Embora o que mais atrai os viajantes a Palenque, seja precisamente a zona arqueológica de uma das cidades mais importantes do período clássico maia, as possibilidades da zona não se esgotam aqui.

O pulmão de Chiapas, a Selva Lacandona, é uma das zonas de maior biodiversidade do México e esconde, para além de exuberantes trilhos onde vivem árvores centenárias, jaguares, macacos e crocodilos, outras duas importantes zonas arqueológicas que nos fazem viajar no tempo: Yaxchilán e Bonampak. Yaxchilán, imponente, nas margens do rio Usumacinta e Bonampak com as suas impressionantes gravuras maias, a cores, que só de as contemplar, fazem valer a pena a visita. Sem esquecer também as numerosas cascatas que pontilham a zona, onde poderá refrescar-se depois da sua visita, como Roberto Barrios, Misol-ha ou Agua Azul.

Neste guia encontrará tudo o que pode visitar em Palenque e arredores com roteiros específicos para um dia, um fim de semana ou até 4 dias, com sugestões práticas, onde dormir e até a que restaurantes ir para tornar a sua viagem tão especial como a nossa foi.

A zona arqueológica de Palenque foi a nossa porta de entrada para o mundo Maia. (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Conteúdos

Informação prática para viajar a Palenque

Moeda: MXN ($) Peso mexicano (1 euro equivale a 20$ MXN aprox.). Consulte a taxa de câmbio atual aqui

Língua oficial: espanhol

População: 132.265 (em 2020)

Clima: Existem duas estações principais (seca e chuvosa), sendo o ideal, a estação seca (novembro a abril) e a melhor de fevereiro a abril. Existem também festividades interessantes com as quais pode fazer coincidir a sua viagem. Falar-lhe-emos mais sobre quando ir a Palenque nesta secção do blogue.

Alojamento: O ideal é ficar no centro de Palenque, perto do terminal ADO, ou pode também optar por dormir na selva, perto da Zona Arqueológica. Mais pormenores na secção do blogue Onde dormir em Palenque.

Duração: Mínimo 1 dia, mas se quiser conhecer os arredores, recomendamos 3 a 4 dias. Nesta secção partilhamos roteiros específicos para Palenque para o ajudar a organizar a sua viagem.

Como chegar: Se quiser chegar a Palenque a partir de outras partes do México, o aeroporto mais próximo é o de Villahermosa. Se vier de fora do México, como por exemplo de Portugal, deve saber que não existem voos internacionais diretos para Chiapas (a região onde se situa Palenque), pelo que terá sempre de voar primeiro para o México (para a Cidade do México, Cancún, Guadalajara, Tijuana ou Mérida) e depois apanhar um voo doméstico para Villahermosa, que é o aeroporto mais próximo de Palenque (embora já não pertença a Chiapas, mas sim a Tabasco). Para encontrar os melhores preços de voos, recomendamos-lhe que utilize sites de comparação de voos como o Skyscanner e o Kiwi e que seja flexível com as suas datas. Do aeroporto de Villahermosa pode apanhar uma carrinha partilhada (ADO, consulte os horários aqui) para Palenque, o que lhe levará cerca de 2:30 horas. Explicamos tudo isto nesta secção do guia.

Visto: Com o passaporte português não precisa de pedir visto. À chegada, bastará apresentar o seu passaporte com uma validade mínima de 6 meses e, dependendo da data de partida, ser-lhe-ão concedidos até 180 dias.

Transporte: A melhor opção é deslocar-se a pé pelo centro da cidade de Palenque (para ir aos restaurantes) e apanhar um colectivo (carrinha partilhada), um táxi ou uma excursão para explorar os arredores. Também tem a opção de alugar um carro para se deslocar livremente, embora, quando fomos, esta opção não fosse recomendada devido às zonas de conflito em algumas partes do estado e aos postos de controlo da polícia. Para mais informações sobre como se deslocar em Palenque, consulte esta secção do blogue

Como obter Internet: Se vai passar alguns dias, o seu telemóvel suporta eSIM e não quer complicar as coisas, recomendamos o eSIM da Holafly (dados ilimitados, 5% de desconto com o código RANDOMTRIP). Caso contrário, a forma mais económica é obter um cartão SIM local (recomendamos a Telcel). Para mais informações, clique aqui

Orçamento diário: A partir de 60 euros/dia por pessoa (aprox.), consoante o tipo de alojamento, as refeições e a sua vontade de explorar os arredores. Para mais informações sobre o orçamento, consulte esta secção do guia.

Fuso horário: GMT -6 UTC. Lembre-se que no México existem 4 fusos horários diferentes, dependendo do local onde se encontra, e no Estado de Chiapas são menos 7 horas do que em Portugal Continental no inverno, e menos 8 horas do que em Portugal Continental no verão (no estado de Chiapas não ha mudança de hora, em Portugal sim)

A Inês a refrescar-se na piscina do nosso hotel em Palenque após a visita à zona arqueológica: Hotel Maya Palenque (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Onde se situa Palenque

Palenque situa-se no sul do México, relativamente perto da fronteira com a Guatemala. Fica a cerca de 5-6 horas de San Cristóbal de Las Casas (em Chiapas), a 5 horas de Campeche, a 8 horas de Bacalar (ambos na península de Yucatán) e a 2 horas de Villahermosa (no estado de Tabasco).

Quando ir a Palenque

Na nossa opinião, Palenque é um destino que convém visitar na estação seca (novembro a abril), pois no resto do ano chove muito, o que complica e/ou diminui a beleza de algumas das áreas naturais próximas. Se puder escolher, fevereiro a abril é normalmente melhor, pois de novembro a janeiro, dependendo do ano, ainda há algumas chuvas (como no nosso caso, estivemos lá no início de novembro) que tornam as cascatas numa cor castanha/chocolate.

Ainda estávamos no final da época das chuvas nas cascatas de Roberto Barrios, mas mesmo assim água estava muito boa (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Para decidir qual a melhor altura do ano, existem 2 fatores principais: o clima e a procura turística, que são descritos abaixo.

O clima em Palenque

O clima em Palenque divide-se em duas estações principais: a estação seca (novembro a abril) e a estação das chuvas (maio a outubro). A estação das chuvas deve ser evitada e, dependendo do ano, os meses de novembro a janeiro podem ainda ter alguma chuva, por isso, se puder escolher, é melhor ir em fevereiro/março.

Aqui está um quadro resumo do tempo em Palenque para lhe dar uma ideia do que esperar:

Tabela do clima de Palenque com temperaturas e dias de chuva por mês:

MêsTemperatura mínimaTemperatura máximaDias de chuva
janeiro19º28º9
fevereiro20º30º7
março21º33º6
abril23º35º6
maio24º35º12
junho24º34º20
julho23º34º20
agosto23º34º22
setembro23º33º23
outubro23º31º18
novembro21º30º12
dezembro20º29º9
MêsTemperatura mínimaTemperatura máximaDias de chuva
Tabela resumo do tempo em Palenque por mês

Procura turística em Palenque

As alturas de maior procura turística (e, por conseguinte, quando encontrará mais pessoas, filas mais longas, preços mais caros e mais dificuldades para chegar aos restaurantes ou locais mais famosos) são:

  • Feriados (novembro, dezembro)
  • Natal (final de Dezembro até 6 de janeiro)
  • Páscoa (março/abril)
  • Verão (junho a outubro): para além de ser a época das férias escolares em muitos países e de aumentar a procura (e os preços), é também a época das chuvas.

Por isso, recomendamos que evite estas datas se quiser desfrutar da cidade a um ritmo mais calmo e com melhores preços de alojamento.

Misol-ha, uma das cascatas impressionantes onde pode refrescar-se antes ou depois da visita à zona arqueológica (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Festas importantes em Palenque

Se quiser estar em Palenque durante as maiores festividades do ano, não perca estas oportunidades:

  • Festival Mundo Maya (geralmente em março ou abril)
  • Feira de Santo Domingo de Guzmán (início de agosto)
  • Celebrações de Día de Muertos (27/10 a 02/11)

Resumo: Os melhores meses para visitar Palenque

Com base no que precede, se pretende visitar Palenque com menos pessoas, bom tempo e preços razoáveis, os melhores meses são novembro, dezembro, janeiro e fevereiro (evitando fins-de-semana prolongados, feriados e o Natal), março e abril, embora, se puder, terá mais hipóteses de bom tempo e águas turquesa cristalinas nos rios e cascatas de fevereiro a abril.

