Ajuy
Ajuy foi uma das aldeias costeiras que mais nos agradou em Fuerteventura, com a sua praia de areia preta e o café Puesta del Sol com vista para tudo, Ajuy também esconde uma importante atração turística: as suas grutas.
Aqui encontrará as dunas fósseis mais antigas da ilha, tal como foram formadas há cerca de 70 milhões de anos. O caminho começa no lado da praia, corre paralelamente à costa e é altamente recomendável caminhar ao longo das falésias dezenas de metros acima do mar e desfrutar da sua imponente beleza (camisola de treino recomendada, pois o vento sopra forte e fresco deste lado da ilha).
Quando desce às Grutas, monumento natural de Fuerteventura, encontra-se quase no escuro, entre paredes de basalto com mais de 40 metros de altura e sentindo-se muito pequeno.
Se puder ficar até ao pôr-do-sol, vale a pena. Suba ao café Puesta de Sol, peça um café especial “Puesta de Sol” a Pedro, o amigável proprietário, e desfrute do espetáculo. Se chegar ao fim-de-semana terá de apreciar o pôr-do-sol sem café, pois Pedro só está aberto nos dias de semana (como muitos outros lugares em Fuerteventura, a propósito).
Perto de Ajuy há uma bela praia com um arco de pedra que se pode visitar: Playa del Jurado. A estrada para lá chegar não é asfaltada, mas deixamos-lhe a localização no mapa.
Betancuria
A mais bela aldeia interior por onde passamos em Fuerteventura, foi a primeira povoação da ilha e a sua antiga capital. Foi também um dos únicos lugares na ilha onde vimos qualquer vegetação e para além de catos é um dos pontos mais floridos da ilha.
Se esta ilha em si, convida a abrandar, esquecer o seu telemóvel e perder-se nas suas estradas, Betancuria é um pequeno oásis dentro desta calma. Cheia de pequenas ruas calcetadas, é evidente que é uma aldeia turística, mas que conseguiu preservar a sua autenticidade e encanto.
Betancuria esconde também um dos restaurantes mais recomendados da ilha: Casa de Santamaría.
Se continuar pela estrada até Pájara, passando por vários miradouros (falaremos a seguir do miradouro de Las Peñitas) passará por Vega de Riopalmas, onde poderá parar para tirar uma fotografia da bela Ermida e almoçar no restaurante Don Antonio.
Museo Arqueológico de Fuerteventura
Na bonita aldeia de Betancuria encontra-se o Museu Arqueológico de Fuerteventura, onde pode encontrar uma exposição permanente de materiais de cerâmica, osso, pedra (e até restos humanos) que contam a história de Fuerteventura desde os majos ou mahos, os primeiros habitantes da ilha. Além disso, o museu leva-nos a vários pontos da ilha, como a montanha sagrada de Tindaya (onde estão reunidas 213 gravuras em 53 painéis de podomorfos, ou seja, silhuetas de pés), o sítio arqueológico de Villaverde (em La Oliva), uma das referências arqueológicas da ilha (um tubo vulcânico ocupado pelos aborígenes durante muito tempo) ou a Solana de Cuchillete (em Pájara).
O museu conta também com exposições temporárias interessantes. Quando fomos, havia uma exposição chamada “A procura de caras dos nossos antepassados” (apresentada pela artista visual Francesca Phillips) que visava estabelecer uma conexão entre os antigos canários e as pessoas de hoje através das representações faciais de crânios do século VI.
“Um rosto não nos pertence só a nós, vem de outros rostos, de outros sorrisos, de outros sonhos distantes. O nosso destino é a soma de biografias anteriores que não conhecemos e que, no entanto, carregamos gravadas em nossos traços” .
Santiago Gil. Citação que lemos na exposição no Museu Arqueológico de Fuerteventura
Arco Las Peñitas e Miradouro Las Peñitas
Esta incrível formação rochosa dentro do maciço de Betancuria (e perto da bela aldeia) irá encantar os amantes da fotografia. É composto pelos materiais mais antigos do arquipélago das Canárias, formado nas profundezas do oceano há cerca de 120 milhões de anos…
Na nossa escala particular de Dificuldade Randomtripper damos-lhe um Médio: não porque haja muita inclinação e não é uma longa caminhada, com roupas e calçado confortáveis em 40 minutos está-se no topo. Mas o caminho não está marcado, é preciso usar a intuição e na parte final há um pouco de escalada, porque o caminho de terra acaba e passamos a saltar de rocha em rocha, agarrando-nos o melhor que se pode.
Ao chegar, encontrará esta maravilha a que os locais dizem ter a forma de uma cabeça de elefante e recomendamos que chegue ao pôr-do-sol para ver como os raios solares filtram através das aberturas e tingem tudo de cor laranja.
Como chegar ao Arco de las Peñitas? É muito mais fácil do que parece. Há duas maneiras possíveis (de Vega de Río Palmas ou de Buen Paso), detalhamos a mais fácil (de Buen Paso):
- Tem de conduzir na direção de Ajuy, e desviar antes de lá chegar quando vir uma placa indicando “Buen Paso“, e continuar até ao fim (terá de conduzir alguns metros ao longo de uma estrada não pavimentada). No caso de querer colocá-lo no GPS, o ponto exacto é este (incluímo-lo no nosso mapa no início do post).
- Quando lá chegar, estacione e caminhe para a esquerda, através do bosque de palmeiras. Parte do caminho está vedado, por isso é preciso ires tateando para poderes atravessá-lo.
- Uma vez cruzado, terá de seguir um caminho marcado (indicado em algumas rochas com cores brancas e verdes).
- Verá uma pedra no topo, que é onde o Arco de las Peñitas está escondido. Num certo ponto do caminho marcado, vira à direita. É preciso deixar o caminho e subir até à rocha, o melhor que se pode. Recomendamos ir com cuidado e devagar, desfrutando da paisagem à medida que se sobe.
- Pode-se chegar ao arco pelo lado esquerdo ou direito da rocha: fomos para a esquerda, mas é um pouco mais difícil, pois é preciso “escalar” algumas grandes rochas. À direita leva um pouco mais de tempo mas é mais fácil (repetimos, não há nenhum caminho marcado e é fácil perder-se, por isso é preciso ir devagar e com calma).
- Se for para a direita, chegará a um ponto em que começará a ver o arco (se for pela esquerda não se vê nada até lá chegar), o que lhe dará a motivação extra para lá chegar.
- Uma vez chegado, relaxe e desfrute desta maravilha da natureza. Recomendamos a chegada e a espera da luz da noite, o que torna o lugar ainda mais mágico.
- Para descer, tenha muito cuidado, existem áreas escorregadias. É preciso refazer o caminho que se fez para subir.
Deixamos-lhe um mapa com instruções sobre como chegar ao Arco de las Peñitas, para lhe facilitar o acesso (o ponto que aparece como “Estacione aqui” é o indicado acima, pode abri-lo no GPS / Google Maps), pode descarregá-lo com uma resolução superior aqui
Lembre-se de trazer muita água, roupa confortável, calçado adequado (ténis), protetor solar e, dependendo da hora do dia, um chapéu para o proteger do sol.
Obrigada a Los Viajes de Romi, cujo post nos ajudou a chegar lá.
Depois de descer, pode ir a Ajuy para terminar de ver o pôr-do-sol.
Perto desta obra de arte da natureza, também no Parque Rural de Betancuria, pode visitar a ravina Barranco de las Peñitas onde pode ir ao miradouro de Las Peñitas para contemplar as suas incríveis vistas e a pequena e bela igreja de Nuestra Señora de Regla de Pájara.
Puertito de los Molinos
Um pequeno porto com uma pequena praia rochosa e dois restaurantes, onde o mar convida para um mergulho e onde os peixes do bar coexistem com… patos! Sim, em Puertito de los Molinos há patos!
Adorámos este canto de Fuerteventura, longe do turismo e do barulho. Aqui pode ouvir a banda sonora do mar e a conversa de alguns viajantes curiosos que vieram experimentar as lapas (a nossa amiga Joana diz que elas são boas até lamber os dedos).
Para lá chegar, a boa notícia é que a estrada está asfaltada, o que é raro na maioria dos locais deste guia. Se puder ficar até ao pôr-do-sol, tanto melhor, poderá vê-lo a partir do restaurante como das rochas.
Praia do Vale e piscinas naturais “Aguas Verdes”.
A pequena praia do vale, com ondas fortes e pedras arredondadas, está situada entre as ravinas. Uma vez que o banho aqui é algo perigoso, é aconselhável ir às piscinas naturais, conhecidas como “Águas Verdes”, que podem ser alcançadas a pé, a partir da própria praia.
Caleta de Fuste e a sua piscina natural
Embora Caleta de Fuste seja uma cidade que, na nossa opinião, não é tão interessante como outras na ilha, é uma excelente base para ficar devido à sua localização estratégica para estar perto tanto do norte como do sul da ilha.
Foi também onde finalmente encontrámos o que seria o nosso refúgio de confinamento durante a pandemia de Covid-19, devido à grande variedade de alojamentos oferecidos.
Caleta de Fuste é conhecida por ser um pouco a “colónia britânica” na ilha, pelo facto de ser a localidade mais procurada por turistas desta nacionalidade, bem visível na publicidade de hotéis, aluguer de automóveis, alojamento, restaurantes, atividades, excursões e até mesmo médicos a falar a sua língua.
