Medellín seria a grande cidade que escolheríamos para viver de todas as que conhecemos na Colômbia. Apesar da distância do mar (e isso tem muito peso para nós) oferece planos inesgotáveis, galerias a céu aberto, música para todos os gostos, temperaturas amenas (ou não seria a cidade da primavera eterna) e umas paisagens que te vão conquistando quantos mais dias passas aqui.
Medellín não te facilita para a conheceres em pouco tempo mas para nós amor à primeira vista. É um puzzle entre montanhas, embora algumas peças encaixem melhor que outras. Recompensa-te se a destapas pouco a pouco com recantos inesperados e uma chelada fresquinha. Medellín é muito mais que a história violenta de ontem. Passou das balas à arte, das fissuras na parede aos murais e graffitis coloridos, dos prantos ao hip hop, à cúmbia. Medellín é mais, muito mais do que dizem que é.


Conteúdos
- Quando ir a Medellín
- Quantos dias dedicar a Medellín
- Guia para desfrutar de Medellín ao máximo
- O que visitar em Medellín
- O que não fazer em Medellín: Narcoturismo
- Onde comer
- Onde dormir
- Arredores de Medellín
- Como chegar a Medellín
- Como se deslocar
- Segurança: precauções e conselhos
Quando ir a Medellín
Como indica a sua alcunha “a cidade da eterna primavera” não há datas más para visitar Medellín já que devido à sua localização no Vale de Aburrá, a uma altitude entre os 1500 e 1800 metros sobre o nível do mar, goza de um clima ameno primaveral com temperaturas entre os 16º e os 28º todo o ano, con uma média anual de 22º.
A nível de chuvas, estas são relativamente abundantes durante todo o ano, sendo a temporada mais seca, com menos dias de chuva, a que compreende os meses de dezembro até março, meses ideais também para outras áreas da Colômbia como o caribe, o triângulo do café, etc.
Quantos dias dedicar a Medellín
Entendemos que numa viagem de 2 semanas pela Colômbia não possas dedicar todo o tempo que Medellín merece mas guarda, pelo menos, 2 dias completos para a cidade e conta com investir pelo menos mais um numa das suas aldeias nos arredores.
Guia para desfrutar de Medellín ao máximo
O que visitar em Medellín
Plaza Botero e as suas esculturas


Um desfile de esculturas ao ar livre feito por, provavelmente, o artista colombiano mais conhecido internacionalmente: Fernando Botero. O artista doou 23 esculturas em bronze, expostas aqui mesmo, a céu aberto, no coração da cidade.


Se bem que a praça é uma maravilha artística (é um luxo poder contemplar tais obras ao ar livre de forma gratuita) deu-nos uma má impressão a nível de segurança… Muita gente local nos avisou que é uma praça perigosa a qualquer hora (mas mais ao amanhecer e anoitecer que há menos gente) assim que já íamos desconfiados. A verdade é que ao chegar não te sentes confortável de todo (muitas olhadelas, uma aglomeração de muita gente a ir para todo o lados) como tal, o nosso conselho é que vás pelas 11, 12 da manhã, desfrutes da praça o quanto quiseres e entres no museu.








Museu d’ Antioquia (também conhecido como Museu Botero)
Na mesma praça está o museu mais famoso da cidade, com muitas obras do artista (incluindo os famosos quadros que pintou sobre a morte de Pablo Escobar), também doadas por ele: o Museu Antioquia, embora também seja conhecido como Museu Botero e entende-se o porquê.
De segunda a sábado das 10:00 às 17:30, domingos e feriados das 10:00 às 16:30. Preço da entrada: 18.000 COP para estrangeiros, 12.000 COP para nacionais.
Como chegar: Linha metro A (azul) e sair no Parque Berrío.






Além de várias obras do famoso artista em diversas salas (algumas interativas muito recomendadas para ir com a pequenagem), o museu conta também com uma coleção interessante de obras (muitas instalações) de arte contemporânea.


Graffitour pela Comuna 13: das balas à arte
A que era a zona mais perigosa de Medellín (e das mais violentas do Mundo) é agora uma galeria de arte a céu aberto e o graffitour da Casa Kolacho um essencial para fazer na cidade.


Esta comuna de Medellín (a 13 das 16) foi criada com o deslocamento de muitos agricultores que fugiam da guerrilha (sobretudo do Chocó colombiano) nas décadas de 60 e 70. Era, além disso, pela sua localização estratégica, um corredor montanhoso que une o sudoeste da região de Antioquia com o mar, um lugar muito interessante para o tráfico de armas e exportação de cocaína…


Com Pablo Escobar por trás, Medellín converteu-se nos anos 80 e inícios dos 90 na cidade mais perigosa do Mundo. Escobar morre em 1993 e a ideia de que a cidade passaria a uma transição de paz é uma utopia. Surgiram novos grupos criminais e a Comuna 13 manteve-se no domínio destes, com muitas vítimas inocentes mês após mês.


Outra particularidade da comuna 13 eram os CAP (Comandos Armados del Pueblo) que não dependiam nem das FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia) nem do ELN (Ejército de Liberación Nacional) mas partilhavam com ambos a necessidade de enfrentar o Estado. Os CAP tiveram muito sucesso já que eram conformados por gente da comuna e antepunham a ação política à ação militar.


