O triângulo do café na Colômbia é sinónimo de aldeias coloridas que salpicam o verde das montanhas e das plantações de café. De acordar com beija-flores ou com guinchos de macacos. De aromas a terra molhada com cítricos e, como não, a café, tudo misturado. E algum cocó de vaca, vá. De sopas quentinhas no meio da montanha. E aguapanela com queijo ou chocolate quente. De transformar cada viagem de autocarro numa cadeira de cinema diante tal espetáculo de paisagens. É também sinónimo de palmeiras de cera, frágeis gigantes que desafiam as leis da física e não deixam ninguém indiferente, ou não seriam um dos símbolos do país. Mas o melhor do triângulo do café é, indubitavelmente, a sua gente. Por todos estes motivos converteu-se na nossa região favorita do país.
Neste post damos-te um guia para que possas organizar a tua viagem pela zona com os melhores pontos por onde passar, vários roteiros possíveis, sugestões de alojamento e até de de restaurantes. Mas para entender e desfrutar do melhor que o triângulo do café tem, a sua gente, terás que ir até lá :)
Conteúdos
- Quando ir ao Triângulo do Café
- Quantos dias dedicar ao Triângulo do Café
- Guia para desfrutar do Triângulo do Café
- Como chegar ao Triângulo do Café
- Como se deslocar: O transporte no triângulo do café
- Segurança: precauções e conselhos no Triângulo do Café
- Itinerários possíveis / recomendados
Quando ir ao Triângulo do Café
O Triângulo do Café é uma daquelas zonas que podes visitar em qualquer época do ano. É, junto com Medellín, a zona da Colômbia conhecida como “a primavera eterna“, com temperaturas máximas de uns 25º e mínimas de uns 13º.
É, portanto, uma zona “fresca”: de dia se não ficar nublado e se fizer sol podes andar de manga curta, mas à noite fica bastante mais fresco por isso há que levar roupa adequada. Além do mais, pode chover a qualquer momento, como tal, é essencial levar calçado adequado e algo para te protegeres da chuva.
Teoricamente, os meses de mais chuva são abril e maio, embora realmente chova bastante todo o ano, como tal, não te preocupes com isso.
Quantos dias dedicar ao Triângulo do Café
Como verás a seguir, o Triângulo do Café tem muito a oferecer, sobretudo a nível de natureza e paisagens: tenta dedicar no mínimo 4-5 noites à zona para poderes ver um pouco de tudo.
Em qualquer caso, se andas com pouco tempo, com um par de noites podes ver algumas das suas maiores atrações como visitar uma propriedade de café, ver a famosa palma de cera e maravilhar-te com algum das suas coloridas aldeias como Salento ou Filandia.
Guia para desfrutar do Triângulo do Café
O que visitar no Triângulo do Café
O triângulo do café é uma zona dentro de três departamentos da Colômbia: Caldas, Quindío e Risaralda, cujas capitais e cidades principais são Manizales, Armenia e Pereira. Ainda assim, não escolhemos estas cidades grandes como base de exploração (exceto Manizales) já que preferimos a beleza e a proximidade a pontos de interesse que tanto Salento como Filandia nos ofereciam.
Organizámos, assim, o nosso roteiro pela zona nos arredores das 3 seguintes lindas bases: Salento, Filandia e Manizales, nas quais dormimos e a partir de onde organizamos as visitas aos diferentes pontos que vos contamos neste post.
Salento e arredores
Salento
Chegar a Salento é acreditar que estás num cenário. As portas e as janelas das casas inundam as ruas estreitas de cor enquanto uma ou outra mulher passeia com o traje típico de “chapolera” (coletora de café do eixo) e não parece real mas sim como se estivessem a gravar uma série de época por lá.
Podemos dizer-te que o mais interessante para fazer na aldeia de Salento é grátis, ao ar livre e está aberto todos os dias do ano. ;) É um museu que se estende por toda a aldeia e convida a interagir com a sua arte, seja ao rir, conversar, dançar, beber. Reserva-se o direito de admissão à gente curiosa e fãs das cores. Aconselha-se uma visão atenta, a mente aberta e, em certas ocasiões, a câmara na mão.
Para desfrutar de umas belas vistas de Salento desde acima, nada melhor que subir as escadas que levam ao miradouro e contemplar algo assim:
Por este motivo e pela proximidade ao Vale de Cocora e a Tochecito consideramos que Salento é uma excelente base para ficar um par de dias no mínimo.
Onde comer em Salento
- Donde Laurita: Um dos pratos mais típicos de Salento e do Vale de Cocora é a truta e nós provamo-la “al ajillo” no restaurante Donde Laurita. Deliciosa, pedimos uma para partilhar (os pratos são abundantes) e pagamos uns 22000 COP (6€). O hogao que te põem de aperitivo estava delicioso.
- Etnia, arte y sabor: Têm um menu do dia por 15000 COP (4€) com sopa, prato principal e sumo. Repetimos :)
- Café Bernabé Gourmet: gourmet com comida fusão. Comida muito deliciosa e um pouco mais cara que os de mais.