Cascatas de Água Azul (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Como chegar a Palenque

Se quiser chegar a Palenque a partir de outras partes do México, o aeroporto mais próximo é o de Villahermosa. Se estiver de visita ao sul do México, também pode chegar a Palenque a partir da Península de Yucatán (com o autocarro noturno ADO, por exemplo, de Bacalar ou de Campeche), ou se estiver em Chiapas, a partir de San Cristóbal de las Casas (com o autocarro noturno ADO ou com uma excursão de carrinha que o deixará em Palenque, fazendo paragens para visitar alguns dos locais que recomendamos neste guia).

Se vier de fora do México, como por exemplo de Portugal, deve saber que não existem voos internacionais diretos para Chiapas (a região onde se situa Palenque), pelo que terá sempre de voar primeiro para o México (para a Cidade do México, Cancún, Guadalajara, Tijuana ou Mérida) e depois apanhar um voo doméstico para Villahermosa, que é o aeroporto mais próximo de Palenque (embora já não pertença a Chiapas, mas a Tabasco).

Recomendamos que utilize comparadores de voos como o Skyscanner e o Kiwi e que seja flexível com as suas datas para obter o melhor preço possível.

Zona Arqueológica de Palenque (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Como chegar do aeroporto de Villahermosa a Palenque

Do aeroporto de Villahermosa pode apanhar uma carrinha partilhada (ADO, compre e veja os horários aqui) para Palenque, o que demora cerca de 2:30 horas e custa 350 pesos por pessoa (cerca de 18€). Deixam-no no terminal de autocarros em Palenque, de onde os táxis estarão à espera para o levar ao seu alojamento, embora se ficar onde nos alojámos no Randomtrip, estará a uma curta distância a pé da estação de autocarros e dos restaurantes.

Também tem a possibilidade de apanhar um táxi, embora seja muito mais caro (disseram-nos que custava 1600 pesos, cerca de 85 euros).

A passar por trás da cascata em Misol-ha (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Preciso de um visto para viajar para o México?

Não, com o passaporte português não precisa de pedir visto. À chegada, bastará apresentar o seu passaporte com uma validade mínima de 6 meses e, dependendo da data de partida, ser-lhe-ão concedidos até 180 dias.

Quantos dias passar em Palenque

Mínimo de 2 dias, um para a zona arqueológica e outro para a selva Lacandona, mas se puder dispensar um par de dias para explorar as cascatas circundantes não se arrependerá. Nesta secção, partilhamos roteiros específicos para Palenque, para o ajudar a organizar a sua viagem.

Trekking na Selva Lacandona (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Seguro de viagem para ao México

Sabe o que nunca pode faltar na sua mochila? Um bom seguro de viagem! No Randomtrip contratámos o seguro Iati Estrela na nossa viagem de 6 meses ao México porque é o seguro internacional mais completo. No entanto, existem várias opções com vários tipos de cobertura, basta ver qual se adapta melhor às suas necessidades.

Além da assistência médica caso algo aconteça em terras mexicanas, o seguro também tem cobertura quando entrar em modo aventura em caminhadas, caiaque, snorkeling e mergulho (a menos de 20 metros de profundidade, para mais profundidade, faça um seguro específico para mergulho). Além disso, se acontecer algo com sua bagagem (dano, roubo, atraso na entrega ou extravio) ou se o seu voo for cancelado ou atrasado (ou até, por atraso, perder uma conexão), a Iati também ajuda.

Leia atentamente as condições de cada apólice e contrate o seguro que melhor se adapta às suas necessidades. No Randomtrip oferecemos-lhe um desconto de 5% só por ser Randomtripper, basta fazê-lo através deste link e o desconto será aplicado!

O que visitar e fazer em Palenque

Mapa de Palenque

Aqui estão todos os locais recomendados no guia num mapa Google criado por Randomtrip que pode levar consigo no seu smartphone para utilizar durante a sua viagem a Palenque.

Zona Arqueológica de Palenque: uma breve história

O que mais atrai os viajantes a Palenque é precisamente a zona arqueológica de uma das cidades mais importantes do período clássico Maia. Palenque desenvolveu-se no meio da selva Lacandona como sede de uma poderosa dinastia que dominava as montanhas do norte de Chiapas e as planícies de Tabasco (território atualmente reconhecido como o reino de Lakam Ha’ em algumas investigações). É considerada uma das cidades arqueológicas mais interessantes do México e uma excelente porta de entrada para a alma do Mundo Maia , para compreender os seus mitos, rituais e crenças. Na verdade, foi a nossa porta de entrada especial para o mundo maia, no Randomtrip, pois foi a primeira cidade maia que conhecemos, seguida de algumas outras durante a nossa viagem de vários meses pelo México.

Randomtrip a admirar o Templo do Sol do alto do Templo da Cruz (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Património Mundial da UNESCO desde 1987, Palenque foi fundada por Frei Pedro Lorenzo, a alguma distância das ruínas com o mesmo nome, em 1567. O padre dominicano integrou a cidade com muitas famílias Chol espalhadas pela selva Lacandona. Sabe-se que os indígenas chamavam a Palenque Otulún, palavra de origem chol que significa “lugar cercado ou fortificado”, embora teoricamente o nome original fosse Lakam Ha’ que significa “lugar de muita água”/”abundância de água”. Diz-se também que o nome “palenque” é de origem catalã (da palavra palenc) que significa cerca ou barreira.

Palenque terá sido uma das mais poderosas cidades maias do período clássico, juntamente com Calakmul (na península de Yucatán) e Tikal (na Guatemala).

Randomtrip em frente ao Templo das Inscrições onde encontraram a tumba do Rei Pakal (Foto de Randomtrip – Todos os direitos reservados).

Em teoria, a construção começou no século III d.c., e teve o seu período de máximo esplendor entre os anos 600 e 800 (onde chegou a ter 8.000 habitantes) e a partir daí começou o seu declínio até ser abandonada cerca de 100 anos depois. A selva “comeu” as construções, e foi descoberta, em teoria, por volta de 1730 (o guia disse-nos que os nativos conheciam a zona mas não a reportaram à Guatemala).

Templo da Cruz Foliada (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

O guia disse-nos também que 30 a 40% do que vimos foi reconstruído.

As razões do abandono não são claras, o guia falou-nos de algumas hipóteses:

  • Sobrelotação
  • Exploração excessiva do ambiente: para sobreviver, os seres humanos exploram o seu ambiente (destruir para construir, matar para viver). Contou-nos que o estuque (feito com cal) necessitava de muita madeira para ser obtido (8-10 kg de madeira para obter um kg de cal), pelo que é possível que os recursos se tenham esgotado, uma vez que era necessária muita cal para o estuque dos templos (que estavam todos cobertos de estuque e pintados de vermelho).
  • Caos devido à falta de alimentos: outra teoria é a de utilizaram mercúrio, sem saber, como pigmento para estuque. Era utilizado em tudo, incluindo, em teoria, nos aquedutos subterrâneos que transportavam a água, e que gradualmente contaminou tudo e envenenou os alimentos e as pessoas.
Estima-se que Palenque tenha sido abandonada por volta de 900 d.C. (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Como já dissemos, os motivos não são claros e são apenas teorias.

A zona arqueológica está construída numa superfície de 16 quilómetros com mais de 200 estruturas e construções arquitetónicas, entre as quais se destacam o Templo das Inscrições que domina a Grande Praça, um autêntico mausoléu onde se encontra o túmulo do rei Pakal, o Palácio, e o Templo XI. Também se destacam os templos da Cruz Foliada, do Sol e do Conde, e há também um campo de jogos de bola. Além disso, poderá entrar na selva que rodeia a cidade maia. No nosso caso, tivemos a sorte de ver e, sobretudo, ouvir uma família de macacos uivadores em frente ao Palácio durante a visita, o que a tornou ainda mais especial. Na verdade, o som era tão alto que pensámos que se tratava de uma gravação. Nas secções seguintes, contamos-lhe tudo o que pode visitar no interior da zona arqueológica.

Palácio e Templo das Inscrições rodeados pela selva com a banda sonora dos macacos uivadores, o que torna a zona arqueológica ainda mais impressionante (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Como chegar à Zona Arqueológica de Palenque?