A cor da água na Playa de Castillo e da vizinha Playa de la Guira não deixará ninguém indiferente e é por isso que as mencionamos. Vale a pena abrandar a azáfama mais turística do porto de Caleta de Fuste a que a ilha está habituada para dar um mergulho nesta praia.
A praia de La Guirra, na mesma localidade, não tem nada a invejar à praia de El Castillo. Esta praia é normalmente visitada por famílias locais nos fins de semana.
Nas proximidades, existe uma piscina que só pode ser desfrutada na maré baixa, mas que vale bem a pena visitar.
Las Salinas
É uma pequena aldeia com uma dúzia de casinhas coloridas à volta das únicas salinas de trabalho na ilha. Aparentemente, as Salinas del Carmen foram construídas em 1910 e desde então o sal tem sido extraído do mar, utilizando o método tradicional diretamente para a salada que acabamos de comer.
Se estiver interessado no assunto, pode aprender tudo sobre ele no Museu do Sal, que fica mesmo ao lado. Caso contrário, a vista panorâmica das casas coloridas dos trabalhadores do sal, que o saúdam com um sorriso, e o contraste das montanhas de sal branco e das montanhas negras de Fuerteventura merece uma visita. Antes de partir, há uma pequena praia e um dos melhores restaurantes de peixe fresco da zona: Los Caracolitos.
As belas e selvagens praias do centro da ilha
Praia da Solapa, Praia de Vigocho e Praia de Garcey transportaram-nos para a nossa zona preferida de Portugal: a costa alentejana. São três praias selvagens espetaculares onde se pode desfrutar de um dia sem Internet (aqui não há cobertura) e a natureza na sua forma mais pura.
A praia de Garcey é a mais famosa das três (e ainda muito pouco frequentada) por causa do naufrágio de um transatlântico que ocorreu aqui em 1994. O navio encalhado na praia atraiu alguns visitantes, mas hoje, tudo o que ainda se pode ver é um pequeno pedaço do navio.
As praias de Garcey e Vigocho estão lado a lado, e encontrámos informações contraditórias sobre qual é uma ou a outra, pelo que não podemos confirmar. Em qualquer caso, recomendamos-lhe que visite ambas.
Tal como as praias selvagens que recomendamos no norte, é preciso conduzir devagar e com calma por estradas não pavimentadas para chegar aqui, mas é fácil chegar lá, e a sua paciência é recompensada, pois não encontrará muitas pessoas.
Sul da ilha (Península de Jandía): Cofete, Morro Jable, Gran Tarajal, Costa Calma, Praias de Jandía e Praias Selvajens do Sul.
Praia Cofete
No coração do Parque Natural Jandía, não há dúvida de que Cofete é um ponto obrigatório na ilha.
Chegar à praia de Cofete não é fácil, a partir de Morro Jable há 19 km de estrada não pavimentada, pelo que é preciso ter muito cuidado (os últimos km, fizemos a menos de 20 km/h com o carro que alugámos), mas vale totalmente a pena porque são as paisagens mais bonitas que vimos na ilha . Se não se atrever a fazê-lo com o seu carro alugado, uma vez que o seguro normalmente não cobre quaisquer danos fora das estradas asfaltadas, pode alugar este passeio numa rota 4X4 (rota sul, em Civitatis).
Antes de começar a descer, do miradouro da Degollada Agua Oveja, a incrível vista panorâmica é um aperitivo do que está prestes a ver: mais de 12 km de praia selvagem onde pode desfrutar de uma boa sesta ou ler em solidão. Se preferir, pode caminhar até ao fim da praia e voltar. Quando estiver a desfrutar da deslumbrante praia de Cofete protegida pelo maciço Jandía, uma das montanhas mais altas de Fuerteventura, terá vontade de dar um mergulho mas não é recomendado devido às correntes que são bastante fortes, por isso tenha cuidado.
Reserve a sua excursão 4X4 (rota sul) para descobrir a praia mais impressionante da ilha de Fuerteventura.
Villa Winter: a lenda da conspiração nazi
Por outro lado, esta praia deslumbrante esconde uma lenda conspiratória. Ao caminhar ao longo dos 12 km de praia verá, ao fundo, um edifício branco que se destaca no meio das montanhas escuras: é a casa do Inverno.
Diz a lenda que esta casa (com estilhaços e buracos de bala no exterior), que foi construída por Gustav Winter (um engenheiro alemão alegadamente suspeito de espionagem, pelos Serviços Secretos britânicos), destinava-se a fornecer submarinos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e também abrigou reuniões secretas do regime nazi durante a guerra. Também se diz que serviu de refúgio para alguns dos oficiais depois de terem perdido a guerra e, para piorar a situação, que o objectivo final da villa era que o próprio Adolf Hitler se reformasse e se escondesse ali.
Esta lenda de um passado sombrio que circula à volta da aldeia de Cofete contrasta com a beleza imponente do local, por isso, embora estejamos surpreendidos com a dúvida de tal construção num local tão isolado, ficamos com a beleza dos arredores. Como não dispomos de informação fiável e contrastada sobre a origem e história da aldeia de Los Winter, deixamos-vos com o enigma, tal como nós próprios o ficamos.
Hoje, ainda é possível visitar Villa Winter (nós visitámos!). Os atuais residentes são Pedro Fumero e os seus tios, que foram funcionários públicos na Villa.
Segundo a história de Pedro, Gustav Winter contratou-os para cuidarem da casa em troca de viverem lá e de uma modesta mesada. Pedro viveu em Tenerife, visitando ocasionalmente a ilha e os seus familiares, embora tenha perdido o contacto com eles ao longo do tempo. A família Winter vendeu a villa e os terrenos circundantes a Lopesan, uma empresa hoteleira canária, embora os tios de Pedro continuassem a viver lá (sem pagamento). Em 2012, um dos tios de Pedro ficou muito doente, pelo que Pedro decidiu visitá-los, e encontrou a cena desolada: os seus tios, idosos e incapazes de cuidar de si próprios, viviam em condições decadentes, pelo que decidiu mudar-se e cuidar deles, recordando as histórias do seu avô sobre “barcos de cabeça para baixo” (submarinos). Pedro decidiu então procurar a verdade sobre a aldeia.
Se gosta de teorias de conspiração, fizemos uma espécie de“Randomdocumentario de Conspiração ” engraçado com banda sonora nas nossas histórias de instagramação com tudo o que descobrimos sobre esta villa e o que descobrimos quando lá fomos. Pode vê-los aqui: Histórias de Fuerteventura (3), as de Villa Winter começam a cerca de meio caminho.
Se quiser ver algo mais sério, existe um documentário bastante recente sobre o tema
Roque del Moro e as suas piscinas naturais
Entre o miradouro de Degollada Agua Oveja e Cofete, há um desvio para outra praia, também muito impressionante, bela e selvagem, e muito pouco visitada. É conhecida pelo nome de uma pedra enorme que o espera na praia, o Roque del Moro.
Quando a maré baixa, é possível continuar a passar pelo Roque del Moro, e desfrutar das piscinas naturais que se formam.
Como chegar a Roque del Moro
Chegar a Roque del Moro não é fácil, a menos que se tenha um 4×4. Indo em direção a Cofete, pouco depois de passar o miradouro de Degollada Agua Oveja, há um desvio (há um sinal indicando Roque del Moro, se for devagar verá, mas deixamos o ponto exato no mapa). Tentámos ir com um carro normal e quase ficámos “presos”, pois a estrada está em muito mau estado, com muitos buracos grandes e áreas arenosas, pelo que o ideal seria num 4×4.
Outra opção é estacionar perto do desvio e caminhar, embora ainda chegue a um “parque de estacionamento” de onde ainda tem de caminhar mais 2-3 km para chegar a Roque del Moro.
Costa Calma
Se Caleta Fuste é a colónia britânica, Costa Calma é a alemã. Como vos dissemos no primeiro, a inundação de hotéis e turistas aqui fez-nos querer partir o mais depressa possível (apesar da praia que encontrámos). Também aqui assistimos à promoção de mais abuso de animais com camelos no Parque Oásis. Por favor, não seja cúmplice deste tipo de turismo.
No entanto, os mais de 2 km de praia de areia branca com palmeiras ocasionais significa que a incluímos. Além disso, esta praia está cheia de restaurantes e bares de praia, se é isso que procura. Aqui encontrará também uma grande variedade de alojamentos de todos os tipos.
Praia do Sotavento
A praia do kitesurf por excelência, com areia fina dourada e tons turquesa. Vimo-la pela primeira vez do Miradouro de Salmo e quisemos descer imediatamente a estas águas.
Há quase 10 km de praia que tem uma característica especial que a torna particularmente atrativa para os iniciantes no kitesurf: um lago natural que se forma entre a costa e a barra de areia que se eleva entre 100 e 400 metros de distância.
Praias de Jandía tais como Esmeralda ou Mal Nombre
Para além do Sotavento, nesta zona de Jandía há várias praias com águas turquesa, quase nenhuma onda e areia fina – um paraíso!
Por exemplo, um pouco mais abaixo na costa, perto de Costa Calma, está a bela Playa Esmeralda, um lugar maravilhoso para passar o dia.