É importante contar-te tudo isto para que entendas o contexto da Comuna 13. Em inícios dos anos 2000, o governo de Álvaro Uribe decide “meter mão” em Medellín e os CAP (e basicamente tudo o que fora resistência, sobretudo violenta) não entrava nos planos que tinham para a cidade…Até que em 2002 arrancam uma série de operações militares (segundo nos contaram, operações com tanques de guerra, helicópteros a disparar contra os telhados, 3000 uniformados, …) e começam os confrontos entre os grupos armados e a polícia.


Num destes confrontos, uma bala perdida mata um menor de 6 anos, Sergio Céspedes. No lugar onde assassinaram o pequeno encontra-se hoje um parque infantil com o seu nome (‘Parque Infantil Sergio Céspedes’) e um dos escorregas em sua homenagem. Disseram-nos que só há um requisito para descer neles: que enquanto desças, sorrias. E assim o fizemos :)


Aqui perto, na zona alta da comuna 13, há um lugar que se chama “La Escombrera”. É onde são largadas muitas toneladas de despejos por ano (mais de 900 pelo que nos contaram…), tornando-a numa das maiores de toda a América Latina. É aqui que se acredita que estejam os corpos de todas as pessoas que desapareceram durante ditas operações.


Ao mesmo tempo, nos anos 2000, um grupo de jovens começam a usar a arte como resposta à violência e a transformar a sua comuna, a sua casa, com o graffiti, o hip hop e o break dance. Um dos grupos pioneiros desta transformação é precisamente a Casa Kolacho com quem te recomendamos fazer o tour e explorar a comuna 13 pela sua mão. Daniel (o nosso guia) conta-nos que foi graças à migração de muitos jovens para os Estados Unidos que receberam esta influência do hip hop, diretamente de Bronx.


A Comuna 13 conta também com um grupo de hip hop para os jovens: Black and White Crew. O único requisito para fazer parte do “crew” é… continuar a estudar.


Muitos dos graffiti e murais da Comuna 13 falam de liberdade e de transformação. E que transformação a comuna 13 sofreu nos últimos anos. Por falar nisso, sabes qual é a diferença entre “graffiti” e “mural”? Nós aprendemos aqui: o graffiti é feito com spray e o mural com brochas. Além de aprender muito e desfrutar desta galeria, deixaram-nos tentar fazer graffiti no final do tour. Não é preciso mais nada para te convencer a fazê-lo, certo?
Podes ir por livre à Comuna 13 mas neste caso, recomendamos-te muito muito que o faças com a Casa Kolacho. Não só aprenderás sobre o que há por detrás de cada graffiti ou mural, mas também o contexto no qual surgiram, a história do/a artista que o fez e, além disso, tens a oportunidade de apoiar um projeto local que o merece (o “Graffiti Tour” é uma das vias de financiamento da fundação da Casa Kolacho).
Também tens a oportunidade de percorrer a Comuna 13 com um free tour, coisa que nunca recomendamos já que na maioria dos free tours as pessoas que os fazem têm entradas muito precárias e costumam ser muito grandes (dificultando a vida das pessoas locais).


Para contratar o tour com a Casa Kolacho há 2 opções:
- Contratá-lo com Toucan Cafe, fica por 80000 COP/pessoa (22€) desde Poblado. A que nós fizemos (por não conhecer a segunda opção que é a que vos recomendamos). Têm que se registar na web (fizemo-lo no mesmo dia às 8am) e estar no toucan cafe às 9, para partir por volta das 9.30. Eles levam-te de metro desde Poblado até San Javier (Comuna 13) e logo de autocarro até à parte alta. Em teoria os 22% do preço vai para a Casa Kolacho. Esta opção é talvez melhor para pessoas que falam inglês, já que a maior parte do nosso grupo não falava espanhol (tivemos sorte pois os poucos que falávamos espanhol fomos num grupo à parte no final, muito mais reduzido)
- Contratá-lo diretamente com a Casa Kolacho: a que vos recomendamos. Podem contactar diretamente a Casa Kolacho através do seu facebook e pagar-lhes o tour diretamente a eles, a um preço muito mais acessível (30000 COP/pessoa, 8€). Devem chegar por vossa conta (é fácil) até ao ponto de encontro que vos dizerem.
Como chegar: de metro desde Poblado na linha azul, transferência em San Antonio pela linha laranja e sair em San Javier. Aí saímos e apanhamos um autocarro local (tudo incluído no preço do tour com o Toucan Cafe), que nos leva até à zona alta da montanha para logo descer a pé.
É seguro? Embora nos seus dias fosse uma das zonas mais perigosas do Mundo, hoje em dia já não é assim. Isto não quer dizer que seja uma zona completamente segura, pois ainda há confrontos entre os grupos de vez em quando (embora não aconteça na zona que se visita no tour) e é possível que esporadicamente alguns dias o tour não aconteça se considerarem que não é seguro. Por isso recomendamos fazê-lo em tour (não por livre) com a Casa Kolacho.