Se estiver em Palenque, tem 3 opções para lá chegar:

  • Transporte público: caso queira ir de transporte público, há uma carrinha (chamada colectivo) que vai para a Zona Arqueológica (25 pesos/pessoa) e só tem de esperar por ela em frente ao terminal ADO em Palenque. A viagem demora cerca de 20 minutos ou menos na estrada Palenque-Ruinas. Se achar que o colectivo se está a atrasar ou preferir apanhar um táxi, no RandomTrip cobraram-nos 40 pesos/pessoa (160 pesos para 4 pessoas que conhecemos também à espera) e apanhámo-lo no mesmo local, onde os táxis já estão à sua espera. Como há 1,5 km entre a bilheteira e a entrada da zona arqueológica de Palenque, no nosso caso o táxi deixou-nos na bilheteira para comprar os bilhetes e depois levou-nos até à entrada do sítio, não sabemos se a carrinha partilhada (colectivo) faz o mesmo.
  • Viatura própria/aluguer de viatura: se tiver o seu próprio veículo ou se alugar uma viatura, basta dirigir-se a este ponto. O estacionamento na zona arqueológica é gratuito e existem dois parques de estacionamento: um à esquerda, facilmente visível e que se enche primeiro, e outro, mais escondido, à direita, atrás das casas de banho. Lembre-se de que não é aconselhável conduzir à noite em Chiapas.
  • Por excursão: Se preferir mais conforto, esta excursão vai buscá-lo ao seu hotel em Palenque, leva-o a zona arqueológica e inclui um guia. Se, além disso, quiser ver 3 em um, esta outra excursão vai buscá-lo ao seu hotel em Palenque, visita a zona arqueológica com um guia, e depois um mergulho nas cascatas de Misol-Ha e Água Azul.

Se não quiser ou não tiver tempo para passar mais de um dia na zona de Palenque e estiver em San Cristobal de las Casas, tem a opção de visitar a zona arqueológica de Palenque, juntamente com as cascatas Água Azul e Misol-Ha numa excursão de um dia a partir de San Cristobal de las Casas. Preço da excursão Palenque + Água Azul + Misol-Ha: a partir de 700 pesos/pessoa. Saída de San Cristobal de las Casas às 4:00h e regresso às 23:30h. Pode reservar a excursão com a Paxial quando chegar a San Cristobal, uma vez que a agência está localizada aqui, no meio do passeio de Guadalupan, ou, se preferir, contacte-os por Whatsapp através dos números +52 967 312 8471 ou +52 961 458 6362. Se escolher esta opção, tenha em conta que o trajeto é bastante longo.

Água azul (Fotografia de Randomtrip – Todos os direitos reservados)

Preço: quanto custa a entrada na zona arqueológica de Palenque?

Para entrar na zona arqueológica, deve primeiro dirigir-se à bilheteira (que fica a 1,5 km da entrada da zona arqueológica, no mesmo edifício do Museu de Sitio Alberto Ruz L’Huillier) e comprar dois bilhetes:

  • Bilhete de entrada na Zona Arqueológica: 105 pesos/pessoa (entrada gratuita para menores de 13 anos e maiores de 60) que inclui também a entrada no Museu de Sítio Alberto Ruz L’Huillier que se encontra no mesmo edifício da bilheteira (embora estivesse fechado quando lá fomos). Pode comprar este bilhete online aqui, embora seja mais caro.
  • Taxa de entrada no Parque Nacional: 90 pesos/pessoa (entrada gratuita para menores de 13 anos e maiores de 60 anos).
Para aceder a zona arqueológica, terá de pagar tanto a entrada para as ruínas como a entrada para o Parque Nacional. Aqui, no Templo das Inscrições, que esconde um tesouro no seu interior… (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Horário de abertura da Zona Arqueológica de Palenque

O horário de funcionamento da zona arqueológica é de segunda-feira a domingo, das 8:30h às 17:00h (último acesso às 16:00h). O horário de funcionamento do Museu de Sítio Alberto Ruz L’Huillier é de terça-feira a sábado, das 9:00 às 16:00 horas, embora quando nos deslocámos ao local este estivesse encerrado para obras de manutenção.

Qual é o melhor dia e hora para visitar a Zona Arqueológica de Palenque?

Se for por conta própria (uma vez que se for numa excursão não poderá escolher um horário), a altura ideal para visitar é logo pela manhã (às 8:00 ou 9:00) , uma vez que a partir das 12:00 (aproximadamente) começam a chegar as excursões, muitas vezes com grupos de 30-40 pessoas. No entanto, a área é grande, pelo que não é tão concorrida como noutros locais.

Quanto ao dia da semana, se quiser evitar as multidões, é melhor evitar os domingos (quando a entrada é gratuita para os mexicanos ou residentes no México) e os fins-de-semana e feriados em geral. Idealmente, vá num dia de semana que não coincida com um feriado.

Quando visitámos a zona arqueológica de manhã, quase não havia pessoas (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

O que visitar na Zona Arqueológica de Palenque?

Mapa da Zona Arqueológica de Palenque

Aqui encontra também um mapa oficial do INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História) da zona arqueológica de Palenque. O acesso é feito pela zona A:

E aqui pode ver dois outros mapas com sugestões de percursos em torno da zona arqueológica:

Visita curta à Zona Arqueológica de Palenque. Foto de Inah
Visita longa à Zona Arqueológica de Palenque. Foto de Inah
Vale a pena contratar um guia em Palenque?

Na nossa opinião, nas zonas arqueológicas é sempre aconselhável estar acompanhado por um guia para que possa compreender o que está a ver e reparar em pormenores que de outra forma passariam despercebidos.

O Palácio, centro cerimonial e administrativo de Palenque, esconde vários pormenores nos seus baixos-relevos. (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Contratámos o serviço de guia no edifício da bilheteira e depois fomos no táxi em que tínhamos vindo de Palenque (e que estava à nossa espera) durante 1,5 km até à entrada da zona arqueológica. Não sabemos se é possível ou se o preço será diferente contratando um guia dentro da zona arqueológica, mas quando visitámos a zona arqueológica de Palenque (novembro de 2023), pagámos 700 pesos por um guia para um grupo de 3 pessoas para uma visita de 2 horas (a visita curta), embora tivéssemos lido que o preço seria de cerca de 500 pesos. Se quiser poupar dinheiro, pode esperar na bilheteira e perguntar se alguém quer partilhar um guia. É verdade que o nosso guia começou por dizer que custaria entre 1000 e 1800 pesos, dependendo da excursão (longa ou curta) e da época em que a visita. As excursões organizadas costumam incluir o guia, embora este seja partilhado com todo o grupo , como esta (só zona arqueológica) ou esta (com cascatas depois), que recomendamos.

O nosso guia, Felix, com quem aprendemos muito (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

No nosso caso, contratámos o Felix, um guia Tzetzal que nos ensinou várias curiosidades sobre a civilização Maia durante a visita e, como bónus, até nos ensinou algumas palavras na língua maia Tzetzal, como “woko lawal” (Obrigado). Se quiser fazer a visita guiada com ele, pode contactá-lo através do whatsapp +529161276347.

Quanto tempo se demora a visitar a zona arqueológica de Palenque?

Se contratar o guia, a visita guiada curta (que fizemos no Randomtrip) dura cerca de duas horas, por isso, se optar pela visita guiada longa (que o guia nos disse que inclui andar pela selva e ver construções que ainda estão a ser analisadas), serão mais algumas horas. Se também quiser ter um pouco mais de tempo livre, conte passar pelo menos uma manhã na zona arqueológica. No nosso caso, passámos cerca de 3 horas (chegámos por volta das 10:20, fizemos uma visita guiada de duas horas com o guia e depois passeámos por conta própria durante mais uma hora).

Vale a pena explorar a selva que rodeia a zona arqueológica (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).
Templo de la Calavera (Templo da Caveira)

O Templo da Caveira é assim chamado porque na base de uma das colunas existe uma caveira, teoricamente a caveira de um coelho.

O Templo da Caveira dá-lhe as boas-vindas a zona arqueológica (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

É o primeiro que encontramos ao entrar, do lado direito. Segundo as escavações, debaixo do templo encontraram-se restos de subestruturas, numa das quais se encontrou um túmulo com uma oferenda de mais de 700 pedras verdes (tipo jade) e outros materiais.

O pormenor do crânio na base da coluna (Fotografia de Randomtrip. Todos os direitos reservados).
Templo de la Reina Roja (Templo da Rainha Vermelha)

À esquerda do Templo da Caveira, encontramos o Templo da Rainha Vermelha, assim chamado porque o túmulo do que se crê ser a rainha, esposa do rei Pakal (cujo túmulo também foi encontrado no templo à esquerda deste, de que lhe falaremos mais adiante), foi aí encontrado em 1994; o seu esqueleto tinha tons avermelhados, devido ao cinábrio, e a partir daí foi identificado como a Rainha Vermelha.