- Brunch de Salento: um dos poucos que abrem cedo para pequeno-almoço (6:30) e preparam “pack lunch” para levar ao trekking pelo Vale de Cocora, por 14000 COP (4€)
- Zaguán de la estación: comida típica e serviço rápido. É grande, parecia um lugar focado em grupos de turistas locais, mas a verdade é que a comida estava muito boa. Comemos sancocho de pollo (uma sopa típica de frango muito boa).
- El tejadito de Salento: comidas simples (sandes e saladas) mas boa música (jazz ou em direto) e bom ambiente (fomos numa sexta à noite)
- El Cacharrito: hambúrgueres com pão caseiro muito deliciosos (opções veggie). Entre 15000 COP (4€) e 20000 COP (5.60€) o combo com batatas e bebida.
- El punto vegetal: vegetariano que não chegamos a experimentar com muito bom aspeto
- Café Jesús Martín: em teoria o melhor café expresso de Salento e nós confirmamos! Servem-te o expresso com um copo de água e um pequeno pedaço de chocolate e podes acompanha-lo com uma das suas tortas deliciosas.
- Bar Danubio e Bar Los Amigos para beber uma cerveja e jogar ao Tejo
Onde dormir em Salento
Em Salento ficámos em dois lugares diferentes, pois coincidimos com as festas (no início de janeiro) e quando quisemos prolongar o nosso primeiro alojamento não tinham disponibilidade, como tal trocamos para outro.
Passamos as primeiras noites no Hostal Origen Colonial, onde o quarto duplo com casa de banho privada com água quente (imprescindível no triângulo do café!) ficava por 80000 COP (uns 22€). Não incluía pequeno-almoço. É um alojamento de uma família local muito querida e está muito perto da praça principal de Salento.
Passamos as noites seguintes na Casa La Eliana, onde o quarto duplo com casa de banho privada com água quente ficava por 81000 COP (uns 23€). O duche é destacável (o melhor duche de toda a viagem pelo triângulo do café) de hidromassagem com jatos, ideal para relaxar depois dos trekkings. Também não incluía pequeno-almoço, embora se pudesse comprar por separado. O alojamento pertence a um casal de um espanhol e uma colombiana e o tratamento recebido por todas as raparigas que trabalham lá foi muito bom. Também têm um restaurante onde preparam pratos índios e pizzas entre outras coisas, tudo bastante bom.
Outras opções que nos recomendaram ou que valorizámos:
- El Viajero: é para mochileiros mas com umas vistas impressionantes. O que nos afastou finalmente foi o preço (220000 COP / 61€ duplo com casa de banho privada, pequeno-almoço incluído) mas a verdade é que deve ser um luxo acordar e tomar o pequeno-almoço com essas vistas.
- Hotel Salento Plaza: se procuras algo mais sofisticado, este tinha muita pinta e está super bem localizado, ao lado da praça principal. Duplo com casa de banho privada e pequeno-almoço incluído fica por 180000 COP (51€)
- Hotel Salento Real: outra opção com mais qualidade, super central. Duplo com casa de banho privada e pequeno-almoço incluído fica por 249000 COP (70€)
- Hostal Tralala Salento: Este seria a nossa primeira opção mas não tinha disponibilidade quando fomos. Muito bom preço e muito central. O alojamento chamou-nos a atenção enquanto passeávamos, pois parece super novo e as fotos têm muita pinta. Duplo com casa de banho privada (sem pequeno-almoço) fica por 95000 COP (27€)
Vale de Cocora
Um dos pontos turísticos principais de Salento e do Triângulo do Café colombiano são as “palmas de cera” e o Vale de Cocora é o sítio mais visitado para as contemplar. Deixamos-te aqui um guia completo para percorrer o Vale de Cocora por tua conta
De onde vem o nome “Palma de Cera“? Do seu tronco que está coberto de cera, a mesma cera que se usava para fabricar velas. Estas palmeiras incríveis, gigantes frágeis como as batizamos, medem até 60 metros e podem viver até 200 anos embora estas de Cocora são umas mortas-vivas que desaparecerão em menos de 50 anos… Ao que parece, os filhos das palmeiras atuais são comidos pelo gado e apenas começam a crescer porque as confundem com pastagem.
Mas o Vale de Cocora é muito mais que o seu pequeno bosque de Palmas de Cera: embora seja o ponto principal (e muita gente vai até lá só para isso), o trekking circular que podes fazer pelo Vale é super recomendável, já que vais passar por uma variedade de paisagens, cruzar pontes de madeira sobre o rio, respirar ar puro no bosque nublado, saborear um chocolate (ou aguapanela) com queijo e até te vais poder deliciar a ver um montão de beija-flores.
O trekking dura umas 5-6 horas (fazendo-o com calma e com o desvio à Casa dos Beija-Flores) e pode-se fazer perfeitamente livre: basta ir à praça principal de Salento bem cedo para montar num dos Willys que fazem o trajeto desde Salento (nós fomos no das 7:30). Demora uns 20-30 minutos, custa 4000 COP por pessoa (1,10€) e deixa-vos mesmo na entrada do trekking. Como é circular, há várias opções:
- Fazê-lo no sentido dos ponteiros do relógio: começariam pelo bosque de palmeiras de cera para logo seguir até à casa dos beija-flores, as pontes, etc.