Outra praia que hesitamos em incluir nesta lista porque queremos, egoisticamente, mantê-la um pouco em segredo. É a nossa praia favorita na ilha, a que mais vezes repetimos e a que sempre tivemos em mente como primeiro plano de desconfinamento (sabia que passámos o primeiro confinamento devido à pandemia de Covid-19 em Fuerteventura?
É uma praia incrível, bastante abrigada na ilha do vento (na verdade, houve tempos na ilha que lhe chamámos a ilha de fuerteVIENTURA) com mar calmo, transparente, de cor turquesa. O lado esquerdo da praia é normalmente uma zona de nudismo.
Tem um bar de praia onde se pode beber uma cerveja e petiscar algo. Não sabemos se é por estar num enclave privilegiado ou o quê, mas os preços são muito caros para a ilha (cerveja 5 euros, sandes 7 euros). Mesmo assim, vale a pena para o local.
Praia La Pared e pôr-do-sol
Uma praia que adorámos para ver o pôr-do-sol foi a Playa de la Pared, no oeste da ilha. É facilmente acessível por estrada alcatroada, e a partir do restaurante que encontrará, na falésia (Restaurante Bahía La Pared) terá uma vista incrível do mar e do sol ao fundo. Também pode descer a pé até à praia ou caminhar ao longo das falésias.
Se nos permite uma sugestão, recomendamos que chegue 30 ou 60 minutos antes do pôr-do-sol para obter uma das melhores mesas, e que encomende um barraquito (um típico café canário com leite condensado, licor 43, café, leite, canela e casca de limão – delicioso!) para ver o por-do-sol. Custa 3 euros, mas é muito bom e as vistas merecem.
Perto de La Pared, há outra praia muito bonita com ondas fortes (ideal para surfistas), Playa del Viejo Rey.
Praia Gran Tarajal
Gran Tarajal é uma cidade local com uma enorme praia de areia escura, quase negra e é uma boa base para explorar o sul da ilha, uma vez que oferece uma grande variedade de alojamento. Existem alguns restaurantes e gelatarias no passeio marítimo e nas ruas atrás de si encontram-se supermercados, quiosques, livrarias e farmácias. E com a praia no coração de Gran Tarajal, pode até dar um mergulho antes do pequeno-almoço.
Las Playitas
Descobrimos a vila de pescadores de Las Playitas em nossa última visita a Fuerteventura e adorámos. Ainda mantém a sua essência autêntica no seu passeio marítimo de casas brancas com riscas azuis, bem como vistas impressionantes sobre o mar e a zona montanhosa de Cuchillos de Vigán (declarada Monumento Natural).
Las Playitas tem uma praia de areia preta com águas rasas e calmas e alguns restaurantes deliciosos onde pode almoçar ou jantar à beira-mar (comemos no restaurante Las Playas e gostámos muito).
O que nos surpreendeu e não esperávamos encontrar num lugar tão tranquilo era… um resort! Sim, do outro lado da vila de Las Playitas há um resort desportivo de luxo – o Playitas Hotel Sport Resort – à beira-mar, cercado por jardins, com piscina ao ar livre e diversas instalações desportivas.
Se pretende uns dias de descanso na praia sem deixar de praticar desporto, reserve aqui o seu quarto de hotel ou, se preferir ter uma cozinha, reserve um apartamento no mesmo resort aqui.
Farol de La Entallada
A seis km de Las Playitas encontramos o farol de La Entallada. No topo de uma falésia de 200 metros de altura, é o ponto geográfico das Ilhas Canárias mais próximo do continente africano: pouco mais de 100 km em linha reta até o Porto de Tarfaya.
Além de ser um edifício peculiar e único nas Ilhas Canárias (devido aos seus silhares de pedra vermelha da Serra de Bermeja, em Tefía), as vistas do miradouro que culmina com um acesso de madeira na falésia são espetaculares, tanto para o mar como para o Monumento Natural Cuchillos de Vigán. Para quem gosta de observação de aves, é comum ver na região aves endémicas como guirres, corvos e aves de rapina.
Giniginámar
Na nossa última visita à ilha visitámos também a vila piscatória de Giniginámar. Tem uma praia de areia e pedras pretas com cerca de 500 metros de comprimento e um par de restaurantes à beira mar, frequentados maioritariamente pela população local. Geralmente é uma praia com menos vento, pois fica numa baía protegida das ondas, protegida pelas falésias.
A aldeia de Giniginámar costuma entrar em festa a cada 16 de julho, pois após uma solene função religiosa e a procissão terrestre pelas principais ruas da cidade, uma colorida e alegre procissão marítima ocorre ao longo da baía para receber a Virgem do Mar, Ntra. Señora del Carmen. Depois, seguiu-se a festa popular onde não faltam churrascarias, mercados e jogos tradicionais.
Morro Jable e a sua enorme praia
Outra cidade para ficar no sul mas que descobrimos ser mais turística do que Gran Tarajal é Morro Jable. Ao lado desta importante aldeia piscatória situada nas encostas sul do Maciço Jandía, é onde pode ficar o mais perto possível da praia de Cofete, caso queira desfrutar de uma das praias mais incríveis da ilha (mas também uma das mais inacessíveis).
A sua praia, Playa del Matorral, nada tem a ver com a imponente Cofete, mas tem uma água de cor paradisíaca, que recordaas de Sotovento, e uma área arenosa muito extensa onde há sempre espaço para colocar a sua toalha.
Praias e faróis selvagens no sul da península de Jandía
Na estrada não pavimentada de Morro Jable a Cofete, chegará a uma bifurcação: à direita, irá a Cofete, e à esquerda, a várias praias bonitas e selvagens e a um par de faróis. Se tiver tempo, recomendamos que tire um dia para os explorar à sua vontade.
Uma curiosidade sobre esta estrada não pavimentada (aquela entre Morro Jable e El Puertito) é que esteve em muito mau estado durante muito tempo, e só foi realmente melhorada quando o filme Exodus foi filmado na ilha. Parece que a estrada foi muito reparada durante as filmagens e até deixaram alguns autocarros que hoje podem ser utilizados para viajar ao longo desta estrada ou para ir a Cofete.
Disseram-nos que antes deste acordo, as mulheres grávidas tinham de ir a Puerto del Rosario antes de darem à luz e lá permanecerem durante alguns dias, caso contrário era impossível chegar a tempo ao hospital. E como uma última anedota, o nosso amigo Farah disse-nos que durante as filmagens, como havia muitos figurantes, viam-se muitas pessoas com barbas grandes nas ruas e até no supermercado.
De volta às praias: a estrada está agora bastante boa (acabámos de lá ir quando estava a ser melhorada novamente, parece que o fazem frequentemente), e não são muitas as pessoas que visitam estas praias, por isso se gosta de praias com pouca companhia, não perca estas!
Uma coisa que recomendamos é abrir o Google Maps e olhar para as praias (em vista de satélite) à medida que avança na estrada, para parar naquelas que chamam a sua atenção. Incluimos todas elas no mapa mas destacamos, por ordem, desde Morro Jable até ao farol:
- Praia de la Señora: enorme e muito próxima de Morro Jable
- Praia de Las Pilas
- Praia Morro de Potala
- Praia Los Ojos
O acesso a todas elas é feito por caminhos de terra (que estão em pior estado que a estrada principal de Morro Jable a El Puertito), mas com paciência todos elas podem ser alcançadas por carro.
A última (Playa de Los Ojos), uma das nossas favoritas, passa mesmo depois de El Puertito, a caminho do farol de Punta Pesebre, antes de chegar ao aeródromo abandonado (construído por Gustav Winter, o mesmo homem que construiu a Villa Winter, e cuja lenda diz que se destinava a receber aviões alemães). Para descer à praia, é necessário encontrar uma espécie de caminho que leva a algumas escadas (deixar-lhe-emos o local exato no mapa).
Recomendamos que visite esta praia na maré baixa e, se possível, ao pôr-do-sol: quando a maré baixar, pode ir para a esquerda para aceder a duas outras praias; na última, há uma caverna onde pode tirar algumas belas fotografias do pôr-do-sol. Se não quiser ir à caverna, o pôr-do-sol em Playa de los Ojos também é espantoso.
Há também dois faróis: Faro de Punta Jandía e Faro Punta Pesebre, este último um local ideal para ver o pôr-do-sol, embora tenha de tomar a estrada não pavimentada, de carro. Desta área até Morro Jable são cerca de 40-45 minutos de carro.
Observação de estrelas em Fuerteventura
Sabia que Fuerteventura é um destino Starlight? No Randomtrip descobrimo-lo recentemente, na nossa última visita à ilha, quando fizemos uma observação astronómica incrível com a Karen do Stars by Night Fuerteventura. Aprendemos sobre estrelas, planetas, constelações, sobre a misteriosa lua, longe da poluição luminosa e, no nosso caso, com a banda sonora do mar e de algum que outro cagarro. Poderá fazer a observação em diferentes pontos da ilha (aqui poderá ver todos os pontos) por isso se tiver tempo durante a sua visita a Fuerteventura, recomendamos esta experiência vivamente.
Além disso, durante a observação, a Karen tirou fotos incríveis como estas:
À esquerda, a equipa Randomtrip e a vía láctea como pano de fundo. À direita, a lua, quase a desaparecer.