Poblado
O melhor que podes fazer em Poblado é perderes-te pelas suas ruas até chegares ao Parque Lleras (ponto nevrálgico do bairro) desfrutando de toda a arte urbana que o bairro tem para oferecer. É, além disso, na nossa opinião, o melhor bairro para te alojares (ver o artigo onde dormir) e onde comer e sair para tomar algo já que concentra muita oferta gastronómica e de lazer.


Poblado chama-se assim porque foi, literalmente, o primeiro lugar povoado da zona e por isso é tão importante na cidade. É a comuna 14 da cidade e foi o primeiro bairro colonizado, onde se fundou a cidade de Medellín.
Há uma escultura que representa esta primeira aldeia com uma indígena com os seios à mostra: a igreja que está do outro lado da rua obrigou a câmara de Medellín a girar a estátua e pô-la de costas… Uma manifestação mais da dupla moral hipócrita da instituição católica que está mesmo a pedir um “Free the nipple” (o movimento “Liberta o mamilo” que reivindica o direito das mulheres a mostrar o seu corpo).
A explosão de arte urbana nas ruas de Medellín foi fruto de um grande processo, segundo nos contaram no tour da Comuna 13. E Poblado (a comuna 14) juntamente com a comuna 13 foram das comunas que mais se transformaram. Como se pode apreciar desde o metro cable ou algum dos miradouros da cidade, Medellín tem muito tijolo e pouco a pouco os seus habitantes começaram a dar vida à cidade dotando-a de cor. O governo reagia a isto ao pintar por cima de cinza e as pessoas reagiam com pinturas mais “grosseiras” (por exemplo, a típica pintura do pénis) com o qual o governo da cidade decidiu organizar um projeto de street art. Atualmente há um projeto oficial chamado Pictopia Medellín que vai atualizando o street art da cidade cada 3 anos, ao parecer.




Não vais demorar muito a perceber, ao caminhar pelas ruas de Poblado, que estás numa das zonas mais caras e exclusivas da cidade. É aqui que vivem muitos expatriados e a oferta gastronómica e de alojamento é imensa. Por isso propomos-te alojamentos não só por aqui mas também em outras zonas que explorámos e ficámos a dormir se quiseres ficar num bairro mais local, na secção “Onde dormir“.




Aos domingos, um excelente plano é alugar uma bicicleta na Ciclovía el Poblado (rua 10 #52A-18): todos os domingos são habilitadas vias artérias para chegar aos principais sítios da cidade enquanto se pratica algum desporto. Pode-se alugar uma bicicleta clássica, moderna ou de dois bancos e ir desde o parque de Poblado até La Frontera em Envigado e regressar ao ponto de início. O aluguer de bicicletas vai desde 13000COP/h (4€), podes reservar por whatsapp com 1 hora de antecipação.
Se estás em Medellín no Natal não percas La Ramada Casa de Oficios (só em Dezembro): onde podes aprender sobre os trabalhos tradicionais, aproximares-te ao desenho local (e tentar não cair na tentação de comprar tudo), apoiar pequenas empresas e conversar :)
Buenos Aires e Street Art
Além de conhecer um dos sistemas de mobilidade mais modernos da América Latina (embora não ganhe aos moderníssimos teleféricos de La Paz boliviana), o polémico novo elétrico (já que a sua construção afectou a vizinhança de forma negativa), leva-te a um dos bairros mais tradicionais da cidade: Buenos Aires.


O elétrico apanha-se na estação de metro de San Antonio e paga-se com o mesmo cartão do metro. Nós saímos em Alejandro Echavarría e desfizemos caminho seguindo a via do elétrico, desfrutando de tal corredor de arte urbana. Há vários murais e, em teoria, continuam a fazer muitos mais. Quando chegámos à estação de Bicentenario, entrámos no elétrico outra vez para voltar a San Antonio e de lá apanhar o metro.








Parques e zonas verdes
Medellín tem uma variedade de parques e zonas verdes para passear, aqui listamos algumas delas:
Jardim Botânico
Um oásis verde de paz no meio da cidade no qual relaxar e aprender sobre distintas espécies de plantas, onde se destacam o seu borboletário e o seu orquideorama.


A entrada é gratuita e abre todos os dias das 9h às 16:30h.
Parque Arví
Localizado no corregimento de Santa Elena, este destino eco-turístico de 16.000 hectares oferece 54 quilómetros para percorrer a pé com 9 caminhos com diferentes graus de dificuldade para que escolhas a que melhor se adapta a ti. Preparado para desfrutar da diversidade de flora e fauna de Medellín?


Aqui tens mais informação sobre os caminhos que podes percorrer. Para chegar ao Parque Arví de transporte público: por exemplo de metro/metrocable podes apanhá-lo em Acevedo, linha K até Santo domingo e aí fazer transferência para a Linha L que te levará até ao parque.
Também tens a possibilidade de conhecer o Parque Arví com um tour, como este que custa 35€
Parque Explora
Realmente é um museu interativo para a divulgação de ciência e embora possa parecer algo para crianças, muita gente adulta também vai porque está muito bem feito. Se queres aprender sobre ciência de forma interativa, este é o lugar!