- Fazê-lo no sentido contrário aos ponteiros do relógio: ao invés do anterior, acabariam no bosque de palmeiras de cera.
- Ir apenas ao bosque da palma de cera: a opção mais rápida e preguiçosa se a única coisa que vos interessa é tirar uma foto com as palmeiras de cera.
Nós fizemos e recomendamo-vos a segunda opção, assim deixam para o final “o prato forte” do trekking como recompensa.
Para fazer este roteiro têm que ir pela direita, atravessando o portão azul, onde o Willy vos deixa e a partir daí está tudo muito bem marcado. Quando chegarem ao sinal que anuncia a casa dos Beija-flores, têm que ter em conta que é um desvio (depois têm que voltar a este ponto para continuar o trekking circular), o qual demora mais ou menos uma hora (20-25 min ida, o mesmo de volta, mais o tempo que estão lá). Neste link podem descarregar a rota e importá-la no Maps.me (passaram-nos num dos nossos alojamentos em Salento, Casa La Eliana)
Terão que pagar um total de 5000 COP (1,40€) por pessoa para fazer o trekking: cobram 2000 COP no início do trekking e outros 3000 COP ao chegar à zona do bosque de palmeiras de cera. Para alcançar a casa dos beija-flores terão que pagar outros 5000 COP (1,40€) que incluem o chocolate ou aguapanela quente com queijo (ou sem ele se não o quiserem) ou outras bebidas.
Nível de Dificuldade Fofisano (NDF) do Trekking pelo vale de Cocora: Médio com uma subida de 300 metros do inferno.
Aqui tens o nosso roteiro completo para visitar o Vale de Cocora por tua conta
Mesmo assim, se têm interesse na Palma de Cera e querem ver um verdadeiro bosque com estas altas palmeiras, perto do Vale de Cocora, encontramos um sítio onde há maior concentração deste tipo de palmeiras onde muito pouca gente vai que se chama Tochecito.
Tochecito
Tochecito: o lugar com a maior concentração de palmas de cera e menor concentração de turistas da região.
Pois sim, não conseguimos resistir. Desde que nos apercebemos da existência de Tochecito, o bosque com maior densidade de palmeiras de cera do Mundo (e onde quase ninguém vai porque o seu primo Cocora é quem está no mapa turístico), não descansamos até encontrar forma de chegar. E vá que a encontramos… De bicicleta! Entre gargalhadas e buracos, mas sobretudo gargalhadas com a gente simpática de Salento Cycling. Além do mais, não são apenas simpáticos e divertidos mas também nos pouparam todas as costas acima (de camioneta) e foi só desfrutar da adrenalina ao descer até ao impressionante aglomerado de belas palmeiras. Sim, loucamente e com armadilhas. Depois voltamos de bicicleta até à bela Salento sem antes a contemplar desde acima.
600.000 das 700.000 palmeiras de cera que existem em toda a Colômbia estão aqui (um 85%!), e por isso mesmo há um projeto (todavia não implementado) para proteger este lugar que abriga este símbolo nacional. Para comparar, estima-se que no Vale de Cocora há entre 1000 e 2000 palmeiras de cera.
O tour com Salento Cycling pode-se fazer pela manhã ou pela tarde (em teoria há mais probabilidade de chuva pela tarde, como tal, fizemo-lo pela manhã). Custa entre 140000 COP (38€) e 195000 COP (52€) em função do tipo de bicicleta e inclui o transporte de camioneta com as bicicletas até lá, um pequeno picnic e uma cerveja de volta nas oficinas de Salento. Têm toda a info no seu web: salentocycling.com
Mais informação sobre Tochecito e como a visitar neste post que escrevemos
Fazenda cafeteira e Processo do Café – Fazenda Don Elias
Não podes visitar o Triângulo do Café sem visitar pelo menos uma das fazendas cafeteiras espalhadas pela região. Perto de Salento há muitas e pelo resto das zonas do triângulo, já que esta é uma região muito focada no turismo (provavelmente vais ficar surpreendido em saber que a zona da Colômbia onde se produz mais café não é nenhuma das do triângulo do café; é Huila, um pouco mais a sul).
Nós fomos finalmente a duas fazendas: a fazenda de Don Elias em Salento onde aprendemos sobre o processo da produção de café de forma mais artesanal e mais tarde, em Manizales, demo-nos um miminho e dormimos numa autêntica fazenda cafeteira .
Escolhemos visitar a Fazenda de Don Elías, por ser uma fazenda pequena, com uma produção muito baixa e muito artesanal e a verdade é que adoramos: fomos uma tarde (por volta das 15:00) e tivemos bastante sorte já que aconteceu fazermos o tour os dois sozinhos, com Alejandro, um jovem barista da região que nos explicou o processo completo da produção do café.
O tour custa 10000 COP por pessoa (2,80€) e podem chegar lá ao caminhar desde Salento (uns 45 min com vistas bonitas) ou em Willys desde a praça principal de Salento, que custam 6000 COP (1,70€) por pessoa ida e volta. Se vais de Willy do próprio posto da praça principal de Salento, vendem-vos os tickets de ida e volta e o tour pela propriedade.