Templo da Rainha Vermelha. (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Antes da pandemia, era possível visitar o seu túmulo, mas agora já não. Os restos encontrados (com a sua máscara, colares, etc.) estão em exposição permanente no museu de sítio Alberto Ruz L’huiller, à entrada da zona arqueológica, que infelizmente estava encerrado para obras durante a nossa visita.

O Templo da Rainha Vermelha ao lado do Templo das Inscrições (Foto de Randomtrip – Todos os direitos reservados).
Templo de las Inscripciones (Templo das inscrições)

O Templo das Inscrições é a construção mais alta e mais importante da zona arqueológica de Palenque. Foi aqui que, em 1952, foi encontrado o túmulo do rei Pakal, no seu interior, cujo acesso estava oculto.

O Templo das Inscrições alberga um tesouro: o túmulo do Rei Pakal, o Grande (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

É conhecido como o Templo das Inscrições porque no seu interior foram encontrados três painéis de calcário com inscrições hieroglíficas.

Até 1999, era possível visitar o túmulo, mas agora já não. A lápide ou cripta que se encontra no interior do túmulo (3,80 metros de comprimento por 2,20 metros de largura e 25 cm de espessura) ainda lá está. Contém baixos-relevos muito pormenorizados que exprimem o nome, a origem e a ascendência de Pakal. Pensa-se também que representa a cosmovisão maia e a viagem de Pakal do submundo ao céu para se converter no deus do milho.

Réplica do Túmulo do Rei Pakal no interior do Templo das Inscrições, no Museu de Antropologia, CDMX (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Outra teoria, descartada pelos estudiosos da cultura maia, diz que a laje representa o rei Pakal numa nave espacial: as suas mãos e pés manipulam os comandos para dirigir a nave, o seu nariz mostra um dispositivo que o poderia ajudar a respirar no espaço e, atrás dele, há fogo ou algo semelhante resultante da queima de combustível para mover o aparelho.

A interpretação não oficial do Rei Pakal numa nave espacial (imagem da lápide vista de outro ângulo e a cores). Fonte: MexicoDesconocido.com.mx

A lápide é objeto de um controlo permanente do seu estado, para a preservar.

A lápide e uma equipa do INAH no interior do Templo das Inscrições. Fonte: Eleconomista.com.mx

Por outro lado, a máscara de Pakal, feita de jade (uma pedra verde considerada na altura o material mais valioso que existia – mais valioso do que o ouro e a prata – símbolo do amor eterno, da imortalidade e da eternidade), concha e obsidiana, encontra-se na Cidade do México, no Museu de Antropologia.

A máscara do Rei Pakal encontra-se no Museu de Antropologia da Cidade do México (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Para aceder ao túmulo, primeiro tinha de se subir as escadas exteriores, depois entrar no templo e, por fim, descer as escadas. Pensa-se que isto representa também a cosmogonia maia: subir (nascer), entrar (viver) e descer (morrer).

O Palácio

O palácio era provavelmente o centro cerimonial e administrativo de Palenque. Nas colunas podemos ver baixos-relevos que representam sacrifícios e o rei.

O imponente Palácio (do alto do Templo da Cruz) (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
Aquedutos subterrâneos

Os cientistas descobriram na Zona Arqueológica de Palenque o exemplo mais antigo de um sistema de água pressurizada no Novo Mundo. Os Maias utilizaram (conscientemente ou não) conhecimentos avançados de engenharia para pressurizar a água. Canalizavam a água para aquedutos subterrâneos que a transportavam em queda e depois restringiam o fluxo de água, criando pressão.

Aquedutos que transportavam a água para o Palácio (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

O guia disse-nos que talvez o utilizassem como parte do ritual Temazcal (banhos de vapor para fins curativos: abriam os poros com vapor, utilizavam plantas aromáticas que, quando abriam os poros, absorviam o aroma, e fechavam imediatamente os poros com água fria, deixando-a de molho. Ao suar, libertavam os aromas).

Aquedutos maias, um sistema avançado de engenharia (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).
Juego de Pelota (Jogo de bola maia)

Em baixo está o campo de juego de pelota (jogo de bola maia), uma visão comum em muitas zonas arqueológicas maias e na Mesoamérica em geral. As regras do jogo não são conhecidas ao certo, embora se pense que poderia ser uma forma de mediação de conflitos para evitar guerras. De um modo geral, o campo é constituído por uma zona central (uma espécie de corredor) com muros de queda de cada lado, onde a bola é supostamente lançada. No período pós-clássico, os Maias acrescentaram uma espécie de anel de cada lado, com o objetivo de passar a bola através dele.

O Campo de Jogos da Pelota (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

O guia contou-nos que o capitão da equipa vencedora foi decapitado como sacrifício.

Conjunto de la Cruz: Templo de la Cruz, Templo de la Cruz Foliada e Templo del Sol (Templo da Cruz, Templo da Cruz Foliada e Templo do Sol)

Os 3 templos seguintes (Templo da Cruz, Templo do Sol e Templo da Cruz Foliada) são conhecidos como Conjunto de la Cruz ou Plaza de las Cruces. Pode subir a dois deles (o Templo da Cruz e o Templo do Sol) e, o facto, é que a partir daí terá as melhores vistas da zona arqueológica .

Vista superior do Templo da Cruz (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Os 3 templos estão construídos sobre elevações naturais do terreno e no seu interior encontram-se santuários com placas de calcário esculpidas com iconografia e textos glíficos. Teoricamente, cada templo era dedicado a um nível do cosmos:

  • Templo da Cruz: Nível Celestial
Templo da Cruz (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
  • Templo da Cruz Foliada: Nível do solo
Templo da Cruz Folhada (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
  • Templo do Sol: Nível Subterrâneo ou Inframundo
Templo do Sol (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Não perca a subida aos templos nem as placas no interior.

O Templo da Cruz é um dos mais altos e o que oferece as melhores vistas. O painel interior representa o momento em que K’inich Kan Balam II (à esquerda) é entronizado, aparecendo também à direita a imagem do seu pai (o rei Pakal), embora este já estivesse morto. Na parte inferior há elementos astronómicos, indicando que estamos no reino ou nível celestial, que é o representado pelo Templo da Cruz. No centro está uma cruz, que dá o nome ao templo.

Templo da Cruz (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Junto ao Templo da Cruz encontra-se o Templo da Cruz Foliada, assim chamado porque no seu tabuleiro se encontra uma cruz que representa a planta do milho e, de ambos os lados, duas “versões” de K’inich Kan Balam II (filho de Pakal) em dois momentos diferentes da sua vida (como rei adulto, à esquerda, e como herdeiro de 6 anos, à direita).

Templo da Cruz Folhada (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Por fim, temos o Templo do Sol, cuja tábua é um símbolo de guerra, com um escudo representando o deus GIII decorado com o rosto do “Deus Jaguar do Submundo”.

Templo do Sol (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
Museu de Sítio Alberto Ruz L’Huillier

Museu de Sitio Alberto Ruz L’Huillier: possui uma das principais coleções de arte maia do mundo. Deve o seu nome a Alberto Ruz, um arqueólogo mexicano que descobriu o túmulo do rei Pakal em 1952.

Fotografia de Alberto Ruz no Túmulo do Rei Pakal no Templo das Inscrições. Vimos a fotografia no Museu de Antropologia em CDMX (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

O museu situa-se aqui, nos terrenos do Parque Arqueológico. Infelizmente, durante a nossa visita, estava fechado para obras de renovação.

Mausoléu do arqueólogo Alberto Ruz, na Zona Arqueológica de Palenque (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Se quiser saber mais sobre Palenque, o guia recomendou este documentário:

O comboio maia, em construção quando visitámos a zona, ligará as principais zonas arqueológicas, incluindo Palenque, e aumentará provavelmente as visitas turísticas a esta zona arqueológica. Ligará Palenque (Chiapas) a outras zonas arqueológicas, principalmente no estado de Yucatan.

Centro de Palenque

Embora consideremos que o centro de Palenque em si não tem muito interesse, se tiver tempo e quiser dar um passeio, pode passar pelo Parque Central (onde estão as letras coloridas de Palenque), pela Igreja de Santo Domingo Guzmán ou pelo Mercado de Artesanato.

Arredores de Palenque

A principal razão pela qual achamos que vale a pena ficar em Palenque pelo menos duas noites (e se puder ficar mais tempo, tanto melhor) é devido aos seus arredores.

A Selva Lacandona

O pulmão de Chiapas é uma das zonas de maior biodiversidade do México e o seu nome, Selva Lacandona, provém da comunidade indígena que aí vive, os Lacandones, descendentes dos Maias.