Infelizmente, há uma parte do centro que não podemos recomendar: têm um aquário e vivário onde mantêm animais em cativeiro, algo que implica maltrato animal e turismo não responsável. Se fores, por favor, não visites estes espaços.
Outros parques
Outros parques interessantes que podes encontrar em Medellín
- Parque Pies Descalzos: um parque zen onde te convidam a descalçares-te e percorrer as suas fontes, o bosque dos namorados (de bambú), o seu jardim zen ou o parque de arena.
- Parque Lleras: o centro neurálgico de Poblado, se te alojares lá, vais visitá-lo de certeza
- Parques del Rio: sim, Medellín tem rio! O problema é que não foi cuidado durante anos e está contaminado na sua maior parte. Há alguns anos foi criado um projeto para reaproveitar os espaços ao lado do rio (que em 2019 continua a não estar concluído) e que se está a converter numa atração turística interessante na cidade
Cerro del Pan de Azúcar
Afasta-te da poluição sonora da cidade e vive uma experiência mais tranquila perto da natureza no topo do Pan de Azúcar (a versão colombiana do famoso gigante do Rio de Janeiro). Para chegar lá acima, a 2138 metros sobre o nível do mar, deves seguir o Camino de la Vida, um caminho de pedra que lembra os traçados indígenas e que está rodeada por distintas espécies de árvores. O melhor de tudo, a recompensa: a vista panorâmica da cidade que o miradouro oferece :)


Pueblito Paisa: Medellín by night


Pueblito Paisa é uma recriação no topo de um morro de como era uma pequena aldeia paisa (da região Antioquia) no século XX. O lugar em si é bastante turístico mas a sua localização privilegiada oferece umas vistas bem bonitas da cidade.
Se queres ter vistas da cidade da eterna primavera à noite, recomendamos-te que vás até Pueblito Paisa ao atardecer (ou um pouco antes se estás interessado em conhecer Pueblito Paisa em si) e prepares os teus olhos (e a tua câmara) para desfrutar das vistas.
Museus
Além do museu de Antioquia, do qual vos falamos na Praça Botero, Medellín tem muitos mais que merecem a visita.
- Museo Arte Moderno de Medellín (MAMM): o nosso preferido e altamente recomendável é o MAMM
De terça a sexta das 09:00 às 18:00, sábados das 10:00 às 18:00, domingos das 10:00 às 17:00. Fechado em feriados. Preço da entrada: 12.000 COP, 9.000 para menores de 12 ou maiores de 60 anos e estudantes. Entrada livre na última sexta de cada mês entre as 18:00 e as 22:00.
Como chegar: Linha metro A (azul) e sair em Industriales. Também se pode ir a pé desde Poblado (assim fomos nós)


O museu é muito completo e ideal para conhecer a arte moderna e contemporânea colombiana. Além disso tem algo que adoramos: cada obra vem acompanhada do contexto em que foi criada, uma breve descrição do/a autor/a, e uma interpretação. :)
Além disso, tem vistaças da cidade no seu terraço, no 5°piso:


No museu há também um cine-teatro, onde fomos ver o filme sobre a comunidade wayuu (a maior comunidade indígena da Colômbia) altamente recomendável: “Pájaros de Verano“. A entrada para o cine do MAMM custou 8000 COP (2€) por pessoa.
Outros museus que têm muito bom aspeto onde não chegamos a ir são:
De terça a sexta das 8:30 a.m. às 5:30 p.m. (última entrada às 4:00 p.m.) Sábados, domingos e feriados das 10:30 a.m. às 6:30 p.m. (última entrada às 5:00 p.m.). Entrada: 6000 COP (1,6€)
Um museu interativo onde se aprende sobre o nosso bem mais precioso: a água.
De terça a sexta das 9:00 a.m. às 6:00 p.m. Sábados, domingos e feriados das 10:00 a.m. às 4:00 p.m. Fechado às segundas, exceto aos feriados (nesse caso, fecha na terça)
Construído em 2006, é um lugar onde se que aprende sobre o conflito armado em Medellín e na Colômbia em geral
O que não fazer em Medellín: Narcoturismo
Com o êxito da série “Narcos” (da Netflix) surgiu em Medellín e nos arredores vários tours relacionados com Pablo Escobar (os chamados ‘narcotours‘). Estes tours passam por vários pontos emblemáticos da vida de Escobar (a prisão ‘La Catedral’ é um deles por exemplo) até à sua sepultura.
Por um lado, personalidades como Escobar fazem parte da história violenta recente do país e há que falar dela para compreender o momento atual que Medellín e a Colômbia atravessam e que transformação sofreu. (Como podem ter confirmado pela quantidade de oferta cultural que oferece, transformação que ocorreu em maior ou menor medida também com Escobar). Por outro lado, em muitos destes tours (se não em todos) fala-se do narcotraficante como um “herói” enquanto muitos dos familiares das vítimas continuam vivos, sendo testemunhos de tudo isto, com as feridas causadas por esse trágico período ainda abertas.