O tour pode ser feito desde as 9:00 até às 17:00, em princípio não é preciso reservar embora o possam fazer ao ligar a Don Elías em 3156061113. O tour dura menos de uma hora e aprende-se um montão sobre a produção de café e no final podem degustar do café ali mesmo.
Se vais de Willy, tanto à ida como à volta podem ir na parte de trás, por fora, apoiados numa prateleira que tem, agarrem-se bem e assim podem ir desfrutando das vistas.
Filandia e arredores
Filandia
Se Salento nos pareceu um cenário, Filandia parece ainda mais. Mas um cenário de série B, talvez seja por isso que gostamos até mais que Salento.
Filandia é mais autêntica e menos turística que Salento, e parece-nos que ainda tem mais cores nos seus edifícios coloniais! Foi mais fácil encontrar expresso colombiano delicioso (como nós gostamos). Onde? No ponto do artigo “Onde comer em Filandia” ;)
E a verdade é que este tema do café na Colômbia dá para muito mas resumindo: estar no triângulo do café do terceiro país produtor mundial de café não é sinónimo de ser fácil encontrar o expresso curto, concentrado com espuma como nós gostamos. Na Colômbia bebe-se muito tinto, o café mais suave e aguado. No entanto por aqui, em Filandia, foi mais fácil de encontrar o expresso como gostamos com a matéria prima colombiana. Por exemplo, aqui:
Além de se perderem pelas suas ruas, podem ir ao Miradouro de Quindío, com vistas muito bonitas de Filandia e dos arredores.
Onde comer em Filandia
- Helena Adentro: se há um lugar que nos recomendaram para comer, não só em Filandia, mas em todo o triângulo do café, é o Helena Adentro. E toda a gente tinha razão: gostamos tanto que fomos 3 vezes! Tudo está delicioso: arepas com hogao, frango empanado, os nachos… e muito bom o preço: pratos entre 6000 COP (1,5€) e 40000 COP (11€) . Sem dúvida, não o percam.
- Amarillo: na nossa primeira tentativa em ir ao Helena Adentro estava cheio (era domingo ao meio-dia) e em busca de opções encontramos este maravilhoso restaurante: Amarillo. A causa estava muito boa, têm bons preços e o atendimento é excelente.
- Jahn Cafe: na praça principal de Filandia, têm um café muito bom e uma grande variedade de bolos caseiros. Fomos um par de vezes.
- Plazoleta de los toldos: neste “centro comercial” ao ar livre há uma cafeteria que também tem um café muito bom.
Onde dormir em filandia
Em Filandia ficamos num pequeno apartamento pelo qual nos apaixonamos, foi amor à primeira vista: está em plena calle del tiempo detenido (uma das ruas principais de Filandia) e é uma casinha dessas bem fixes das quais tiramos trezentas fotos, com a sua varanda que dá à rua. Chama-se Apartahotel Calle del Tiempo Detenido, tem cama dupla, duas camas pequenas (beliches) e um sofá cama, agua quente (embora com pouca pressão) e uma pequena cozinha, que não usamos por culpa do Helena Adentro. Embora tenha capacidade para várias pessoas, o preço varia em função das mesmas. Para 2 pessoas fica por 85500 COP por noite (24€)
O único problema que o alojamento parece ter (pelas reviews que estivemos a ver e pelo que a própria dona comentou) é que às sextas e sábados o bar em frente tem a música bastante alta até altas horas da noite. Nós fomos durante a semana e não houve ruídos de nenhum tipo.
A dona é encantadora e foi quem nos recomendou o Álvaro para fazer o tour de Barbas Bremen, tudo um acerto, que vos contamos em seguida.
Reserva Barbas Bremen
Custou-nos encontrar informação sobre Barbas Bremen na internet e finalmente tivemos a sorte de que a dona do nosso alojamento nos recomendou o Álvaro, um professor aposentado e amante da natureza que montou um alojamento ao lado da reserva com a sua mulher, Luz, e organiza rotas guiadas pela mesma, para tratar de ver o macaco-uivador e aprender sobre a flora e fauna da zona.
O objetivo de ir a barbas Bremen era tentar conhecer algum dos macacos-uivadores que habitam o bosque. Seguindo os seus latidos, encontramo-los! Lamentavelmente não conseguimos captar nenhuma foto bonita com a nossa câmara mas conseguimos captá-los em vídeo com o telemóvel da Inês. Se quiserem vê-los a mover-se e, sobretudo, uivar, dá uma olhadela aos nossos stories destacados do triângulo do café no instagram aqui e podes vê-los em movimento :)
Além dos macacos chegamos a uma bela cascata, pontes musgosas, helicônias e até uma víbora… A víbora, aliás, uma serpente de coral (venenosa e mortal) encontramo-la mesmo à saída do parque e foi tal o susto que preferimos que seja a primeira e última vez. Nada como ir com alguém muito profissional, conhecedor e calmo para que tudo fique por aí, um susto.