Uma visita aos pulmões de Chiapas, uma excelente razão para prolongar a sua estadia em Palenque (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

No trilho da selva, graças à nossa guia Lacandona, aprendemos sobre as árvores, as plantas medicinais e conhecemos a famosa Ceiba! Famosa porque a ceiba era uma árvore sagrada para os Maias, representando os três níveis do universo na cosmologia Maia: os ramos representam o céu, o tronco representa a terra e as raízes representam o submundo. É uma das árvores com maior longevidade, podendo viver até 500/600 anos!

A Ceiba, árvore sagrada para os Maias (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Além disso, a selva Lacandona esconde, para além da biodiversidade da fauna e da flora, dois importantes zonas arqueológicas que queríamos visitar: Yaxchilán e Bonampak .

Zona Arqueológica de Yaxchilán

As duas cidades mais importantes da época pré-colombiana que lutaram pelo controlo do rio Usumacinta foram precisamente Yaxchilán e Palenque. Bonampak não foi tão importante na época pré-colombiana, mas ainda hoje é muito interessante devido aos seus murais originais. Famosa pela sua arte escultórica, patente em estelas e lintéis, Yaxchilan é mais impressionante pela sua estrutura e enquadramento, nas margens do rio e aninhada na selva Lacandona, o que a torna muito especial. Infelizmente, quase não restam peças em Yaxchilán e praticamente todas as jóias pré-hispânicas que se encontram no seu interior estão no Museu Britânico (já era tempo de as devolver, não é?).

Yaxchilán. Fonte: VisitChiapas

Os maias aproveitaram as características do terreno de uma península rodeada por um meandro do rio Usumacinta para construir Yaxchilán. O desenvolvimento de Yaxchilan teve lugar entre 350 e 810 d.C., embora a expansão política do sítio sobre a região tenha ocorrido durante o domínio do Escudo Jaguar. A área de Yaxchilán é muito extensa, mas a visita à zona restringe-se a partes da Grande Praça, da Grande Acrópole, da Pequena Acrópole e da Acrópole Sul.

Yaxchilán. Fonte: VisitChiapas

Infelizmente, quando fomos a Chiapas (novembro de 2023), Yaxchilán estava fechado e sem data de abertura. Porquê? Yaxchilán é uma zona arqueológica nas margens do rio Usumacinta, ao qual só se pode aceder através de uma viagem de barco a partir de Frontera Corozal. Segundo o que nos disseram, a localidade de Frontera Corozal, de onde parte o barco, sofreu problemas relacionados com o narcotráfico, o que levou ao desmantelamento dos grupos criminosos e ao encerramento da localidade, pelo que agora só podem entrar pessoas da comunidade. Isto significa que, por enquanto e até novo aviso, não é possível aceder a Yaxchilán.

Yaxchilán. Fonte: VisitChiapas
Zona arqueológica de Bonampak

A 30 km de Yaxchilán e no coração da selva lacandesa, encontra-se este centro cerimonial construído entre 300 e 900 d.C., cujo apogeu ocorreu durante o domínio de Jaguar Ojo-Anudado, que subiu ao trono de Bonampak em 743 d.C., e que se reflete nas estelas (monólitos de pedra), nos lintéis e nas pinturas murais ainda existentes.

Bonampak. (Fotografia de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

É aqui está a maior estela do Mundo Maia no México, com a imagem do Rei, que corresponde à propaganda política da época, algo assim como um outdoor da época.

O exterior, então, a estela do rei, em Bonampak. (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Mas o que é mais impressionante e o que, em nossa opinião, torna a visita a Bonampak obrigatória é o interior das três câmaras do centro cerimonial: gravuras maias coloridas e bem conservadas que representam três cenas!

  • A primeira câmara representa a apresentação da herdeira ao trono:
Gravura maia da apresentação da herdeira ao trono – impressionante como as cores se mantêm! (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
  • A segunda câmara retrata a guerra, mais especificamente o cenário da maior batalha de toda a arte maia, que teve lugar em 792 d.c.:
Gravura maia representando uma cena de guerra (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
  • Por fim, a terceira câmara retrata uma cena do pós-guerra:
Gravura maia de uma cena do pós-guerra (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
Como conhecer a Selva Lacandona, Yaxchilán e Bonampak?
  • Transporte público: no caso de querer ir de transporte públicos, não conseguimos encontrar muita informação. Pelo que percebemos, há carrinhas coletivas de Palenque para diferentes áreas (como Frontera Corozal para ir para Yaxchilán ou de Lacanjá para Bonampak). A partir daí, terá de apanhar outro transporte (outro colectivo para Bonampak, e o barco para Yaxchilan) para as zonas arqueológicas.
  • Carro próprio/aluguer: se tiver o seu próprio veículo ou se alugar um carro, basta dirigir-se ao ponto pretendido (Bonampak, Frontera Corozal para Yaxchilán ou outros pontos se for pernoitar num dos centros de ecoturismo ou fazer uma caminhada pela selva). Para Bonampak, terá de parar antes, onde é obrigatório entrar numa carrinha comunitária para chegar a zona arqueológica. Lembre-se que (pelo menos quando fomos) não é recomendável conduzir à noite em Chiapas.
  • Por excursão: Se preferir maior comodidade, e neste caso, devido aos problemas na zona, esta é a opção que recomendamos, pode contratar uma excursão que o levará a ambas as zonas arqueológicas.
Randomtrip em modo trekking na Selva Lacandona (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

No Randomtrip fizemos o tour com Kichan Bajlum e o passeio inclui uma caminhada pela Selva Lacandona + Zona Arqueológica de Bonampak e, caso já seja acessível, Yaxchilán): a partir de $950/pessoa. Saída de Palenque às 05:30h e regresso às 19:00h. Se preferir a excursão com uma noite na selva incluída: a partir de $2000/pessoa com pequeno-almoço, almoço e jantar e alojamento em cabana básica (dependendo do alojamento o preço aumenta). Pode verificar o tipo de alojamento e reservar com Kichan Bajlum diretamente na sua agência em Palenque ou através do whatsapp +52 916 117 2035 ou +52 916 112 8394.

Selva Lacandona (Fotografia de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Também pode reservar a visita guiada online com antecedência aqui com a Civitatis.

RandomTIP: No caso de fazer a excursão de um dia à Selva Lacandona sem pernoita, leve roupa para trocar se se molhar (especialmente se for durante a estação das chuvas), botas ou algo semelhante para caminhar na selva (quando fomos tivemos que atravessar poças de agua até aos tornozelos) e algo para comer na mochila, porque não se vai sentar para comer antes das 16:00h.

Acabámos por ficar encharcados na caminhada pela Selva Lacandona, sem nenhuma muda de roupa, seguida de 3 horas na carrinha com o ar condicionado no máximo e a morrer de frio. Não seja como Randomtrip e traga uma muda de roupa, especialmente uma camiseta e meias (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Se viajar para a Selva Lacandona com o seu próprio carro e quiser passar a noite no meio de árvores antigas, macacos e jaguares, existem algumas opções de alojamento que variam consoante o seu orçamento. A melhor relação qualidade/preço é a Cabaña Sak Ja (a partir de 79 euros/noite). Se está à procura de algo um pouco mais especial, veja a Tu Casa en La Selva (a partir de 139 euros/noite). Se, por outro lado, quiser algo mais económico, tem o Topche (a partir de 40 euros/noite).

As cascatas de Roberto Barrios

A uma hora de Palenque encontram-se as Cascatas de Roberto Barrios, várias quedas de água onde pode perder-se, dar um mergulho e até desfrutar de um jacuzzi natural!

Trata-se de um conjunto de quedas de água a que se acede por caminhos, onde pode refrescar-se e relaxar. Há zonas onde se formam pequenas piscinas, e uma das atividades estrela na estação seca é deslizar por algumas das quedas de água.

Há duas entradas, uma de cada lado do rio, e há um restaurante onde pode comer qualquer coisa (pratos entre 140 e 200 pesos, uma cerveja 50 pesos) se lhe apetecer. Na zona das cascatas não há nada, mas pode levar a sua própria comida se lhe apetecer. Também é importante que traga umas botas.

Cascatas de Roberto Barrios (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Durante a nossa visita, em novembro, tinha chovido vários dias antes, pelo que a água não era azul, mas sim castanha, e a água caía com força, pelo que não era possível relaxar ou tomar banho na maioria das cascatas.

Roberto Barrios (Fotografia de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Como chegar às cascatas de Roberto Barrios?