Por exemplo, o cuidador oficial do leito da família Escobar no cemitério Jardines de Montesacro de Medellín conta como algumas pessoas (como por exemplo o famoso rapper Wiz Khalifa) foram tirar fotos, levar flores ou homenagear o sanguinário capo ao fumar um charro ou metendo-se um pouco de cocaína na sua sepultura. Por outro lado, o presidente de Medellín – a versão institucional- afirma que algo se está a fazer mal quando nos ‘narcotours’ o tributo se está a fazer ao assassino em vez de ser feito às vítimas.
Dos nossos 3 meses pelo país, podemo-vos assegurar que a grande maioria das pessoas que conhecemos não acham graça nenhuma a este tipo de turismo, à série “Narcos” (sim, evitem fazer piadas com o “hijoeputamalpario”) e como se está a contar a história deste personagem.
Também é certo que há muita gente que continua a admirá-lo (sobretudo em comunas mais pobres totalmente esquecidas pelo governo colombiano) já que uma das estratégias do narcotraficante Escobar foi “comprar” a população mais desfavorecida dando casa a quem não tinha, serviço médico a quem necessitava, colégios onde não havia, etc…Por exemplo, ao parecer o bairro homónimo da cidade (bairro Pablo Escobar, criado pelo mesmo) nega-se em mudar o seu nome nos dias de hoje apesar das várias tentativas do governo.


Além dos ‘narcotours’ também encontrarão camisolas, canecas e mais souvenirs do narco. As pessoas que vendem este tipo de produtos a turistas defendem-se ao dizer que tiveram que passar por uma época tão dura que agora que podem beneficiar-se disso, querem aproveitar.
Na nossa opinião, neste tipo de tours, o mórbido ganha à memória histórica e, dado que promovemos o turismo responsável, o nosso conselho é que não contribuas e não sejas cúmplice deste tipo de turismo (que por sua vez também é turismo irresponsável).
Se vens a Medellín lembra-te que é muito mais que o universo narco e aqui mostramos-te isso mesmo.
Onde comer
Recomendamo-vos algumas pérolas que descobrimos durante as nossas duas semanas em Medellín quando queres fazer uma pausa da comida de rua e dos mercados que são, na nossa opinião, muito recomendáveis. Como podes estar na Colômbia sem te alimentares das suas arepas e carimañolas?
- Restaurante Justo: Podemos dizer que é o melhor restaurante vegan dos 7 meses de viagem. Que maravilha… Sejas vegan ou não, deixa-te surpreender com os deliciosos e criativos pratos orgânicos. Além do espaço que é lindíssimo e com uma seleção de cervejas artesanais muito boas. Têm também um mercado biológico, como tal, se estás num apartamento com cozinha é uma boa opção para fazer comprar ingredientes com qualidade. Os pratos rondam entre os 20.000 e 25.000 COP (entre 5€ e 7€), caros para a Colômbia, baratos para a qualidade que oferece.


- Bonhomía: Excelentes pizzas de massa fininha. Uma dá para 2 (de 28.000 COP até 32.000 COP – entre 7 e 9€).


- La Bronca: Comida deliciosa e criativa e excelentes coqueteis. É para um capricho (de 30.000 até 60.000 COP cada prato – entre o e 16€) mas delicioso.


- Crepes&Waffles: Sim, ok, é um franchising. Mas vamos contar-te o porquê de a termos posto aqui… Nos meses que passámos pela Colômbia a desfrutar da sua gastronomia, às vezes precisávamos de um descanso das arepas, as carimañolas e, definitivamente, da “fritanga” e o corpo pedia-nos algo saudável. Esta cadeia de restaurantes tem eum buffet igualzinho a este que vês na foto onde podes fazer uma salada ao teu gosto por 11.900 COP (3€ aprox.). Para nós foi um descobrimento ao qual recorremos várias vezes. Tens por exemplo um em Poblado e outro perto do MAMM (Museu de Arte Moderna)


Onde tomar algo
No que diz respeito a beber umas cervejas (ou ir dançar) pela noite, Poblado é “the place to be”. Mais especificamente, o bairro de Provenza. O ideal é que passeies pelas suas ruas e te deixes cair onde mais te apeteça pelo ambiente ou pela música. Nós recomendamos-te uns quantos de que gostamos:
- A Pérola: Comida y Baile a granel
A pérola: comida y baile a granel hahaha (Poblado, Medellín)
- La Central de Amigos: um sítio cujo terraço está SEMPRE cheio. Muito bom ambiente para beber cervejas e algum snack (tequeños e pouco mais) onde de certeza não irás sem conhecer ninguém ;)
- Alambique: Aqui, além de tomar algo (dentro ou ao ar livre) poderás também comer e jantar
Onde dormir
Há três opções onde fazer base em Medellín para nós: A zona onde te recomendamos dormir e onde nós ficamos na cidade é Poblado: muito bonita, muito verde, com muita oferta mas muito expat. Se procuras algo mais local, outra opção seria alojares-te em Laureles (foi aí que nos alojamos nos últimos dias) e finalmente uma zona que está a ganhar mais visibilidade com vários alojamentos é Envigado. Não te recomendamos alojares-te no centro (na Plaza Botero e arredores) já que nos deu uma má impressão a nível de segurança.
Onde dormir em Poblado
Poblado tem muita oferta de alojamentos, muita oferta gastronómica e também é onde há uma variedade interessante de bares pela noite se te apetecer desanuviar um pouco. É uma zona bastante segura (não sentimos insegurança a nenhuma hora do dia ou da noite) ao contrário do centro (onde a própria gente local te alerta constantemente) e encontramos um hotel com uma das melhores relações qualidade-preço dos nossos meses colombianos.
Em Poblado ficamos no Hotel Casa La Fleur. Muito recomendável já que está no centro de Poblado (a pouca distância do famoso Parque Lleras) mas numa rua tranquila que tem uma boa localização mas permite descansar pelas noites. O quarto duplo com casa de banho privada fica por 27€/noite aprox. Na mesma rua há muitos restaurantes e lojas.