Fotografias cedidas pela Stars by Night Fuerteventura
Inspire-se com as stories da nossa visita a Fuerteventura
Se quiser inspirar-se, guardámos no nosso Instagram, em Stories em destaque, uma selecção das que fizemos durante os nossos 4 meses na ilha de Fuerteventura. Aqui pode vê-los a todos:
- Stories de Fuerteventura (1)
- Stories de Fuerteventura (2)
- Stories de Fuerteventura (3)
- Stories de Fuerteventura (4)
Marés, ventos e praias em Fuerteventura
É importante familiarizar-se com as marés, pois estas afetam as praias e piscinas naturais, tornando algumas delas apenas acessíveis na maré baixa (por exemplo a gruta em Playa de los Ojos, ou as piscinas em Roque del Moro), ou as praias reduzem consideravelmente em tamanho (por exemplo Mal Nombre ou a praia de El Águila/La Escalera).
Como sabe, a maré sobe e desce várias vezes ao dia; especificamente, a cada 6 horas muda, por isso sobe e desce 4 vezes ao dia no total. Quando é alta, é chamada “maré alta” e quando é baixa, é chamada “maré baixa”. Quanto sobe e quanto baixa depende de vários fatores (por isso uma praia na maré alta pode ter mais ou menos areia disponível, dependendo do dia).
O mais importante é que, dependendo da praia que vai visitar, deve descobrir como será a maré, algo que pode verificar, por exemplo, neste website. Aqui está uma captura de ecrã com as marés durante 9 dias:
O mesmo se aplica aos ventos: fazem parte da ilha (e uma das suas principais características, tornando-a um paraíso para desportos aquáticos como o surf, windsurf e kitesurf), mas se o seu objectivo é desfrutar das praias, é importante planear bem e verificar os ventos antes de ir à praia que deseja, porque se forem fortes, podem ser desagradáveis. Verificamo-los em Windy, onde se pode ver tanto a velocidade média como as rajadas, para ter uma ideia de onde mais sopra e onde pode ser desagradável.
Os melhores trilhos para caminhadas em Fuerteventura
Embora não valorizemos muito as caminhadas na ilha, porque é bastante árida, quente e sem sombra, Carlos nos comentários (obrigada!) recomenda-nos que conheçamos a ilha a pé, por exemplo na rota de Costa Calma a Cofete entrando por Playa Larga e subindo até ao Pico de Zarza, onde se pode desfrutar de vistas espetaculares, provavelmente na solidão ou com muito poucas pessoas.
Também tem as rotas que recomendamos para visitar Calderón Hondo e, só quando reabrir, Tindaya (a montanha sagrada), ambas no norte de Fuerteventura. Neste PDF tem mais algumas rotas, e no Wikiloc tem uma multiplicidade de rotas para o inspirar.
Outros percursos que fizemos e que recomendamos, que vos falámos neste post mas que aqui resumimos:
- Rota Barranco de los Enamorados (ou Barranco de los Encantados) Uma rota bastante plana mas sem sombra, para ver formações rochosas muito peculiares. Demora cerca de 2 horas de ida e volta.
- Rota para o Arco de las Peñitas Uma rota com uma parte não sinalizada mas que vale muito a pena visitar esta incrível formação rochosa.
Finalmente, tivemos de fazer uma rota para a montanha de Escanfraga, onde nos falaram sobre ela e nos mostraram algumas fotografias muito bonitas das vistas ao pôr-do-sol com um arco de pedra na montanha. Não encontrámos muita informação, mas gostaríamos de a fazer na nossa próxima visita.
Onde mergulhar em Fuerteventura: os melhores spots de submarinismo
Existem locais de mergulho no norte da ilha de Fuerteventura e existem alguns locais de mergulho impressionantes no sul, onde, dependendo da estação do ano, pode até encontrar alguns grandes pelágicos. Aqui destacamos os principais:
- Perto de Corralejo, o Bajón del Río é um local de mergulho canário por excelência devido às suas incríveis formações rochosas que só se podem ver numa ilha de origem vulcânica. A uma profundidade de 18 metros poderá ver as impressionantes falésias onde uma multidão de espécies, tais como garoupas, carapau e brema, se refugiam.
- A reserva natural protegida de Isla de Lobos oferece uma multiplicidade de locais de mergulho. Com muita visibilidade em águas cristalinas, é um dos locais de mergulho mais populares nas Ilhas Canárias.
- El Jablito, no nordeste da ilha, é um local de mergulho ideal para principiantes: um mergulho calmo entre a brema e a velha brema, protegido das correntes e com uma profundidade máxima de 15 metros.
- No sul da ilha encontrará um dos melhores locais de mergulho da ilha, conhecido como Veril Grande, mesmo em frente ao farol de Jandia. A uma profundidade de 20 metros entre a brema e a moreia, pode-se ver o topo da parede vertical de 40 metros. Se tiver sorte e na época, pode até ver raios do diabo ou o mesmo tubarão-baleia!
Foi aqui que Inês mergulhou com o Centro de Mergulho Fuerteventura Buceo, em Morro Jable, e adorou! Que visibilidade incrível! O centro é altamente recomendado: muito profissional, bom equipamento e muita diversão.
Falaram-lhe também de outro centro de mergulho muito bom chamado Deep Blue Diving Fuerteventura em Caleta de Fuste, o maior centro de mergulho da ilha e também perto de um local de mergulho interessante: Las Salinas!
Onde quer que esteja, escolha um centro de mergulho fiável (o seu equipamento é o seu melhor amigo debaixo de água: se o alugar, certifique-se de que está em perfeitas condições), um local de mergulho que corresponda às suas capacidades e tenha sempre um seguro de mergulho atualizado. A Inês tem AxaSub e está muito satisfeita. Se só mergulhar durante as suas férias uma ou várias vezes por ano, o ExtraSub é também outra boa opção.
Onde ficar em Fuerteventura: as melhores zonas
Se vem à ilha durante mais de um fim-de-semana longo e tem vários dias disponíveis, recomendamos que divida a sua estadia entre o norte e o sul para evitar conduzir demasiados quilómetros. Por exemplo, entre Corralejo e Cofete há 140 km, mais de 2,5 horas de carro devido à estrada não pavimentada (e outras 2,5 horas para regressar).
Portanto, se puder, para aproveitar ao máximo o seu tempo e não viajar quilómetros em vão, é melhor fazer uma reserva no norte durante alguns dias e outra no sul para o resto. Quantos dias no norte e quantos no sul? Isso depende dos seus interesses e do número de dias de que dispõe. Por exemplo, durante uma semana, pensamos que 4 noites no norte e 3 no sul é o ideal. Pode ver os nossos roteiros sugeridos para ter uma ideia.
Outra opção, se preferir ficar num só lugar, é escolher algo no centro da ilha, para estar a uma distância razoável tanto do norte como do sul. Nesse caso, recomendamos ficar em Caleta de Fuste, onde passamos o nosso confinamento em alguns apartamentos espantosos (Holidays In The Clouds, ver mais informações abaixo, juntamente com outras opções). De Caleta de Fuste encontra-se a cerca de 40 minutos de Corralejo/Cotillo, e a 1 hora de Morro Jable.
Também incluímos alojamento para diferentes orçamentos 30-50 euros, 50 a 90 euros, mais de 90 euros.
Norte: onde ficar em Corralejo, El Cotillo e Lajares
No norte da ilha recomendamos duas opções, ambas na costa: a velha cidade de Corralejo (uma zona mais turística onde encontrará muitas opções para jantar à noite e fazer compras) ou a aldeia surfista de Cotillo, com menos opções de jantar mas onde a paz vence a azáfama e a agitação. Se preferir ficar na “capital hipster”, mesmo que seja no interior, perto dos bares e restaurantes de Lajares, também podemos recomendar onde ficar.
Algumas recomendações para Corralejo:
- Surf Riders Fuerteventura (desde 40€/noite): A nossa amiga Vero disse-nos que tínhamos de incluir este hostel porque ela adorou e no Randomtrip confiamos nas opiniões do pessoal amigo. Ela foi para Fuerteventura fazer umas aulas de surf e aqui ficou num quarto duplo só para ela. Disse que é tudo muito limpo e tranquilo, pois depois das 22h, de acordo com as regras da casa, pede-se silêncio e as pessoas cumprem com o pedido. O pequeno almoço buffet está incluído e é servido na casa principal (existem várias casinhas na mesma rua). As funcionárias do hostel que trabalham lá são muito simpáticas e organizam o que quiser: desde cursos de surf, dança ou ioga até viagens para a Isla de Lobos ou transfer para o aeroporto. Também tem um habitante muito especial, Rider, um gato cego muito fofo.