  • Transporte público: se quiser ir de transporte público, pergunte pelos autocarros para confirmar se há autocarros de Palenque (também é importante verificar se há autocarros de regresso) no seu alojamento ou no terminal ADO de Palenque.
  • Carro próprio/alugado: se tiver o seu próprio carro ou se alugar um carro, basta dirigir-se a este ponto. O local tem um amplo estacionamento. Lembre-se que não é aconselhável conduzir à noite em Chiapas.
  • Por excursão: Se preferir mais comodidade, pode contratar uma excursão, que normalmente lhe deixa cerca de 3 horas para desfrutar das cascatas.
A explorar Roberto Barrios (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

No Randomtrip fizemo-lo com a Kichan Bajlum e a excursão inclui a viagem de ida e volta a Roberto Barrios (recolha às 10:30, por volta das 12:00 chega às cascatas e às 15:00 parte de volta a Palenque). Custa 350 pesos por pessoa. Pode reservar com Kichan Bajlum diretamente na sua agência em Palenque ou através do whatsapp +52 916 117 2035 ou +52 916 112 8394.

Roberto Barrios (Fotografia de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

A cascata de Misol-Ha

A cascata de Misol-Ha é uma incrível queda de água com 30 metros de altura, que pode ser vista tanto de frente como de dentro. Está situada num centro de ecoturismo e, durante a visita, para além de admirar a cascata, se o tempo estiver bom, pode também dar um mergulho. A título de curiosidade, o filme Predador (1987, com Arnold Schwarzenegger) inclui uma cena filmada aqui mesmo.

Cascata de Misol-ha (Fotografia de Randomtrip. Todos os direitos reservados)
Como chegar a Misol-ha?
  • Transporte público: informe-se sobre os autocarros em Palenque, em teoria eles deixam-no à entrada, e lembre-se de confirmar até que horas regressam a Palenque.
  • Carro próprio/alugado: se tiver o seu próprio veículo ou se alugar um carro, só tem de passar por este ponto. Lembre-se de que não é aconselhável conduzir à noite em Chiapas.
  • Por excursão: Se preferir mais conforto, pode reservar esta excursão, que também o leva às cascatas azuis próximas, descritas abaixo.

No Randomtrip o que fizemos foi o tour Paxial de San Cristobal de las Casas para Palenque, que pára em Misol-Ha e Cascatas de Água Azul no caminho e termina na zona arqueológica de Palenque, só que pedimos para não fazer a parte da zona arqueológica para ir no dia seguinte com mais calma (ou seja, fizemos o transfer para Palenque com paragens nesses dois lugares). Sai às 4:00h (de manhã cedo) e custa 700 pesos por pessoa (incluindo Palenque).

As cascatas de Agua Azul

Outro conjunto de quedas de água que, na estação seca, são azul-turquesa e nas quais também pode dar um mergulho. Infelizmente, durante a nossa visita, em novembro, ainda estava a chover, pelo que a cor não era a que se vê na maioria das fotografias durante a estação seca.

Água azul (Fotografia de Randomtrip – Todos os direitos reservados)
Como chegar a Água Azul?
  • Transporte público: informe-se sobre os colectivos em Palenque, teoricamente eles levam-no até à entrada, e pergunte também a que horas há colectivos de regresso a Palenque.
  • Carro próprio/alugado: se tiver o seu próprio veículo ou se alugar um carro, só tem de passar por este ponto. Lembre-se de que não é aconselhável conduzir à noite em Chiapas.
  • De excursão: Se preferir mais conforto, pode contratar esta excursão, que também o leva ao vizinho Misol-ha, mencionado no ponto anterior.
Água azul (Fotografia de Randomtrip – Todos os direitos reservados)

No Randomtrip o que fizemos foi o tour Paxial de San Cristóbal de las Casas para Palenque, que pára em Misol-Ha e Cascatas de Água Azul no caminho e termina na zona arqueológica de Palenque, só que pedimos para não fazer a parte da zona arqueológica para ir no dia seguinte com mais calma (ou seja, fizemos o transfer para Palenque com paragens nesses dois lugares). Sai às 4:00h (de manhã cedo) e custa 700 pesos por pessoa (incluindo Palenque).

Agua Azul (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Zona arqueológica de Toniná em Ocosingo

A Zona Arqueológica de Toniná possui a pirâmide mais alta do México, com 75 metros de altura (mais alta que a Pirâmide do Sol em Teotihuacan). O nome Toniná vem da língua Tzeltal e significa “A casa de pedra” ou “O lugar onde se erguem esculturas de pedra em honra do tempo”.

Toniná. Fonte: VisitChiapas

Coexistiu com outras cidades, como Palenque e Tikal (na Guatemala).

Infelizmente, a zona arqueológica estava encerrada durante a nossa visita em novembro de 2023 devido a um conflito entre os proprietários do terreno onde se encontra a zona arqueológica e o INAH (aparentemente, os proprietários do terreno têm de permitir a entrada de pessoas na zona arqueológica, mas não recebem nada em troca do INAH).

Como chegar a Toniná?
  • Transporte público: pergunte pelos colectivos para Ocosingo em Palenque; a partir de Ocosingo, terá de utilizar outro colectivo para chegar à zona arqueológica de Toniná. Não se esqueça de perguntar até que horas há colectivos que vão na direção oposta para regressar.
  • Carro próprio/alugado: se tiver o seu próprio veículo ou se alugar um carro, só tem de passar por este ponto. Lembre-se de que não é aconselhável conduzir à noite em Chiapas.
  • De excursão: Se preferir uma solução mais confortável, pode informar-se sobre as excursões disponíveis para Toniná a partir de Palenque quando a zona arqueológica reabrir.
Toniná. Fonte: VisitChiapas

Onde ficar em Palenque

No Randomtrip ficámos no Hotel Maya Palenque (a partir de 54€/noite) e recomendamos-lhe vivamente a sua localização, serviços e pessoal. O único senão, a nível de comida, é que provámos uma sanduíche numa noite em que chegámos tarde, mas não estava nada de especial. Em termos de localização, está equidistante da estação de autocarros ADO (ideal para andar a pé, pois só tem de atravessar a rua) e da rua com uma variedade de restaurantes (a zona conhecida como La Cañada). Tem uma piscina, perfeita para se refrescar depois de uma visita a zona arqueológica, onde normalmente está muito calor.

Inês na piscina do nosso hotel: Hotel Maya Palenque(Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

O nosso hotel estava localizado em La Cañada, uma das zonas recomendadas para ficar em Palenque. Outras opções para se hospedar que conhecemos em primeira mão em La Cañada são:

  • Casa Janaab (a partir de 13€/noite para uma cama individual num quarto partilhado): o hostel da Sara, a viajante que conhecemos em Palenque e com quem partilhámos o guia na zona arqueológica de Palenque. Se está à procura de algo mais económico, a Sara adorou este hostel. Disse-nos que tinha receção e segurança 24 horas e que os quartos partilhados são para 4 pessoas, não mais, e que alguns dos quartos partilhados até incluem uma cama de casal, caso não queira ficar no beliche. As casas de banho têm 3 chuveiros e 3 sanitas. Este hostel também tem cacifos para guardar os seus pertences, uma máquina de lavar roupa para o caso de precisar de lavar a sua roupa e uma piscina com espreguiçadeiras e um serviço de massagens, algo que não é muito comum num hostel.
  • Hotel Maya Tulipanes (a partir de 65€/noite) é um dos melhores hotéis da cidade e, para além de ter quartos espaçosos e confortáveis e uma piscina para se refrescar, disseram-nos maravilhas do serviço de restaurante do hotel (mas ainda não o experimentámos).
Hotel Maya Tulipanes. Foto de Booking

Outra opção é ficar perto da zona arqueológica, na selva, onde há muitos alojamentos e alguns restaurantes perto, embora no nosso caso a tenhamos descartado devido à menor variedade de opções de refeições.

  • Cabañas Kin Balam Palenque (a partir de 23€/noite num quarto partilhado, a partir de 38€/noite num quarto duplo): tem vários tipos de quartos, dependendo de quanto quer gastar e está localizado a 3 km da zona arqueológica. Também tem piscina.
  • Hotel Maya Bell (a partir de 60€/noite): Se quiser ficar perto da zona arqueológica, este hotel fica a 15 minutos a pé! Para além de estar a poucos metros das ruínas, fica no meio da selva e tem uma piscina, um restaurante e até música ao vivo em algumas noites.
Hotel Maya Bell. Foto de Booking
  • Bamboo Jungle Cottage (a partir de 92€/noite): se procura um pouco mais de privacidade, esta casa de campo com 1 quarto, sala de estar, cozinha, terraço e jardim tem uma piscina privada!
  • Neste link mais opções perto da Zona Arqueológica de Palenque (abra o mapa para facilitar a localização de cada alojamento).