Se quiserem fazer o tour com o Álvaro, podem ligar-lhe em 3116090425 e organizá-lo com ele. O preço do tour é de 50000 COP (14€) por pessoa para duas pessoas, ou 40000 COP (11€) por pessoa para grupos de mais de 3 pessoas. Faz 3 turnos ao dia e recomenda o da manhã (7:30) porque é o que tem mais probabilidade de haver fauna. Inclui recolha em Filandia (às 7.30 ao lado da praça principal), café antes de sair, botas de água se as pedirem (o terreno costuma estar húmido e escorregadio, como tal é melhor levar umas boas botas de trekking), seguro, uma deliciosa limonada na viagem de volta e voltam a Filandia. Super recomendado! Se quiserem saber mais sobre o Álvaro podem ler este post
Manizales e arredores
Manizales já é uma cidade, com o qual as vibrações de uma aldeia calma e colorida que trazem de Salento e Filandia desaparecem ao chegar. Mesmo assim é uma cidade relativamente pequena e simpática que é uma excelente base para conhecer o parque Nacional los Nevados.
Na cidade podem ir ao miradouro que há na Torre Chipre, embora tenha vidro e estrague as fotos. Aliás, vimos um pôr do sol espectacular mesmo ao ladinho da Torre Chipre, na estrada que desce à cidade.
Também podem subir à catedral, onde há vistas bonitas. Nós acabámos por não ir porque chegámos para ver o pôr do sol e acontece que a subida à catedral só a podes fazer em visita guiada que dura 1h30.
Outro lugar com vistas bonitas que nos recomendou um rapaz que perguntamos pela rua (já vos dissemos que o melhor do triângulo do café é a sua gente?) é o Café La Terraza. Está um pouco escondido, no último piso do edifício de Corpocaldas e podem tomar algo e desfrutar das vistas da catedral e da cidade.
Onde dormir
Em Manizales dormimos no Europa Hotel Boutique Manizales e foi a escolha perfeita! O hotel está localizado a uns 5 min a pé do centro, ao lado de uma estrada principal, é melhor pedir os quartos de trás (para não ter ruído dos carros).
Deram-nos um quarto enorme com muita luz e vistas da cidade e arredores, muito boa qualidade para o preço que pagamos (duplo com casa de banho privada com água quente e pequeno-almoço incluído). Ficou por 115000 COP (32€) e com eles organizamos o tour ao Nevado Ruiz. O pessoal é super atencioso e simpático, deram-nos vários tips para a cidade.
Antes de chegar a Manizales demo-nos o capricho da viagem ao passar uma noite na Hacienda Venecia, uma autêntica fazenda cafeteira em funcionamento. O alojamento é caro mas é incrível e recomendamo-vos totalmente. Ficámos num quarto duplo com casa de banho partilhada na casa principal (há 6 quartos e 3 casas de banho que mantêm bem limpos, não há problema) por 308000 COP (86€) porque o duplo com casa de banho privada também na casa principal (que quando fomos não estava disponível) fica por uns 450000 COP (126€).
Também têm a opção de se alojarem na Coffee House (no lugar da casa principal) mas os pequenos-almoços/refeições/jantares são na casa principal por isso nós preferimos pagar um pouco mais e ficarmos lá.
Se sai muito do orçamento também têm a opção de dormir no seu albergue, assim podem desfrutar da fazenda e dos arredores a um preço mais económico. Podem reservar aqui: Hacienda Venecia Hostel e é um beliche num quarto partilhado (com pequeno-almoço incluído) por 37000 COP por pessoa (11€).
De seguida contamo-vos mais sobre a experiência.
Hacienda Venecia: Dormir numa autêntica fazenda cafeteira
Uma das experiências que queríamos mesmo fazer no triângulo do café era dormir numa fazenda cafeteira tradicional. Escolhemos a Hacienda Venecia para o fazer e não nos arrependemos. Este alojamento é muito mais que um alojamento porque é uma experiência por si só e vale totalmente a pena passar, pelo menos, uma noite aqui.
Aqui pusemos o espírito mochileiro (e o tempo) em pausa e demo-nos um miminho. Desfrutamos do que foi, indubitavelmente, o melhor alojamento da viagem até ao momento e dormimos entre plantações de café numa autêntica fazenda cafeteira tradicional em funcionamento.
Descansamos numa rede entre o verde enquanto um e outro beija-flor nos cumprimentava num dos seus extremos. Os cantares de uma variedade incrível de pássaros lindos foram a banda sonora de toda a estância. Perdemo-nos por plantações de café e tivemos barra livre do café dessas mesmas plantações.
A partir da fazenda existem umas 8 rotas de trekking que se podem fazer para desfrutar das vistas, fazer bird watching ou perder-se entre as fotogénicas plantações de café. Oferecem uma folha com as diferentes rotas e inclusive uns binóculos para avistar aves.
Hacienda Venecia conta também com um tour sobre o processo da produção do café (50.000 COP, 14€ aprox.) mas como já o tínhamos feito em Salento, na Propriedade de Don Elias, não o repetimos e desfrutamos mais tempo na piscina, nas redes e o ambiente que a rodeia.
Comemos muito bem, bebemos vinho chileno (não ia ser tudo café), demos uns mergulhos na piscina e desfrutamos de um dos entardeceres top deste #randomlatam.
Tudo isto é um cenário que parece ter saído de um filme no qual não podemos evitar sentirmo-nos um pouco divas…
Parque Nacional Natural los Nevados
Los Nevados mostraram-nos que a Colômbia pode ser mais heterogénea do que já acreditávamos. Passear por um vulcão ativo, o Nevado Ruiz, ofereceu-nos vistas da laguna negra, uma laguna glaciar por certo, onde se banham patos mergulhadores.