- Myfaproject, apartamento a partir de 47 euros/noite
- Corralejo Surfing Colors, apartamento a partir de 52 euros/noite
- Tao Caleta Playa, apartamento a partir de 80 euros/noite
- Boutique Hotel Tao Vista Mar, quarto duplo ou apartamento com vista mar, a partir de 100 euros/noite
- Avanti Lifestyle Hotel, apenas para adultos, quarto duplo com vista mar e pequeno-almoço incluído a partir de 160 euros/noite
- Villas Veaco Bahia Azul: uma incrível villa caprichosa com piscina privada para mais de 100 euros pessoa/noite
Mais opções onde ficar em Corralejo aqui
Algumas recomendações em El Cotillo:
- Flor del Cotillo, apartamentos a partir de 47 euros/noite
- Cotillo Ocean View com terraço, cozinha e vista para o mar a partir de 70 euros/noite
- Oliastur1 Sunset Beach Cotillo, apartamento com solário, a partir de 81 euros/noite
- Apartamentos Juan Benítez: uma das melhores vistas que se pode ter num alojamento em El Cotillo
- Cotillo Ocean Sunset, aparthotel em frente ao mar. Não está no centro de El Cotillo, mas numa zona mais calma.
- Apartamento 3 Cotillo View, moderno, com cozinha, terraço, vista mar e 100m da praia a partir de 96 euros/noite
- La Concha Azul: apartamento com cozinha, terraço, vista mar a 500 metros da praia a partir de 120 euros/noite.
Outros lugares para ficar em El Cotillo aqui
Embora seja no interior e muito perto de El Cotillo (a 7 km de distância), Lajares é onde se concentra grande parte da vida juvenil da ilha: restaurantes, cafés, bares que se podem alcançar a pé. É por isso que recomendamos um lugar para ficar aqui, se preferir:
- Casa Joy: quartos com casa de banho privada a partir de 30 euros/noite
- Casa Brujas: uma casa com pátio e piscina para um máximo de 5 pessoas
- Agua Guesthouse: quartos duplos giros com casa de banho e terraço a partir de 40 euros/noite
- Villa Sheperd: quartos de luxo numa villa muito gira com piscina
Mais alojamento em Lajares aqui
Centro da ilha: onde ficar em Caleta de Fuste e Ajuy
Em geral pensamos que é melhor ficar no norte ou no sul, mas dependendo dos seus planos e interesses pode ser mais conveniente ficar no centro (por exemplo, se vier para um fim-de-semana e quiser ir um dia para o norte e outro para o sul).
Se assim for, recomendamos a estadia em Caleta de Fuste (há muito por onde escolher para que tenha a certeza de encontrar algo que se adeqúe ao seu orçamento). Algumas recomendações em Caleta de Fuste:
- Eco, apartamento a partir de 35 euros/noite
- Cloud Volcano (Holidays in the Clouds), não podemos deixar de recomendar este maravilhoso apartamento com dois terraços e vista para o mar, muito bem decorado, moderno e com mobiliário novo, pois foi onde passámos o nosso confinamento durante o Covid-19 (graças a Lima e Nube, Dailos e Farah, que nos forneceram tudo e fizeram um bom preço). Pode reservá-la a partir de 60 euros/noite. Este é um T2, mas têm muitos de vários tamanhos, cada um com o seu próprio tema, pode vê-los todos no perfil Airbnb Holidays In The Clouds. Já experimentámos vários “Clouds” e o nosso preferido é o el Cloud Nomad porque tem duas secretárias e cadeiras muito confortáveis para quem, como nós, trabalha remotamente e passa várias horas ao computador. O terraço também é incrível com vista para o mar e para as montanhas. que cuenta con espacios para trabajar y una terraza increíble.
- Eurostars Las Salinas, um hotel de 4 estrelas a poucos metros da praia, com suites a partir de 110 euros/noite
- Hotel Ereza Mar, hotel de 4 estrelas com vista para o mar, a partir de 110 euros/noite
Embora esteja muito longe, um lugar onde gostaríamos de ter ficado durante alguns dias de relaxamento é Ajuy, com os seus incríveis pores-do-sol. Não há muito em oferta, mas pode ficar neste apartamento com cozinha , terraço e vista para o mar a partir de 65 euros por noite, ou Casa Ola, a melhor avaliada em Ajuy.
Sul da Ilha: onde ficar em Gran Tarajal, Morro Jable e Costa Calma
O sul é uma grande base para visitar algumas das maravilhosas praias da região (como uma das nossas favoritas, Mal Nombre), bem como para chegar a Cofete.
Existem várias aldeias/centros de alojamento, mas se o objectivo é estar perto de Cofete, das praias selvagens a sul, etc., a nossa recomendação seria definitivamente Morro Jable.
Gran Tarajal, mais local:
- Be&Ba Chinijo, pequeno apartamento com casa de banho privada sem cozinha, a partir de 40 euros/noite. Aqui ficámos 2 noites na nossa base no sul.
- Sky Lovers Fuerteventura, apartamento com cozinha, terraço e vista para o mar a partir de 75 euros/noite
Mais alojamento em Gran Tarajal aqui
Morro Jable, o mais próximo possível de Cofete:
- A Real Casa Atlântica, apartamento de estúdio com cozinha, mini-terraço e vista para o mar a partir de 48 euros/noite
- Balcón de Jandía, apartamento com cozinha, terraço e vista para o mar a partir de 60 euros/noite
- Apartamentos Chada, com cozinha, terraço e vista para o mar a partir de 75 euros/noite
- Hotel La Colina, quartos com vista mar ou piscina, a partir de 90 euros/noite
Outras opções onde ficar em Morro Jable aqui
Costa Calma, uma zona turística onde a maioria dos turistas vem da Alemanha.
- Bungalow Costa Calma, com cozinha e terraço, a 700m da praia, a partir de 47 euros/noite
- Jardín de Costa Calma, apartamento com cozinha, terraço e vista para o mar a partir de 70 euros/noite
- Kn Hotel Matas Blancas (apenas adultos), quartos duplos a partir de 70 euros/noite
- R2 Maryvent Beach, apartamentos com terraço, cozinha, vista mar a 100 metros da praia a partir de 100 euros/noite
- Vista Esmeralda Apartamento: um apartamento à direita na praia de esmeralda. OK, vai precisar do carro para tudo mas vai acordar em cima de uma das praias mais turquesas da ilha.
Mais alojamento em Costa Calma aqui
Restaurantes que recomendamos em Fuerteventura
A gastronomia de Fuerteventura baseia-se em carne de cabra, queijo majorero (de Fuerteventura), batatas cozidas com molho à acompanhar, geralmente mojo verde (coentros) e mojo picón (pimento), peixe grelhado e marisco. Aqui encontra uma seleção dos melhores restaurantes da ilha, que nós provámos e gostámos ou que nos foram muuuito recomendados e ainda não conseguimos ir. Há restaurantes locais e internacionais, divididos por zonas da ilha.
Norte: onde comer em Corralejo, El Cotillo e arredores
Em Corralejo
Corralejo é um enorme centro turístico e tem muita escolha de restaurantes, embora muitos deles se destinem precisamente a turistas e não nos tenham chamado a atenção …(especialmente os da Avenida Nuestra Señora del Carmen e arredores). Em vez disso, recomendamos ir aos restaurantes da Calle de la Iglesia, que têm mais mistura de atmosfera local e estrangeira.
- Panadería los Abuelos: Padaria local com muitas opções vegetarianas e veganas. Adorámos as sandes de milanesa veggie para levar para a praia. Também são óptimas as empanadas argentinas e o bolo de cenoura. Ideal para comprar e levar para a praia, uma vez que o local tem apenas uma pequena mesa.
- El Rincon Restobar Argentino: bom serviço e boa comida com uma pequena esplanada no centro de Corralejo (as milanesas e as provoletas são deliciosas).
- Baobab: restaurante vegetariano que adorámos. Provámos o wrap Tokio e o wrap Jamaica, cada um 14€, e ambos deliciosos.
- Tapas Oscar: se procura um local com tapas de cozinha espanhola, caseiras e com bom preço, gostamos deste local quando o conhecemos no aniversário do nosso amigo Ivo. Tem esplanada e está no centro de Corralejo.
- Trattoria: Se tem desejo de italiano, não pense duas vezes.
- Restaurante L’angolo Italiano: gostámos (apesar de irmos a medo, na zona muito turística), um restaurante italiano com bons preços (e pizzas a lenha muito saborosas 7-9 euros).
- La Sirena Snack Bar: bar de praia com sandes para comer ali ou para levar ( 4-5€ cada sande)
- Wakiki Beach Club: gostámos muito das versões do famoso pisco sour peruano com vistas privilegiadas à ilha de Lobos
- Los Monos Sabios: ideal para ir beber um copo
- Vrebac Gelato: gelados artesanais que experimentámos graças aos nossos amigos Ivo e Juju. O Chris é exigente com o sabor pistacho e este aprovou com distinção na sua escala específica.
Em El Cotillo
- La Vaca Azul: um dos nossos preferidos em El Cotillo, vistas incríveis da esplanada e bons peixes e mariscos. Se quiser ir para o branco, recomendamos o Bermejo da vizinha Lanzarote.
- Olivo Corso: tapas originais num lugar bonito com arquitetura típica das Canárias
- La Morocha: restaurante de asado argentino e tapas, com esplanada.
- Azurro Chill Out: Restaurante em frente ao mar, não no centro de El Cotillo, numa zona mais calma perto da praia de La Concha. Comida italiana e mariscos. Também para um spritz ao final da tarde.
- Callao: outro restaurante local de marisco e peixe fresco, não chegámos a experimentá-lo mas foi recomendado por Maria, uma amiga que vive na ilha.