E se ainda não estiver convencido com alguma destas opções, ou se não houver disponibilidade para as suas datas, pode encontrar mais algumas aqui. Como sempre, recomendamos-lhe que veja o mapa do local onde se encontra.

Restaurantes recomendados em Palenque

Na rua de Maya Tulipanes, perpendicular ao nosso hotel, há vários restaurantes e algumas lojas. No Randomtrip gostámos do Café Jade onde provámos as enchiladas suizas e os tacos dourados, deliciosos e com opções vegetarianas também!

Dois outros que pareciam bons (um pouco mais caros do que o Café Jade) mas onde não fomos, foram o restaurante Maya Cañada e o Kinich Kan Balam. Experimentámos o Chivo’s, mas também era um pouco caro e o serviço não foi muito agradável nem eficiente por isso não podemos recomendar. Há também um restaurante familiar com comida caseira: La Tradición. Se chegar tarde e não lhe apetecer sair, pode sempre trazer uma Pizza del Panchán para comer no alojamento.

Também nos recomendaram, mais no centro de Palenque, estes três: Café Haki Palenque, Las Tinajas e Café de Yara.

Enchiladas suíças do Café Jade (com opção vegetariana) (Foto de Randomtrip – Todos os direitos reservados)

Roteiros por Palenque

O que visitar e fazer em Palenque em 1 dia

Se só tiver um dia, dedicá-lo-íamos a ver a zona arqueológica de Palenque (precisará de 2 a 4 horas, dependendo do seu interesse) e combiná-lo com uma ou mais cascatas próximas, como Misol-Ha, Água Azul ou Roberto Barrios.

O que visitar e fazer em Palenque em 2 dias

Em dois dias, faríamos o seguinte:

  • Dia 1: visita à da zona arqueológica de Palenque e a algumas cascatas
  • Dia 2: visita a Bonampak e Yaxchilán na selva Lacandona (as excursões incluem geralmente também um passeio na selva)

Se não estiver interessado em ir à Selva Lacandona, pode também ir a Toniná no segundo dia (em Ocosingo) combinado com alguma das cascatas que faltam.

O que visitar e fazer em Palenque em 3 dias

Com 3 dias em Palenque pode fazer o seguinte roteiro:

  • Dia 1: visita à zona arqueológica de Palenque e à cascata de Roberto Barrios
  • Dia 2: visita a Bonampak e Yaxchilán na selva Lacandona (as excursões incluem geralmente também um passeio na selva)
  • Dia 3: visite a zona arqueológica de Toniná e combine com Misol-Ha e Cascatas de Água Azul.

O que visitar e fazer em Palenque em 4 dias

Eis um roteiro para conhecer Palenque durante 4 dias:

  • Dia 1: visita à zona arqueológica de Palenque e à cascata de Roberto Barrios
  • Dia 2: Visite Bonampak e Yaxchilán na Selva Lacandona e durma aí.
  • Dia 3: outras atividades na Selva Lacandona, como uma caminhada até a Lagoa Lacanjá.
  • Dia 4: visite a zona arqueológica de Toniná e combine com Misol-Ha e Cascatas de Água Azul.

Transporte: Como deslocar-se em Palenque

A melhor opção é passear pelo centro da cidade de Palenque e apanhar um colectivo para a zona arqueológica ou para as cascatas. Se preferir mais conforto, pode contratar uma excursão para explorar tanto a zona arqueológica como os arredores. Também tem a opção de alugar um carro para se deslocar livremente, embora quando fomos, esta opção não fosse recomendada devido às zonas de conflito em algumas partes do estado e aos postos de controlo da polícia. Para mais informações sobre como se deslocar em Palenque, consulte esta secção do blogue.

O Palácio a partir do Templo da Cruz (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Como ter Internet em Palenque

Para ter sempre Internet no seu smartphone, a forma mais fácil e cómoda (se o seu telemóvel suportar eSIM) é comprar um cartão eSIM na Holafly, que tem dados ilimitados (obtém um desconto de 5% com o código RANDOMTRIP).

A outra opção, mais económica mas mais complicada, é comprar um cartão SIM local, que recomendamos que seja da Telcel (a principal empresa de telecomunicações do México, com maior cobertura no país).

Mais informações sobre como obter o seu cartão SIM ou eSIM no México neste guía específico só sobre isto.

Caminhando pela selva que rodeia a zona arqueológica de Palenque, onde ouvimos macacos uivadores (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Segurança: É seguro viajar por Palenque?

Sim! Embora possa ter lido sobre a instabilidade política na região e que Chiapas se tornou mais conhecida internacionalmente devido à revolução Zapatista nos anos 90, visitar a cidade de Palenque é totalmente seguro e não só não tivemos qualquer percalço em todos os dias que lá passámos, como nos sentimos muito confortáveis e só podemos recomendar a visita. É claro que aplicamos o bom senso em todos os momentos, não exibimos pertences valiosos na rua (embora não nos impeça de usar os nossos telemóveis ou câmaras sempre que quisermos, guardando-os quando não os estamos a usar) e evitamos conduzir à noite.

Uma pequena zapatista que se uniu à viagem (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados).

Em todo o caso, quando for visitar Palenque, informe-se sobre a situação atual, para saber se é aconselhável ir sozinho ou não, e se há zonas que não convém visitar, etc.

Tendo em conta que, quando visitámos a zona, havia áreas de conflito em algumas partes do estado de Chiapas e postos de controlo da polícia (especialmente na estrada de Ocosingo, que liga San Cristóbal de las Casas a Palenque), e das comunidades indígenas (para exigir alguns pesos), não recomendavam conduzir à noite. Como começava a escurecer cedo, por volta das 18:00h, descartámos a opção de alugar um carro para circular livremente (como gostamos de fazer) e preferimos visitar os arredores através de excursões.

De qualquer forma, temos sempre o nosso seguro de viagem Iati (que também cobre os nossos pertences) como em todas as nossas viagens e dá-nos mais tranquilidade. Se fizer o seu seguro de viagem através deste link da Randomtrip, terá um desconto de 5%.

Caminhe pela selva Lacandona enquanto aprende sobre plantas medicinais (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Dinheiro em Palenque: evite pagar comissões

Para pagar e levantar dinheiro no México minimizando as taxas, recomendamos os 2 cartões que utilizamos nas nossas viagens:

  • Revolut: com a versão gratuita, até 1000 euros sem comissão nos pagamentos com cartão (lembre-se de pagar sempre na moeda local – pesos mexicanos). Até 200 euros de levantamentos em caixas multibanco sem comissão; a partir daí, há uma comissão de 1%.
  • N26: com a versão gratuita, pode pagar com o seu cartão sem comissões sem limite. Para os levantamentos em caixas multibanco, é cobrada uma comissão de 1,7%, a qual pode eliminar pagando os planos mensais You (9,99 euros/mês, o que utilizamos) ou Metal (16,99 euros/mês).

É importante notar que, embora o seu cartão não cobre uma taxa pelos levantamentos nas caixas multibanco (ATM), as caixas multibanco no México cobram uma taxa pelos levantamentos. Os que cobram menos são o Banamex (47 pesos, 2,5 euros), o Banco Santander (34 pesos, 1,8 euros) e o Banco Azteca (34 pesos, 1,8€), por isso tente levantar o máximo dinheiro possível de cada vez para poupar dinheiro.

Outra questão importante quando se levanta dinheiro de uma caixa multibanco no México: muitas vezes a caixa multibanco pergunta-lhe se quer que a transação seja feita na moeda local (pesos mexicanos) ou na sua moeda (no nosso caso, euros): escolha sempre a opção da moeda local, caso contrário, aplicará uma taxa de câmbio desfavorável e estará a pagar mais (como uma comissão oculta).

O anterior também se aplica aos pagamentos com cartão (embora a opção quase nunca apareça, em diversas ocasiões ao pagar com cartão em estabelecimentos também vimos um valor em euros em vez de pesos). No nosso caso, acontecia-nos quase sempre com os terminais laranja da marca CLIP. Se isso acontecer consigo, peça à pessoa que faça o pagamento em pesos mexicanos.