Mostrou-nos uma das paisagens mais importantes do país, os páramos, uns bosques anões que são autênticas fábricas de água que abastecem todo o triângulo do café.
Não só nos mostrou paisagens, também nos mostrou o quão mágico pode ser: os povos indígenas de Santa Marta vêm aqui cada ano para se conectar com a Pachamama e com o Kumanday, como lhe chamam ao Nevado Ruiz.
Só neste parque haviam 6 nevados dos quais só restam 3 e estima-se de que estes desaparecerão em 20 ou 30 anos. Embora o degelo seja um processo que já ocorreu anteriormente na história do planeta, nós, os humanos, aceleramos este processo com a mudança climática fruto do nosso egoísmo e irresponsabilidade. Não sei se foi por isso que a intensa névoa nos ocultou as vistas do pico de neve que tanto queríamos ver. Se é assim, bem feito Kumanday, nós ganhamos. Ou melhor dito, perdido.
O Nevado Ruiz é um vulcão ativo e devido à sua atividade sísmica (está em nível amarelo) não se pode aceder ao pico há vários anos, se o visitarem não se chega à zona de neve.
Para visitar o Nevado Ruiz há duas opções: ir com veículo próprio até à entrada do parque, onde terás que pagar a entrada e irás junto com outros carros e um guia autorizado pelo parque, ou contratar um tour.
Como não tínhamos veículo próprio, optamos pelo tour, que tem um preço bastante elevado comparado com outros que fizemos pela Colômbia: 185000 COP por pessoa (52€), embora há que contar que só a entrada ao parque para estrangeiros custa 45000 COP(13€) e que o tour inclui o transporte, pequeno-almoço, a entrada ao parque, comida e entrar numa das termas que há perto de Manizales.
O planning do tour é mais ou menos o seguinte:
- Às 6:50 vêm-te buscar ao hotel
- Conduz-se durante 1h30 até um lugar onde se toma o pequeno-almoço, em frente à Laguna Negra, já de caminho ao Nevado Ruiz. Nós apanhamos muito trânsito para sair de Manizales, demoramos umas 2 horas.
- Ao chegar ao parque, há que esperar pelo nosso turno para que nos dessem uma explicação sobre o parque: os vulcões que há, os nevados que haviam e que há agora, a função do páramo, recomendações de saúde, como evitar o mal de altura e seguridade, etc. Também nos põem um vídeo a falar sobre o parque.
- Uma vez que acaba a palestra, tem que se registar (no nosso caso por ser um tour encarregaram-se de o fazer por nós) e vamos de volta ao carro para aceder ao parque nacional, já com o nosso guia.
- São feitas 4 paragens para observar os diferentes tipos de paisagem, para terminar no vale das Tumbas.
- Por volta das 14:00 estamos de volta na La Laguna negra e comemos no mesmo lugar onde tomamos o pequeno-almoço.
- Às 15:00 saímos de volta até Manizales e paramos para relaxarmos nas águas termais do Hotel Termales Tierra Viva, onde passamos aproximadamente uma hora.
- Por volta das 18:00 estamos de volta em Manizales
Como veem, é um tour que dura o dia inteiro e que devido às particularidades da zona que estamos a visitar, é frequente haver muito nevoeiro (nós ao início do tour não conseguíamos ver nada, logo se abriu levemente, embora não o suficiente para poder ver o pico do Nevado Ruiz em si).
Algumas considerações se fizerem o tour:
- No tour passarão os 4000 metros sobre o nível do mar, há que ter precauções contra o mal de altura.
- Levar muitas camadas de roupa pois faz muito frio assim que vais subindo (cerca de 0º)
- Levar também calçado adequado: apesar de não se caminhar muito (a maior parte do tour vais de carro) nas partes em que tem que se caminhar ajuda ter caçado bom. Recomendamo-vos botas de trekking
- Para as termas tem que se levar fato de banho e toalha.
Outros
Além de todos estes pontos que visitamos no Triângulo do Café também nos falaram muito bem de outros onde não chegamos a ir:
– Parque do Café em Montenegro: somos pouco de parques de atrações e muito de viver a experiência in situ mas disseram-nos que a visita é muito completa, inclui um museu sobre o café e também parece ser um grande plano se vais com crianças
– Termas de Santa Rosa (não ir em festividades e evitar o fim de semana porque fica muito cheio!): Depois de vários dias a visitar aldeias e subir vales que é melhor que um dia de descanso numas termas?