- PintXó: descobrimo-lo nos nossos últimos dias na ilha e adorámos. Os proprietários italianos são muito simpáticos. Petiscámos camarão com alho e estava tão bom que acabámos por experimentar mais 3 ou 4 tapas mas não recordo quais. É também um excelente local para desfrutar do pôr-do-sol.
Em Lajares
- El Goloso: uma padaria que faz deliciosos croissants, uma paragem recomendada antes de ir para as praias de Cotillo. Tenha cuidado, eles vendem-se rapidamente, por isso se quiser experimentá-los, é melhor ir mais cedo. Também têm sanduíches deliciosas.
- La Paneteca: O mais famoso e procurado local para tomar o pequeno-almoço nesta zona da ilha, a Paneteca é famosa pelos seus pães (há de tudo e para toda a gente, inclusive para o pessoal celíaco) mas também pelas suas focaccias e doces (o Chris é viciado no famoso cruffin de pistacho da Paneteca, uma mistura de croissant e muffin recheado com creme de pistache ou chocolate)
- El Arco: não conseguimos provar a comida, mas o proprietário (Michelle) tem o melhor café da ilha (torrado ali). Foi-nos recomendado pela nossa amiga Maria, que vive na ilha e, como portuguesa exigente com a sua bica/café posso garantir, é mesmo bom
- Los Pinchitos: restaurante local com gastronomia canária e porções abundantes, recomendado pelos nossos amigos Dailos e Farah.
- Fuerte Vida: um lugar com comida rápida saborosa (arepas, hambúrgueres, burritos…) e por vezes com música ao vivo e uma boa atmosfera.
Em Puerto del Rosario
- La Jaira de Demian: o nosso preferido da capital, o menú vai mudando consoante a temporada mas a base é sempre a gastronomia canária. Conta com um excelente serviço e é melhor reservar e encomendar no terraço. Fomos varias vezes e é sempre bom.
- Tagoro Gastro Tasca: tapas muito criativas no centro de Puerto del Rosario. Tentamos ir sempre mínimo duas veces quando estamos na ilha.
- Arepas Llaneras Venezolanas: ao lado da anterior, dizem que são as melhores arepas da ilha. Não sabemos se são as melhores mas são espectaculares.
- Los Paragüitas: também recomendado pelos locais, um lugar mítico para comer coisas típicas como papas con mojo ou queijo grelhado.
- Ciao Mare: as pizzas mais originais, com três tipos de massa à escolha e todo tipo de ingredientes. os donos são uma família italiana apaixonada pelo que faz e…isto diz tudo, não é?
Em Villaverde recomendam vivamente El Horno, um restaurante local de gastronomia tradicional (especializado em carnes, forno a lenha, carne de cabra, batatas, queijo), embora não tenhamos conseguido ir.
Centro
No centro da ilha existem vários restaurantes muito bons e altamente recomendados, aqui estão eles:
- Algo Más em Caleta de Fuste: Se ficar em Caleta de Fuste, terá dificuldade em encontrar um bom restaurante (uma vez que a maioria deles são orientados para o turismo, sobretudo, britânico).Fomos algumas vezes ao Algo Más, tem boas massas (recomendamos o salmão com frutos do mar) e carnes, e tudo o que utilizam é fresco. Isso sim, não é barato.
- Volcano Salinas: provavelmente o melhor restaurante da zona de Caleta de Fuste, especializado em carnes na brasa e arrozes.
- Los Caracolitos em Las Salinas: dos nosso preferidos em Caleta de Fuste, a 5 minutos de carro, este restaurante familiar, com peixe e marisco frescos, vista para o mar tem uma excelente relação qualidade-preço.
- Casa de Santa Maria em Betancuria, recomendada no guia Michelin. Comida tradicional canária num espaço lindíssimo entre salas de estar e pátios ajardinados. Só abre à hora de almoço e fecha aos domingos.
- Don Antonio perto de Betancuria: restaurante tradicional canário
- Casa de la Naturaleza: restaurante no meio da natureza, muito agradável, com boa comida a bons preços.
- Sunset Café em Ajuy. Um grande plano para aquela hora especial do dia, ver o sol a pôr-se sobre o mar com uma cerveja ou um café especial que eles fazem aqui. Inclui também uma galeria de arte e uma coleção de fotos onde pode contemplar alguns dos melhores pores-do-sol alguma vez vistos daqui (em algumas fotos pode até ver a Gran Canaria e o Teide of Tenerife!) Aberto apenas em dias de semana.
- La Jaula de Oro em Ajuy: local para peixe e marisco frescos, recomendado pelos nossos amigos Farah e Dailos.
- Casa Luis (bar tiscamanita) em Tiscamanita: restaurante familiar com as melhores batatas com mojo da ilha e carnes (batatas fritas de aspeto incrível). Fechado aos domingos.
- Bar Artesano em Antigua: restaurante cheio de locais, muito boa comida a um bom preço. Gambas al ajillo, meia porção de peixe com mojo verde, meia porção de salada mista, cerveja e Coca Cola por 21 euros.
- Casa Pon/El Puertito em Puertito de Los Molinos: recomendado pela nossa amiga Joana para comer Lapas. Gostámos do pôr-do-sol com uma cerveja. O caminho para El Puertito é asfaltado, por isso é fácil.
- Casa Isaitas em Pájara, outro restaurante local altamente recomendado, a nossa amiga Joana disse-nos que é muito bom.
Sul da ilha
- Cofradía de pescadores de Gran Tarajal: restaurante local com peixe fresco do dia a um bom preço e de excelente qualidade. Pedimos camarões com alho, peixe grelhado para 2, pão com mojo, sobremesa, água e uma garrafa de vinho branco, 40 euros no total.
- Tierra Dorada, chiringuito em Playa del Mal Nombre: caro para o que oferece mas com uma localização privilegiada (canecas de cerveja a 5 euros, sandes a 7 euros).
- La Barraca: em Tarajalejo, um lugar de peixe fresco local à beira-mar. Não pudemos ir porque estava fechado, mas foi-nos altamente recomendado.
- Caretta Beach La Pared: vista incrível do pôr-do-sol, preços de comida acessíveis. Ideal para beber uma cerveja ou um gin tonic ao atardecer.
- Restaurante La Falua em La Lajita: restaurante local altamente recomendado com peixe fresco. Entre 15 e 25 euros por pessoa.
- Restaurante Marabú em Esquinzo: restaurante local com peixe fresco.
- Leo’s em Morro Jable: peixe e marisco mesmo na praia, com vista para a praia. Recomendado pelos nossos amigos Farah e Dailos.
- Mis Abuelos: bar de tapas com terraço, muito bom serviço, boa comida e bons preços.
- Restaurante Cofete Pepe El Faro, em Cofete: se quiser comer lá quando for ao Cofete, pode fazê-lo neste restaurante. No final, preferimos levar algumas sanduíches connosco.
- El Caletón em El Puertito (Punta Jandía): excelente restaurante com pratos de peixe fresco, frutos do mar e arroz. Mesmo junto ao mar, pode ir se descer para os faróis ou para as belas praias selvagens de Punta Jandía. Encerra às segundas-feiras.
Roteiros de viagem em Fuerteventura para 3, 5 e 7 dias (uma semana)
Como terá visto se tiver lido todo o nosso guia, Fuerteventura tem tantos lugares incríveis para visitar (é a 2ª maior ilha das Ilhas Canárias), por isso para ver tudo, precisa de pelo menos uma semana.
Como nem sempre temos tanto tempo para desfrutar da ilha, aqui estão algumas sugestões de roteiros para 3, 5 e 7 dias.
Se tudo o que deseja é relaxar e praia, independentemente de quantos dias tiver, é melhor escolher uma praia de acordo com o seu estilo de viagem e olhar para as opções de alojamento mais próximas para minimizar as distâncias de viagem.
Se, por outro lado, quiser uma mistura de praia e turismo, continue a ler.
O que visitar em Fuerteventura em 2-3 dias (um fim-de-semana)
Um fim-de-semana é muito pouco tempo para Fuerteventura, portanto, se este for o seu caso, recomendamos que opte por: escolher uma zona para explorar e ficar por lá, o norte da ilha (opção 1) ou o sul da ilha (opção 2); ou assumir que vai passar algum tempo na estrada e visita várias zonas da ilha de forma mais leve (opção 3-nesse caso, recomendamos que se levante cedo!).
Algumas opções:
Opção 1 – Norte:
- Dia 1: Chegada, recolha o carro e conduza até ao seu alojamento em Corralejo ou El Cotillo. Se ainda for dia, aproveite a oportunidade para visitar uma das praias perto de Corralejo ou El Cotillo. Jantar em Corralejo ou El Cotillo.
- Dia 2: Visita às praias de Corralejo e dunas pela manhã, Isla de Lobos pela tarde. Pôr-do-sol em El Cotillo (por exemplo, no Faro del Tostón ou na praia aldeia). Jantar em El Cotillo (por exemplo, em La Marisma ou La Vaca Azul).
- Dia 3: Visita às praias de El Cotillo e arredores (se ousar, com o carro pode ir até Tebeto/Jarugo), rota interior para visitar os Molinos de Villaverde e regressar ao aeroporto.
Opção 2 – Sul:
- Dia 1: Chegada, pegar no carro e conduzir até ao seu alojamento em Morro Jable, Gran Tarajal ou Costa Calma. Se ainda for dia, aproveite a oportunidade para visitar uma das praias perto de onde tem o alojamento e desfrutar do pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy.