Uma má prática muito habitual no México é que em qualquer negócio onde queira pagar com cartão, eles têm o hábito de pedir o cartão e fazer todo o processo, entregando-lhe o terminal apenas para inserir o PIN (no México chama-se “firma” ou NIP ). Isso significa que às vezes, dependendo do tipo de terminal, não vê o valor e/ou é cobrado na moeda original do seu cartão em vez de pesos mexicanos – fazendo com que perca dinheiro porque é aplicada uma conversão desfavorável. Peça sempre, educadamente, para ver o processo no terminal para garantir que o valor correto seja cobrado e na moeda local.

Por último, alguns estabelecimentos cobram uma comissão suplementar pelo pagamento com cartão (das vezes que nos aconteceu, foi de 5%), avisam-no sempre com antecedência e, caso não avisem, verá ao confirmar o montante. Nestes casos, é preferível pagar em dinheiro.

Gorjetas: no México está implementada a cultura da gorjeta, que embora não sejam e não possam ser obrigatórias por lei, realmente são na prática, dado que é mal visto não deixar gorjeta. Recomenda-se deixar um mínimo de 10% (normalmente será solicitado no momento do pagamento, e se pagar com cartão o terminal costuma dar a opção de adicionar 10, 15 ou 20% de gorjeta).

Recomendamos que adquira os dois cartões para a sua viagem ao México e que tente pagar com cartão sempre que possível e quando não houver comissão do próprio estabelecimento comercial.

El Conde, Zona Arqueológica de Palenque (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Quanto custa uma viagem a Palenque?

É sempre complicado fazer uma estimativa orçamental pois depende muito do seu tipo de viagem: quantas excursões quer incluir na sua viagem, se vai a restaurantes ou se vai cozinhar no seu alojamento para poupar dinheiro, o tipo de alojamento onde vai ficar… Em todo o caso, para lhe dar uma ideia, eis os preços médios e o que consideramos ser o preço médio por dia (reiteramos que estes são preços ORIENTATIVOS e que podem mudar a qualquer momento):

  • Voos: Se voar a partir de Portugal, Cancún é normalmente o mais económico. A partir de Cancún, pode voar para Villahermosa a partir de 50 euros/pessoa (sem bagagem) com companhias aéreas de baixo custo como a Volaris ou a Vivaaerobus. Utilize sítios de comparação de voos como o Skyscanner e o Kiwi para encontrar o melhor preço.
  • Transporte: Dentro de Palenque, pode deslocar-se a pé. Existem também autocarros que o levarão a alguns pontos próximos (como a zona arqueológica ou a cascata Roberto Barrios) por 20 a 50 pesos por pessoa (entre 1 e 3 euros).
  • Alojamento: a partir de 45 euros/noite para um quarto com casa de banho privativa ou um pequeno apartamento com cozinha. Encontre alojamento de todos os tipos e preços no Booking, com até 15% de desconto.
  • Restaurantes: uma variedade de opções entre 10 e 30 euros por pessoa, para todos os gostos.
  • Entradas e visitas guiadas: As zonas arqueológicas têm de ser pagas (195 pesos para Palenque – cerca de 10 euros -, 75 pesos para Toniná – cerca de 4 euros -, etc.) e, em geral, a menos que tenha o seu próprio carro ou um carro alugado, o mais provável é que faça visitas guiadas de meio dia ou de dia inteiro, que custam entre 350 pesos e 1000 pesos (entre 18 e 50 euros). Se quiser fazer uma excursão à selva Lacandona durante pelo menos uma noite, o preço sobe para 2000 pesos por pessoa (a partir de 100 euros).

No total, uma viagem de fim de semana (3 dias/2 noites) a Palenque pode custar-lhe cerca de 60 euros por pessoa e por dia, com as opções de alojamento mais baratas, comendo em restaurantes baratos e visitando alguns dos locais pagos (sem contar com os voos internacionais se vier de fora do México).

O nosso hotel: Hotel Maya Palenque (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Apps úteis para se deslocar em Palenque

  • Google Maps (Android/iOS): é o que utilizamos para guardar/classificar todos os locais onde queremos ir/onde já estivemos e como GPS, tanto para nos orientarmos na zona como se alugarmos um carro. Pode ver as opiniões de outras pessoas sobre os locais, fotografias, menus de restaurantes, números de telefone dos locais para os contactar, etc. Também pode abrir o nosso mapa com todos os locais incluídos neste guia.
  • Maps.me (Android/iOS): aplicação semelhante ao Google Maps, mas funciona offline (embora o Google Maps também possa funcionar offline, este funciona melhor) e, em muitos casos, tem informações que o Google Maps não tem.
  • Windy (Android/iOS/Web): aplicação essencial para as nossas viagens. Permite-lhe ver as previsões de chuva, nuvens, vento, etc. para o ajudar a planear os seus dias com base no tempo (pois há locais que perdem muito em função do tempo). Obviamente que as previsões não são 100% fiáveis.
Cascata de Misol-ha (Fotografia de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Dicas para desfrutar de Palenque e causar o mínimo impacto negativo possível

  • Seja responsável ao visitar um local: um grande afluxo de pessoas a um determinado local pode ter um impacto negativo, por isso respeite as regras, não suba à árvore/monumento que está a visitar, não pinte nas suas paredes, evite tocar-lhe e, por respeito ao resto das pessoas que visitam o local, não faça barulho nem “monopolize” o espaço com as suas fotografias.
  • Tenha cuidado com os monumentos naturais e arqueológicos e respeite as regras em vigor.
  • Se alugar um carro, respeite os limites de velocidade nas estradas.
  • Não seja cúmplice de maus tratos a animais! Não vá ao Ecoparque Aluxes! Este parque ecológico de Palenque disfarça-se de centro de reabilitação de animais, mas na realidade é apenas mais uma atração onde os animais são infelizmente mantidos em cativeiro e/ou utilizados para entretenimento humano.
  • Evite utilizar plástico e não deite lixo para o chão
  • Respeite as outras pessoas: não ponha a sua música a tocar alto, apanhe o seu lixo, não deite pontas de cigarro, etc. Deixe o local melhor do que o encontrou.
  • Viaje sempre com um seguro de viagem: despesas médicas, roubo ou problemas com o seu avião durante uma viagem podem custar-lhe muito dinheiro, por isso o ideal é fazer um seguro de viagem. No Randomtrip utilizamos sempre a IATI e recomendamo-la. Se subscrever o seu seguro através deste link tem um desconto de 5%.
Selva maia à volta da zona arqueológica de Palenque (Foto de Randomtrip. Todos os direitos reservados)

Checklist: o que levar na sua mochila/mala para Palenque

Eis uma lista de artigos essenciais que não deve esquecer de levar consigo na sua viagem a Palenque:

  • Adaptador de tomada internacional, uma vez que utilizam fichas de tipo A
  • Garrafa como esta para transportar água consigo em todas as ocasiões. Evitará utilizar plástico de utilização única.
  • Máquina Fotográfica para registar as aventuras e mais tarde recordar. No Randomtrip, levamos uma Sony ZV-E10 e uma Gopro Hero12 Black (para imagens subaquáticas) nas nossas viagens
  • Power bank: com tantas fotos vai gastar muita bateria, por isso é sempre boa ideia levar uma boa power bank consigo. No Randomtrip viajamos com estes dois powerbanks ( Xiaomi 20000 mAh e Anker 10000 mAh), que nos permitem carregar tanto smartphones como máquinas fotográficas.
  • Estojo de primeiros socorros: o nosso estojo de primeiros socorros para a viagem ao México inclui repelente de insetos, medicação anti-enjoo (como a biodramina para o enjoo nos barcos), antibióticos, medicação anti-diarreica (e um probiótico para nos ajudar a recuperar mais rapidamente), anti-histamínicos, analgésicos e antipiréticos e, claro, um seguro de viagem. Se fizer o seu seguro através deste link, terá um desconto de 5%.

Sabia que Palenque escondia tantos planos incríveis para além da cidade maia? Boa viagem, Randomtripper!

Randomtrip na sua primeira (de várias) cidades maias numa viagem de meses pelo México

Todas as fotografias e conteúdos são da autoria do Randomtrip (exceto aqueles que expressam claramente a sua fonte) e têm todos os direitos reservados.

Disclaimer: este guia contém links de afiliados e, ao usá-los, estará a dar uma pequena comissão ao Randomtrip. A si não lhe custa nada, por vezes até ganha um desconto, mas a nós motiva-nos para continuar a criar guias gratuitos tão completos como o que acabou de ler.

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Muito obrigada pelo seu apoio, Randomtripper! Vemo-nos pelo Mundo!

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