– Pijao: Também ficamos com vontade de conhecer outras aldeias do triângulo do café, sobretudo Pijao: a primeira ‘Cittaslow‘ da América Latina, a bem dizer, a primeira cidade sem brisa. Ao que parece, Pijao apostou no turismo sustentável ao promover a filosofia “slow” que pretende reativar as economias locais, articuladas ao redor das famílias e de pequenos e medianos empreendedores. Bem fixe, não é? Pois iremos aí na nossa próxima incursão ao triângulo do café :)
– Miradouro do Vale de Samaria: Antes de descobrir Tochecito, tínhamos planeado visitar este lugar, onde também se pode apreciar Palma de Cera, entre outras coisas e onde apenas haverá gente pois é uma grande alternativa ao massificado Vale de Cocora. Além do mais, os proprietários têm um projeto para a proteção e a conservação da Palma de Cera. Mais detalhes em: http://www.nomadasurbanos.co/bosque-de-la-samaria-el-secreto-de-la-palma-de-cera-caldas-colombia/
Como chegar ao Triângulo do Café
Como o Triângulo do Café é uma zona bastante ampla, temos bastantes opções para chegar. O mais fácil e lógico é chegar a alguma das suas 3 cidades principais (Pereira, Armenia, Manizales) e de lá seguir até ao destino desejado.
De avião
As 3 cidades principais do triângulo do café têm aeroporto, como tal, se vais fazer um passeio pela Colômbia e te encontras longe do triângulo do café, podes voar até alguma delas desde as cidades principais da Colômbia.
Tens a linha aérea low cost VivaAir, que tem voos até e desde Pereira; também tens Easyfly, que voa até e desde as 3 cidades, ou a mais cara Avianca que também opera nas três cidades.
Nós por exemplo usamos a VivaAir para ir até San Andrés desde Medellín e de Cartagena até Medellín. São low cost com políticas tipo a Ryanair e Easyjet, por isso têm que estar muito atentos na hora de comprar o bilhete, escolher o tipo de tarifa, bagagem, etc.
Por outro lado, de Manizales voamos até Bogotá com a Easyfly; é um pouco mais cara que a VivaAir e voamos num avião pequenito, mas tudo foi perfeito e não há “letra pequena” com a bagagem.
Uma vez que chegues a alguma das 3 cidades, deverás seguir a tua viagem em alguma das opções que te contamos no artigo “Como se deslocar“
De autocarro
Na Colômbia em geral é bastante fácil deslocar-se de autocarro, como tal não terás problema em encontrar diversas empresas e conexões para chegar ao triângulo do café desde onde estiveres.
Por exemplo, desde Medellín (que foi desde onde fomos) até Salento:
- Há autocarros de Medellín diretos até Salento, que a companhia Flota Occidental opera, por 47000 COP por pessoa (uns 13€). O trajeto dura umas 6-7h e têm 3-4 horas por dia. Podes consultar os horários e comprar os tickets na web
- Se os horários do autocarro direto até Salento não se encaixam, outra opção é ir de autocarro até Pereira (saem autocarros mais ou menos a cada 30 minutos desde o Terminal Sul de Medellín e demora umas 5-6h) e desde aí há autocarros até Salento (cada 1h entre semana, cada 15-30 min os fins de semana)
Se não quiserem ir ou começar por Salento, têm conexões com os outros pontos igualmente de autocarro. Alguns dos bilhetes de autocarro podem comprá-los online em webs como Redbus ou Pinbus. Atenção! Nem todos os autocarros aparecem nestas webs e em geral mesmo que compres online há que fazer fila na bilheteira da empresa no terminal para que te validem o bilhete. O bom de comprar online é que se vais viajar numa data muito demandada asseguras o lugar à hora que quiseres. Também podem consultar horários (atenção! não precisam de estar actualizados) em https://www.horariodebuses.com.co/
Como se deslocar: O transporte no triângulo do café
Autocarros, vans e “Willys”
Todos os pontos turísticos do triângulo do café estão bem conectados seja por autocarros ou Willys (um tipo de Jeep muito típico e símbolo do triângulo do café), por isso se viajas sem tours e queres deslocar-te, é muito fácil fazê-lo ao usá-los.
Alguns exemplos de trajetos, preços e quanto demora:
- De Pereira até Salento: 1h de autocarro (8000 COP / 2,20€ por pessoa)
- De Salento até Valle del Cocora: 30 min de Willy (4000 COP / 1,10€ por pessoa)
- De Salento até Filandia: 45 min de Willy (5500 COP / 1,50€ por pessoa)
- De Filandia até Pereira: 45 min de autocarro (6900 COP / 2€ por pessoa)
- De Pereira até Hacienda Venecia: 1h de van (12000 COP / 3,40€ pessoa)
Nas cidades principais há terminais onde podem comprar os bilhetes e onde vos indicam horários e empresas. Nas aldeias, os willys costumar sair desde a praça principal e os autocarros desde mini-terminais ou desde alguma rua específica. Em cada lugar contamo-vos com mais detalhe.
Carro de aluguer (ou carro próprio se o tiverem)
Mesmo que chegues de avião até à zona do Triângulo do Café como se viesses de alguma cidade perto, tens a opção de alugar um carro para poder visitar ao teu ritmo e de forma mais fácil. O triângulo do café têm uma grande variedade de cantos e aldeias a explorar, como tal, se tens poucos dias e queres aproveitar ao máximo, alugar um carro é uma excelente opção.
Nós não alugamos carro por isso não vos podemos aconselhar sobre este tema.
Mapa do triângulo do café
Neste mapa do triângulo do café que podem guardar no Google Maps têm todos os lugares mencionados neste post.
Além do mais, criamos este mapa esquemático com as distâncias, o que se demora de autocarro e os pontos recomendados neste post para que se orientem mas facilmente.