Outra opção excelente para dormir em Poblado é o Selina, cadeia que garante sempre um nível de qualidade e elegância superior à média de alojamentos. Aqui o quarto duplo com casa de banho privada fica por uns 50€.


Também tens o Hotel Florencia Plaza Medellín, que tem um jacuzzi no terraço onde podes relaxar com vistas depois de passear pela cidade. Tens opção de beliche por 47000 COP/pessoa (13€), ou quarto duplo com casa de banho privada e pequeno-almoço por 180000 COP (49€)


Onde dormir em Laureles
Outra zona onde podes dormir, menos expat e mais local mas também segura é a zona de Laureles. Como ficamos bastante tempo na cidade quisemos explorá-la também, como tal decidimos passar os últimos dias na cidade por lá. Neste caso alugamos um pequeno apartamento com cozinha e…surpresa das surpresas com jacuzzi!


A questão é que o jacuzzi estava na cozinha (sim, sim, com vistas para o lavatório) mas enfim, um jacuzzi que desfrutamos igualmente. O apartamento fica por 27€/noite e podes reservá-lo aqui. Além disso, se te registares na Airbnb com este link obterás 25€ para a tua primeira reserva, uma grande promoção! Outra opção em Laureles é este com vistas, pelo mesmo preço.
Onde dormir em Envigado
Finalmente, a outra zona cada vez mais na moda onde podes ficar a dormir é o bairro onde nasceu Escobar: Envigado. Se preferes ficar por aqui, uma boa opção é este apartamento que serve para até 8 pessoas (43€/noite em função do nº de pessoas).


Arredores de Medellín
Medellín também tem escapadelas interessantes que se podem fazer no mesmo dia, embora se tens dias e queres ficar a dormir, já sabes, melhor que melhor.
Guatapé e a Piedra del Peñol
Escapa-te de Medellín e vem conhecer (em 2 horas de autocarro!) a aldeia dos rodapés coloridos (e uma das aldeias mais coloridas em que estivemos) e a imponente piedra del Peñol.


Em Guatapé todas as casas têm rodapés nas suas fachadas: todos estes frisos são distintos e representam a família que habita/va essa casa, o ofício/negócio a que se dedicam ou retratam directamente os habitantes da casa. Literalmente. (vê a foto abaixo ;))


Diz-se que isto dos rodapés em Guatapé começou em 1919 com José María Parra Jiménez que acabou por começar a retratar cenas quotidianas em relevos de cimento no hall da sua casa.


Do seu hall a arte passou para a rua, da rua para a praça e foi crescendo até se converter num orgulho de paisa (já te dissemos que paisa é o gentílicio para todas as pessoas da região de Antioquia?)


Na maioria dos rodapés vimos pouca representação da vida das mulheres guatapenses e quando (raramente) as encontrávamos, estavam representadas em algum trabalho de cuidado familiar… Esperemos que isto venha a mudar, que os rodapés guatapenses se adaptem ao século XXI e invadam fachadas fazendo coisas tão diversas e variadas como as mulheres guatapenses fazem.


Além de muitos rodapés, em Guatapé também há muitos turistas! Mas vale a pena escapá-los para te perderes pelas suas ruas. Olha só quantas cores:
Além disso, há outro motivo para vir até aqui. Ao lado de Guatapé encontra-se a imponente Piedra del Peñol, também conhecida como Peñon de Guatapé: um monólito de 220 metros ao qual se pode subir ( mais de 700 escadas para sermos exactos) e contemplar a magnífica vista de lá de cima.


Mas estas vistas escondem uma história triste por detrás… Esta água é de uma barragem artificial e a sua construção resultou no desaparecimento de uma aldeia inteira. No início do século XX começaram a valorizar outras formas de fornecer energia ao país. E este espaço tornou-se estratégico no auge industrial da região já que contava com um rio muito apetecível para uma hidroeléctrica.
O que aconteceu então? Em 1961 tornou-se oficial a construção da barragem e dez anos depois, em 1971, fez-se algo inevitável para dita construção: programou-se a sua inundação.
A grande maioria da aldeia de Peñol estava contra o projeto (claro, era a sua casa a que queriam inundar) e manifestou-se para deixar clara a sua postura. Ainda assim, outras vozes se ouviram mais alto (por exemplo, as das EPM – Empresas Públicas de Medellín), a população foi relocalizada noutra aldeia que foi construída lá perto com o mesmo nome – El Peñol – e levou-se a cabo a inundação em 1978. Entretanto, construiu-se uma réplica da antiga aldeia de Peñol perto do Peñol atual e pode-se visitar.
Hoje é uma importante fonte de energia para o país. A aldeia de Guatapé (que também sofreu algumas mudanças com a construção da nova barragem) olha bem de frente para a este “mar interior“, como lhe chamam. Pelo contrário, o povo de Peñol, não. Não olharem pare ele, dizem, foi a forma deste povo tão resistente se curar.