- Dia 2: Pela manhã, rota para Cofete e praias da zona, onde se pode passar o dia inteiro. Também pode passar apenas a manhã em Cofete e à tarde ir às praias de mais fácil acesso (Sotavento, Playa del Mal Nombre, etc.). Pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy e jantar em Gran Tarajal (Cofradía de Pescadores).
- Dia 3: Se passou o dia 2 inteiro no Cofete, pode ir no dia 3 às praias de mais fácil acceso (Sotavento, Mal nombre, etc.). Se já lá esteve, pode ir ao interior para Betancuria, almoçar na Casa Santa Maria e ir ao miradouro de Las Peñitas e do Arco de las Peñitas e regressar ao aeroporto.
Opção 3: Norte e Sul
- Dia 1: Chegada, recolha o carro e conduza até ao seu alojamento no centro (por exemplo, Caleta de Fuste). Se ainda for dia, aproveite a oportunidade para visitar uma das praias para ver o pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy.
- Dia 2: Levantar cedo para ir até Cofete, de manhã ou durante todo o dia. Se fizer Cofete de manhã, aproveite a oportunidade para visitar outras praias à tarde. Pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy e jantar em Gran Tarajal.
- Dia 3: Levantar cedo para ir para norte e aproveitar ao máximo o tempo, ver as praias de Corralejo e Dunas de manhã e Isla de Lobos à tarde. Depois, de volta ao aeroporto
O que visitar em Fuerteventura em 4-5 dias
Com 4-5 dias, recomendamos mais ou menos o mesmo que na secção anterior, mas com mais alguns lugares e mais tempo para desfrutar das praias.
Por exemplo (2 noites no sul, 2 noites no norte, ou todas as 4 noites no centro da ilha):
- Dia 1: Chegada, pegar no carro e conduzir até ao seu alojamento em Morro Jable, Gran Tarajal ou Costa Calma. Se ainda for dia, aproveite a oportunidade para visitar uma das praias perto da aldeia onde está hospedado, e veja o pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy.
- Dia 2: Pela manhã, rota para Cofete e praias da zona, onde se pode passar o dia inteiro. Também pode passar apenas a manhã em Cofete e à tarde ir às praias na estrada asfaltada (Sotavento, Playa del Mal Nombre, etc.). Pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy e jantar em Gran Tarajal (Cofradía de pescadores).
- Dia 3: Se passou o dia 2 inteiro no Cofete, pode ir no dia 3 às praias asfaltadas (Sotavento, Mal nombre, etc.). Se já lá esteve, pode ir ao interior para Betancuria, almoçar na Casa Santa Maria e visitar o miradouro de Las Peñitas e o Arco de las Peñitas. Continuar para norte para desfrutar das praias de El Cotillo à tarde, ver o pôr-do-sol e jantar, e ficar em El Cotillo ou Corralejo.
- Dia 4: Visita às praias de Corralejo e dunas pela manhã, Isla de Lobos pela tarde. Pôr-do-sol em El Cotillo (por exemplo, no Faro del Tostón). Jantar em El Cotillo ou Corralejo.
- Dia 5: Visita às praias de El Cotillo e arredores (se se atrever com o carro pode ir até Tebeto/Jarugo), percurso pelo interior para visitar os Molinos de Villaverde e regresso ao aeroporto.
O que visitar em Fuerteventura numa semana (7 dias)
Com uma semana pode levar as coisas um pouco mais devagar (ou fazê-lo a um bom ritmo para visitar muitos mais lugares).
Exemplo de um roteiro de 7 dias:
- Dia 1: Chegada, pegar no carro e conduzir até ao seu alojamento em Morro Jable, Gran Tarajal ou Costa Calma. Se ainda for dia, aproveite a oportunidade para visitar uma das praias perto da aldeia onde está hospedado, e veja o pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy.
- Dia 2: De manhã, conduzir até Cofete e praias da zona, onde se pode passar o dia inteiro. Se ousar regressar de carro de noite em estrada não pavimentada, pode ver o pôr-do-sol no farol de Punta Pesebre, caso contrário o pôr-do-sol em La Pared ou Ajuy e o jantar em Gran Tarajal (por exemplo, na Cofradía de Pescadores).
- Dia 3: Nas praias da manhã na zona asfaltada (Sotavento, Mal nombre, etc.) e o miradouro de Sotavento. Depois para Betancuria, almoçar na Casa Santa Maria e visitar o miradouro de Las Peñitas e o Arco de las Peñitas. Continuar a norte para ver o pôr-do-sol em El Cotillo e ficar em El Cotillo ou Corralejo.
- Dia 4: Visita às praias de Corralejo e dunas pela manhã, Isla de Lobos pela tarde. Pôr-do-sol em El Cotillo (por exemplo, no Faro del Tostón). Jantar em El Cotillo ou Corralejo.
- Dia 5: Visita às praias de El Cotillo e arredores, descendo de carro até Tebeto/Jarugo. Pôr-do-sol em La Huesilla e jantar em Corralejo/El Cotillo.
- Dia 6: Rota do interior, caminhada em Calderón Hondo pela manhã com La Antigua e Molinos de Villaverde, para ir até à praia à tarde.
- Dia 7: Dia de relaxamento e praias, pode visitar as praias que não pôde visitar nos dias anteriores ou repetir algumas que tenha gostado. Depois regressar ao aeroporto.
Transporte: alugar um carro em Fuerteventura
Como em todas as Ilhas Canárias, em Fuerteventura consideramos essencial alugar um carro para poder desfrutar a ilha e aproveitar o tempo ao máximo, e conseguir visitar alguns lugares emblemáticos (aos que é impossível chegar com transportes públicos). Para encontrar o melhor preço e as melhores condições, recomendamos-lhe fazê-lo no comparador especializado que nós costumamos usar, o DiscoverCars.
Empresas de aluguer de automóveis em Fuerteventura
Nas Ilhas Canárias costumamos alugar com a Pluscar, que geralmente é a que tem os preços mais económicos, tudo incluído e a possibilidade de modificar/cancelar facilmente a reserva, embora comparemos sempre com outras empresas, pois dependendo da procura e da temporada, os preços podem variar. Recomendamos que use sempre um comparador como o DiscoverCars para encontrar os melhores preços (verifique também muito bem as condições de cada empresa e não apenas o preço).
Empresas de aluguer de carro recomendadas em Fuerteventura (todas têm seguro contra todos, sem franquia, segundo condutor incluído e política de combustível “devolver o mesmo com o que recebeu o carro”):
- Pluscar
- Cicar y Cabrera Medina (son la misma empresa)
- Payless (la low cost de las anteriores)
- Autoreisen
- Topcar
Nas nossas várias viagens pelas Ilhas Canárias, alugámos com várias destas empresas (Pluscar, Cicar, Cabrera Medina e Autoreisen), em todos os casos sem qualquer problema.
Como dizemos, é aconselhável comparar preços, por isso o ideal é usar comparadores como o DiscoverCars para ver o que está mais barato de acordo com as suas datas.
Importante: a maioria das empresas de aluguer de carros não cobre danos causados por conducir em estradas não pavimentadas (e em Fuerteventura conduzirá por algumas estradas de terra para chegar a algumas praias, por isso, é melhor ir devagarinho).
Importante 2: desde a pandemia, muitas destas empresas tiveram que vender parte de sua frota para se aguentarem e agora estão com dificuldades em adquirir mais veículos, o que provocou uma subida de preços devido à menor oferta e a mesma ou maior procura. Isto significa que em temporada alta, os carros podem esgotar-se ou ter preços bastante elevados por isso é muito importante tentar reservar com a maior antecedência possível.
Importante 3: Se quiser explorar a vizinha ilha de Lanzarote com o mesmo carro alugado e fazer o trajeto de ferry de 30 minutos para conhecer as duas ilhas na mesma viagem, saiba que é preciso confirmar com a empresa antes se pode levar o carro no ferry e se o seguro cobre o carro na outra ilha. No nosso caso, sabemos que pelo menos a Cicar/Cabrera Medina e a Autoreisen o permitem para Lanzarote com aviso prévio e devolução do veículo em Fuerteventura, mas isso pode mudar no futuro. O ideal é, caso desejo levar o carro no ferry para Lanzarote, entrar em contato com a empresa ou empresas que lhe interessam antes de reservar e saber se sua viagem inclui a mudança do veículo para outra ilha.
Pode reservar o ferry só ida ou ida e volta desde Fuerteventura a Lanzarote aqui mas lembre-se de confirmar com a empresa do barco que o seu bilhete inclui o carro e com a empresa rent-a-car que pode levar o carro no barco.
Preços de aluguer de automóveis em Fuerteventura
Os preços de aluguer de automóveis variam muito dependendo da estação do ano e da temporada turística, da empresa, do tempo de antecedência e do tipo de veículo. Para sua referência, em Março de 2020 (férias pre-pandemia) pagámos 12€/ dia pelo carro mais barato durante 7 dias (se alugar por menos dias o preço por dia é geralmente mais elevado como tal se tivéssemos alugamos mais dias, sairia ainda mais económico); em Janeiro de 2022 pagámos 17€/dia para 18 dias e em Janeiro de 2023 pagámos 20€/dia para um mês (portanto seria mais caro se fosse para menos tempo).