Segurança: precauções e conselhos no Triângulo do Café
Viaja sempre com seguro de viagens: os gastos médicos, roubos ou problemas com o teu avião numa viagem podem custar um dinheirão, o ideal é que contrates um seguro de viagens. Nós usamos sempre IATI e recomendamo-lo (nesta viagem de 7 meses pela América Latina compramos o IATI Estrella Premium). Se contratas o teu seguro através deste link tens 5% de desconto
O anterior é para a tua própria segurança. Pensando também na segurança do resto:
- Se vês algum animal: não o toques, nem o magoes, nem o assustes, nem lhe dês de comer.
- Respeita a fauna e a flora do lugar.
- Em alguns pontos oferecem-te a opção de fazer algumas partes da viagem a cavalo. Nós recomendamos-te e pedimos-te que NÃO o faças, pois é mais um exemplo de maltrato animal. Se o quiserem fazer, façam-no a pé. Se não puderes, tens outras opções. Não sejas cúmplice do maltrato animal!
- Respeita as outras pessoas e o entorno: não ponhas a tua música alta em lugares públicos (se queres ouvir música, leva auriculares), não deixes lixo, não atires pontas de cigarros, etc.
Itinerários possíveis / recomendados
Deixamos uma lista de possíveis itinerários que podes fazer em função do tempo. Obviamente, em função dos teus interesses podes combinar os destinos que te explicamos neste post para fazeres o teu itinerário à medida. Isto são só exemplos de como o podias fazer ao tentar condensar a maior quantidade de coisas em cada dia.
3 dias / 2 noites no triângulo do café
Dia 1: Chegada a Salento. Se chegas de dia e der tempo, podes visitar uma Propriedade Cafeteira e percorrer as ruas coloridas de Salento. Também podes subir ao miradouro da aldeia. Já de noite, jantar em algum dos sítios que te recomendamos e jogar ao Tejo. Não te deixes levar muito pela noite dentro que no dia seguinte há que madrugar! Dormes em Salento.
Dia 2: Vale de Cocora. Tal e qual como te contamos no post, madrugas para tomar o pequeno-almoço e estar preparado para sair no willy das 7:20, fazes o trekking circular e por volta das 14:00 estás de volta em Salento. Pela tarde podes visitar a Propriedade cafeitera se não te deu tempo no dia anterior, ou em caso contrário podes simplesmente desfrutar de Salento. Se tens tempo no dia seguinte para ver Filandia pela manhã, podes optar por dormir em Salento e ir a Filandia cedo, ou dormir já em Filandia essa noite.
Dia 3: Filandia se te der tempo. Em função de qual seja o teu próximo destino e a que hora tenhas que abandonar Salento, se tens umas horas podes visitar Filandia. É fácil e rápido chegar nos Willys e em algumas horas podes passear pelas las bonitas ruas de Filandia, ir até ao miradouro, provar um delicioso café e comer em Helena Adentro.
5 dias / 4 noites no triângulo do café
Dia 1 e dia 2 idem que o anterior, dormindo o dia 2 em Filandia
Dia 3: tour a Barbas Bremen pela manhã. Pela tarde percorrer Filandia, ir ao miradouro, etc. Dormir em Filandia
Dia 4: deslocamento pela manhã em direção até Manizales, para dormir na Hacienda Venecia. Desfrutar da fazenda, das suas piscinas e fazer uma das trilhas de caminhadas que há nos arredores.
Dia 5: se tens tempo pela manhã, podes deslocar-te até Manizales e ver a catedral e as suas vistas.
7 dias / 6 noites no triângulo do café
Dia 1: Idem que os anteriores
Dia 2: Idem que os anteriores. Dormir em Salento
Dia 3: Tour até Tochecito pela manhã. Deslocamento até Filandia pela tarde. Dormir em Filandia
Dia 4: Tour até Barbas Bremen pela manhã, desfrutar de Filandia pela tarde. Dormir em Filandia
Dia 5: Deslocamento até Hacienda Venecia, desfrutar da fazenda e fazer alguma trilha de caminhadas
Dia 6: Tour até Nevado Ruiz, dormir em Manizales.
Dia 7: Desfrutar de Manizales antes de partir.
Já percebeste porque acreditamos que o triângulo do café é imprescindível na tua viagem à Colômbia? :) Vai, desfruta das suas cores e odores e conta-nos tudo nos comentários!
“Ojalá que llueva café en el campo
Que caiga un aguacero de yuca y té
Del cielo una jarina de queso blanco
Y al sur una montaña de berro y miel
Ojalá que llueva café
Ojalá que llueva café en el campo
Peinar un alto cerro de trigo y mapuey
Bajar por la colina de arroz graneado
Y continuar el arado con tu querer
Ojalá el otoño en vez de hojas secas
Vista mi cosecha e pitisalé
Sembrar una llanura de batata y fresas
Ojalá que llueva café
Para que en el conuco no se sufra tanto
Ojalá que llueva café en el campo
Pa que en villa vásquez oigan este canto
Ojalá que llueva café en el campo
Ojalá que llueva, ojalá que llueva
Ojalá que llueva café en el campo
Ojalá que llueva café”
Ojalá Que Llueva Café, Juan Luis Guerra