Como chegar: Desde o terminal norte de Medellín, saem autocarros da empresa Sotra Sanvicente a cada pouco tempo. Nós compramos no mesmo dia (pelas 8am) por 14000 COP / pessoa (3,7€) e podes sair ou bem em Peñón ou bem na aldeia. Entre Peñón e a aldeia podes ir no mesmo autocarro parando-o na estrada (2000 COP, 0,5€) ou em tuk tuk (10000 COP, 2,6€).
Para subir a Peñón há que pagar uma entrada de 18000 COP (5€)
Se não te atreves por livre e/ou queres ver mais coisas, há tours desde Medellín que te levan a ambos lugares e fazem algumas paragens extra, como este que custa 34€
Se preferes ficar a dormir em Guatapé, podes ficar em La Madriguera que oferece quartos simples com vistas espetaculares de Peñol por 29€/ noite para 2 pessoas com casa de banho privada:
Vistas do Peñol de Guatapé desde o alojamento La Madriguera
Se queres dar um capricho, o Bosko (160€/noite aprox. para 2 pessoas) oferece-te mais que um quarto, uma experiência única onde dormes debaixo das estrelas, com todos os luxos…


Jardín
Esta pequena aldeia paisa cheia de cores, encontra-se a uns 140km de Medellín e está rodeada de natureza. Além de tirar umas quantas fotos às suas casas coloridas, podes aventurar-te a fazer alguma trilha de caminhadas e visitar alguma das suas cavernas mais próximas.


Desde Medellín podes chegar de autocarro até Jardín desde o terminal sul, numas 3 horas. Duas companhias que fazem o trajeto são Rápido Ochoa e Transportes Suroeste e o bilhete custa uns 25000 COP (7€).
Se tens tempo, o ideal é que fiques alguma noite em Jardín, para poder visitar com mais calma a aldeia e os seus arredores. Por exemplo em Fami Hotel Vive Jardin (80000COP – 22€ – quarto duplo com casa de banho partilhada) ou Hostería El Paso (170000 COP – 46€ – quarto duplo com casa de banho privada)
Se queres mais info sobre Jardín, dá uma olhadela a este post de Travelgrafia
Santa Fe de Antioquia
A uma hora de Medellín encontra-se Santa Fe, uma pequena cidade onde poderás passear admirando os seus edifícios históricos coloniais e conhecer mais de perto a sua larga ponte suspensa, uma obra de engenharia colombiana importante dos finais do século XIX.


Mais informação sobre como chegar e que visitar e fazer em Santa Fe de Antioquia neste artigo de Travelgrafia
Se não queres ir por livre, tens a possibilidade de contratar um tour para ir durante o dia a Santa Fe de Antioquia desde Medellín, como este por 25€
Outras aldeias de Antioquia
A região de Antioquia (à qual pertence Medellín) tem muitas mais aldeias e cantos interessantes, se tiveres tempo, não deixes de explorá-los. Deixamos-te aqui uma lista da Travelgrafia com uma seleção de 10 aldeias
Triângulo do Café
Medellín é, ainda, a porta de entrada para a nossa região favorita do país: o triângulo do café. Se tu também queres entrar por entre o verde das plantações de café salpicado por essas aldeias de mil colores, neste guia da região contamos-te tudo os que necessitas saber para desfrutá-la ao máximo. Não a percas :)
Como chegar a Medellín
De avião
Se chegas à Colômbia desde outro país, é provável que chegues de avião a alguma das cidades principais (Bogotá, Medellín, Cartagena…), sendo Medellín uma opção bastante comum. Se vais desde Espanha, há voos diretos para Medellín, embora costuma ser mais caro. Recomendamos-te procurar e comparar em comparadores como Skyscanner e Kiwi e ser o mais flexível que possas com as datas.
Se não te importa fazer escalas, tens voos low cost como os da Norwegian e Level até pontos próximos da Colômbia e podes conseguir um bom preço (nós fizemos Madrid > Florida > Cartagena por menos de 350€ só ida)
Se vens a Medellín desde outra cidade da Colômbia e queres fazê-lo de avião, o mais barato costuma ser VivaAir, empresa low cost com voos bastante baratos. Isso sim, são de estilo Ryanair, como tal: atenção à letra pequena, especialmente com a bagagem. Recomendamos-te também que dês uma vista de olhos aos comparadores de voos como Skyscanner e Kiwi já que às vezes podes encontrar ofertas de outras empresas.
No nosso caso, voamos até Medellín desde Cartagena, com bagagem faturada e fast track por 35€/pessoa, com VivaAir.
Como ir do aeroporto até ao centro de Medellín
O mais provável é que chegues ao Aeroporto Internacional José María Córdova, que está bastante longe da cidade (numa localidade chamada Rionegro, a uns 30km da cidade). Como sempre, tens opções para todos os gostos, mais baratas ou mais caras em função de tempo de espera, comodidade e de se te deixam no teu alojamento ou não:
- Contratar um transfer privado que te espere no aeroporto para te levar até ao teu alojamento, como este que custa 25€/pessoa
- Ir de táxi privado oficial ao sair do aeroporto, custa 70000 COP (19€) o táxi inteiro.
- Também há táxis partilhados (tens que esperar que se encham) e custam uns 17000 COP (5€) por pessoa
- Finalmente, a opção mais barata é um autocarro que te deixa no centro por uns 10000 COP (3€) por pessoa. Deixa-te no Centro Comercial San Diego e de lá terias que apanhar outro táxi até ao teu alojamento ou algum tipo de transporte público.
Pela estrada (de autocarro/carro)
Se vens na estrada, Medellín está bem comunicada com a maioria de cidades e pontos de interesse da Colômbia, não terás problema em encontrar um transporte que se adeque às tuas necessidades.
Recomendamos que consultes autocarros e horários e compres os teus bilhetes, em webs como Redbus ou Pinbus, que funcionam muito bem e podes escolher assento (cuidado porque nessas webs não aparecem todas as opções, podem haver mais horários e/ou companhias). Também podes verificar informação (nem sempre atualizada) em https://www.horariodebuses.com.co/
Como se deslocar
Metro/metrocable/elétrico: sim, Medellín tem um metro moderno que é orgulho paisa (irão dizer-te frequentemente que Medellín tem metro e Bogotá não, há alguma rivalidade). Para poder usá-lo há que comprar um cartão que se carrega. No nosso caso compramos o cartão branco que diz “Viaje Metro”, que se pode carregar e/ou adquirir nas máquinas das estações ou nas bilhetarias. O cartão vale para os três transportes. As viagens custam entre 2000 e 4000 COP (entre 0,55€ e 1,10€).
Quando o cartão fica a 0 vai-se à máquina e em algumas máquinas só se pode comprar o cartão com uma viagem (seria de um só uso). Se necessitam de ajuda perguntem ao pessoal e eles irão ajudar de certeza.