Este preço inclui quilómetros ilimitados, seguro contra todos, dois condutores e uma apólice de combustível de entrega em mão (ou seja, deve entregar o carro com o mesmo nivel de combustível que o recebeu).
Importante: Deverá verificar sempre com a empresa que alugue quais as situações que não estão incluídas no seguro. No nosso caso, com a Pluscar, quaisquer danos causados em estradas não pavimentadas não são cobertos (algumas das melhores praias como Cofete, Tebeto ou Garcey requerem conduzir por estradas não pavimentadas). É possível que algumas empresas tenham a opção de pagar um pouco mais e que o seguro também cubra isso, embora a Pluscar, por exemplo, não dê essa opção.
Se não quiser alugar um carro e quiser deslocar-se em transportes públicos, pode consultar as diferentes linhas de autocarros e os seus horários no site oficial.
Quanto custa uma viagem a Fuerteventura?
Como sempre, dar um orçamento genérico é muito difícil, pois depende muito do seu estilo de viagem. O que podemos fazer é dar-lhe um guia de preços e pode utilizá-lo para elaborar o seu orçamento:
- Voos: com companhias aéreas de baixo custo como a Easyjet (efectua voos até 31 de Março de 2023 e não sabemos ainda se continuará a rota) poderá encontrar voos de ida e volta de Lisboa por 50 euros. Com a Tap tem voo directo ida e volta aproximadamente a 150 euros.
- Aluguer de automóveis: entre 10 e 30 euros por dia para o carro mais barato, que é normalmente um Twingo (dependendo da empresa e do número de dias), tudo incluído. Nós alugámos por 12€/dia durante uma semana com a Pluscar em Março de 2020, por 17€/dia para 18 dias com a Autoreisen em Janeiro de 2022 e por 20€/dia para um mês com a Autoreisen em Janeiro de 2023. A gasolina é mais barata nas Ilhas Canárias, dependendo do número de quilómetros percorridos, uma vez que um depósito de gasolina para um carro económico é cerca de 30-40 euros.
- Alojamento: a partir de 50 euros/noite para um quarto com casa de banho privada ou apartamento com auto-serviço, localizado centralmente.
- Refeições em restaurante: entre 10 e 20 euros por pessoa
- Refeições na praia: (sandes) ou tapas num bar de praia: entre 3 e 10 euros por pessoa.
- Excursões: 20-30 euros por pessoa por excursão.
No total, como guia aproximado, uma viagem de uma semana a Fuerteventura com um carro alugado pode custar entre 450 e 600 euros por pessoa (com as opções mais baratas de carro, alojamento e restaurantes).
Apps úteis para viajar a Fuerteventura
Recomendamos algumas apps a instalar no seu telemóvel que serão úteis para a sua viagem a Fuerteventura:
- Windy (Android/iOS/Web): app essencial para as nossas viagens, ainda mais numa ilha como Fuerteventura. Permite-lhe ver previsões de chuva, nuvens e, sobretudo nesta viagem, de vento para ajudar a planear os seus dias com base no tempo (pois há lugares que perdem muito, dependendo do tempo). Obviamente, as previsões não são 100% fiáveis mas ajudam. Também mostra as webcams disponíveis
- GoogleMaps (Android/iOS): usamos sempre para guardar/classificar todos os lugares para onde queremos ir/já fomos e como GPS nos carros alugados. Pode ver as opiniões de outras pessoas sobre os locais, fotografias, menus de restaurantes, números de telefone dos locais para os contactar, etc.
- Maps.me (Android/iOS): app semelhante ao Google Maps mas funciona melhor offline (embora o Google Maps também possa funcionar offline) e em muitos casos tem informação que o Google Maps não tem, especialmente para trilhos.
Dicas para desfrutar de Fuerteventura
- Se vir algum animal (os esquilos em Fuerteventura são uma espécie invasora; ou as tartarugas e peixes que infelizmente são atraídos com pão no snorkel para Isla de Lobos): não lhe toque, não lhe faça mal, não o assuste, não o alimente. Respeite a fauna e a flora do lugar. Ao alimentar estes animais, estamos a interferir nos seus processos naturais e a contribuir para a alteração do seu comportamento. Não o faça.
Como curiosidade, contar-lhe que se diz que o esquilo foi introduzido em Fuerteventura por um vizinho da ilha por volta de 1965 proveniente de Marrocos: um esquilo escapou e o vizinho não conseguiu pensar em mais nada a não ser em libertar a companheira para que não estivesse sozinho. O que aconteceu a seguir, pode adivinhar…
- Na ilha oferecem uma horrenda opção de passeios de camelo (no parque nacional Dunas de Corralejo, por exemplo). Recomendamos e pedimos-lhe que NÃO o faça, pois é mais um exemplo de maus tratos a animais. Não seja cúmplice de maus tratos a animais!
- Respeite as outras pessoas e a ilha: não ponha a sua música alto na praia (se quiser ouvir música, use auscultadores), não deixe lixo nem beatas, etc. Deixe a praia melhor do que a encontrou.
- Em algumas praias de Fuerteventura os banhos são perigosos devido às fortes correntes. Não se arme em valente.
- Viaje sempre com seguro de viagem: despesas médicas, roubo ou problemas com o seu avião numa viagem podem custar-lhe muito dinheiro, por isso o ideal é fazer um seguro de viagem. Utilizamos sempre a IATI e recomendamo-la. Se subscrever o seu seguro através deste link, recebe um desconto de 5%.
Checklist: o que levar na sua mochila/mala para Fuerteventura
Aqui está uma lista de itens essenciais que não deve esquecer de levar consigo na sua viagem para a ilha de Fuerteventura:
- Garrafa reutilizável como uma destas para transportar sempre água consigo. Evitará a utilização de plástico de utilização única.
- Calçado Aquático Aquashoes como estes ideais para levar sempre consigo para usar em superfícies rochosas ou escorregadias
- Sapatos de trekking porque a melhor maneira de conhecer as Ilhas Canárias é através de caminhadas. No Randomtrip temos estes da Columbia.
- Kit Snorkel (máscara e tubo de snorkel) como estes, imprescindível para levar nesta viagem e contemplar o fundo do mar.
- Mochila à prova de água / Saco impermeável como esta, muito útil para não molhar o seu equipamento fotográfico, telemóvel e carteira em qualquer passeio de barco (ou mesmo se a maré subir na praia)
- T-shirt de lycra de manga comprida com proteção UV que usamos para nos protegermos da água fria ou do sol quando fazemos mergulho, como uma destas.
- Toalha de secagem rápida como uma destas que, para além disso, não ocupa muito espaço na sua mochila/mala
- Chapéu ou boné e óculos de sol para o proteger quando o sol está forte
- Casaco cortavento impermeável: para o manter quente, especialmente nas zonas mais altas das Ilhas Canárias. No Randomtrip temos este e este
- Consiga os artigos da Decathlon que levamos em todas as nossas viagens ao melhor preço
- Máquina fotográfica para registar as aventuras e mais tarde recordar. No Randomtrip usamos uma Sony ZV-E10 e uma Gopro Hero12 Black (para imagens subaquáticas) nas nossas viagens
- Powerbank: com tantas fotos vai gastar muita bateria, por isso é sempre bom levar uma boa powerbank. No Randomtrip viajámos com estes dois powerbanks (Xiaomi 20000 mAh y Anker 10000 mAh), que nos permitem carregar tanto os nossos smartphones como a máquina fotográfica
- Protetor solar: tente sempre escolher um protetor solar Reef Friendly, ou seja, que proteja a sua pele sem prejudicar os ecossistemas marinhos, evitando ingredientes como a oxibenzona e o octinoxato, que são prejudiciais para os corais. Também um protector que não tenha sido testado em animais.
- Repelente de mosquitos, no Randomtrip costumamos levar Relec Extra Forte mas leve o que preferir desde que contenha uma percentagem mínima de 15% de DEET (ingrediente recomendado pela OMS)
- Kit de primeiros socorros: no nosso kit de primeiros socorros há sempre algum medicamento contra o enjoo (como a biodramina para o enjoo nos barcos), antibióticos, anti-diarreicos (e alguns probióticos para recuperar mais rapidamente), anti-histamínicos, analgésicos e antipiréticos
- Seguro de viagem, claro. Se contratar o seu seguro de viagem através deste link terá um desconto de 5%.
Para nós, esta ilha terá sempre um lugar diferente e especial nas nossas memórias, pois viemos para uma semana de férias e acabámos por viver em Fuerteventura durante 4 meses. Estávamos a explorar a bela ilha quando a pandemia causada pela Covid-19 (vírus conhecido por Coronavirus) eclodiu em Março de 2020, e tivemos que alugar uma pequena casa durante o estado de alerta, com o mar e as montanhas de Fuerteventura como nossos vizinhos durante aqueles estranhos dias de confinamento. É, por essa razão, uma ilha especial para nós. Foi um refúgio (não uma jaula, como poderia ter sido noutras circunstâncias), tratou-nos muito bem e despedimo-nos dela com um “até já” porque desde esse momento roubou-nos o coração e quando vamos embora já temos data para regressar.
Tens vontade de explorar as belas praias da ilha de Fuerteventura? De que estás à espera? Tem uma boa viagem!