Com este cartão também podem utilizar o moderno elétrico (falamos dele neste artigo para ir ao bairro de Buenos Aires) e o teleférico (por exemplo, na Comuna 13)
Uber e táxis: Uber é ilegal na Colômbia, contudo existe e muita gente o usa por ser mais barato e seguro do que os táxis. Como é ilegal, tem que ir sempre um passageiro à frente, ao lado do condutor, para disimular em caso de pararem o carro. Como não recomendam usar os táxis que param na rua, alternativamente há outra app, Easy, que agora pertence a Cabify, onde podem pedir táxis normais. Na Uber, os trajetos mais curtos costumam custar uns 9000 COP (2,50€) e por exemplo desde o centro até Poblado entre 15000 e 30000 COP – 4 a 8€ – (cuidado com o trânsito, nós demoramos hora e meia com o congestionamento e pagamos 27000 COP)
Segurança: precauções e conselhos
No des papaya
O conselho que a gente local mais te dará em toda a Colômbia respeito à segurança é: ¡No des papaya!
É uma expressão que utilizam para indicar que não te tornes um alvo fácil: não vás mostrando coisas de valor (smartphone, câmara, dinheiro) e assim evitarás chamar a atenção.


Obviamente, como turistas/viajantes, gostamos de fotografar os lugares, procurar informação no nosso smartphone, etc. e isto não quer dizer que não o possas fazer. Simplesmente que sejas mais precavido do que o normal e que tentes limitar levar a câmara ao de penduro pela rua.
Estivemos em Medellín 2 semanas (e 3 meses na Colômbia), tiramos fotos a tudo o que quisemos, usamos os nossos smartphones e não tivemos nenhum problema (embora sim é verdade que andávamos com mais cuidado e tentávamos guardar a câmara ou o smartphone na mochila/bolsos quando não os usávamos)
Em qualquer caso, viaja sempre com seguro de viagens: os gastos médicos, roubos ou problemas com o teu avião numa viagem podem ficar um dinheirão, como tal, o ideal é que contrates um seguro de viagens. Nós usamos sempre IATI e recomendamo-lo (nesta viagem de 7 meses pela América Latina compramos o IATI Estrella Premium). Se contratas o teu seguro através deste link tens um desconto de 5%


Não faltam motivos para querer visitar a cidade colombiana da eterna primavera, pois não?
Não sei do que estás à espera… Mas, por favor, quando fores, conta-nos nos comentários!
Ufff excelente guía amigo, Medellin es una ciudad demasiado hermosa. Colombia tiene uno lugares muy bellos, en una oportunidad pude ir a un pueblo llamado Salento, tiene fincas cafeteras muy agradables.
Gracias por tan bonito post, realmente es una guía excelente para viajar a Medellín, voy a viajar el próximo año a esa ciudad y necesitaba esta información muchas gracias, solo me falta buscar los requisitos para viajar
Muy buen post, me trae grandes recuerdos en diversos viajes que hice a Colombia pude visitar Medellín y explicas muy bien cada cosita en esta guía.